‘Para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?’, diz Lula em crítica a fala de Campos Neto


Presidente da República se refere a declaração do presidente do BC em que problematiza o aumento do salário para o mesmo nível de produção

Por Victor Ohana e Caio Spechoto
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao sugerir que, para ele, “para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco”.

“Tomar decisões não é fácil, sobretudo quando você tem uma pressão de muitos lugares. Se você ganha as eleições no Brasil e resolve governar dizendo que pobre é pobre mesmo, que trabalhador não precisa de aumento no salário mínimo... Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar”, disse Lula uma solenidade do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

Lula prosseguiu: “O cidadão jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento do salário mínimo e a massa salarial crescendo pode gerar inflação. Ou seja, significa que, para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?”, questionou.

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Lula e Roberto Campos Neto Foto: AFP e Wilton Junior/Estadão

O petista continuou: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre?”, indagou.

Apesar de não mencionado a circunstância exata, Lula se refere a uma fala feita por Campos Neto em entrevista à CNN feita em abril, mas que nos últimos dias tem sido compartilhada e criticada por diversos perfis e políticos de esquerda nas redes sociais.

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“O Banco Central adora quando a gente tem um regime de emprego pleno, ou seja, que todo mundo que está procurando trabalho consegue - que é a nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa“, disse o presidente do BC. “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar e aí você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí.”

Desvinculação

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Além disso, Campos Neto também tem se manifestado favorável à discussão sobre desindexação dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo - medida condenada por Lula. O presidente do BC também disse ver com “bons olhos” a desvinculação dos pisos da saúde e da educação, hoje atrelados à receita do governo.

“Existe um questionamento grande sobre a consistência ao longo do tempo do arcabouço criado. Vi recentemente o governo falando em tentar endereçar essas inconsistências - por exemplo, (mudar) a vinculação de saúde e educação, indexação do salário mínimo - com bons olhos, seria um choque positivo importante se pudesse ser feito”, disse Campos Neto em junho.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao sugerir que, para ele, “para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco”.

“Tomar decisões não é fácil, sobretudo quando você tem uma pressão de muitos lugares. Se você ganha as eleições no Brasil e resolve governar dizendo que pobre é pobre mesmo, que trabalhador não precisa de aumento no salário mínimo... Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar”, disse Lula uma solenidade do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

Lula prosseguiu: “O cidadão jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento do salário mínimo e a massa salarial crescendo pode gerar inflação. Ou seja, significa que, para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?”, questionou.

Lula e Roberto Campos Neto Foto: AFP e Wilton Junior/Estadão

O petista continuou: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre?”, indagou.

Apesar de não mencionado a circunstância exata, Lula se refere a uma fala feita por Campos Neto em entrevista à CNN feita em abril, mas que nos últimos dias tem sido compartilhada e criticada por diversos perfis e políticos de esquerda nas redes sociais.

“O Banco Central adora quando a gente tem um regime de emprego pleno, ou seja, que todo mundo que está procurando trabalho consegue - que é a nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa“, disse o presidente do BC. “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar e aí você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí.”

Desvinculação

Além disso, Campos Neto também tem se manifestado favorável à discussão sobre desindexação dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo - medida condenada por Lula. O presidente do BC também disse ver com “bons olhos” a desvinculação dos pisos da saúde e da educação, hoje atrelados à receita do governo.

“Existe um questionamento grande sobre a consistência ao longo do tempo do arcabouço criado. Vi recentemente o governo falando em tentar endereçar essas inconsistências - por exemplo, (mudar) a vinculação de saúde e educação, indexação do salário mínimo - com bons olhos, seria um choque positivo importante se pudesse ser feito”, disse Campos Neto em junho.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao sugerir que, para ele, “para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco”.

“Tomar decisões não é fácil, sobretudo quando você tem uma pressão de muitos lugares. Se você ganha as eleições no Brasil e resolve governar dizendo que pobre é pobre mesmo, que trabalhador não precisa de aumento no salário mínimo... Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar”, disse Lula uma solenidade do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

Lula prosseguiu: “O cidadão jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento do salário mínimo e a massa salarial crescendo pode gerar inflação. Ou seja, significa que, para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?”, questionou.

Lula e Roberto Campos Neto Foto: AFP e Wilton Junior/Estadão

O petista continuou: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre?”, indagou.

Apesar de não mencionado a circunstância exata, Lula se refere a uma fala feita por Campos Neto em entrevista à CNN feita em abril, mas que nos últimos dias tem sido compartilhada e criticada por diversos perfis e políticos de esquerda nas redes sociais.

“O Banco Central adora quando a gente tem um regime de emprego pleno, ou seja, que todo mundo que está procurando trabalho consegue - que é a nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa“, disse o presidente do BC. “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar e aí você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí.”

Desvinculação

Além disso, Campos Neto também tem se manifestado favorável à discussão sobre desindexação dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo - medida condenada por Lula. O presidente do BC também disse ver com “bons olhos” a desvinculação dos pisos da saúde e da educação, hoje atrelados à receita do governo.

“Existe um questionamento grande sobre a consistência ao longo do tempo do arcabouço criado. Vi recentemente o governo falando em tentar endereçar essas inconsistências - por exemplo, (mudar) a vinculação de saúde e educação, indexação do salário mínimo - com bons olhos, seria um choque positivo importante se pudesse ser feito”, disse Campos Neto em junho.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao sugerir que, para ele, “para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco”.

“Tomar decisões não é fácil, sobretudo quando você tem uma pressão de muitos lugares. Se você ganha as eleições no Brasil e resolve governar dizendo que pobre é pobre mesmo, que trabalhador não precisa de aumento no salário mínimo... Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar”, disse Lula uma solenidade do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

Lula prosseguiu: “O cidadão jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento do salário mínimo e a massa salarial crescendo pode gerar inflação. Ou seja, significa que, para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?”, questionou.

Lula e Roberto Campos Neto Foto: AFP e Wilton Junior/Estadão

O petista continuou: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre?”, indagou.

Apesar de não mencionado a circunstância exata, Lula se refere a uma fala feita por Campos Neto em entrevista à CNN feita em abril, mas que nos últimos dias tem sido compartilhada e criticada por diversos perfis e políticos de esquerda nas redes sociais.

“O Banco Central adora quando a gente tem um regime de emprego pleno, ou seja, que todo mundo que está procurando trabalho consegue - que é a nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa“, disse o presidente do BC. “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar e aí você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí.”

Desvinculação

Além disso, Campos Neto também tem se manifestado favorável à discussão sobre desindexação dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo - medida condenada por Lula. O presidente do BC também disse ver com “bons olhos” a desvinculação dos pisos da saúde e da educação, hoje atrelados à receita do governo.

“Existe um questionamento grande sobre a consistência ao longo do tempo do arcabouço criado. Vi recentemente o governo falando em tentar endereçar essas inconsistências - por exemplo, (mudar) a vinculação de saúde e educação, indexação do salário mínimo - com bons olhos, seria um choque positivo importante se pudesse ser feito”, disse Campos Neto em junho.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao sugerir que, para ele, “para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco”.

“Tomar decisões não é fácil, sobretudo quando você tem uma pressão de muitos lugares. Se você ganha as eleições no Brasil e resolve governar dizendo que pobre é pobre mesmo, que trabalhador não precisa de aumento no salário mínimo... Esses dias o presidente do Banco Central deu uma declaração para a imprensa que eu não quis acreditar”, disse Lula uma solenidade do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

Lula prosseguiu: “O cidadão jovem, bem-sucedido na vida, diz o seguinte: esse negócio do aumento do salário mínimo e a massa salarial crescendo pode gerar inflação. Ou seja, significa que, para não ter inflação, é preciso o povo ganhar pouco?”, questionou.

Lula e Roberto Campos Neto Foto: AFP e Wilton Junior/Estadão

O petista continuou: “Será que essa pessoa não tem respeito? Será que as pessoas pensam que alguém ganha um salário mínimo porque quer ganhar um salário mínimo? Será que alguém pensa que a pessoa é pobre porque quer ser pobre?”, indagou.

Apesar de não mencionado a circunstância exata, Lula se refere a uma fala feita por Campos Neto em entrevista à CNN feita em abril, mas que nos últimos dias tem sido compartilhada e criticada por diversos perfis e políticos de esquerda nas redes sociais.

“O Banco Central adora quando a gente tem um regime de emprego pleno, ou seja, que todo mundo que está procurando trabalho consegue - que é a nossa situação atual, que melhorou muito e foi uma grande surpresa. Outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa“, disse o presidente do BC. “A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar e aí você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí.”

Desvinculação

Além disso, Campos Neto também tem se manifestado favorável à discussão sobre desindexação dos benefícios previdenciários e assistenciais ao salário mínimo - medida condenada por Lula. O presidente do BC também disse ver com “bons olhos” a desvinculação dos pisos da saúde e da educação, hoje atrelados à receita do governo.

“Existe um questionamento grande sobre a consistência ao longo do tempo do arcabouço criado. Vi recentemente o governo falando em tentar endereçar essas inconsistências - por exemplo, (mudar) a vinculação de saúde e educação, indexação do salário mínimo - com bons olhos, seria um choque positivo importante se pudesse ser feito”, disse Campos Neto em junho.

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