Lula foi mal-orientado em decisão sobre arroz, e leilão foi desorganizado, diz secretário exonerado


Segundo Neri Geller, que deixou a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, leilão foi ‘mal conduzido’, mas não houve ‘má-fé'; ele foi exonerado por indícios de conflito de interesse

Por Isadora Duarte

BRASÍLIA - Exonerado da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “mal-orientado” na decisão de importar até 1 milhão de toneladas de arroz pelo governo federal.

“Sem dúvidas, o leilão foi desorganizado e se politizou o assunto pela oposição. Faltou organização e faltou orientação”, disse Geller, em entrevista à BandNews após sua exoneração ser publicada nesta quarta-feira, 12.

“De minha parte, nas reuniões técnicas na Casa Civil, não faltou pedido de cautela”, observou, mencionando que a equipe econômica concordava com a não realização do certame público.

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Geller foi demitido por indícios de conflito de interesse e conexões com intermediários do leilão de importação de arroz do governo federal. O filho de Geller, Marcello Geller, é sócio em uma empresa de Robson Luiz de Almeida França, um dos principais intermediários das empresas vencedoras do edital.

Geller afirmou em entrevista que leilão de arroz foi 'mal conduzido do ponto de vista político', mas negou que tenha havido 'má-fé' Foto: André Dusek/Estadão

França é proprietário da Foco Corretora de Grãos e presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT), que negociou 116 mil toneladas das 263,3 mil toneladas vendidas no leilão, além de ser ex-assessor parlamentar de Geller quando era deputado federal. Ele nega favorecimento a França e o envolvimento do seu filho, Marcello, no leilão.

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Órgãos de controle do governo reconheceram haver indícios de tráfico de influência e conflito de interesses no leilão e, portanto, orientaram a anulação e o afastamento do secretário.

Para Geller, o leilão de arroz foi “mal conduzido do ponto de vista político”, mas negou que tenha havido “má-fé”. “As posições técnicas não foram seguidas. Elas foram açodadas para fazer com que arroz chegasse nas periferias dos grandes centros”, disse, sem detalhar quem foi o responsável por ter atropelado o leilão. Para ele, o setor produtivo deveria ter sido mais ouvido. “O edital seguiu os parâmetros legais. A Conab possui compliance efetivo e exigente, mas o leilão foi um equívoco”, afirmou.

Geller também afirmou que não pediu exoneração da pasta, mas sim foi comunicado do afastamento pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Não sou culpado por isso. Não posso ser penalizado por um erro político cometido na condução desse leilão”, afirmou, reclamando ter sido utilizado como “bode expiatório”.

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“A minha demissão partiu do ministério. Não sei se foi pedido de Lula, mas pelo histórico de atuação, acho que não”, acrescentou. “É justo o presidente se preocupar com o preço do arroz porque atinge as massas mais pobres, mas o preço do arroz é globalizado.”

Geller disse ainda que vai avaliar a participação na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para esclarecer o leilão de arroz.

BRASÍLIA - Exonerado da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “mal-orientado” na decisão de importar até 1 milhão de toneladas de arroz pelo governo federal.

“Sem dúvidas, o leilão foi desorganizado e se politizou o assunto pela oposição. Faltou organização e faltou orientação”, disse Geller, em entrevista à BandNews após sua exoneração ser publicada nesta quarta-feira, 12.

“De minha parte, nas reuniões técnicas na Casa Civil, não faltou pedido de cautela”, observou, mencionando que a equipe econômica concordava com a não realização do certame público.

Geller foi demitido por indícios de conflito de interesse e conexões com intermediários do leilão de importação de arroz do governo federal. O filho de Geller, Marcello Geller, é sócio em uma empresa de Robson Luiz de Almeida França, um dos principais intermediários das empresas vencedoras do edital.

Geller afirmou em entrevista que leilão de arroz foi 'mal conduzido do ponto de vista político', mas negou que tenha havido 'má-fé' Foto: André Dusek/Estadão

França é proprietário da Foco Corretora de Grãos e presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT), que negociou 116 mil toneladas das 263,3 mil toneladas vendidas no leilão, além de ser ex-assessor parlamentar de Geller quando era deputado federal. Ele nega favorecimento a França e o envolvimento do seu filho, Marcello, no leilão.

Órgãos de controle do governo reconheceram haver indícios de tráfico de influência e conflito de interesses no leilão e, portanto, orientaram a anulação e o afastamento do secretário.

Para Geller, o leilão de arroz foi “mal conduzido do ponto de vista político”, mas negou que tenha havido “má-fé”. “As posições técnicas não foram seguidas. Elas foram açodadas para fazer com que arroz chegasse nas periferias dos grandes centros”, disse, sem detalhar quem foi o responsável por ter atropelado o leilão. Para ele, o setor produtivo deveria ter sido mais ouvido. “O edital seguiu os parâmetros legais. A Conab possui compliance efetivo e exigente, mas o leilão foi um equívoco”, afirmou.

Geller também afirmou que não pediu exoneração da pasta, mas sim foi comunicado do afastamento pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Não sou culpado por isso. Não posso ser penalizado por um erro político cometido na condução desse leilão”, afirmou, reclamando ter sido utilizado como “bode expiatório”.

“A minha demissão partiu do ministério. Não sei se foi pedido de Lula, mas pelo histórico de atuação, acho que não”, acrescentou. “É justo o presidente se preocupar com o preço do arroz porque atinge as massas mais pobres, mas o preço do arroz é globalizado.”

Geller disse ainda que vai avaliar a participação na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para esclarecer o leilão de arroz.

BRASÍLIA - Exonerado da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “mal-orientado” na decisão de importar até 1 milhão de toneladas de arroz pelo governo federal.

“Sem dúvidas, o leilão foi desorganizado e se politizou o assunto pela oposição. Faltou organização e faltou orientação”, disse Geller, em entrevista à BandNews após sua exoneração ser publicada nesta quarta-feira, 12.

“De minha parte, nas reuniões técnicas na Casa Civil, não faltou pedido de cautela”, observou, mencionando que a equipe econômica concordava com a não realização do certame público.

Geller foi demitido por indícios de conflito de interesse e conexões com intermediários do leilão de importação de arroz do governo federal. O filho de Geller, Marcello Geller, é sócio em uma empresa de Robson Luiz de Almeida França, um dos principais intermediários das empresas vencedoras do edital.

Geller afirmou em entrevista que leilão de arroz foi 'mal conduzido do ponto de vista político', mas negou que tenha havido 'má-fé' Foto: André Dusek/Estadão

França é proprietário da Foco Corretora de Grãos e presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT), que negociou 116 mil toneladas das 263,3 mil toneladas vendidas no leilão, além de ser ex-assessor parlamentar de Geller quando era deputado federal. Ele nega favorecimento a França e o envolvimento do seu filho, Marcello, no leilão.

Órgãos de controle do governo reconheceram haver indícios de tráfico de influência e conflito de interesses no leilão e, portanto, orientaram a anulação e o afastamento do secretário.

Para Geller, o leilão de arroz foi “mal conduzido do ponto de vista político”, mas negou que tenha havido “má-fé”. “As posições técnicas não foram seguidas. Elas foram açodadas para fazer com que arroz chegasse nas periferias dos grandes centros”, disse, sem detalhar quem foi o responsável por ter atropelado o leilão. Para ele, o setor produtivo deveria ter sido mais ouvido. “O edital seguiu os parâmetros legais. A Conab possui compliance efetivo e exigente, mas o leilão foi um equívoco”, afirmou.

Geller também afirmou que não pediu exoneração da pasta, mas sim foi comunicado do afastamento pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Não sou culpado por isso. Não posso ser penalizado por um erro político cometido na condução desse leilão”, afirmou, reclamando ter sido utilizado como “bode expiatório”.

“A minha demissão partiu do ministério. Não sei se foi pedido de Lula, mas pelo histórico de atuação, acho que não”, acrescentou. “É justo o presidente se preocupar com o preço do arroz porque atinge as massas mais pobres, mas o preço do arroz é globalizado.”

Geller disse ainda que vai avaliar a participação na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para esclarecer o leilão de arroz.

BRASÍLIA - Exonerado da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “mal-orientado” na decisão de importar até 1 milhão de toneladas de arroz pelo governo federal.

“Sem dúvidas, o leilão foi desorganizado e se politizou o assunto pela oposição. Faltou organização e faltou orientação”, disse Geller, em entrevista à BandNews após sua exoneração ser publicada nesta quarta-feira, 12.

“De minha parte, nas reuniões técnicas na Casa Civil, não faltou pedido de cautela”, observou, mencionando que a equipe econômica concordava com a não realização do certame público.

Geller foi demitido por indícios de conflito de interesse e conexões com intermediários do leilão de importação de arroz do governo federal. O filho de Geller, Marcello Geller, é sócio em uma empresa de Robson Luiz de Almeida França, um dos principais intermediários das empresas vencedoras do edital.

Geller afirmou em entrevista que leilão de arroz foi 'mal conduzido do ponto de vista político', mas negou que tenha havido 'má-fé' Foto: André Dusek/Estadão

França é proprietário da Foco Corretora de Grãos e presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT), que negociou 116 mil toneladas das 263,3 mil toneladas vendidas no leilão, além de ser ex-assessor parlamentar de Geller quando era deputado federal. Ele nega favorecimento a França e o envolvimento do seu filho, Marcello, no leilão.

Órgãos de controle do governo reconheceram haver indícios de tráfico de influência e conflito de interesses no leilão e, portanto, orientaram a anulação e o afastamento do secretário.

Para Geller, o leilão de arroz foi “mal conduzido do ponto de vista político”, mas negou que tenha havido “má-fé”. “As posições técnicas não foram seguidas. Elas foram açodadas para fazer com que arroz chegasse nas periferias dos grandes centros”, disse, sem detalhar quem foi o responsável por ter atropelado o leilão. Para ele, o setor produtivo deveria ter sido mais ouvido. “O edital seguiu os parâmetros legais. A Conab possui compliance efetivo e exigente, mas o leilão foi um equívoco”, afirmou.

Geller também afirmou que não pediu exoneração da pasta, mas sim foi comunicado do afastamento pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “Não sou culpado por isso. Não posso ser penalizado por um erro político cometido na condução desse leilão”, afirmou, reclamando ter sido utilizado como “bode expiatório”.

“A minha demissão partiu do ministério. Não sei se foi pedido de Lula, mas pelo histórico de atuação, acho que não”, acrescentou. “É justo o presidente se preocupar com o preço do arroz porque atinge as massas mais pobres, mas o preço do arroz é globalizado.”

Geller disse ainda que vai avaliar a participação na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para esclarecer o leilão de arroz.

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