Lula diz que Brics querem criar um banco ‘maior que o FMI’, mas sem ‘sufocar’ países


Em viagem para participar da cúpula do bloco, presidente afirma que Brasil poderá ajudar a Argentina a fazer negócios com o yuan, moeda chinesa

Por Caio Spechoto

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 22, que o bloco dos Brics (que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) quer ter um banco “maior que o FMI”. O grupo tem um banco para financiar investimentos, o NDB, atualmente presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. O petista está em Joanesburgo, onde é realizada a reunião de cúpula do grupo.

“A gente (Brics) vai se tornar forte, a gente quer criar um banco muito forte, que seja maior que o FMI, mas que tenha outro critério de emprestar dinheiro para os países, não de sufocar, mas emprestar na perspectiva de que o país vai criar condições de investir o dinheiro, se desenvolver e pagar sem que o pagamento atrofie as finanças”, declarou o presidente.

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Lula, porém, negou que queira fazer um contraponto ao G7, ao G20 ou aos Estados Unidos por meio do bloco. O presidente disse que é a favor de incluir novos países no bloco. “O Brics não pode ser um clube fechado. O G7 é um clube fechado”, declarou o petista.

Ele falou no programa Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal produzida pela EBC. O presidente tem feito o programa mesmo quando está fora de Brasília.

Lula está na África do Sul para a cúpula anual dos Brics Foto: Eraldo Peres / AP Photo
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Alternativa ao dólar

Lula voltou a defender a criação de uma moeda para negócios entre Brasil e China como alternativa ao dólar, proposta considerada de difícil execução. “Por que, se eu faço negócio com a China, preciso ter dólar? O Brasil e a China têm tamanho suficiente para fazer negócio na sua moeda ou em outra unidade de conta que a gente possa fazer. Sem desvalorizar a moeda da gente, e sem negar, ela continua existindo, mas a gente cria uma moeda de comércio exterior”, disse

“Os Bancos Centrais fariam os ajustes necessários. O que é importante é que a gente não pode depender de um único país que tem o dólar, um único país que bota a maquininha para rodar dólar, e nós somos obrigados a ficar vivendo da flutuação dessa moeda”, completou.

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Ajuda a Argentina

Lula disse ser possível o Brasil ajudar a Argentina a fazer negócios com o yuan, moeda chinesa. O país vizinho está em crise econômica e com dificuldades para obter dólares. O governo argentino já anunciou que deixará de pagar as importações vindas da China com a moeda norte-americana.

“Não precisamos, se não tiver dinheiro para comprar dólar, comprar dólar. Negocia na nossa moeda. Agora mesmo a Argentina nessa situação, o Haddad estava conversando com a Argentina, e é possível a gente ajudar a Argentina tendo como moeda o yuan, da China”, disse o petista.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 22, que o bloco dos Brics (que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) quer ter um banco “maior que o FMI”. O grupo tem um banco para financiar investimentos, o NDB, atualmente presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. O petista está em Joanesburgo, onde é realizada a reunião de cúpula do grupo.

“A gente (Brics) vai se tornar forte, a gente quer criar um banco muito forte, que seja maior que o FMI, mas que tenha outro critério de emprestar dinheiro para os países, não de sufocar, mas emprestar na perspectiva de que o país vai criar condições de investir o dinheiro, se desenvolver e pagar sem que o pagamento atrofie as finanças”, declarou o presidente.

Lula, porém, negou que queira fazer um contraponto ao G7, ao G20 ou aos Estados Unidos por meio do bloco. O presidente disse que é a favor de incluir novos países no bloco. “O Brics não pode ser um clube fechado. O G7 é um clube fechado”, declarou o petista.

Ele falou no programa Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal produzida pela EBC. O presidente tem feito o programa mesmo quando está fora de Brasília.

Lula está na África do Sul para a cúpula anual dos Brics Foto: Eraldo Peres / AP Photo

Alternativa ao dólar

Lula voltou a defender a criação de uma moeda para negócios entre Brasil e China como alternativa ao dólar, proposta considerada de difícil execução. “Por que, se eu faço negócio com a China, preciso ter dólar? O Brasil e a China têm tamanho suficiente para fazer negócio na sua moeda ou em outra unidade de conta que a gente possa fazer. Sem desvalorizar a moeda da gente, e sem negar, ela continua existindo, mas a gente cria uma moeda de comércio exterior”, disse

“Os Bancos Centrais fariam os ajustes necessários. O que é importante é que a gente não pode depender de um único país que tem o dólar, um único país que bota a maquininha para rodar dólar, e nós somos obrigados a ficar vivendo da flutuação dessa moeda”, completou.

Ajuda a Argentina

Lula disse ser possível o Brasil ajudar a Argentina a fazer negócios com o yuan, moeda chinesa. O país vizinho está em crise econômica e com dificuldades para obter dólares. O governo argentino já anunciou que deixará de pagar as importações vindas da China com a moeda norte-americana.

“Não precisamos, se não tiver dinheiro para comprar dólar, comprar dólar. Negocia na nossa moeda. Agora mesmo a Argentina nessa situação, o Haddad estava conversando com a Argentina, e é possível a gente ajudar a Argentina tendo como moeda o yuan, da China”, disse o petista.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 22, que o bloco dos Brics (que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) quer ter um banco “maior que o FMI”. O grupo tem um banco para financiar investimentos, o NDB, atualmente presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. O petista está em Joanesburgo, onde é realizada a reunião de cúpula do grupo.

“A gente (Brics) vai se tornar forte, a gente quer criar um banco muito forte, que seja maior que o FMI, mas que tenha outro critério de emprestar dinheiro para os países, não de sufocar, mas emprestar na perspectiva de que o país vai criar condições de investir o dinheiro, se desenvolver e pagar sem que o pagamento atrofie as finanças”, declarou o presidente.

Lula, porém, negou que queira fazer um contraponto ao G7, ao G20 ou aos Estados Unidos por meio do bloco. O presidente disse que é a favor de incluir novos países no bloco. “O Brics não pode ser um clube fechado. O G7 é um clube fechado”, declarou o petista.

Ele falou no programa Conversa com o Presidente, uma espécie de live semanal produzida pela EBC. O presidente tem feito o programa mesmo quando está fora de Brasília.

Lula está na África do Sul para a cúpula anual dos Brics Foto: Eraldo Peres / AP Photo

Alternativa ao dólar

Lula voltou a defender a criação de uma moeda para negócios entre Brasil e China como alternativa ao dólar, proposta considerada de difícil execução. “Por que, se eu faço negócio com a China, preciso ter dólar? O Brasil e a China têm tamanho suficiente para fazer negócio na sua moeda ou em outra unidade de conta que a gente possa fazer. Sem desvalorizar a moeda da gente, e sem negar, ela continua existindo, mas a gente cria uma moeda de comércio exterior”, disse

“Os Bancos Centrais fariam os ajustes necessários. O que é importante é que a gente não pode depender de um único país que tem o dólar, um único país que bota a maquininha para rodar dólar, e nós somos obrigados a ficar vivendo da flutuação dessa moeda”, completou.

Ajuda a Argentina

Lula disse ser possível o Brasil ajudar a Argentina a fazer negócios com o yuan, moeda chinesa. O país vizinho está em crise econômica e com dificuldades para obter dólares. O governo argentino já anunciou que deixará de pagar as importações vindas da China com a moeda norte-americana.

“Não precisamos, se não tiver dinheiro para comprar dólar, comprar dólar. Negocia na nossa moeda. Agora mesmo a Argentina nessa situação, o Haddad estava conversando com a Argentina, e é possível a gente ajudar a Argentina tendo como moeda o yuan, da China”, disse o petista.

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