Lula diz que vai falar com FMI para tirar ‘a faca do pescoço’ da Argentina


Presidente brasileiro diz se comprometeu com ‘amigo’ para fazer ‘todo e qualquer sacrifício’ para ajudar país vizinho

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 2, que vai recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirar a “faca do pescoço da Argentina”. A fala se deu após se reunir por mais de quatro horas com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, que veio ao Brasil pedir auxílio para enfrentar a grave crise que acomete seu território. “Me comprometi com meu amigo Alberto Fernández que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil”, disse Lula.

“O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quê emprestou o dinheiro e não pode ficar cobrando um País que só quer crescer, gerar emprego e melhorar a vida do povo. Nós estamos dispostos a ajudar a Argentina e vencer as questões técnicas”, disse Lula.

O FMI se comprometeu a desembolsar US$ 44 bilhões em um programa de ajuda para a Argentina em 30 meses. Ao todo, até o final do ano passado, já tinha desembolsado US$ 23,5 bilhões em troca de medida destinadas a controlar a inflação crônica do país. Este é o 13º acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno da democracia àquele país, em 1983.

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O encontro entre Lula e Fernández não foi tratado pelo governo federal como uma visita oficial de chefe de Estado, mas, sim, como um encontro de cortesia com o presidente argentino. Em vez de recepcionar Fernández no Palácio do Itamaraty, como é de costume na diplomacia brasileira, Lula optou por recebê-lo no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência. Depois, eles fizeram um pronunciamento à imprensa.

A reunião foi idealizada para que os dois países cheguem a termos de cooperação e medidas que ajudem a recuperar a economia argentina. Após uma 1h40 de reunião, Lula escreveu em sua conta oficial no Twitter que Brasil e Argentina terão “relações cada vez mais prósperas” e destacou que o País vizinho é “um dos maiores parceiros comerciais do nosso país e da nossa indústria”.

Apesar da expectativa que cercou o encontro, os dois presidentes não chegaram a um acordo que viabilizasse a liberação de recursos brasileiros para a Argentina. “O companheiro Fernández chegou bastante apreensivo, mas vai voltar mais tranquilo. É verdade, sem dinheiro, mas com muita disposição política”, disse Lula arrancando risadas dos assessores presentes no comunicado.

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Entre as poucas entregas e os vários gestos de apoio ao aliado regional, Lula disse ter conversado recentemente com o presidente da China, Xi Jiping, para pedir que o líder asiático ajude a Argentina por ser um País estratégico na relação com o Brasil, que tem os chineses como principais parceiros comerciais.

Lula e Fernández no Palácio da Alvorada, em Brasília Foto: Wilton Junior / Estadão

Em abril, a inflação na Argentina atingiu a marca de 104% ao ano, de acordo com os dados produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Além disso, o peso argentino se encontra desvalorizado em relação a boa parte das moedas da região. Hoje, com um dólar é possível comprar 224 pesos.

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Fernández desistiu de concorrer à reeleição em meio a um cenário de forte rejeição agravado pela crise econômica. A decisão acirrou ainda mais a disputa interna na coalizão governista, dividida entre peronistas e kirchneristas.

O presidente argentino, contudo, decidiu trazer consigo na comitiva oficial ao Brasil três aliados que atualmente figuram como possíveis candidatos à sucessão presidencial: o ministro da Fazenda, Sergio Massa, o chefe do gabinete ministerial, Agustin Rossi, e o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, que já figura como pré-candidato oficial.

Linha de financiamento

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Lula disse que vai buscar uma solução para financiar empresários brasileiros que exportam para a Argentina. “A discussão é que nós precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses”, afirmou Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou mais cedo nesta terça-feira que uma das propostas do governo Lula é oferecer linhas de crédito para os empresários brasileiros que exportarem para a Argentina – hoje, com a crise no país vizinho, os exportadores brasileiros estão com dificuldades para receberem. Com o financiamento, eles receberiam do governo brasileiro, e a Argentina pagaria depois.

“O que queremos é não perder espaço de exportação para a Argentina. São mais de 200 empresas brasileiras que não só não estão exportando, como muitas não estão recebendo. Estão com valor das exportações retido na Argentina em virtude da falta de divisas”, disse Haddad.

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Segundo Fernández, ficou acertada a ida de Haddad para Buenos Aires na semana que vem para um acordo sobre o financiamento a exportadores brasileiros.

O presidente brasileiro também afirmou que já iniciou conversas com o Brics -- grupo de países emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul --, para pedir ajuda à Argentina. Lula disse ainda que uma alternativa é o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, dar garantias ao Brasil no financiamento aos exportadores.

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Lula disse ter procurado Dilma para estudar formas de viabilizar empréstimos a países de fora do bloco econômico, como a Argentina. Segundo o presidente, Dilma disse que o estatuto do Banco dos Brics impede aportes desse tipe em outros países, mas que, após discutir o tema com o ministro das Relações Exteriores da China, sugeriu que os governadores da instituição avaliassem a mudança do artigo que define essa regra.

A ideia é que o Banco crie um fundo para dar garantia aos membros dos Brics que optem por conceder empréstimos a países em situação de fragilidade econômica. Lula disse ter delegado a Haddad a função para participar da reunião de governadores da instituição -- agendada para o dia 29 deste mês -- com o objetivo de “sensibilizar o coração” das autoridades presentes e viabilizar a mudança na regra que beneficiaria a Argentina.

“Não é nem emprestar dinheiro para a Argentina. Nós queremos que eles nos deem garantia, que aí facilita muito a relação do Brasil com a Argentina”, explicou Lula.

Aliados

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi um dos participantes da reunião nesta terça-feira. A instituição deve ser a responsável por fornecer as linhas de crédito ao país vizinho.

Em visita à Argentina no final de janeiro para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), Lula disse que o BNDES voltaria a ser utilizado como financiador de obras e empréstimos a outros países, sobretudo daqueles localizados na América do Sul.

Também integraram a comitiva o chanceler Santiago Cafiero, o secretário legal e técnico da Presidência, Hugo Vitobello, a ministra de Desenvolvimento Social, Victoria Tolosa Paz, a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti, e a primeira-dama, Fabiola Fernández.

Já o governo brasileiro convidou para a reunião o vice-presidente Geraldo Alckimin, o chanceler Mauro Vieira, o ministro Haddad, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Além do encontro entre Lula e Fernández, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), teve um encontro com a ministra Victoria Paz para discutir as ações na área. Após o encontro, a ministra argentina elogiou o Bolsa Família e disse que o programa correlato desenvolvido na argentina foi inspirado na iniciativa brasileira.

Paz ainda fez comparações entre as gestões dos ex-presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro: “O governo Macri não conseguiu acabar com esse benefício, assim com o Bolsonaro não conseguiu destruir o Bolsa Família”.

BRASÍLIA -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 2, que vai recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirar a “faca do pescoço da Argentina”. A fala se deu após se reunir por mais de quatro horas com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, que veio ao Brasil pedir auxílio para enfrentar a grave crise que acomete seu território. “Me comprometi com meu amigo Alberto Fernández que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil”, disse Lula.

“O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quê emprestou o dinheiro e não pode ficar cobrando um País que só quer crescer, gerar emprego e melhorar a vida do povo. Nós estamos dispostos a ajudar a Argentina e vencer as questões técnicas”, disse Lula.

O FMI se comprometeu a desembolsar US$ 44 bilhões em um programa de ajuda para a Argentina em 30 meses. Ao todo, até o final do ano passado, já tinha desembolsado US$ 23,5 bilhões em troca de medida destinadas a controlar a inflação crônica do país. Este é o 13º acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno da democracia àquele país, em 1983.

O encontro entre Lula e Fernández não foi tratado pelo governo federal como uma visita oficial de chefe de Estado, mas, sim, como um encontro de cortesia com o presidente argentino. Em vez de recepcionar Fernández no Palácio do Itamaraty, como é de costume na diplomacia brasileira, Lula optou por recebê-lo no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência. Depois, eles fizeram um pronunciamento à imprensa.

A reunião foi idealizada para que os dois países cheguem a termos de cooperação e medidas que ajudem a recuperar a economia argentina. Após uma 1h40 de reunião, Lula escreveu em sua conta oficial no Twitter que Brasil e Argentina terão “relações cada vez mais prósperas” e destacou que o País vizinho é “um dos maiores parceiros comerciais do nosso país e da nossa indústria”.

Apesar da expectativa que cercou o encontro, os dois presidentes não chegaram a um acordo que viabilizasse a liberação de recursos brasileiros para a Argentina. “O companheiro Fernández chegou bastante apreensivo, mas vai voltar mais tranquilo. É verdade, sem dinheiro, mas com muita disposição política”, disse Lula arrancando risadas dos assessores presentes no comunicado.

Entre as poucas entregas e os vários gestos de apoio ao aliado regional, Lula disse ter conversado recentemente com o presidente da China, Xi Jiping, para pedir que o líder asiático ajude a Argentina por ser um País estratégico na relação com o Brasil, que tem os chineses como principais parceiros comerciais.

Lula e Fernández no Palácio da Alvorada, em Brasília Foto: Wilton Junior / Estadão

Em abril, a inflação na Argentina atingiu a marca de 104% ao ano, de acordo com os dados produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Além disso, o peso argentino se encontra desvalorizado em relação a boa parte das moedas da região. Hoje, com um dólar é possível comprar 224 pesos.

Fernández desistiu de concorrer à reeleição em meio a um cenário de forte rejeição agravado pela crise econômica. A decisão acirrou ainda mais a disputa interna na coalizão governista, dividida entre peronistas e kirchneristas.

O presidente argentino, contudo, decidiu trazer consigo na comitiva oficial ao Brasil três aliados que atualmente figuram como possíveis candidatos à sucessão presidencial: o ministro da Fazenda, Sergio Massa, o chefe do gabinete ministerial, Agustin Rossi, e o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, que já figura como pré-candidato oficial.

Linha de financiamento

Lula disse que vai buscar uma solução para financiar empresários brasileiros que exportam para a Argentina. “A discussão é que nós precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses”, afirmou Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou mais cedo nesta terça-feira que uma das propostas do governo Lula é oferecer linhas de crédito para os empresários brasileiros que exportarem para a Argentina – hoje, com a crise no país vizinho, os exportadores brasileiros estão com dificuldades para receberem. Com o financiamento, eles receberiam do governo brasileiro, e a Argentina pagaria depois.

“O que queremos é não perder espaço de exportação para a Argentina. São mais de 200 empresas brasileiras que não só não estão exportando, como muitas não estão recebendo. Estão com valor das exportações retido na Argentina em virtude da falta de divisas”, disse Haddad.

Segundo Fernández, ficou acertada a ida de Haddad para Buenos Aires na semana que vem para um acordo sobre o financiamento a exportadores brasileiros.

O presidente brasileiro também afirmou que já iniciou conversas com o Brics -- grupo de países emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul --, para pedir ajuda à Argentina. Lula disse ainda que uma alternativa é o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, dar garantias ao Brasil no financiamento aos exportadores.

Lula disse ter procurado Dilma para estudar formas de viabilizar empréstimos a países de fora do bloco econômico, como a Argentina. Segundo o presidente, Dilma disse que o estatuto do Banco dos Brics impede aportes desse tipe em outros países, mas que, após discutir o tema com o ministro das Relações Exteriores da China, sugeriu que os governadores da instituição avaliassem a mudança do artigo que define essa regra.

A ideia é que o Banco crie um fundo para dar garantia aos membros dos Brics que optem por conceder empréstimos a países em situação de fragilidade econômica. Lula disse ter delegado a Haddad a função para participar da reunião de governadores da instituição -- agendada para o dia 29 deste mês -- com o objetivo de “sensibilizar o coração” das autoridades presentes e viabilizar a mudança na regra que beneficiaria a Argentina.

“Não é nem emprestar dinheiro para a Argentina. Nós queremos que eles nos deem garantia, que aí facilita muito a relação do Brasil com a Argentina”, explicou Lula.

Aliados

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi um dos participantes da reunião nesta terça-feira. A instituição deve ser a responsável por fornecer as linhas de crédito ao país vizinho.

Em visita à Argentina no final de janeiro para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), Lula disse que o BNDES voltaria a ser utilizado como financiador de obras e empréstimos a outros países, sobretudo daqueles localizados na América do Sul.

Também integraram a comitiva o chanceler Santiago Cafiero, o secretário legal e técnico da Presidência, Hugo Vitobello, a ministra de Desenvolvimento Social, Victoria Tolosa Paz, a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti, e a primeira-dama, Fabiola Fernández.

Já o governo brasileiro convidou para a reunião o vice-presidente Geraldo Alckimin, o chanceler Mauro Vieira, o ministro Haddad, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Além do encontro entre Lula e Fernández, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), teve um encontro com a ministra Victoria Paz para discutir as ações na área. Após o encontro, a ministra argentina elogiou o Bolsa Família e disse que o programa correlato desenvolvido na argentina foi inspirado na iniciativa brasileira.

Paz ainda fez comparações entre as gestões dos ex-presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro: “O governo Macri não conseguiu acabar com esse benefício, assim com o Bolsonaro não conseguiu destruir o Bolsa Família”.

BRASÍLIA -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 2, que vai recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirar a “faca do pescoço da Argentina”. A fala se deu após se reunir por mais de quatro horas com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, que veio ao Brasil pedir auxílio para enfrentar a grave crise que acomete seu território. “Me comprometi com meu amigo Alberto Fernández que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil”, disse Lula.

“O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quê emprestou o dinheiro e não pode ficar cobrando um País que só quer crescer, gerar emprego e melhorar a vida do povo. Nós estamos dispostos a ajudar a Argentina e vencer as questões técnicas”, disse Lula.

O FMI se comprometeu a desembolsar US$ 44 bilhões em um programa de ajuda para a Argentina em 30 meses. Ao todo, até o final do ano passado, já tinha desembolsado US$ 23,5 bilhões em troca de medida destinadas a controlar a inflação crônica do país. Este é o 13º acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno da democracia àquele país, em 1983.

O encontro entre Lula e Fernández não foi tratado pelo governo federal como uma visita oficial de chefe de Estado, mas, sim, como um encontro de cortesia com o presidente argentino. Em vez de recepcionar Fernández no Palácio do Itamaraty, como é de costume na diplomacia brasileira, Lula optou por recebê-lo no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência. Depois, eles fizeram um pronunciamento à imprensa.

A reunião foi idealizada para que os dois países cheguem a termos de cooperação e medidas que ajudem a recuperar a economia argentina. Após uma 1h40 de reunião, Lula escreveu em sua conta oficial no Twitter que Brasil e Argentina terão “relações cada vez mais prósperas” e destacou que o País vizinho é “um dos maiores parceiros comerciais do nosso país e da nossa indústria”.

Apesar da expectativa que cercou o encontro, os dois presidentes não chegaram a um acordo que viabilizasse a liberação de recursos brasileiros para a Argentina. “O companheiro Fernández chegou bastante apreensivo, mas vai voltar mais tranquilo. É verdade, sem dinheiro, mas com muita disposição política”, disse Lula arrancando risadas dos assessores presentes no comunicado.

Entre as poucas entregas e os vários gestos de apoio ao aliado regional, Lula disse ter conversado recentemente com o presidente da China, Xi Jiping, para pedir que o líder asiático ajude a Argentina por ser um País estratégico na relação com o Brasil, que tem os chineses como principais parceiros comerciais.

Lula e Fernández no Palácio da Alvorada, em Brasília Foto: Wilton Junior / Estadão

Em abril, a inflação na Argentina atingiu a marca de 104% ao ano, de acordo com os dados produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Além disso, o peso argentino se encontra desvalorizado em relação a boa parte das moedas da região. Hoje, com um dólar é possível comprar 224 pesos.

Fernández desistiu de concorrer à reeleição em meio a um cenário de forte rejeição agravado pela crise econômica. A decisão acirrou ainda mais a disputa interna na coalizão governista, dividida entre peronistas e kirchneristas.

O presidente argentino, contudo, decidiu trazer consigo na comitiva oficial ao Brasil três aliados que atualmente figuram como possíveis candidatos à sucessão presidencial: o ministro da Fazenda, Sergio Massa, o chefe do gabinete ministerial, Agustin Rossi, e o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, que já figura como pré-candidato oficial.

Linha de financiamento

Lula disse que vai buscar uma solução para financiar empresários brasileiros que exportam para a Argentina. “A discussão é que nós precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses”, afirmou Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou mais cedo nesta terça-feira que uma das propostas do governo Lula é oferecer linhas de crédito para os empresários brasileiros que exportarem para a Argentina – hoje, com a crise no país vizinho, os exportadores brasileiros estão com dificuldades para receberem. Com o financiamento, eles receberiam do governo brasileiro, e a Argentina pagaria depois.

“O que queremos é não perder espaço de exportação para a Argentina. São mais de 200 empresas brasileiras que não só não estão exportando, como muitas não estão recebendo. Estão com valor das exportações retido na Argentina em virtude da falta de divisas”, disse Haddad.

Segundo Fernández, ficou acertada a ida de Haddad para Buenos Aires na semana que vem para um acordo sobre o financiamento a exportadores brasileiros.

O presidente brasileiro também afirmou que já iniciou conversas com o Brics -- grupo de países emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul --, para pedir ajuda à Argentina. Lula disse ainda que uma alternativa é o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, dar garantias ao Brasil no financiamento aos exportadores.

Lula disse ter procurado Dilma para estudar formas de viabilizar empréstimos a países de fora do bloco econômico, como a Argentina. Segundo o presidente, Dilma disse que o estatuto do Banco dos Brics impede aportes desse tipe em outros países, mas que, após discutir o tema com o ministro das Relações Exteriores da China, sugeriu que os governadores da instituição avaliassem a mudança do artigo que define essa regra.

A ideia é que o Banco crie um fundo para dar garantia aos membros dos Brics que optem por conceder empréstimos a países em situação de fragilidade econômica. Lula disse ter delegado a Haddad a função para participar da reunião de governadores da instituição -- agendada para o dia 29 deste mês -- com o objetivo de “sensibilizar o coração” das autoridades presentes e viabilizar a mudança na regra que beneficiaria a Argentina.

“Não é nem emprestar dinheiro para a Argentina. Nós queremos que eles nos deem garantia, que aí facilita muito a relação do Brasil com a Argentina”, explicou Lula.

Aliados

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi um dos participantes da reunião nesta terça-feira. A instituição deve ser a responsável por fornecer as linhas de crédito ao país vizinho.

Em visita à Argentina no final de janeiro para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), Lula disse que o BNDES voltaria a ser utilizado como financiador de obras e empréstimos a outros países, sobretudo daqueles localizados na América do Sul.

Também integraram a comitiva o chanceler Santiago Cafiero, o secretário legal e técnico da Presidência, Hugo Vitobello, a ministra de Desenvolvimento Social, Victoria Tolosa Paz, a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti, e a primeira-dama, Fabiola Fernández.

Já o governo brasileiro convidou para a reunião o vice-presidente Geraldo Alckimin, o chanceler Mauro Vieira, o ministro Haddad, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Além do encontro entre Lula e Fernández, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), teve um encontro com a ministra Victoria Paz para discutir as ações na área. Após o encontro, a ministra argentina elogiou o Bolsa Família e disse que o programa correlato desenvolvido na argentina foi inspirado na iniciativa brasileira.

Paz ainda fez comparações entre as gestões dos ex-presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro: “O governo Macri não conseguiu acabar com esse benefício, assim com o Bolsonaro não conseguiu destruir o Bolsa Família”.

BRASÍLIA -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 2, que vai recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirar a “faca do pescoço da Argentina”. A fala se deu após se reunir por mais de quatro horas com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, que veio ao Brasil pedir auxílio para enfrentar a grave crise que acomete seu território. “Me comprometi com meu amigo Alberto Fernández que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil”, disse Lula.

“O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quê emprestou o dinheiro e não pode ficar cobrando um País que só quer crescer, gerar emprego e melhorar a vida do povo. Nós estamos dispostos a ajudar a Argentina e vencer as questões técnicas”, disse Lula.

O FMI se comprometeu a desembolsar US$ 44 bilhões em um programa de ajuda para a Argentina em 30 meses. Ao todo, até o final do ano passado, já tinha desembolsado US$ 23,5 bilhões em troca de medida destinadas a controlar a inflação crônica do país. Este é o 13º acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno da democracia àquele país, em 1983.

O encontro entre Lula e Fernández não foi tratado pelo governo federal como uma visita oficial de chefe de Estado, mas, sim, como um encontro de cortesia com o presidente argentino. Em vez de recepcionar Fernández no Palácio do Itamaraty, como é de costume na diplomacia brasileira, Lula optou por recebê-lo no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência. Depois, eles fizeram um pronunciamento à imprensa.

A reunião foi idealizada para que os dois países cheguem a termos de cooperação e medidas que ajudem a recuperar a economia argentina. Após uma 1h40 de reunião, Lula escreveu em sua conta oficial no Twitter que Brasil e Argentina terão “relações cada vez mais prósperas” e destacou que o País vizinho é “um dos maiores parceiros comerciais do nosso país e da nossa indústria”.

Apesar da expectativa que cercou o encontro, os dois presidentes não chegaram a um acordo que viabilizasse a liberação de recursos brasileiros para a Argentina. “O companheiro Fernández chegou bastante apreensivo, mas vai voltar mais tranquilo. É verdade, sem dinheiro, mas com muita disposição política”, disse Lula arrancando risadas dos assessores presentes no comunicado.

Entre as poucas entregas e os vários gestos de apoio ao aliado regional, Lula disse ter conversado recentemente com o presidente da China, Xi Jiping, para pedir que o líder asiático ajude a Argentina por ser um País estratégico na relação com o Brasil, que tem os chineses como principais parceiros comerciais.

Lula e Fernández no Palácio da Alvorada, em Brasília Foto: Wilton Junior / Estadão

Em abril, a inflação na Argentina atingiu a marca de 104% ao ano, de acordo com os dados produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Além disso, o peso argentino se encontra desvalorizado em relação a boa parte das moedas da região. Hoje, com um dólar é possível comprar 224 pesos.

Fernández desistiu de concorrer à reeleição em meio a um cenário de forte rejeição agravado pela crise econômica. A decisão acirrou ainda mais a disputa interna na coalizão governista, dividida entre peronistas e kirchneristas.

O presidente argentino, contudo, decidiu trazer consigo na comitiva oficial ao Brasil três aliados que atualmente figuram como possíveis candidatos à sucessão presidencial: o ministro da Fazenda, Sergio Massa, o chefe do gabinete ministerial, Agustin Rossi, e o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, que já figura como pré-candidato oficial.

Linha de financiamento

Lula disse que vai buscar uma solução para financiar empresários brasileiros que exportam para a Argentina. “A discussão é que nós precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses”, afirmou Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou mais cedo nesta terça-feira que uma das propostas do governo Lula é oferecer linhas de crédito para os empresários brasileiros que exportarem para a Argentina – hoje, com a crise no país vizinho, os exportadores brasileiros estão com dificuldades para receberem. Com o financiamento, eles receberiam do governo brasileiro, e a Argentina pagaria depois.

“O que queremos é não perder espaço de exportação para a Argentina. São mais de 200 empresas brasileiras que não só não estão exportando, como muitas não estão recebendo. Estão com valor das exportações retido na Argentina em virtude da falta de divisas”, disse Haddad.

Segundo Fernández, ficou acertada a ida de Haddad para Buenos Aires na semana que vem para um acordo sobre o financiamento a exportadores brasileiros.

O presidente brasileiro também afirmou que já iniciou conversas com o Brics -- grupo de países emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul --, para pedir ajuda à Argentina. Lula disse ainda que uma alternativa é o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, dar garantias ao Brasil no financiamento aos exportadores.

Lula disse ter procurado Dilma para estudar formas de viabilizar empréstimos a países de fora do bloco econômico, como a Argentina. Segundo o presidente, Dilma disse que o estatuto do Banco dos Brics impede aportes desse tipe em outros países, mas que, após discutir o tema com o ministro das Relações Exteriores da China, sugeriu que os governadores da instituição avaliassem a mudança do artigo que define essa regra.

A ideia é que o Banco crie um fundo para dar garantia aos membros dos Brics que optem por conceder empréstimos a países em situação de fragilidade econômica. Lula disse ter delegado a Haddad a função para participar da reunião de governadores da instituição -- agendada para o dia 29 deste mês -- com o objetivo de “sensibilizar o coração” das autoridades presentes e viabilizar a mudança na regra que beneficiaria a Argentina.

“Não é nem emprestar dinheiro para a Argentina. Nós queremos que eles nos deem garantia, que aí facilita muito a relação do Brasil com a Argentina”, explicou Lula.

Aliados

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi um dos participantes da reunião nesta terça-feira. A instituição deve ser a responsável por fornecer as linhas de crédito ao país vizinho.

Em visita à Argentina no final de janeiro para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), Lula disse que o BNDES voltaria a ser utilizado como financiador de obras e empréstimos a outros países, sobretudo daqueles localizados na América do Sul.

Também integraram a comitiva o chanceler Santiago Cafiero, o secretário legal e técnico da Presidência, Hugo Vitobello, a ministra de Desenvolvimento Social, Victoria Tolosa Paz, a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti, e a primeira-dama, Fabiola Fernández.

Já o governo brasileiro convidou para a reunião o vice-presidente Geraldo Alckimin, o chanceler Mauro Vieira, o ministro Haddad, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Além do encontro entre Lula e Fernández, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), teve um encontro com a ministra Victoria Paz para discutir as ações na área. Após o encontro, a ministra argentina elogiou o Bolsa Família e disse que o programa correlato desenvolvido na argentina foi inspirado na iniciativa brasileira.

Paz ainda fez comparações entre as gestões dos ex-presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro: “O governo Macri não conseguiu acabar com esse benefício, assim com o Bolsonaro não conseguiu destruir o Bolsa Família”.

BRASÍLIA -O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 2, que vai recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tirar a “faca do pescoço da Argentina”. A fala se deu após se reunir por mais de quatro horas com o presidente do país vizinho, Alberto Fernández, que veio ao Brasil pedir auxílio para enfrentar a grave crise que acomete seu território. “Me comprometi com meu amigo Alberto Fernández que vou fazer todo e qualquer sacrifício para que a gente possa ajudar a Argentina neste momento difícil”, disse Lula.

“O FMI sabe como a Argentina se endividou, sabe para quê emprestou o dinheiro e não pode ficar cobrando um País que só quer crescer, gerar emprego e melhorar a vida do povo. Nós estamos dispostos a ajudar a Argentina e vencer as questões técnicas”, disse Lula.

O FMI se comprometeu a desembolsar US$ 44 bilhões em um programa de ajuda para a Argentina em 30 meses. Ao todo, até o final do ano passado, já tinha desembolsado US$ 23,5 bilhões em troca de medida destinadas a controlar a inflação crônica do país. Este é o 13º acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno da democracia àquele país, em 1983.

O encontro entre Lula e Fernández não foi tratado pelo governo federal como uma visita oficial de chefe de Estado, mas, sim, como um encontro de cortesia com o presidente argentino. Em vez de recepcionar Fernández no Palácio do Itamaraty, como é de costume na diplomacia brasileira, Lula optou por recebê-lo no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência. Depois, eles fizeram um pronunciamento à imprensa.

A reunião foi idealizada para que os dois países cheguem a termos de cooperação e medidas que ajudem a recuperar a economia argentina. Após uma 1h40 de reunião, Lula escreveu em sua conta oficial no Twitter que Brasil e Argentina terão “relações cada vez mais prósperas” e destacou que o País vizinho é “um dos maiores parceiros comerciais do nosso país e da nossa indústria”.

Apesar da expectativa que cercou o encontro, os dois presidentes não chegaram a um acordo que viabilizasse a liberação de recursos brasileiros para a Argentina. “O companheiro Fernández chegou bastante apreensivo, mas vai voltar mais tranquilo. É verdade, sem dinheiro, mas com muita disposição política”, disse Lula arrancando risadas dos assessores presentes no comunicado.

Entre as poucas entregas e os vários gestos de apoio ao aliado regional, Lula disse ter conversado recentemente com o presidente da China, Xi Jiping, para pedir que o líder asiático ajude a Argentina por ser um País estratégico na relação com o Brasil, que tem os chineses como principais parceiros comerciais.

Lula e Fernández no Palácio da Alvorada, em Brasília Foto: Wilton Junior / Estadão

Em abril, a inflação na Argentina atingiu a marca de 104% ao ano, de acordo com os dados produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). Além disso, o peso argentino se encontra desvalorizado em relação a boa parte das moedas da região. Hoje, com um dólar é possível comprar 224 pesos.

Fernández desistiu de concorrer à reeleição em meio a um cenário de forte rejeição agravado pela crise econômica. A decisão acirrou ainda mais a disputa interna na coalizão governista, dividida entre peronistas e kirchneristas.

O presidente argentino, contudo, decidiu trazer consigo na comitiva oficial ao Brasil três aliados que atualmente figuram como possíveis candidatos à sucessão presidencial: o ministro da Fazenda, Sergio Massa, o chefe do gabinete ministerial, Agustin Rossi, e o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, que já figura como pré-candidato oficial.

Linha de financiamento

Lula disse que vai buscar uma solução para financiar empresários brasileiros que exportam para a Argentina. “A discussão é que nós precisamos ajudar os empresários brasileiros que exportam para Argentina e financiar as exportações brasileiras, como a China faz para os produtos chineses”, afirmou Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou mais cedo nesta terça-feira que uma das propostas do governo Lula é oferecer linhas de crédito para os empresários brasileiros que exportarem para a Argentina – hoje, com a crise no país vizinho, os exportadores brasileiros estão com dificuldades para receberem. Com o financiamento, eles receberiam do governo brasileiro, e a Argentina pagaria depois.

“O que queremos é não perder espaço de exportação para a Argentina. São mais de 200 empresas brasileiras que não só não estão exportando, como muitas não estão recebendo. Estão com valor das exportações retido na Argentina em virtude da falta de divisas”, disse Haddad.

Segundo Fernández, ficou acertada a ida de Haddad para Buenos Aires na semana que vem para um acordo sobre o financiamento a exportadores brasileiros.

O presidente brasileiro também afirmou que já iniciou conversas com o Brics -- grupo de países emergentes formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul --, para pedir ajuda à Argentina. Lula disse ainda que uma alternativa é o Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, dar garantias ao Brasil no financiamento aos exportadores.

Lula disse ter procurado Dilma para estudar formas de viabilizar empréstimos a países de fora do bloco econômico, como a Argentina. Segundo o presidente, Dilma disse que o estatuto do Banco dos Brics impede aportes desse tipe em outros países, mas que, após discutir o tema com o ministro das Relações Exteriores da China, sugeriu que os governadores da instituição avaliassem a mudança do artigo que define essa regra.

A ideia é que o Banco crie um fundo para dar garantia aos membros dos Brics que optem por conceder empréstimos a países em situação de fragilidade econômica. Lula disse ter delegado a Haddad a função para participar da reunião de governadores da instituição -- agendada para o dia 29 deste mês -- com o objetivo de “sensibilizar o coração” das autoridades presentes e viabilizar a mudança na regra que beneficiaria a Argentina.

“Não é nem emprestar dinheiro para a Argentina. Nós queremos que eles nos deem garantia, que aí facilita muito a relação do Brasil com a Argentina”, explicou Lula.

Aliados

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi um dos participantes da reunião nesta terça-feira. A instituição deve ser a responsável por fornecer as linhas de crédito ao país vizinho.

Em visita à Argentina no final de janeiro para participar da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), Lula disse que o BNDES voltaria a ser utilizado como financiador de obras e empréstimos a outros países, sobretudo daqueles localizados na América do Sul.

Também integraram a comitiva o chanceler Santiago Cafiero, o secretário legal e técnico da Presidência, Hugo Vitobello, a ministra de Desenvolvimento Social, Victoria Tolosa Paz, a porta-voz presidencial, Gabriela Cerruti, e a primeira-dama, Fabiola Fernández.

Já o governo brasileiro convidou para a reunião o vice-presidente Geraldo Alckimin, o chanceler Mauro Vieira, o ministro Haddad, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Além do encontro entre Lula e Fernández, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), teve um encontro com a ministra Victoria Paz para discutir as ações na área. Após o encontro, a ministra argentina elogiou o Bolsa Família e disse que o programa correlato desenvolvido na argentina foi inspirado na iniciativa brasileira.

Paz ainda fez comparações entre as gestões dos ex-presidentes Mauricio Macri e Jair Bolsonaro: “O governo Macri não conseguiu acabar com esse benefício, assim com o Bolsonaro não conseguiu destruir o Bolsa Família”.

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