Lula erra ao dizer que Bolsonaro editou MP para aumentar preço de combustíveis


Presidente diplomado tem criticado últimas medidas do atual chefe do executivo sobre desoneração do óleo diesel, da gasolina e do gás

Por Adriana Fernandes

BRASÍLIA - Ao criticar duramente o presidente Jair Bolsonaro por editar Medidas Provisórias (MP) faltando poucos dias para o fim do mandato, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva acabou se equivocando ao dizer que o governo atual baixou uma MP para aumentar os tributos dos combustíveis.

“Ele (Bolsonaro) continua botando Medidas Provisórias. Ele não teve coragem e botou Medida Provisória acabando com a desoneração do óleo diesel, da gasolina e do gás, faltando dois para ele ir embora, na perspectiva de que o povo vai colocar nas nossas costas”, reclamou.

Bolsonaro não precisa editar um MP para o imposto subir. Basta não fazer nada. Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Na verdade, o governo Bolsonaro não editou até agora uma MP sobre combustíveis. Mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a acertar com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a edição de uma MP para prorrogar a desoneração por mais um mês para dar tempo para a decisão do governo. Mas Lula não autorizou e pediu a Haddad que dispensasse a oferta de Guedes.

A isenção dos tributos federais sobre os combustíveis termina no próximo dia 31 de dezembro. Se nada for feito, as alíquotas voltam a ser cobradas no dia primeiro de janeiro, quando Lula assume a presidência. Ou seja, Bolsonaro não precisa editar um MP para o imposto subir. Basta não fazer nada.

Ao falar sobre o tema acabou sinalizando que vai esperar a posse da diretoria da Petrobras, que leva mais tempo por conta das regras das estatais para tomar uma decisão.

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A expectativa no mercado financeiro é que Lula decida pôr fim à desoneração. O ritmo do desmonte desse subsídio do governo aos combustíveis fósseis é que está sendo estudado pela equipe econômica do novo governo levando em conta os preços do petróleo, do dólar e da política de preços que a Petrobrás adotará.

Depois da fala do presidente eleito, o Estadão procurou a assessoria de Haddad, que explicou que a declaração de Lula se referia a duas medidas provisórias. Uma da semana passada, que trata da isenção de combustível para o setor aéreo, e outra desta quinta-feira, sobre o preço de transferência de multinacionais. Não se trata da MP do PIS/Cofins dos combustíveis, esclareceu a assessoria.

BRASÍLIA - Ao criticar duramente o presidente Jair Bolsonaro por editar Medidas Provisórias (MP) faltando poucos dias para o fim do mandato, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva acabou se equivocando ao dizer que o governo atual baixou uma MP para aumentar os tributos dos combustíveis.

“Ele (Bolsonaro) continua botando Medidas Provisórias. Ele não teve coragem e botou Medida Provisória acabando com a desoneração do óleo diesel, da gasolina e do gás, faltando dois para ele ir embora, na perspectiva de que o povo vai colocar nas nossas costas”, reclamou.

Bolsonaro não precisa editar um MP para o imposto subir. Basta não fazer nada. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Na verdade, o governo Bolsonaro não editou até agora uma MP sobre combustíveis. Mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a acertar com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a edição de uma MP para prorrogar a desoneração por mais um mês para dar tempo para a decisão do governo. Mas Lula não autorizou e pediu a Haddad que dispensasse a oferta de Guedes.

A isenção dos tributos federais sobre os combustíveis termina no próximo dia 31 de dezembro. Se nada for feito, as alíquotas voltam a ser cobradas no dia primeiro de janeiro, quando Lula assume a presidência. Ou seja, Bolsonaro não precisa editar um MP para o imposto subir. Basta não fazer nada.

Ao falar sobre o tema acabou sinalizando que vai esperar a posse da diretoria da Petrobras, que leva mais tempo por conta das regras das estatais para tomar uma decisão.

A expectativa no mercado financeiro é que Lula decida pôr fim à desoneração. O ritmo do desmonte desse subsídio do governo aos combustíveis fósseis é que está sendo estudado pela equipe econômica do novo governo levando em conta os preços do petróleo, do dólar e da política de preços que a Petrobrás adotará.

Depois da fala do presidente eleito, o Estadão procurou a assessoria de Haddad, que explicou que a declaração de Lula se referia a duas medidas provisórias. Uma da semana passada, que trata da isenção de combustível para o setor aéreo, e outra desta quinta-feira, sobre o preço de transferência de multinacionais. Não se trata da MP do PIS/Cofins dos combustíveis, esclareceu a assessoria.

BRASÍLIA - Ao criticar duramente o presidente Jair Bolsonaro por editar Medidas Provisórias (MP) faltando poucos dias para o fim do mandato, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva acabou se equivocando ao dizer que o governo atual baixou uma MP para aumentar os tributos dos combustíveis.

“Ele (Bolsonaro) continua botando Medidas Provisórias. Ele não teve coragem e botou Medida Provisória acabando com a desoneração do óleo diesel, da gasolina e do gás, faltando dois para ele ir embora, na perspectiva de que o povo vai colocar nas nossas costas”, reclamou.

Bolsonaro não precisa editar um MP para o imposto subir. Basta não fazer nada. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Na verdade, o governo Bolsonaro não editou até agora uma MP sobre combustíveis. Mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a acertar com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a edição de uma MP para prorrogar a desoneração por mais um mês para dar tempo para a decisão do governo. Mas Lula não autorizou e pediu a Haddad que dispensasse a oferta de Guedes.

A isenção dos tributos federais sobre os combustíveis termina no próximo dia 31 de dezembro. Se nada for feito, as alíquotas voltam a ser cobradas no dia primeiro de janeiro, quando Lula assume a presidência. Ou seja, Bolsonaro não precisa editar um MP para o imposto subir. Basta não fazer nada.

Ao falar sobre o tema acabou sinalizando que vai esperar a posse da diretoria da Petrobras, que leva mais tempo por conta das regras das estatais para tomar uma decisão.

A expectativa no mercado financeiro é que Lula decida pôr fim à desoneração. O ritmo do desmonte desse subsídio do governo aos combustíveis fósseis é que está sendo estudado pela equipe econômica do novo governo levando em conta os preços do petróleo, do dólar e da política de preços que a Petrobrás adotará.

Depois da fala do presidente eleito, o Estadão procurou a assessoria de Haddad, que explicou que a declaração de Lula se referia a duas medidas provisórias. Uma da semana passada, que trata da isenção de combustível para o setor aéreo, e outra desta quinta-feira, sobre o preço de transferência de multinacionais. Não se trata da MP do PIS/Cofins dos combustíveis, esclareceu a assessoria.

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