Lula diz que o problema é saber se precisa cortar gastos ou aumentar a arrecadação


Em entrevista ao portal UOL, presidente disse não ser possível desvincular BPC e pensões do salário mínimo

Por Victor Ohana e Sofia Aguiar
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo realiza a revisão dos gastos públicos“sem considerar o nervosismo do mercado” e disse haver a necessidade de manter investimentos em Saúde e Educação. Em entrevista ao portal UOL, nesta quarta-feira, 26, ele afirmou que a avaliação mostrará se há ou não necessidade de cortar alguma despesa. Ele também disse não ser possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e deficientes de baixa renda, da política de valorização do salário mínimo.

“Estamos fazendo uma análise de onde é que tem gasto exagerado, onde é que tem gasto que não deveria ter, onde é que tem pessoas que não deveriam receber e que estão recebendo”, disse o presidente. Ele acrescentou que isso está sendo feito com “muita tranquilidade”, sem considerar o nervosismo do mercado e levando em conta a necessidade de manter política de investimento.

O petista afirmou que vai continuar investindo em Educação e Saúde, e disse que esses gastos podem melhorar a produtividade nesses setores. Em seguida, Lula questionou “se precisa cortar” gastos. “O problema não é que tem de cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar, ou se a gente precisa aumentar a arrecadação. Temos de fazer essa discussão”, declarou.

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Lula disse que é preciso avaliar se o gasto está promovendo crescimento Foto: Wilton Junior/Estadão

Lula também mencionou a derrubada do seu veto à desoneração, pelo Congresso, e afirmou serem recursos que o governo deixa de receber.

No ano passado, o presidente verou o projeto de lei que prorrogava, por mais quatro anos, a chamada desoneração da folha salarial para 17 grandes setores da economia. Implementada em 2012, a medida vinha sendo prorrogada, atendendo a uma demanda dos setores que mais empregam no País.

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“Como vamos falar em gasto se estamos abrindo mão de receber recursos que empresários têm de pagar?”, questionou. “Quando vou desonerar empresa, preciso saber se companhia vai manter estabilidade do emprego.” Lula prosseguiu: “Me pergunto qual o direito de o Estado abrir mão de quantia de arrecadação para favorecer empresário”.

Nos últimos dias, ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) apontaram para a tendência de revisão de gastos com despesas públicas. Os cortes, no entanto, ainda não foram propostos. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o governo deve realizar, entre as medidas, perícias no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no auxílio-doença para revisar gastos.

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Lula afirmou, no entanto, que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo. “Não é (possível), porque não considero isso gasto, gente”, respondeu, ao ser questionado em entrevista ao portal UOL. “A palavra salário mínimo é o mínimo que a pessoa precisa para sobreviver.”

Lula prosseguiu: “Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara. Eu não vou para o céu. Eu ficaria no purgatório”.

Haddad

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Lula também falou sobre sua relação com os ministro. Ele destacou que nem sempre concorda com seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas discussões sobre a economia. Contudo, frisou: “Ele tem 100% da minha confiança.”

Lula disse ser saudável ter esse tipo de divergência, como as que tem com Haddad. Apesar disso, afirmou que o ministro da Fazenda é “muito importante para o País”. “O Haddad é uma pessoa muito importante para mim, muito importante para o País. Quero muito bem ao Haddad. Obviamente temos divergência (eu e Haddad), mas isso é saudável. O Haddad tem 100% da minha confiança, o Rui (Costa) tem 100% da minha confiança. Os ministros todos têm minha confiança porque mantenho uma equipe boa”, afirmou.

Lula citou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, por causa das divergências internas que o ex-governador da Bahia protagoniza no governo, especialmente com Haddad e outros integrantes da equipe econômica.

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O presidente defendeu seu ministro da Casa Civil e disse que a sua função é a de “dizer não” a outros ministros, além de estar em conflito, em muitas oportunidades, com outras pastas.

“Temos de compreender o papel da Casa Civil, ele (Rui Costa) tem um papel que coloca ele em confronto com outros ministros. A primeira demanda à Presidência passa pela Casa Civil, que passa para mim ou com um acordo para eu referendar, ou quando há uma divergência crônica, aí eu decido”, afirmou.

Segundo Lula, cabe a ele “aconchegar” as pessoas depois dos embates internos com a Casa Civil. “Então o Rui faz o papel dele, de dizer não e eu aconchego as pessoas”, completou.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo realiza a revisão dos gastos públicos“sem considerar o nervosismo do mercado” e disse haver a necessidade de manter investimentos em Saúde e Educação. Em entrevista ao portal UOL, nesta quarta-feira, 26, ele afirmou que a avaliação mostrará se há ou não necessidade de cortar alguma despesa. Ele também disse não ser possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e deficientes de baixa renda, da política de valorização do salário mínimo.

“Estamos fazendo uma análise de onde é que tem gasto exagerado, onde é que tem gasto que não deveria ter, onde é que tem pessoas que não deveriam receber e que estão recebendo”, disse o presidente. Ele acrescentou que isso está sendo feito com “muita tranquilidade”, sem considerar o nervosismo do mercado e levando em conta a necessidade de manter política de investimento.

O petista afirmou que vai continuar investindo em Educação e Saúde, e disse que esses gastos podem melhorar a produtividade nesses setores. Em seguida, Lula questionou “se precisa cortar” gastos. “O problema não é que tem de cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar, ou se a gente precisa aumentar a arrecadação. Temos de fazer essa discussão”, declarou.

Lula disse que é preciso avaliar se o gasto está promovendo crescimento Foto: Wilton Junior/Estadão

Lula também mencionou a derrubada do seu veto à desoneração, pelo Congresso, e afirmou serem recursos que o governo deixa de receber.

No ano passado, o presidente verou o projeto de lei que prorrogava, por mais quatro anos, a chamada desoneração da folha salarial para 17 grandes setores da economia. Implementada em 2012, a medida vinha sendo prorrogada, atendendo a uma demanda dos setores que mais empregam no País.

“Como vamos falar em gasto se estamos abrindo mão de receber recursos que empresários têm de pagar?”, questionou. “Quando vou desonerar empresa, preciso saber se companhia vai manter estabilidade do emprego.” Lula prosseguiu: “Me pergunto qual o direito de o Estado abrir mão de quantia de arrecadação para favorecer empresário”.

Nos últimos dias, ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) apontaram para a tendência de revisão de gastos com despesas públicas. Os cortes, no entanto, ainda não foram propostos. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o governo deve realizar, entre as medidas, perícias no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no auxílio-doença para revisar gastos.

Lula afirmou, no entanto, que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo. “Não é (possível), porque não considero isso gasto, gente”, respondeu, ao ser questionado em entrevista ao portal UOL. “A palavra salário mínimo é o mínimo que a pessoa precisa para sobreviver.”

Lula prosseguiu: “Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara. Eu não vou para o céu. Eu ficaria no purgatório”.

Haddad

Lula também falou sobre sua relação com os ministro. Ele destacou que nem sempre concorda com seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas discussões sobre a economia. Contudo, frisou: “Ele tem 100% da minha confiança.”

Lula disse ser saudável ter esse tipo de divergência, como as que tem com Haddad. Apesar disso, afirmou que o ministro da Fazenda é “muito importante para o País”. “O Haddad é uma pessoa muito importante para mim, muito importante para o País. Quero muito bem ao Haddad. Obviamente temos divergência (eu e Haddad), mas isso é saudável. O Haddad tem 100% da minha confiança, o Rui (Costa) tem 100% da minha confiança. Os ministros todos têm minha confiança porque mantenho uma equipe boa”, afirmou.

Lula citou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, por causa das divergências internas que o ex-governador da Bahia protagoniza no governo, especialmente com Haddad e outros integrantes da equipe econômica.

O presidente defendeu seu ministro da Casa Civil e disse que a sua função é a de “dizer não” a outros ministros, além de estar em conflito, em muitas oportunidades, com outras pastas.

“Temos de compreender o papel da Casa Civil, ele (Rui Costa) tem um papel que coloca ele em confronto com outros ministros. A primeira demanda à Presidência passa pela Casa Civil, que passa para mim ou com um acordo para eu referendar, ou quando há uma divergência crônica, aí eu decido”, afirmou.

Segundo Lula, cabe a ele “aconchegar” as pessoas depois dos embates internos com a Casa Civil. “Então o Rui faz o papel dele, de dizer não e eu aconchego as pessoas”, completou.

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo realiza a revisão dos gastos públicos“sem considerar o nervosismo do mercado” e disse haver a necessidade de manter investimentos em Saúde e Educação. Em entrevista ao portal UOL, nesta quarta-feira, 26, ele afirmou que a avaliação mostrará se há ou não necessidade de cortar alguma despesa. Ele também disse não ser possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e deficientes de baixa renda, da política de valorização do salário mínimo.

“Estamos fazendo uma análise de onde é que tem gasto exagerado, onde é que tem gasto que não deveria ter, onde é que tem pessoas que não deveriam receber e que estão recebendo”, disse o presidente. Ele acrescentou que isso está sendo feito com “muita tranquilidade”, sem considerar o nervosismo do mercado e levando em conta a necessidade de manter política de investimento.

O petista afirmou que vai continuar investindo em Educação e Saúde, e disse que esses gastos podem melhorar a produtividade nesses setores. Em seguida, Lula questionou “se precisa cortar” gastos. “O problema não é que tem de cortar. O problema é saber se precisa efetivamente cortar, ou se a gente precisa aumentar a arrecadação. Temos de fazer essa discussão”, declarou.

Lula disse que é preciso avaliar se o gasto está promovendo crescimento Foto: Wilton Junior/Estadão

Lula também mencionou a derrubada do seu veto à desoneração, pelo Congresso, e afirmou serem recursos que o governo deixa de receber.

No ano passado, o presidente verou o projeto de lei que prorrogava, por mais quatro anos, a chamada desoneração da folha salarial para 17 grandes setores da economia. Implementada em 2012, a medida vinha sendo prorrogada, atendendo a uma demanda dos setores que mais empregam no País.

“Como vamos falar em gasto se estamos abrindo mão de receber recursos que empresários têm de pagar?”, questionou. “Quando vou desonerar empresa, preciso saber se companhia vai manter estabilidade do emprego.” Lula prosseguiu: “Me pergunto qual o direito de o Estado abrir mão de quantia de arrecadação para favorecer empresário”.

Nos últimos dias, ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) apontaram para a tendência de revisão de gastos com despesas públicas. Os cortes, no entanto, ainda não foram propostos. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o governo deve realizar, entre as medidas, perícias no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no auxílio-doença para revisar gastos.

Lula afirmou, no entanto, que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo. “Não é (possível), porque não considero isso gasto, gente”, respondeu, ao ser questionado em entrevista ao portal UOL. “A palavra salário mínimo é o mínimo que a pessoa precisa para sobreviver.”

Lula prosseguiu: “Se eu acho que vou resolver o problema da economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, cara. Eu não vou para o céu. Eu ficaria no purgatório”.

Haddad

Lula também falou sobre sua relação com os ministro. Ele destacou que nem sempre concorda com seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas discussões sobre a economia. Contudo, frisou: “Ele tem 100% da minha confiança.”

Lula disse ser saudável ter esse tipo de divergência, como as que tem com Haddad. Apesar disso, afirmou que o ministro da Fazenda é “muito importante para o País”. “O Haddad é uma pessoa muito importante para mim, muito importante para o País. Quero muito bem ao Haddad. Obviamente temos divergência (eu e Haddad), mas isso é saudável. O Haddad tem 100% da minha confiança, o Rui (Costa) tem 100% da minha confiança. Os ministros todos têm minha confiança porque mantenho uma equipe boa”, afirmou.

Lula citou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, por causa das divergências internas que o ex-governador da Bahia protagoniza no governo, especialmente com Haddad e outros integrantes da equipe econômica.

O presidente defendeu seu ministro da Casa Civil e disse que a sua função é a de “dizer não” a outros ministros, além de estar em conflito, em muitas oportunidades, com outras pastas.

“Temos de compreender o papel da Casa Civil, ele (Rui Costa) tem um papel que coloca ele em confronto com outros ministros. A primeira demanda à Presidência passa pela Casa Civil, que passa para mim ou com um acordo para eu referendar, ou quando há uma divergência crônica, aí eu decido”, afirmou.

Segundo Lula, cabe a ele “aconchegar” as pessoas depois dos embates internos com a Casa Civil. “Então o Rui faz o papel dele, de dizer não e eu aconchego as pessoas”, completou.

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