Lula é ‘getulista’ na economia? Entenda o que isso significa


Segundo especialistas, tentativa de interferência direta do governo na atividade econômica, principalmente por meio de estatais, remete às políticas defendidas por Getúlio Vargas

Por Redação
Atualização:

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaé meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?

Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.

Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de tentar promover o crescimento econômico.

continua após a publicidade

“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’. Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.

O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade econômica através de subsídios”, explica.

continua após a publicidade
Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País.  Foto: Wilton Junior/Estadão

Vladimir Maciel, do CMLE, diz que episódios recentes demonstram que há essa visão no governo Lula. Ele cita a questão dos dividendos extraordinários na Petrobras, a tentativa do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da Vale, hoje uma empresa privada, e uma declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, de que o governo quer regulamentar o serviço de entrega de e-commerce no País para, além de garantir níveis de qualidade, fortalecer os Correios.

Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.

continua após a publicidade

“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e realizar esses investimentos.

“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e beneficiando o setor privado também no longo prazo.

Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia, geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses pontos”, conclui.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaé meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?

Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.

Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de tentar promover o crescimento econômico.

“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’. Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.

O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade econômica através de subsídios”, explica.

Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País.  Foto: Wilton Junior/Estadão

Vladimir Maciel, do CMLE, diz que episódios recentes demonstram que há essa visão no governo Lula. Ele cita a questão dos dividendos extraordinários na Petrobras, a tentativa do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da Vale, hoje uma empresa privada, e uma declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, de que o governo quer regulamentar o serviço de entrega de e-commerce no País para, além de garantir níveis de qualidade, fortalecer os Correios.

Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.

“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e realizar esses investimentos.

“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e beneficiando o setor privado também no longo prazo.

Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia, geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses pontos”, conclui.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaé meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?

Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.

Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de tentar promover o crescimento econômico.

“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’. Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.

O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade econômica através de subsídios”, explica.

Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País.  Foto: Wilton Junior/Estadão

Vladimir Maciel, do CMLE, diz que episódios recentes demonstram que há essa visão no governo Lula. Ele cita a questão dos dividendos extraordinários na Petrobras, a tentativa do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da Vale, hoje uma empresa privada, e uma declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, de que o governo quer regulamentar o serviço de entrega de e-commerce no País para, além de garantir níveis de qualidade, fortalecer os Correios.

Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.

“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e realizar esses investimentos.

“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e beneficiando o setor privado também no longo prazo.

Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia, geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses pontos”, conclui.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaé meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?

Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.

Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de tentar promover o crescimento econômico.

“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’. Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.

O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade econômica através de subsídios”, explica.

Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País.  Foto: Wilton Junior/Estadão

Vladimir Maciel, do CMLE, diz que episódios recentes demonstram que há essa visão no governo Lula. Ele cita a questão dos dividendos extraordinários na Petrobras, a tentativa do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da Vale, hoje uma empresa privada, e uma declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, de que o governo quer regulamentar o serviço de entrega de e-commerce no País para, além de garantir níveis de qualidade, fortalecer os Correios.

Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.

“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e realizar esses investimentos.

“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e beneficiando o setor privado também no longo prazo.

Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia, geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses pontos”, conclui.

Em entrevista ao Estadão, o pesquisador do Ibre/FGV Samuel Pessôa afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaé meio getulista” em relação à economia, fazendo referência a Getúlio Vargas, que governou o País entre 1930 e 1945 e também entre 1951 e 1954. Mas o que significa ser “getulista” na economia?

Na entrevista, Pessôa disse que Lula segue políticas de maior intervenção do Estado na economia, por conta da “crença de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento”. Segundo especialistas consultados pelo Estadão, essa era uma característica do governo de Getúlio Vargas.

Vladimir Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) afirma que, apesar de não compartilharem uma semelhança ideológica, é possível afirmar que os dois governantes se aproximam quando o assunto é economia, ambos com a visão de que o Estado também deve ter a função de tentar promover o crescimento econômico.

“O Getúlio entendia que o Estado tinha de ter um papel presente na economia. Ele entrou na atividade econômica com empresas estatais. Por exemplo, teve papel na criação da Vale do Rio Doce e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como se fosse um ‘empreendedorismo estatal’. Havia essa visão de que o desenvolvimento do país se daria por meio da intervenção estatal, até mesmo direta”, diz.

O papel do Estado, então, não seria apenas cuidar de suas funções típicas, acrescenta o professor Renan Pieri, economista da FGV EAESP. “Um governante ‘getulista’ acredita que o Estado não deve somente fazer sua função clássica, de regular a atividade econômica, garantir o direito de propriedade, entre outros. Mas também deve atuar de forma mais direta na economia, intervindo na produção, nos preços, seja via investimento direto através das empresas estatais, seja induzindo a atividade econômica através de subsídios”, explica.

Presidente Lula tem a mesma visão de Getúlio Vargas de que o Estado consegue liderar o processo de desenvolvimento econômico do País.  Foto: Wilton Junior/Estadão

Vladimir Maciel, do CMLE, diz que episódios recentes demonstram que há essa visão no governo Lula. Ele cita a questão dos dividendos extraordinários na Petrobras, a tentativa do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da Vale, hoje uma empresa privada, e uma declaração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, de que o governo quer regulamentar o serviço de entrega de e-commerce no País para, além de garantir níveis de qualidade, fortalecer os Correios.

Maciel ainda cita uma entrevista que Lula concedeu à RedeTV no fim de fevereiro, na qual, ao falar sobre a Vale, afirmou que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. “É isso que seria um governo ‘getulista’: entender que existe um norte dado pelo governo e todos devem seguir. De fato o Lula carrega esses valores, esse entendimento de atividade econômica, seja nas declarações recentes dele, seja nas atitudes do governo”, diz Maciel.

“Há essa discussão se o Estado deve ou não desempenhar esse papel mais presente na economia”, afirma Renan Pieri, da FGV EAESP. Ele explica que quem defende uma maior intervenção estatal acredita que o Estado tem de tributar famílias e empresas para conseguir os recursos e realizar esses investimentos.

“De certa forma, você está aumentando os investimentos estatais às custas de uma menor renda disponível para o setor privado, pelo menos no curto prazo”, diz. O argumento de quem defende essa ideia é que os investimentos estatais promoveriam um empurrão na atividade econômica e esse efeito transbordaria, gerando aumento de produtividade e beneficiando o setor privado também no longo prazo.

Já quem defende o contrário, menos presença do Estado na economia, geralmente afirma que é preciso priorizar o investimento privado e que o livre mercado e menos impostos trariam melhores resultados para o crescimento econômico. “E isso ocorreria às custas de haver menos recursos para o setor público realizar esses investimentos. Claro que é um pouco mais complexo que isso, mas há um dilema que fica claro nesses pontos”, conclui.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.