Lula ‘guerreiro’ X ‘cachaceiro’: como a promulgação da reforma tributária dividiu esquerda e direita


Cerimônia no Congresso foi marcada por embates entre oposição e governo, que alternavam gritos de guerra no plenário

Por Mariana Carneiro, Bianca Lima e Anna Carolina Papp

BRASÍLIA - Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 20, não sabia que, momentos antes, o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) havia retirado placas que reservavam a primeira fileira de cadeiras do plenário para ministros do governo, esperados para a cerimônia de promulgação da reforma tributária.

Brunini atirou as placas em cima da mesa da presidência da Casa, dizendo que, do lado direito, quem se senta é a direita - e que, portanto, a esquerda não era bem-vinda.

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Pelo costume, o plenário da Câmara é dividido desta forma: os parlamentares de partidos da esquerda se sentam nas cadeiras do lado esquerdo, e os da direita, no lado oposto. Mas numa sessão solene, em que políticos se misturaram a parentes, assessores, lobistas e jornalistas, era de esperar que eles também dividissem o mesmo espaço, como acabou ocorrendo.

O plenário estava cheio, contrastando com o cenário vazio no fim da noite da última sexta-feira, 15, quando a proposta histórica foi aprovada, após segunda análise dos deputados. Trata-se da maior reforma tributária do período democrático.

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Ferveu a disputa entre esquerda e direita. Lula foi recebido por gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro” e também por “Lula, cachaceiro do povo brasileiro”, versão adaptada pelos bolsonaristas para ofender o presidente. Bolsonaristas deram as costas ao presidente no momento do hino nacional e um deputado petista deu um tapa em um bolsonarista.

“Não precisa gostar do governo, gostar do Lula, mas guardem essa foto, e se lembrem: contra ou a favor, vocês contribuíram para esse País, na primeira vez no regime democrático, aprovar uma reforma tributária”, afirmou Lula em discurso, aplaudido e vaiado simultaneamente, ao dizer que o crescimento da economia melhorou e a inflação caiu em 2023.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda tentou controlar a turba com uma bronca: “Pediria a essa Casa que se terminasse essa seção com maior nível de respeito possível. Essa Casa representa o Brasil. E é um dia histórico. Vamos guardar convicções para sessões normais do plenário. Vamos fazer o máximo possível para nos comportarmos”, disse.

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Não surtiu efeito. Após a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) defender a união dos pólos políticos sob “uma única só pátria”, os gritos voltaram a se revezar entre os defensores de Lula e os bolsonaristas, que entoavam “volta, Bolsonaro”. Fernando Haddad ouviu gritos de “volta, Paulo Guedes” durante seu discurso.

O ambiente conturbado não é fato de um dia isolado e exibe o racha existente hoje na Câmara, em que um dos dois pólos vence o placar quando o time do Centrão balança para um lado ou para o outro.

Cerimônia no Congresso foi marcada por embates entre oposição e governo, que alternavam gritos de guerra no plenário. Foto: Wilton Junior/Estadão
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Foi assim que o governo perdeu a votação em que as armas foram eximidas do Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”, no final da votação da reforma tributária. E também foi dessa forma que a oposição conseguiu emplacar, durante a votação da LDO, um trecho que proíbe o uso de verbas públicas contra o que eles dizem atentar contra a tradicional família brasileira.

Sinal de que, como disse Lula em seu discurso nesta quarta-feira, a Câmara reflete a divisão vista nas urnas em 2022 e que, como mostrou o Datafolha, segue viva um ano após o início do governo.

BRASÍLIA - Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 20, não sabia que, momentos antes, o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) havia retirado placas que reservavam a primeira fileira de cadeiras do plenário para ministros do governo, esperados para a cerimônia de promulgação da reforma tributária.

Brunini atirou as placas em cima da mesa da presidência da Casa, dizendo que, do lado direito, quem se senta é a direita - e que, portanto, a esquerda não era bem-vinda.

Pelo costume, o plenário da Câmara é dividido desta forma: os parlamentares de partidos da esquerda se sentam nas cadeiras do lado esquerdo, e os da direita, no lado oposto. Mas numa sessão solene, em que políticos se misturaram a parentes, assessores, lobistas e jornalistas, era de esperar que eles também dividissem o mesmo espaço, como acabou ocorrendo.

O plenário estava cheio, contrastando com o cenário vazio no fim da noite da última sexta-feira, 15, quando a proposta histórica foi aprovada, após segunda análise dos deputados. Trata-se da maior reforma tributária do período democrático.

Ferveu a disputa entre esquerda e direita. Lula foi recebido por gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro” e também por “Lula, cachaceiro do povo brasileiro”, versão adaptada pelos bolsonaristas para ofender o presidente. Bolsonaristas deram as costas ao presidente no momento do hino nacional e um deputado petista deu um tapa em um bolsonarista.

“Não precisa gostar do governo, gostar do Lula, mas guardem essa foto, e se lembrem: contra ou a favor, vocês contribuíram para esse País, na primeira vez no regime democrático, aprovar uma reforma tributária”, afirmou Lula em discurso, aplaudido e vaiado simultaneamente, ao dizer que o crescimento da economia melhorou e a inflação caiu em 2023.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda tentou controlar a turba com uma bronca: “Pediria a essa Casa que se terminasse essa seção com maior nível de respeito possível. Essa Casa representa o Brasil. E é um dia histórico. Vamos guardar convicções para sessões normais do plenário. Vamos fazer o máximo possível para nos comportarmos”, disse.

Não surtiu efeito. Após a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) defender a união dos pólos políticos sob “uma única só pátria”, os gritos voltaram a se revezar entre os defensores de Lula e os bolsonaristas, que entoavam “volta, Bolsonaro”. Fernando Haddad ouviu gritos de “volta, Paulo Guedes” durante seu discurso.

O ambiente conturbado não é fato de um dia isolado e exibe o racha existente hoje na Câmara, em que um dos dois pólos vence o placar quando o time do Centrão balança para um lado ou para o outro.

Cerimônia no Congresso foi marcada por embates entre oposição e governo, que alternavam gritos de guerra no plenário. Foto: Wilton Junior/Estadão

Foi assim que o governo perdeu a votação em que as armas foram eximidas do Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”, no final da votação da reforma tributária. E também foi dessa forma que a oposição conseguiu emplacar, durante a votação da LDO, um trecho que proíbe o uso de verbas públicas contra o que eles dizem atentar contra a tradicional família brasileira.

Sinal de que, como disse Lula em seu discurso nesta quarta-feira, a Câmara reflete a divisão vista nas urnas em 2022 e que, como mostrou o Datafolha, segue viva um ano após o início do governo.

BRASÍLIA - Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 20, não sabia que, momentos antes, o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) havia retirado placas que reservavam a primeira fileira de cadeiras do plenário para ministros do governo, esperados para a cerimônia de promulgação da reforma tributária.

Brunini atirou as placas em cima da mesa da presidência da Casa, dizendo que, do lado direito, quem se senta é a direita - e que, portanto, a esquerda não era bem-vinda.

Pelo costume, o plenário da Câmara é dividido desta forma: os parlamentares de partidos da esquerda se sentam nas cadeiras do lado esquerdo, e os da direita, no lado oposto. Mas numa sessão solene, em que políticos se misturaram a parentes, assessores, lobistas e jornalistas, era de esperar que eles também dividissem o mesmo espaço, como acabou ocorrendo.

O plenário estava cheio, contrastando com o cenário vazio no fim da noite da última sexta-feira, 15, quando a proposta histórica foi aprovada, após segunda análise dos deputados. Trata-se da maior reforma tributária do período democrático.

Ferveu a disputa entre esquerda e direita. Lula foi recebido por gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro” e também por “Lula, cachaceiro do povo brasileiro”, versão adaptada pelos bolsonaristas para ofender o presidente. Bolsonaristas deram as costas ao presidente no momento do hino nacional e um deputado petista deu um tapa em um bolsonarista.

“Não precisa gostar do governo, gostar do Lula, mas guardem essa foto, e se lembrem: contra ou a favor, vocês contribuíram para esse País, na primeira vez no regime democrático, aprovar uma reforma tributária”, afirmou Lula em discurso, aplaudido e vaiado simultaneamente, ao dizer que o crescimento da economia melhorou e a inflação caiu em 2023.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda tentou controlar a turba com uma bronca: “Pediria a essa Casa que se terminasse essa seção com maior nível de respeito possível. Essa Casa representa o Brasil. E é um dia histórico. Vamos guardar convicções para sessões normais do plenário. Vamos fazer o máximo possível para nos comportarmos”, disse.

Não surtiu efeito. Após a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) defender a união dos pólos políticos sob “uma única só pátria”, os gritos voltaram a se revezar entre os defensores de Lula e os bolsonaristas, que entoavam “volta, Bolsonaro”. Fernando Haddad ouviu gritos de “volta, Paulo Guedes” durante seu discurso.

O ambiente conturbado não é fato de um dia isolado e exibe o racha existente hoje na Câmara, em que um dos dois pólos vence o placar quando o time do Centrão balança para um lado ou para o outro.

Cerimônia no Congresso foi marcada por embates entre oposição e governo, que alternavam gritos de guerra no plenário. Foto: Wilton Junior/Estadão

Foi assim que o governo perdeu a votação em que as armas foram eximidas do Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”, no final da votação da reforma tributária. E também foi dessa forma que a oposição conseguiu emplacar, durante a votação da LDO, um trecho que proíbe o uso de verbas públicas contra o que eles dizem atentar contra a tradicional família brasileira.

Sinal de que, como disse Lula em seu discurso nesta quarta-feira, a Câmara reflete a divisão vista nas urnas em 2022 e que, como mostrou o Datafolha, segue viva um ano após o início do governo.

BRASÍLIA - Quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 20, não sabia que, momentos antes, o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) havia retirado placas que reservavam a primeira fileira de cadeiras do plenário para ministros do governo, esperados para a cerimônia de promulgação da reforma tributária.

Brunini atirou as placas em cima da mesa da presidência da Casa, dizendo que, do lado direito, quem se senta é a direita - e que, portanto, a esquerda não era bem-vinda.

Pelo costume, o plenário da Câmara é dividido desta forma: os parlamentares de partidos da esquerda se sentam nas cadeiras do lado esquerdo, e os da direita, no lado oposto. Mas numa sessão solene, em que políticos se misturaram a parentes, assessores, lobistas e jornalistas, era de esperar que eles também dividissem o mesmo espaço, como acabou ocorrendo.

O plenário estava cheio, contrastando com o cenário vazio no fim da noite da última sexta-feira, 15, quando a proposta histórica foi aprovada, após segunda análise dos deputados. Trata-se da maior reforma tributária do período democrático.

Ferveu a disputa entre esquerda e direita. Lula foi recebido por gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro” e também por “Lula, cachaceiro do povo brasileiro”, versão adaptada pelos bolsonaristas para ofender o presidente. Bolsonaristas deram as costas ao presidente no momento do hino nacional e um deputado petista deu um tapa em um bolsonarista.

“Não precisa gostar do governo, gostar do Lula, mas guardem essa foto, e se lembrem: contra ou a favor, vocês contribuíram para esse País, na primeira vez no regime democrático, aprovar uma reforma tributária”, afirmou Lula em discurso, aplaudido e vaiado simultaneamente, ao dizer que o crescimento da economia melhorou e a inflação caiu em 2023.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda tentou controlar a turba com uma bronca: “Pediria a essa Casa que se terminasse essa seção com maior nível de respeito possível. Essa Casa representa o Brasil. E é um dia histórico. Vamos guardar convicções para sessões normais do plenário. Vamos fazer o máximo possível para nos comportarmos”, disse.

Não surtiu efeito. Após a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) defender a união dos pólos políticos sob “uma única só pátria”, os gritos voltaram a se revezar entre os defensores de Lula e os bolsonaristas, que entoavam “volta, Bolsonaro”. Fernando Haddad ouviu gritos de “volta, Paulo Guedes” durante seu discurso.

O ambiente conturbado não é fato de um dia isolado e exibe o racha existente hoje na Câmara, em que um dos dois pólos vence o placar quando o time do Centrão balança para um lado ou para o outro.

Cerimônia no Congresso foi marcada por embates entre oposição e governo, que alternavam gritos de guerra no plenário. Foto: Wilton Junior/Estadão

Foi assim que o governo perdeu a votação em que as armas foram eximidas do Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”, no final da votação da reforma tributária. E também foi dessa forma que a oposição conseguiu emplacar, durante a votação da LDO, um trecho que proíbe o uso de verbas públicas contra o que eles dizem atentar contra a tradicional família brasileira.

Sinal de que, como disse Lula em seu discurso nesta quarta-feira, a Câmara reflete a divisão vista nas urnas em 2022 e que, como mostrou o Datafolha, segue viva um ano após o início do governo.

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