Lula defende política econômica, ironiza reação do mercado e diz que Brasil está em bom momento


Presidente afirmou que País não pode ‘gastar dinheiro à toa’ e que governo irá perseguir meta de inflação; ‘Amo inflação baixa, o povo brasileiro ama inflação baixa’, disse

Por Victor Ohana e Sofia Aguiar
Atualização:

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a política econômica do governo, ao ser questionado sobre suposta reação negativa do mercado à sua entrevista no portal UOL na manhã desta quarta-feira, 26. Em entrevista a jornalistas, à tarde, ele ironizou a reação e disse que o Brasil está em “um bom momento”.

O dólar fechou nesta quarta em R$ 5,5194, alta de 1,19%, e o maior patamar desde 18 de janeiro de 2022. Na entrevista, o presidente afirmou que o governo está fazendo uma análise sobre os gastos públicos para verificar se há exageros e desperdício em alguma área, mas sem considerar os humores do mercado. Ele disse ainda que há muitos outros países que gastam muito mais que o Brasil e que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo.

“Devem ter gostado”, disse Lula, em tom irônico. “Veja, é que é um problema sério o Brasil. Primeiro, nós não estamos em primeiro dia de mandato. Depois do Getúlio e do D. Pedro, eu sou o cara que tem mais experiência em governar.”

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Lula prosseguiu: “Eu sei como faz, mas muito depende da circunstância econômica, do dólar nos Estados Unidos. Lamentavelmente, é assim. Mas nós temos que ter consciência de que o Brasil vive um bom momento.”

O presidente afirmou que “nunca o Brasil esteve tão bem nos últimos dez anos” e mencionou crescimento de empregos, controle da inflação e investimentos de empresas de aço e do setor petroquímico. “Não olhe a economia brasileira apenas pela macroeconomia que aparece na televisão. Olhe a economia brasileira pela microeconomia, que acontece no crédito dos pequenos, dos mais humildes. Esse crédito faz milagre”, disse.

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O presidente da República, Lula da Silva, durante entrevista no Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Ele também afirmou estar “otimista” e disse que “tem muitos empreendedores que gostam do Brasil e todas essas pessoas querem que o Brasil dê certo”.

‘Gastar certo’

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Lula afirmou que o governo ainda está estudando onde há “excesso” para realizar cortes de gastos públicos, mas voltou a defender investimentos públicos em áreas sociais. As declarações ocorreram em frente ao Palácio do Planalto, quando o presidente visitou exposição de ônibus escolares do Novo PAC. “Não pode confundir investimento com gasto. Eu posso até investir errado, mas é investimento”, disse o presidente.

Lula prosseguiu: “O Brasil tem um problema. Nós não podemos gastar dinheiro à toa. Nós temos que gastar dinheiro certo, aplicar nas coisas corretas, e a gente não pode gastar o que a gente não tem. Mas isso é uma discussão que nós estamos fazendo com muita tranquilidade, sem os arroubos de algumas manchetes”.

Em seguida, Lula disse que há possibilidade de cortes, mas não disse quais. “Nós estamos estudando para saber o seguinte: onde é que tem excesso, o que que aconteceu demais, para a gente poder fazer (cortes). Você não pode ficar chutando”, declarou.

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O presidente voltou a criticar a desoneração da folha de pagamentos e reivindicou contrapartida de empresários para a “estabilidade no emprego”. Lula afirmou ainda que a responsabilidade de apresentar a compensação para a desoneração “não é mais do Haddad, agora é do Senado e dos empresários”.

“Obviamente, estamos dispostos a fazer alguma coisa, não queremos atrapalhar ninguém. Mas o governo não pode ficar abrindo mão de receita”, disse Lula. “Todo mundo quer subsídio, e depois, na hora que dá um aperto qualquer, é o salário mínimo, é o aposentado.”

Meta de inflação

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O presidente afirmou que a meta de inflação é um “número a ser perseguido” pelo governo federal. Lula disse “amar” inflação baixa e garantiu compromisso para tentar levar a inflação para a meta estabelecida.

“A meta de inflação é um número a ser perseguido. Então, nós vamos trabalhar para tentar levar a inflação para meta com 1,5% a mais e 1,5% a menos. Nós vamos manter isso”, disse o petista.

O presidente destacou seu conhecimento sobre inflação e disse que “ninguém neste País” conhece o índice tanto quanto ele. “Amo inflação baixa, o povo brasileiro ama inflação baixa, o povo brasileiro quer inflação baixa”, acrescentou.

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Nesta tarde, o governo publicou o decreto que altera o regime de metas de inflação, de apuração de ano-calendário para o regime contínuo. O novo sistema entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, com centro do alvo e o intervalo de tolerância definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante proposta do ministro da Fazenda.

A nova sistemática prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses em um índice de inflação definido pelo CMN. Será considerado que a meta foi descumprida quando a taxa desviar-se por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a política econômica do governo, ao ser questionado sobre suposta reação negativa do mercado à sua entrevista no portal UOL na manhã desta quarta-feira, 26. Em entrevista a jornalistas, à tarde, ele ironizou a reação e disse que o Brasil está em “um bom momento”.

O dólar fechou nesta quarta em R$ 5,5194, alta de 1,19%, e o maior patamar desde 18 de janeiro de 2022. Na entrevista, o presidente afirmou que o governo está fazendo uma análise sobre os gastos públicos para verificar se há exageros e desperdício em alguma área, mas sem considerar os humores do mercado. Ele disse ainda que há muitos outros países que gastam muito mais que o Brasil e que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo.

“Devem ter gostado”, disse Lula, em tom irônico. “Veja, é que é um problema sério o Brasil. Primeiro, nós não estamos em primeiro dia de mandato. Depois do Getúlio e do D. Pedro, eu sou o cara que tem mais experiência em governar.”

Lula prosseguiu: “Eu sei como faz, mas muito depende da circunstância econômica, do dólar nos Estados Unidos. Lamentavelmente, é assim. Mas nós temos que ter consciência de que o Brasil vive um bom momento.”

O presidente afirmou que “nunca o Brasil esteve tão bem nos últimos dez anos” e mencionou crescimento de empregos, controle da inflação e investimentos de empresas de aço e do setor petroquímico. “Não olhe a economia brasileira apenas pela macroeconomia que aparece na televisão. Olhe a economia brasileira pela microeconomia, que acontece no crédito dos pequenos, dos mais humildes. Esse crédito faz milagre”, disse.

O presidente da República, Lula da Silva, durante entrevista no Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Ele também afirmou estar “otimista” e disse que “tem muitos empreendedores que gostam do Brasil e todas essas pessoas querem que o Brasil dê certo”.

‘Gastar certo’

Lula afirmou que o governo ainda está estudando onde há “excesso” para realizar cortes de gastos públicos, mas voltou a defender investimentos públicos em áreas sociais. As declarações ocorreram em frente ao Palácio do Planalto, quando o presidente visitou exposição de ônibus escolares do Novo PAC. “Não pode confundir investimento com gasto. Eu posso até investir errado, mas é investimento”, disse o presidente.

Lula prosseguiu: “O Brasil tem um problema. Nós não podemos gastar dinheiro à toa. Nós temos que gastar dinheiro certo, aplicar nas coisas corretas, e a gente não pode gastar o que a gente não tem. Mas isso é uma discussão que nós estamos fazendo com muita tranquilidade, sem os arroubos de algumas manchetes”.

Em seguida, Lula disse que há possibilidade de cortes, mas não disse quais. “Nós estamos estudando para saber o seguinte: onde é que tem excesso, o que que aconteceu demais, para a gente poder fazer (cortes). Você não pode ficar chutando”, declarou.

O presidente voltou a criticar a desoneração da folha de pagamentos e reivindicou contrapartida de empresários para a “estabilidade no emprego”. Lula afirmou ainda que a responsabilidade de apresentar a compensação para a desoneração “não é mais do Haddad, agora é do Senado e dos empresários”.

“Obviamente, estamos dispostos a fazer alguma coisa, não queremos atrapalhar ninguém. Mas o governo não pode ficar abrindo mão de receita”, disse Lula. “Todo mundo quer subsídio, e depois, na hora que dá um aperto qualquer, é o salário mínimo, é o aposentado.”

Meta de inflação

O presidente afirmou que a meta de inflação é um “número a ser perseguido” pelo governo federal. Lula disse “amar” inflação baixa e garantiu compromisso para tentar levar a inflação para a meta estabelecida.

“A meta de inflação é um número a ser perseguido. Então, nós vamos trabalhar para tentar levar a inflação para meta com 1,5% a mais e 1,5% a menos. Nós vamos manter isso”, disse o petista.

O presidente destacou seu conhecimento sobre inflação e disse que “ninguém neste País” conhece o índice tanto quanto ele. “Amo inflação baixa, o povo brasileiro ama inflação baixa, o povo brasileiro quer inflação baixa”, acrescentou.

Nesta tarde, o governo publicou o decreto que altera o regime de metas de inflação, de apuração de ano-calendário para o regime contínuo. O novo sistema entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, com centro do alvo e o intervalo de tolerância definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante proposta do ministro da Fazenda.

A nova sistemática prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses em um índice de inflação definido pelo CMN. Será considerado que a meta foi descumprida quando a taxa desviar-se por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a política econômica do governo, ao ser questionado sobre suposta reação negativa do mercado à sua entrevista no portal UOL na manhã desta quarta-feira, 26. Em entrevista a jornalistas, à tarde, ele ironizou a reação e disse que o Brasil está em “um bom momento”.

O dólar fechou nesta quarta em R$ 5,5194, alta de 1,19%, e o maior patamar desde 18 de janeiro de 2022. Na entrevista, o presidente afirmou que o governo está fazendo uma análise sobre os gastos públicos para verificar se há exageros e desperdício em alguma área, mas sem considerar os humores do mercado. Ele disse ainda que há muitos outros países que gastam muito mais que o Brasil e que não é possível desvincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas idosas e de baixa renda com deficiência, e as pensões da política de valorização do salário mínimo.

“Devem ter gostado”, disse Lula, em tom irônico. “Veja, é que é um problema sério o Brasil. Primeiro, nós não estamos em primeiro dia de mandato. Depois do Getúlio e do D. Pedro, eu sou o cara que tem mais experiência em governar.”

Lula prosseguiu: “Eu sei como faz, mas muito depende da circunstância econômica, do dólar nos Estados Unidos. Lamentavelmente, é assim. Mas nós temos que ter consciência de que o Brasil vive um bom momento.”

O presidente afirmou que “nunca o Brasil esteve tão bem nos últimos dez anos” e mencionou crescimento de empregos, controle da inflação e investimentos de empresas de aço e do setor petroquímico. “Não olhe a economia brasileira apenas pela macroeconomia que aparece na televisão. Olhe a economia brasileira pela microeconomia, que acontece no crédito dos pequenos, dos mais humildes. Esse crédito faz milagre”, disse.

O presidente da República, Lula da Silva, durante entrevista no Palácio do Planalto Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Ele também afirmou estar “otimista” e disse que “tem muitos empreendedores que gostam do Brasil e todas essas pessoas querem que o Brasil dê certo”.

‘Gastar certo’

Lula afirmou que o governo ainda está estudando onde há “excesso” para realizar cortes de gastos públicos, mas voltou a defender investimentos públicos em áreas sociais. As declarações ocorreram em frente ao Palácio do Planalto, quando o presidente visitou exposição de ônibus escolares do Novo PAC. “Não pode confundir investimento com gasto. Eu posso até investir errado, mas é investimento”, disse o presidente.

Lula prosseguiu: “O Brasil tem um problema. Nós não podemos gastar dinheiro à toa. Nós temos que gastar dinheiro certo, aplicar nas coisas corretas, e a gente não pode gastar o que a gente não tem. Mas isso é uma discussão que nós estamos fazendo com muita tranquilidade, sem os arroubos de algumas manchetes”.

Em seguida, Lula disse que há possibilidade de cortes, mas não disse quais. “Nós estamos estudando para saber o seguinte: onde é que tem excesso, o que que aconteceu demais, para a gente poder fazer (cortes). Você não pode ficar chutando”, declarou.

O presidente voltou a criticar a desoneração da folha de pagamentos e reivindicou contrapartida de empresários para a “estabilidade no emprego”. Lula afirmou ainda que a responsabilidade de apresentar a compensação para a desoneração “não é mais do Haddad, agora é do Senado e dos empresários”.

“Obviamente, estamos dispostos a fazer alguma coisa, não queremos atrapalhar ninguém. Mas o governo não pode ficar abrindo mão de receita”, disse Lula. “Todo mundo quer subsídio, e depois, na hora que dá um aperto qualquer, é o salário mínimo, é o aposentado.”

Meta de inflação

O presidente afirmou que a meta de inflação é um “número a ser perseguido” pelo governo federal. Lula disse “amar” inflação baixa e garantiu compromisso para tentar levar a inflação para a meta estabelecida.

“A meta de inflação é um número a ser perseguido. Então, nós vamos trabalhar para tentar levar a inflação para meta com 1,5% a mais e 1,5% a menos. Nós vamos manter isso”, disse o petista.

O presidente destacou seu conhecimento sobre inflação e disse que “ninguém neste País” conhece o índice tanto quanto ele. “Amo inflação baixa, o povo brasileiro ama inflação baixa, o povo brasileiro quer inflação baixa”, acrescentou.

Nesta tarde, o governo publicou o decreto que altera o regime de metas de inflação, de apuração de ano-calendário para o regime contínuo. O novo sistema entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, com centro do alvo e o intervalo de tolerância definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante proposta do ministro da Fazenda.

A nova sistemática prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses em um índice de inflação definido pelo CMN. Será considerado que a meta foi descumprida quando a taxa desviar-se por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância.

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