Lula lança programa de microcrédito em São Paulo, a nove dias do segundo turno da eleição


Programa Acredita, que tem por objetivo oferecer crédito com juros mais baixos a microempreendedores, foi criado por medida provisória em abril; fundo administrado pelo Banco do Brasil dá garantia às operações

Por Caio Spechoto, Eduardo Laguna e Circe Bonatelli
Atualização:

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente nesta sexta-feira, em evento no Allianz Parque, em São Paulo, o programa Acredita, que tem por objetivo oferecer crédito a juros mais baixos para microempreendedores. No discurso de lançamento, o presidente que a política de crédito é para fazer o País “dar um salto de qualidade”, e voltou a reclamar da morosidade do Estado. “Vamos proibir a burocracia de atrapalhar o Acredita”, disse. Segundo ele, todos os órgãos dizem que têm dinheiro para o programa. “Que agora apareça o dinheiro.”

Apesar do evento desta sexta-feira, o Acredita já está em funcionamento há alguns meses. O programa foi lançado em abril, por meio de medida provisória. Foi posteriormente aprovado no Congresso no final de setembro, mas sancionado por Lula só na semana passada, no dia 10.

Lula durante visita aos estandes da Exposição “Acredite no Seu Negócio”, no Allianz Parque Foto: Ricardo Stuckert/PR
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O programa inclui liberação de novos recursos, renegociação de débitos, incentivos na área imobiliária e criação de um programa de hedge cambial para projetos de transição ecológica (leia mais aqui).

O Ministério da Fazenda estima que cerca de 1,25 milhão de transações de microcrédito serão realizadas até 2026, com potencial de injetar até cerca de R$ 7,5 bilhões na economia. O Fundo Garantidor de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil, cobre as operações contratadas nas instituições financeiras, dispensando a necessidade de avalistas ou entrega de bens como garantia pelo pequenos empreendedores. Haverá prioridade na distribuição de crédito a mulheres, jovens, negros, ribeirinhos e pessoas com deficiência inscritos no CadÚnico.

O programa também autoriza a União a estabelecer mecanismos de mobilização de capital externo e proteção cambial nas captações de recursos por instituições financeiras destinadas a operações de microcrédito produtivo no âmbito do Acredita.

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Outro ponto do programa é a destinação da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para atuar na compra de carteiras de crédito imobiliário, ajudando a fomentar um mercado secundário de dívida.

Em seu discurso, Lula afirmou que hoje as pessoas querem ser empreendedoras, e que só por meio da educação o País pode ser competitivo. Também disse que os empresários devem encarar seus trabalhadores como consumidores. Lula afirmou que em uma semana seria possível acabar com a pobreza se pouco dinheiro passar a circular nas mãos de milhões de pessoas.

O presidente informou também que seu governo vai criar uma linha de crédito para auxiliar pessoas afetadas pelo apagão que atingiu São Paulo na última semana. O apagão se tornou o principal assunto da eleição de São Paulo, que será decidida no segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o aliado de Lula Guilherme Boulos (PSOL). O presidente participará de ato de campanha de Boulos neste sábado, 19.

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‘Do microempreendedor ao mega empresário’

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por conta do seu formato, o Acredita atende desde os pequenos empreendedores até as grandes corporações. “O Acredita não é só para quem mais precisa, é para todo mundo. Ele atende desde o mais humilde até o mega empresário que precisa de hedge cambial”, disse, na cerimônia oficial de lançamento.

O ministro citou que o programa é um guarda-chuva com uma série de linhas de crédito que ainda não existiam, passando por crédito pessoal, incentivo a negócios, crédito imobiliário e exportação. “O crédito, assim como a infraestrutura, é o caminho para a emancipação das pessoas”, apontou.

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Na sua avaliação, o efeito será positivo para o crescimento da economia brasileira ao longo dos próximos anos. “A questão do crédito representará mais um tijolinho no PIB potencial”, afirmou. Haddad disse que o contingente de pessoas empregadas com carteira assinada está nos maiores níveis da história, mas, ainda assim, é preciso atender a demanda por crédito oriunda das pessoas que não conseguiram emprego formal ou preferiram empreender por conta própria.

“Não vamos jogar fora a conquista de maior contingente com carteira assinada na história. Virou moda desmerecer quem busca o caminho tradicional da força de trabalho. Mas ela hoje não é suficiente”, afirmou, citando a necessidade de alternativas para atender os empreendedores e autônomos. “Quem tem um CNPJ muitas vezes não tem capital para empreender. As linhas de financiamento são essenciais”.

Haddad disse que o Programa Acredita é uma iniciativa estratégica, tal qual outras medidas adotadas pelo governo Lula nas suas primeiras gestões. Ele citou o exemplo do Prouni, que financia as pessoas que buscam ensino superior.

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“Lá trás se falava em apagão de mão de obra. Hoje, essa é uma expressão que saiu do dicionário da imprensa porque temos 10 milhões de pessoas matriculadas (em cursos de nível superior)”, afirmou o ministro, acrescentando que agora é preciso zelar também pela qualidade do diploma, pois é isso que vai gerar produtividade.

O ministro da Fazenda reiterou que o Brasil não pode se conformar em ver o PIB crescer abaixo da média, como aconteceu em outros momentos. Daí a importância das reformas e novos programas de incentivo. Haddad lembrou ainda a expectativa de que a reforma tributária contribua para o crescimento do PIB em mais 0,5 ponto porcentual nos próximos anos.

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente nesta sexta-feira, em evento no Allianz Parque, em São Paulo, o programa Acredita, que tem por objetivo oferecer crédito a juros mais baixos para microempreendedores. No discurso de lançamento, o presidente que a política de crédito é para fazer o País “dar um salto de qualidade”, e voltou a reclamar da morosidade do Estado. “Vamos proibir a burocracia de atrapalhar o Acredita”, disse. Segundo ele, todos os órgãos dizem que têm dinheiro para o programa. “Que agora apareça o dinheiro.”

Apesar do evento desta sexta-feira, o Acredita já está em funcionamento há alguns meses. O programa foi lançado em abril, por meio de medida provisória. Foi posteriormente aprovado no Congresso no final de setembro, mas sancionado por Lula só na semana passada, no dia 10.

Lula durante visita aos estandes da Exposição “Acredite no Seu Negócio”, no Allianz Parque Foto: Ricardo Stuckert/PR

O programa inclui liberação de novos recursos, renegociação de débitos, incentivos na área imobiliária e criação de um programa de hedge cambial para projetos de transição ecológica (leia mais aqui).

O Ministério da Fazenda estima que cerca de 1,25 milhão de transações de microcrédito serão realizadas até 2026, com potencial de injetar até cerca de R$ 7,5 bilhões na economia. O Fundo Garantidor de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil, cobre as operações contratadas nas instituições financeiras, dispensando a necessidade de avalistas ou entrega de bens como garantia pelo pequenos empreendedores. Haverá prioridade na distribuição de crédito a mulheres, jovens, negros, ribeirinhos e pessoas com deficiência inscritos no CadÚnico.

O programa também autoriza a União a estabelecer mecanismos de mobilização de capital externo e proteção cambial nas captações de recursos por instituições financeiras destinadas a operações de microcrédito produtivo no âmbito do Acredita.

Outro ponto do programa é a destinação da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para atuar na compra de carteiras de crédito imobiliário, ajudando a fomentar um mercado secundário de dívida.

Em seu discurso, Lula afirmou que hoje as pessoas querem ser empreendedoras, e que só por meio da educação o País pode ser competitivo. Também disse que os empresários devem encarar seus trabalhadores como consumidores. Lula afirmou que em uma semana seria possível acabar com a pobreza se pouco dinheiro passar a circular nas mãos de milhões de pessoas.

O presidente informou também que seu governo vai criar uma linha de crédito para auxiliar pessoas afetadas pelo apagão que atingiu São Paulo na última semana. O apagão se tornou o principal assunto da eleição de São Paulo, que será decidida no segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o aliado de Lula Guilherme Boulos (PSOL). O presidente participará de ato de campanha de Boulos neste sábado, 19.

‘Do microempreendedor ao mega empresário’

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por conta do seu formato, o Acredita atende desde os pequenos empreendedores até as grandes corporações. “O Acredita não é só para quem mais precisa, é para todo mundo. Ele atende desde o mais humilde até o mega empresário que precisa de hedge cambial”, disse, na cerimônia oficial de lançamento.

O ministro citou que o programa é um guarda-chuva com uma série de linhas de crédito que ainda não existiam, passando por crédito pessoal, incentivo a negócios, crédito imobiliário e exportação. “O crédito, assim como a infraestrutura, é o caminho para a emancipação das pessoas”, apontou.

Na sua avaliação, o efeito será positivo para o crescimento da economia brasileira ao longo dos próximos anos. “A questão do crédito representará mais um tijolinho no PIB potencial”, afirmou. Haddad disse que o contingente de pessoas empregadas com carteira assinada está nos maiores níveis da história, mas, ainda assim, é preciso atender a demanda por crédito oriunda das pessoas que não conseguiram emprego formal ou preferiram empreender por conta própria.

“Não vamos jogar fora a conquista de maior contingente com carteira assinada na história. Virou moda desmerecer quem busca o caminho tradicional da força de trabalho. Mas ela hoje não é suficiente”, afirmou, citando a necessidade de alternativas para atender os empreendedores e autônomos. “Quem tem um CNPJ muitas vezes não tem capital para empreender. As linhas de financiamento são essenciais”.

Haddad disse que o Programa Acredita é uma iniciativa estratégica, tal qual outras medidas adotadas pelo governo Lula nas suas primeiras gestões. Ele citou o exemplo do Prouni, que financia as pessoas que buscam ensino superior.

“Lá trás se falava em apagão de mão de obra. Hoje, essa é uma expressão que saiu do dicionário da imprensa porque temos 10 milhões de pessoas matriculadas (em cursos de nível superior)”, afirmou o ministro, acrescentando que agora é preciso zelar também pela qualidade do diploma, pois é isso que vai gerar produtividade.

O ministro da Fazenda reiterou que o Brasil não pode se conformar em ver o PIB crescer abaixo da média, como aconteceu em outros momentos. Daí a importância das reformas e novos programas de incentivo. Haddad lembrou ainda a expectativa de que a reforma tributária contribua para o crescimento do PIB em mais 0,5 ponto porcentual nos próximos anos.

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente nesta sexta-feira, em evento no Allianz Parque, em São Paulo, o programa Acredita, que tem por objetivo oferecer crédito a juros mais baixos para microempreendedores. No discurso de lançamento, o presidente que a política de crédito é para fazer o País “dar um salto de qualidade”, e voltou a reclamar da morosidade do Estado. “Vamos proibir a burocracia de atrapalhar o Acredita”, disse. Segundo ele, todos os órgãos dizem que têm dinheiro para o programa. “Que agora apareça o dinheiro.”

Apesar do evento desta sexta-feira, o Acredita já está em funcionamento há alguns meses. O programa foi lançado em abril, por meio de medida provisória. Foi posteriormente aprovado no Congresso no final de setembro, mas sancionado por Lula só na semana passada, no dia 10.

Lula durante visita aos estandes da Exposição “Acredite no Seu Negócio”, no Allianz Parque Foto: Ricardo Stuckert/PR

O programa inclui liberação de novos recursos, renegociação de débitos, incentivos na área imobiliária e criação de um programa de hedge cambial para projetos de transição ecológica (leia mais aqui).

O Ministério da Fazenda estima que cerca de 1,25 milhão de transações de microcrédito serão realizadas até 2026, com potencial de injetar até cerca de R$ 7,5 bilhões na economia. O Fundo Garantidor de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil, cobre as operações contratadas nas instituições financeiras, dispensando a necessidade de avalistas ou entrega de bens como garantia pelo pequenos empreendedores. Haverá prioridade na distribuição de crédito a mulheres, jovens, negros, ribeirinhos e pessoas com deficiência inscritos no CadÚnico.

O programa também autoriza a União a estabelecer mecanismos de mobilização de capital externo e proteção cambial nas captações de recursos por instituições financeiras destinadas a operações de microcrédito produtivo no âmbito do Acredita.

Outro ponto do programa é a destinação da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para atuar na compra de carteiras de crédito imobiliário, ajudando a fomentar um mercado secundário de dívida.

Em seu discurso, Lula afirmou que hoje as pessoas querem ser empreendedoras, e que só por meio da educação o País pode ser competitivo. Também disse que os empresários devem encarar seus trabalhadores como consumidores. Lula afirmou que em uma semana seria possível acabar com a pobreza se pouco dinheiro passar a circular nas mãos de milhões de pessoas.

O presidente informou também que seu governo vai criar uma linha de crédito para auxiliar pessoas afetadas pelo apagão que atingiu São Paulo na última semana. O apagão se tornou o principal assunto da eleição de São Paulo, que será decidida no segundo turno entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o aliado de Lula Guilherme Boulos (PSOL). O presidente participará de ato de campanha de Boulos neste sábado, 19.

‘Do microempreendedor ao mega empresário’

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por conta do seu formato, o Acredita atende desde os pequenos empreendedores até as grandes corporações. “O Acredita não é só para quem mais precisa, é para todo mundo. Ele atende desde o mais humilde até o mega empresário que precisa de hedge cambial”, disse, na cerimônia oficial de lançamento.

O ministro citou que o programa é um guarda-chuva com uma série de linhas de crédito que ainda não existiam, passando por crédito pessoal, incentivo a negócios, crédito imobiliário e exportação. “O crédito, assim como a infraestrutura, é o caminho para a emancipação das pessoas”, apontou.

Na sua avaliação, o efeito será positivo para o crescimento da economia brasileira ao longo dos próximos anos. “A questão do crédito representará mais um tijolinho no PIB potencial”, afirmou. Haddad disse que o contingente de pessoas empregadas com carteira assinada está nos maiores níveis da história, mas, ainda assim, é preciso atender a demanda por crédito oriunda das pessoas que não conseguiram emprego formal ou preferiram empreender por conta própria.

“Não vamos jogar fora a conquista de maior contingente com carteira assinada na história. Virou moda desmerecer quem busca o caminho tradicional da força de trabalho. Mas ela hoje não é suficiente”, afirmou, citando a necessidade de alternativas para atender os empreendedores e autônomos. “Quem tem um CNPJ muitas vezes não tem capital para empreender. As linhas de financiamento são essenciais”.

Haddad disse que o Programa Acredita é uma iniciativa estratégica, tal qual outras medidas adotadas pelo governo Lula nas suas primeiras gestões. Ele citou o exemplo do Prouni, que financia as pessoas que buscam ensino superior.

“Lá trás se falava em apagão de mão de obra. Hoje, essa é uma expressão que saiu do dicionário da imprensa porque temos 10 milhões de pessoas matriculadas (em cursos de nível superior)”, afirmou o ministro, acrescentando que agora é preciso zelar também pela qualidade do diploma, pois é isso que vai gerar produtividade.

O ministro da Fazenda reiterou que o Brasil não pode se conformar em ver o PIB crescer abaixo da média, como aconteceu em outros momentos. Daí a importância das reformas e novos programas de incentivo. Haddad lembrou ainda a expectativa de que a reforma tributária contribua para o crescimento do PIB em mais 0,5 ponto porcentual nos próximos anos.

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