Mães idealizam marca de roupa para crianças e adolescentes com deficiência


A partir da rotina de adaptar roupas para os filhos, Fernanda e Maria Eduarda criaram a Iguall Moda Inclusiva

Por Shagaly Ferreira

Uma década separa a nutricionista Fernanda Melaré, de 45 anos, do período mais desafiador de sua vida. O nascimento prematuro das filhas gêmeas Helena e Giovana, em 2013, foi inesperado para a família e marcou uma temporada difícil de idas e vindas a UTIs pediátricas em São Paulo. Três meses depois, ela perdeu o marido, pai das meninas. Após 1 ano e 11 meses, foi a vez de lidar com a morte de uma das crianças. Do momento de tristeza, restou o amor de Helena, que sobreviveu a uma série de internações, mas teve sequelas neurológicas e motoras que a acompanham até hoje.

Por causa dessas limitações, a menina cresceu necessitando de cuidados para movimentação e alimentação com sonda, o que exigia de Fernanda a customização de roupas que facilitassem o bem-estar de Helena. Ela conta que, no início, comprava roupas do tipo body de bebê para facilitar a abertura da peça no dia a dia. Com o tempo, ficou cada vez mais difícil encontrar peças semelhantes para crianças maiores, e ela passou a desenhar as roupas e confeccioná-las com uma costureira, sem pensar que estaria criando uma peça que ajudaria a outras mães.

Fernanda Melaré, idealizadora da Iguall Moda Inclusiva, e sua filha Helena Foto: Felipe Rau/Estadão
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A nutricionista conta que foi a amiga Maria Eduarda Tassi, de 36 anos - que conheceu em um grupo de apoio para mães de PCDs - quem percebeu que aquela seria uma oportunidade de negócios, diante de uma lacuna no mercado. “Eu precisava de uma solução porque, daqui a pouco, os bodies não serviriam mais. Então, a Duda (Maria Eduarda), que tem esse lado empreendedor, falou: Fê, a sua necessidade é a mesma que a minha. Vamos criar uma marca!”, lembra.

Assim, a Iguall Moda Inclusiva (instagram.com@_iguall) nasceu em 2018, somando a história de Fernanda e Helena com a história de Maria Eduarda e do filho Vincenzo, que também precisava usar roupas adaptadas por causa de uma deficiência. E como, junto com elas, havia um grande número de pais e mães em busca de roupas mais funcionais, não foi difícil consolidar uma base de clientes interessados. Com o investimento inicial de R$30 mil, elas passaram a vender virtualmente as coleções, feitas por encomenda.

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Maria Eduarda explica que o diferencial das peças, além de contemplar o público de 4 a 16 anos, é o de proporcionar o maior conforto possível à criança. As roupas são feitas de tecido 100% algodão, não possuem etiquetas ou zíper traseiro, e têm bolsos para sonda alimentar. “Todas as peças da Iguall são desenhadas de acordo com a necessidade dos nossos filhos e a partir do que a gente vivencia com outras mães. A maioria do nosso público é de cadeirantes ou de crianças que são muito manuseadas na terapia, na troca de fralda, na troca de roupa e não tem tanta autonomia”, frisa.

Maria Eduarda Queiroz Tassi, cofundadora da Iguall Moda Inclusiva, com o filho Vincenzo Tassi Martins Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Estadão

Dificuldades

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Apesar da demanda, que manteve por esses anos as vendas dos bodies em um fluxo entre 60 e 70 unidades mensais, a dificuldade das mães empreendedoras tem sido a de encontrar profissionais de costura que aceitem produzir roupas com tantas especificidades. A Iguall também já tentou parcerias com grandes varejistas, mas não encontrou as portas abertas. “A moda inclusiva é mais trabalhosa. São detalhes, botõezinhos, costurinhas, aberturas, e demanda mais tempo de quem vai fazer essas peças. É um trabalho de formiguinha”, diz Maria Eduarda.

Já Fernanda, por causa desses desafios, aprendeu a costurar para entregar algumas peças e não deixar enfraquecido o projeto de moda inclusiva. Enquanto isso, segue em busca de uma linha de produção que amplie o alcance da iniciativa. “A Iguall é um projeto lindo, que eu tenho um orgulho enorme de ter criado junto com a Duda. Me ajuda com a Helena e tenho certeza de que ajuda muitas outras famílias. É um projeto de vida!”.

Uma década separa a nutricionista Fernanda Melaré, de 45 anos, do período mais desafiador de sua vida. O nascimento prematuro das filhas gêmeas Helena e Giovana, em 2013, foi inesperado para a família e marcou uma temporada difícil de idas e vindas a UTIs pediátricas em São Paulo. Três meses depois, ela perdeu o marido, pai das meninas. Após 1 ano e 11 meses, foi a vez de lidar com a morte de uma das crianças. Do momento de tristeza, restou o amor de Helena, que sobreviveu a uma série de internações, mas teve sequelas neurológicas e motoras que a acompanham até hoje.

Por causa dessas limitações, a menina cresceu necessitando de cuidados para movimentação e alimentação com sonda, o que exigia de Fernanda a customização de roupas que facilitassem o bem-estar de Helena. Ela conta que, no início, comprava roupas do tipo body de bebê para facilitar a abertura da peça no dia a dia. Com o tempo, ficou cada vez mais difícil encontrar peças semelhantes para crianças maiores, e ela passou a desenhar as roupas e confeccioná-las com uma costureira, sem pensar que estaria criando uma peça que ajudaria a outras mães.

Fernanda Melaré, idealizadora da Iguall Moda Inclusiva, e sua filha Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

A nutricionista conta que foi a amiga Maria Eduarda Tassi, de 36 anos - que conheceu em um grupo de apoio para mães de PCDs - quem percebeu que aquela seria uma oportunidade de negócios, diante de uma lacuna no mercado. “Eu precisava de uma solução porque, daqui a pouco, os bodies não serviriam mais. Então, a Duda (Maria Eduarda), que tem esse lado empreendedor, falou: Fê, a sua necessidade é a mesma que a minha. Vamos criar uma marca!”, lembra.

Assim, a Iguall Moda Inclusiva (instagram.com@_iguall) nasceu em 2018, somando a história de Fernanda e Helena com a história de Maria Eduarda e do filho Vincenzo, que também precisava usar roupas adaptadas por causa de uma deficiência. E como, junto com elas, havia um grande número de pais e mães em busca de roupas mais funcionais, não foi difícil consolidar uma base de clientes interessados. Com o investimento inicial de R$30 mil, elas passaram a vender virtualmente as coleções, feitas por encomenda.

Maria Eduarda explica que o diferencial das peças, além de contemplar o público de 4 a 16 anos, é o de proporcionar o maior conforto possível à criança. As roupas são feitas de tecido 100% algodão, não possuem etiquetas ou zíper traseiro, e têm bolsos para sonda alimentar. “Todas as peças da Iguall são desenhadas de acordo com a necessidade dos nossos filhos e a partir do que a gente vivencia com outras mães. A maioria do nosso público é de cadeirantes ou de crianças que são muito manuseadas na terapia, na troca de fralda, na troca de roupa e não tem tanta autonomia”, frisa.

Maria Eduarda Queiroz Tassi, cofundadora da Iguall Moda Inclusiva, com o filho Vincenzo Tassi Martins Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Estadão

Dificuldades

Apesar da demanda, que manteve por esses anos as vendas dos bodies em um fluxo entre 60 e 70 unidades mensais, a dificuldade das mães empreendedoras tem sido a de encontrar profissionais de costura que aceitem produzir roupas com tantas especificidades. A Iguall também já tentou parcerias com grandes varejistas, mas não encontrou as portas abertas. “A moda inclusiva é mais trabalhosa. São detalhes, botõezinhos, costurinhas, aberturas, e demanda mais tempo de quem vai fazer essas peças. É um trabalho de formiguinha”, diz Maria Eduarda.

Já Fernanda, por causa desses desafios, aprendeu a costurar para entregar algumas peças e não deixar enfraquecido o projeto de moda inclusiva. Enquanto isso, segue em busca de uma linha de produção que amplie o alcance da iniciativa. “A Iguall é um projeto lindo, que eu tenho um orgulho enorme de ter criado junto com a Duda. Me ajuda com a Helena e tenho certeza de que ajuda muitas outras famílias. É um projeto de vida!”.

Uma década separa a nutricionista Fernanda Melaré, de 45 anos, do período mais desafiador de sua vida. O nascimento prematuro das filhas gêmeas Helena e Giovana, em 2013, foi inesperado para a família e marcou uma temporada difícil de idas e vindas a UTIs pediátricas em São Paulo. Três meses depois, ela perdeu o marido, pai das meninas. Após 1 ano e 11 meses, foi a vez de lidar com a morte de uma das crianças. Do momento de tristeza, restou o amor de Helena, que sobreviveu a uma série de internações, mas teve sequelas neurológicas e motoras que a acompanham até hoje.

Por causa dessas limitações, a menina cresceu necessitando de cuidados para movimentação e alimentação com sonda, o que exigia de Fernanda a customização de roupas que facilitassem o bem-estar de Helena. Ela conta que, no início, comprava roupas do tipo body de bebê para facilitar a abertura da peça no dia a dia. Com o tempo, ficou cada vez mais difícil encontrar peças semelhantes para crianças maiores, e ela passou a desenhar as roupas e confeccioná-las com uma costureira, sem pensar que estaria criando uma peça que ajudaria a outras mães.

Fernanda Melaré, idealizadora da Iguall Moda Inclusiva, e sua filha Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

A nutricionista conta que foi a amiga Maria Eduarda Tassi, de 36 anos - que conheceu em um grupo de apoio para mães de PCDs - quem percebeu que aquela seria uma oportunidade de negócios, diante de uma lacuna no mercado. “Eu precisava de uma solução porque, daqui a pouco, os bodies não serviriam mais. Então, a Duda (Maria Eduarda), que tem esse lado empreendedor, falou: Fê, a sua necessidade é a mesma que a minha. Vamos criar uma marca!”, lembra.

Assim, a Iguall Moda Inclusiva (instagram.com@_iguall) nasceu em 2018, somando a história de Fernanda e Helena com a história de Maria Eduarda e do filho Vincenzo, que também precisava usar roupas adaptadas por causa de uma deficiência. E como, junto com elas, havia um grande número de pais e mães em busca de roupas mais funcionais, não foi difícil consolidar uma base de clientes interessados. Com o investimento inicial de R$30 mil, elas passaram a vender virtualmente as coleções, feitas por encomenda.

Maria Eduarda explica que o diferencial das peças, além de contemplar o público de 4 a 16 anos, é o de proporcionar o maior conforto possível à criança. As roupas são feitas de tecido 100% algodão, não possuem etiquetas ou zíper traseiro, e têm bolsos para sonda alimentar. “Todas as peças da Iguall são desenhadas de acordo com a necessidade dos nossos filhos e a partir do que a gente vivencia com outras mães. A maioria do nosso público é de cadeirantes ou de crianças que são muito manuseadas na terapia, na troca de fralda, na troca de roupa e não tem tanta autonomia”, frisa.

Maria Eduarda Queiroz Tassi, cofundadora da Iguall Moda Inclusiva, com o filho Vincenzo Tassi Martins Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Estadão

Dificuldades

Apesar da demanda, que manteve por esses anos as vendas dos bodies em um fluxo entre 60 e 70 unidades mensais, a dificuldade das mães empreendedoras tem sido a de encontrar profissionais de costura que aceitem produzir roupas com tantas especificidades. A Iguall também já tentou parcerias com grandes varejistas, mas não encontrou as portas abertas. “A moda inclusiva é mais trabalhosa. São detalhes, botõezinhos, costurinhas, aberturas, e demanda mais tempo de quem vai fazer essas peças. É um trabalho de formiguinha”, diz Maria Eduarda.

Já Fernanda, por causa desses desafios, aprendeu a costurar para entregar algumas peças e não deixar enfraquecido o projeto de moda inclusiva. Enquanto isso, segue em busca de uma linha de produção que amplie o alcance da iniciativa. “A Iguall é um projeto lindo, que eu tenho um orgulho enorme de ter criado junto com a Duda. Me ajuda com a Helena e tenho certeza de que ajuda muitas outras famílias. É um projeto de vida!”.

Uma década separa a nutricionista Fernanda Melaré, de 45 anos, do período mais desafiador de sua vida. O nascimento prematuro das filhas gêmeas Helena e Giovana, em 2013, foi inesperado para a família e marcou uma temporada difícil de idas e vindas a UTIs pediátricas em São Paulo. Três meses depois, ela perdeu o marido, pai das meninas. Após 1 ano e 11 meses, foi a vez de lidar com a morte de uma das crianças. Do momento de tristeza, restou o amor de Helena, que sobreviveu a uma série de internações, mas teve sequelas neurológicas e motoras que a acompanham até hoje.

Por causa dessas limitações, a menina cresceu necessitando de cuidados para movimentação e alimentação com sonda, o que exigia de Fernanda a customização de roupas que facilitassem o bem-estar de Helena. Ela conta que, no início, comprava roupas do tipo body de bebê para facilitar a abertura da peça no dia a dia. Com o tempo, ficou cada vez mais difícil encontrar peças semelhantes para crianças maiores, e ela passou a desenhar as roupas e confeccioná-las com uma costureira, sem pensar que estaria criando uma peça que ajudaria a outras mães.

Fernanda Melaré, idealizadora da Iguall Moda Inclusiva, e sua filha Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

A nutricionista conta que foi a amiga Maria Eduarda Tassi, de 36 anos - que conheceu em um grupo de apoio para mães de PCDs - quem percebeu que aquela seria uma oportunidade de negócios, diante de uma lacuna no mercado. “Eu precisava de uma solução porque, daqui a pouco, os bodies não serviriam mais. Então, a Duda (Maria Eduarda), que tem esse lado empreendedor, falou: Fê, a sua necessidade é a mesma que a minha. Vamos criar uma marca!”, lembra.

Assim, a Iguall Moda Inclusiva (instagram.com@_iguall) nasceu em 2018, somando a história de Fernanda e Helena com a história de Maria Eduarda e do filho Vincenzo, que também precisava usar roupas adaptadas por causa de uma deficiência. E como, junto com elas, havia um grande número de pais e mães em busca de roupas mais funcionais, não foi difícil consolidar uma base de clientes interessados. Com o investimento inicial de R$30 mil, elas passaram a vender virtualmente as coleções, feitas por encomenda.

Maria Eduarda explica que o diferencial das peças, além de contemplar o público de 4 a 16 anos, é o de proporcionar o maior conforto possível à criança. As roupas são feitas de tecido 100% algodão, não possuem etiquetas ou zíper traseiro, e têm bolsos para sonda alimentar. “Todas as peças da Iguall são desenhadas de acordo com a necessidade dos nossos filhos e a partir do que a gente vivencia com outras mães. A maioria do nosso público é de cadeirantes ou de crianças que são muito manuseadas na terapia, na troca de fralda, na troca de roupa e não tem tanta autonomia”, frisa.

Maria Eduarda Queiroz Tassi, cofundadora da Iguall Moda Inclusiva, com o filho Vincenzo Tassi Martins Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Estadão

Dificuldades

Apesar da demanda, que manteve por esses anos as vendas dos bodies em um fluxo entre 60 e 70 unidades mensais, a dificuldade das mães empreendedoras tem sido a de encontrar profissionais de costura que aceitem produzir roupas com tantas especificidades. A Iguall também já tentou parcerias com grandes varejistas, mas não encontrou as portas abertas. “A moda inclusiva é mais trabalhosa. São detalhes, botõezinhos, costurinhas, aberturas, e demanda mais tempo de quem vai fazer essas peças. É um trabalho de formiguinha”, diz Maria Eduarda.

Já Fernanda, por causa desses desafios, aprendeu a costurar para entregar algumas peças e não deixar enfraquecido o projeto de moda inclusiva. Enquanto isso, segue em busca de uma linha de produção que amplie o alcance da iniciativa. “A Iguall é um projeto lindo, que eu tenho um orgulho enorme de ter criado junto com a Duda. Me ajuda com a Helena e tenho certeza de que ajuda muitas outras famílias. É um projeto de vida!”.

Uma década separa a nutricionista Fernanda Melaré, de 45 anos, do período mais desafiador de sua vida. O nascimento prematuro das filhas gêmeas Helena e Giovana, em 2013, foi inesperado para a família e marcou uma temporada difícil de idas e vindas a UTIs pediátricas em São Paulo. Três meses depois, ela perdeu o marido, pai das meninas. Após 1 ano e 11 meses, foi a vez de lidar com a morte de uma das crianças. Do momento de tristeza, restou o amor de Helena, que sobreviveu a uma série de internações, mas teve sequelas neurológicas e motoras que a acompanham até hoje.

Por causa dessas limitações, a menina cresceu necessitando de cuidados para movimentação e alimentação com sonda, o que exigia de Fernanda a customização de roupas que facilitassem o bem-estar de Helena. Ela conta que, no início, comprava roupas do tipo body de bebê para facilitar a abertura da peça no dia a dia. Com o tempo, ficou cada vez mais difícil encontrar peças semelhantes para crianças maiores, e ela passou a desenhar as roupas e confeccioná-las com uma costureira, sem pensar que estaria criando uma peça que ajudaria a outras mães.

Fernanda Melaré, idealizadora da Iguall Moda Inclusiva, e sua filha Helena Foto: Felipe Rau/Estadão

A nutricionista conta que foi a amiga Maria Eduarda Tassi, de 36 anos - que conheceu em um grupo de apoio para mães de PCDs - quem percebeu que aquela seria uma oportunidade de negócios, diante de uma lacuna no mercado. “Eu precisava de uma solução porque, daqui a pouco, os bodies não serviriam mais. Então, a Duda (Maria Eduarda), que tem esse lado empreendedor, falou: Fê, a sua necessidade é a mesma que a minha. Vamos criar uma marca!”, lembra.

Assim, a Iguall Moda Inclusiva (instagram.com@_iguall) nasceu em 2018, somando a história de Fernanda e Helena com a história de Maria Eduarda e do filho Vincenzo, que também precisava usar roupas adaptadas por causa de uma deficiência. E como, junto com elas, havia um grande número de pais e mães em busca de roupas mais funcionais, não foi difícil consolidar uma base de clientes interessados. Com o investimento inicial de R$30 mil, elas passaram a vender virtualmente as coleções, feitas por encomenda.

Maria Eduarda explica que o diferencial das peças, além de contemplar o público de 4 a 16 anos, é o de proporcionar o maior conforto possível à criança. As roupas são feitas de tecido 100% algodão, não possuem etiquetas ou zíper traseiro, e têm bolsos para sonda alimentar. “Todas as peças da Iguall são desenhadas de acordo com a necessidade dos nossos filhos e a partir do que a gente vivencia com outras mães. A maioria do nosso público é de cadeirantes ou de crianças que são muito manuseadas na terapia, na troca de fralda, na troca de roupa e não tem tanta autonomia”, frisa.

Maria Eduarda Queiroz Tassi, cofundadora da Iguall Moda Inclusiva, com o filho Vincenzo Tassi Martins Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Estadão

Dificuldades

Apesar da demanda, que manteve por esses anos as vendas dos bodies em um fluxo entre 60 e 70 unidades mensais, a dificuldade das mães empreendedoras tem sido a de encontrar profissionais de costura que aceitem produzir roupas com tantas especificidades. A Iguall também já tentou parcerias com grandes varejistas, mas não encontrou as portas abertas. “A moda inclusiva é mais trabalhosa. São detalhes, botõezinhos, costurinhas, aberturas, e demanda mais tempo de quem vai fazer essas peças. É um trabalho de formiguinha”, diz Maria Eduarda.

Já Fernanda, por causa desses desafios, aprendeu a costurar para entregar algumas peças e não deixar enfraquecido o projeto de moda inclusiva. Enquanto isso, segue em busca de uma linha de produção que amplie o alcance da iniciativa. “A Iguall é um projeto lindo, que eu tenho um orgulho enorme de ter criado junto com a Duda. Me ajuda com a Helena e tenho certeza de que ajuda muitas outras famílias. É um projeto de vida!”.

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