html, body { height: 100%; } table { background-color: #FFFFFF;color:#000000 } body { font-family: "Segoe UI",Tahoma,Verdana; margin-top:0px; padding-top:0px; scrollbar-arrow-color: #272727; scrollbar-3dlight-color: #2a2a2a; scrollbar-highlight-color: #6d6d6d; scrollbar-face-color: #686868; scrollbar-shadow-color: #2a2a2a; scrollbar-darkshadow-color: #2a2a2a; scrollbar-track-color: #646464; } ._ct_news_video_container { width: 100%; height: 70%; } video { width:100%; height: 100% ;} #divTitle { padding-bottom: 7px; } O Magazine Luiza concretizou na tarde desta quinta-feira, 30, a compra do e-commerce de livros Estante Virtual. A varejista fez a oferta pelo ativo da Livraria Cultura, que está em recuperação judicial, durante audiência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O valor de avaliação do ativo foi de R$ 42,5 milhões, mas o Magazine Luiza descontou dívidas, o que representará em R$ 31 milhões líquidos para a rede de livrarias. O negócio deve ser finalizado dentro de 5 a 10 dias.
Com dívidas de R$ 285 milhões, a Livraria Cultura pediu recuperação judicial em outubro de 2018. A maior parte da dívida é com fornecedores e bancos. O plano de recuperação judicial foi aprovado e homologado em abril de 2019. Desde setembro do ano passado, a venda da Estante Virtual é negociada, após ter sido aprovada por credores.
Segundo a advogada Fabiana Solano, do escritório Felsberg & Associados, responsável pela recuperação judicial da Cultura, o dinheiro da venda deverá ser usado para capitalizar o negócio e para normalizar os estoques as lojas. Várias editoras têm se negado a fornecer livros à empresa caso não recebam pagamento à vista. "A venda da Estante Virtual é um passo muito importante para a reestruturação e para a melhora dos resultados das lojas físicas", disse a advogada. "Consideramos que foi uma boa venda."
O setor de livrarias enfrenta um momento de reorganização. Enquanto gigantes como a varejista virtual Amazon e redes regionais, como a Leitura, ganham espaço, as duas principais forças do segmento vivem momentos difíceis. Tanto a Saraiva quanto a Cultura estão em recuperação judicial. A situação da Cultura, que tem um menor número de lojas, é especialmente difícil, segundo fontes do setor.
Histórico
A compra da Estante Virtual, em dezembro de 2017, foi uma tentativa da Cultura de tentar diversificar seu portfólio em um momento em que já enfrentava crise. O acordo foi fechado graças à injeção de capital que a rede da família Herz recebeu ao "comprar" as lojas da francesa Fnac no Brasil. Isso porque, conforme foi revelado mais tarde, a Fnac injetou R$ 130 milhões na Cultura ao repassar suas unidades. Em pouco tempo, porém, todas as lojas acabaram fechadas.
A crise da Cultura é antiga e vem desde 2014. Depois de atingir R$ 440 milhões naquele ano, a empresa viu sua receita cair 17% nos últimos dois anos, atingindo R$ 380 milhões em 2016. Em 2017, passou a atrasar pagamentos a editoras, mesmo de livros em consignação. No ano seguinte, entrou na recuperação judicial que enfrenta até hoje.
Procurado, o Magazine Luiza não se pronunciou sobre a operação.