Magda afirma que nova gestão da Petrobras está ‘totalmente alinhada com a visão do presidente’


Segundo ela, estatal irá zelar pela governança e resultados empresariais robustos, com ‘rentabilidade e eficiência operacional’; nova presidente da companhia prometeu celeridade no plano estratégico

Por Gabriel Vasconcelos e Denise Luna

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 19, em cerimônia de posse na empresa, que sua gestão “está totalmente alinhada com a visão do presidente” Luiz Inácio Lula da Silva. Madga foi nomeada no lugar de Jean Paul Prates após reiteradas críticas de aliados de Lula, entre eles, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Vamos zelar pela governança e resultados empresariais robustos, com rentabilidade e eficiência operacional. É o que o mercado e o Brasil esperam de nós. Nossa visão está alinhada com a do presidente Lula e com a do governo federal, afinal são esses os nossos acionistas majoritários”, afirmou.

Segundo ela, Lula lhe deu a missão de movimentar a Petrobras, porque a empresa é capaz de impulsionar o PIB nacional. “Aproveito a oportunidade para contar a encomenda que me foi dada pelo presidente. A missão dada pelo presidente foi a de movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do País. Ele me pediu para gerir a Petrobras com respeito à sociedade brasileira”, disse.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez longo elogio à nova presidente da Petrobras, a quem definiu como “profissional excepcional”. “Hoje Magda é alçada à liderança da Petrobras como resultado de uma carreira competente, técnica e dedicada ao avanço do Brasil. Foi uma escolha tanto, presidente Lula. Ela é prata, ou melhor, ouro da casa”, disse, em referência ao passado da executiva na estatal.

Lula e Magda Chambriard durante cerimônia de posse da presidência da Petrobras, no Rio Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O ministro é apontado como uma dos artífices da queda do antecessor de Magda, Jean Paul Prates e, desde então, tem feito reiterados elogios públicos à executiva, como demonstração de boa vontade da sua pasta com relação ao nome escolhido pelo Planalto para tocar a maior empresa do País.

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“Ao longo dessa carreira virtuosa, especialmente na Agência Nacional de Petróleo, durante o governo Dilma (Rousseff), Magda atuou em tudo o que é fundamental à exploração e produção de petróleo e combustíveis e no atendimento ao interesse da sociedade”, afirmou. O ministro lembrou que Magada atuou em todas as funções da agência, do administrativo à fiscalização. “É uma profissional excepcional. Deveríamos sempre nos inspirar em trajetórias como a dela”, continuou.

Celeridade no plano estratégico

Magda disse que vai tornar realidade o Plano Estratégico da Petrobras, mas com celeridade. “Nossos ativos de petróleo e gás e plantas de refino serão reforçados com investimentos consistentes, mas tempestivos. Temos ambição de chegar a net zero (neutralidade de emissões) em 2050. Cerca de 11% do nosso investimento será em baixo carbono”, disse.

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Após reforçar a primazia do negócio de produção de petróleo, sobretudo no pré-sal, Magda falou em uma Petrobras “mais verde e mais eficiente” para avançar também na geração de energia eólica, solar e hidrogênio.

Em sinalização às exigências do Ministério de Minas e Energia, ela foi específica com relação à intenção de reativar o parque de fertilizantes da empresa, o que começou com a decisão de reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, o que deve se repetir nas outras três unidades, em Mato Grosso do Sul, na Bahia e em Sergipe.

“Fertilizantes são boa oportunidade para ampliar o mercado de gás. Porque o gás é nosso produto. O gás natural é o produto com maior impacto no preço dos fertilizantes”, disse Magda, acrescentando a intenção de investir na produção de lubrificantes e no parque petroquímico, com maior valor agregado.

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“Para financiar isso, é fundamental investir em exploração e produção. É o petróleo que vai pagar essa conta”, disse.

Ela prometeu a conclusão do Gaslub e da Rota 3, com suas unidades de processamento de gás, além da conclusão do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e antecipação de sistemas de produção. Segundo Magda, a conclusão dos projetos de refino vão reduzir “significativamente” a importação de diesel do Brasil.

“Vamos instalar 14 novas plataformas no quinquênio, sendo sete até 2026. Ainda este ano, vamos iniciar a operação da plataforma de Mero 3 e antecipar o início da produção da Plataforma do Mar do Espírito Santo. A Bacia de Campos, nossa pioneira de águas profundas, terá sua produção revitalizada. E o pré-sal continuará sendo o foco. Hoje ele representa a maior parte da produção (da Petrobras)”, disse.

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Nova fronteira

Magda reforçou, ainda, o que disse em sua primeira entrevista, sobre a importância de a Petrobras repor reservas a partir da exploração de bacias ao norte do litoral (Margem Equatorial) e ao Sul (Bacia de Pelotas). “Reservas de petróleo e gás são finitas, temos que avançar nas fronteiras exploratórias”, concluiu.

Ela disse que a empresa segue aguardando a licença ambiental do Ibama para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

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Magda disse que a empresa já enviou ao Ibama documentação mais ampla do que a lei exige, mas segue disponível para esclarecimentos. Ela fez os comentários na saída da sua cerimônia de posse, no Centro de Pesquisas da Petrobras, zona norte do Rio.

Em discurso, ela voltou a defender a ida da empresa para a região, considerada ambientalmente sensível por parte do governo, sobretudo do Ministério do Meio Ambiente. Questionado sobre a ausência da chefe dessa pasta, Marina Silva, em sua posse, Magda minimizou e disse que a ministra certamente teve um compromisso que a impediu de cumprir a agenda do governo essa tarde no Rio de Janeiro.

Política de dividendos

A presidente da Petrobras disse que a política de dividendos da Petrobras, de pagar 45% do fluxo de caixa livre, está mantida, conforme consta do estatuto da empresa.

A fala de Magda vem em linha com bastidores da empresa e do governo de que não se pretende modificar a fórmula de proventos inaugurada ainda na gestão passada, de Jean Paul Prates.

Apesar da resistência de parte do governo e de alas mais radicais do PT ao porcentual pago, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fiador da fórmula atual em função da parte do Tesouro nos pagamentos. Haddad, inclusive, foi direto hoje ao citar a importância dos dividendos para o governo.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 19, em cerimônia de posse na empresa, que sua gestão “está totalmente alinhada com a visão do presidente” Luiz Inácio Lula da Silva. Madga foi nomeada no lugar de Jean Paul Prates após reiteradas críticas de aliados de Lula, entre eles, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Vamos zelar pela governança e resultados empresariais robustos, com rentabilidade e eficiência operacional. É o que o mercado e o Brasil esperam de nós. Nossa visão está alinhada com a do presidente Lula e com a do governo federal, afinal são esses os nossos acionistas majoritários”, afirmou.

Segundo ela, Lula lhe deu a missão de movimentar a Petrobras, porque a empresa é capaz de impulsionar o PIB nacional. “Aproveito a oportunidade para contar a encomenda que me foi dada pelo presidente. A missão dada pelo presidente foi a de movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do País. Ele me pediu para gerir a Petrobras com respeito à sociedade brasileira”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez longo elogio à nova presidente da Petrobras, a quem definiu como “profissional excepcional”. “Hoje Magda é alçada à liderança da Petrobras como resultado de uma carreira competente, técnica e dedicada ao avanço do Brasil. Foi uma escolha tanto, presidente Lula. Ela é prata, ou melhor, ouro da casa”, disse, em referência ao passado da executiva na estatal.

Lula e Magda Chambriard durante cerimônia de posse da presidência da Petrobras, no Rio Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O ministro é apontado como uma dos artífices da queda do antecessor de Magda, Jean Paul Prates e, desde então, tem feito reiterados elogios públicos à executiva, como demonstração de boa vontade da sua pasta com relação ao nome escolhido pelo Planalto para tocar a maior empresa do País.

“Ao longo dessa carreira virtuosa, especialmente na Agência Nacional de Petróleo, durante o governo Dilma (Rousseff), Magda atuou em tudo o que é fundamental à exploração e produção de petróleo e combustíveis e no atendimento ao interesse da sociedade”, afirmou. O ministro lembrou que Magada atuou em todas as funções da agência, do administrativo à fiscalização. “É uma profissional excepcional. Deveríamos sempre nos inspirar em trajetórias como a dela”, continuou.

Celeridade no plano estratégico

Magda disse que vai tornar realidade o Plano Estratégico da Petrobras, mas com celeridade. “Nossos ativos de petróleo e gás e plantas de refino serão reforçados com investimentos consistentes, mas tempestivos. Temos ambição de chegar a net zero (neutralidade de emissões) em 2050. Cerca de 11% do nosso investimento será em baixo carbono”, disse.

Após reforçar a primazia do negócio de produção de petróleo, sobretudo no pré-sal, Magda falou em uma Petrobras “mais verde e mais eficiente” para avançar também na geração de energia eólica, solar e hidrogênio.

Em sinalização às exigências do Ministério de Minas e Energia, ela foi específica com relação à intenção de reativar o parque de fertilizantes da empresa, o que começou com a decisão de reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, o que deve se repetir nas outras três unidades, em Mato Grosso do Sul, na Bahia e em Sergipe.

“Fertilizantes são boa oportunidade para ampliar o mercado de gás. Porque o gás é nosso produto. O gás natural é o produto com maior impacto no preço dos fertilizantes”, disse Magda, acrescentando a intenção de investir na produção de lubrificantes e no parque petroquímico, com maior valor agregado.

“Para financiar isso, é fundamental investir em exploração e produção. É o petróleo que vai pagar essa conta”, disse.

Ela prometeu a conclusão do Gaslub e da Rota 3, com suas unidades de processamento de gás, além da conclusão do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e antecipação de sistemas de produção. Segundo Magda, a conclusão dos projetos de refino vão reduzir “significativamente” a importação de diesel do Brasil.

“Vamos instalar 14 novas plataformas no quinquênio, sendo sete até 2026. Ainda este ano, vamos iniciar a operação da plataforma de Mero 3 e antecipar o início da produção da Plataforma do Mar do Espírito Santo. A Bacia de Campos, nossa pioneira de águas profundas, terá sua produção revitalizada. E o pré-sal continuará sendo o foco. Hoje ele representa a maior parte da produção (da Petrobras)”, disse.

Nova fronteira

Magda reforçou, ainda, o que disse em sua primeira entrevista, sobre a importância de a Petrobras repor reservas a partir da exploração de bacias ao norte do litoral (Margem Equatorial) e ao Sul (Bacia de Pelotas). “Reservas de petróleo e gás são finitas, temos que avançar nas fronteiras exploratórias”, concluiu.

Ela disse que a empresa segue aguardando a licença ambiental do Ibama para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

Magda disse que a empresa já enviou ao Ibama documentação mais ampla do que a lei exige, mas segue disponível para esclarecimentos. Ela fez os comentários na saída da sua cerimônia de posse, no Centro de Pesquisas da Petrobras, zona norte do Rio.

Em discurso, ela voltou a defender a ida da empresa para a região, considerada ambientalmente sensível por parte do governo, sobretudo do Ministério do Meio Ambiente. Questionado sobre a ausência da chefe dessa pasta, Marina Silva, em sua posse, Magda minimizou e disse que a ministra certamente teve um compromisso que a impediu de cumprir a agenda do governo essa tarde no Rio de Janeiro.

Política de dividendos

A presidente da Petrobras disse que a política de dividendos da Petrobras, de pagar 45% do fluxo de caixa livre, está mantida, conforme consta do estatuto da empresa.

A fala de Magda vem em linha com bastidores da empresa e do governo de que não se pretende modificar a fórmula de proventos inaugurada ainda na gestão passada, de Jean Paul Prates.

Apesar da resistência de parte do governo e de alas mais radicais do PT ao porcentual pago, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fiador da fórmula atual em função da parte do Tesouro nos pagamentos. Haddad, inclusive, foi direto hoje ao citar a importância dos dividendos para o governo.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 19, em cerimônia de posse na empresa, que sua gestão “está totalmente alinhada com a visão do presidente” Luiz Inácio Lula da Silva. Madga foi nomeada no lugar de Jean Paul Prates após reiteradas críticas de aliados de Lula, entre eles, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Vamos zelar pela governança e resultados empresariais robustos, com rentabilidade e eficiência operacional. É o que o mercado e o Brasil esperam de nós. Nossa visão está alinhada com a do presidente Lula e com a do governo federal, afinal são esses os nossos acionistas majoritários”, afirmou.

Segundo ela, Lula lhe deu a missão de movimentar a Petrobras, porque a empresa é capaz de impulsionar o PIB nacional. “Aproveito a oportunidade para contar a encomenda que me foi dada pelo presidente. A missão dada pelo presidente foi a de movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do País. Ele me pediu para gerir a Petrobras com respeito à sociedade brasileira”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez longo elogio à nova presidente da Petrobras, a quem definiu como “profissional excepcional”. “Hoje Magda é alçada à liderança da Petrobras como resultado de uma carreira competente, técnica e dedicada ao avanço do Brasil. Foi uma escolha tanto, presidente Lula. Ela é prata, ou melhor, ouro da casa”, disse, em referência ao passado da executiva na estatal.

Lula e Magda Chambriard durante cerimônia de posse da presidência da Petrobras, no Rio Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O ministro é apontado como uma dos artífices da queda do antecessor de Magda, Jean Paul Prates e, desde então, tem feito reiterados elogios públicos à executiva, como demonstração de boa vontade da sua pasta com relação ao nome escolhido pelo Planalto para tocar a maior empresa do País.

“Ao longo dessa carreira virtuosa, especialmente na Agência Nacional de Petróleo, durante o governo Dilma (Rousseff), Magda atuou em tudo o que é fundamental à exploração e produção de petróleo e combustíveis e no atendimento ao interesse da sociedade”, afirmou. O ministro lembrou que Magada atuou em todas as funções da agência, do administrativo à fiscalização. “É uma profissional excepcional. Deveríamos sempre nos inspirar em trajetórias como a dela”, continuou.

Celeridade no plano estratégico

Magda disse que vai tornar realidade o Plano Estratégico da Petrobras, mas com celeridade. “Nossos ativos de petróleo e gás e plantas de refino serão reforçados com investimentos consistentes, mas tempestivos. Temos ambição de chegar a net zero (neutralidade de emissões) em 2050. Cerca de 11% do nosso investimento será em baixo carbono”, disse.

Após reforçar a primazia do negócio de produção de petróleo, sobretudo no pré-sal, Magda falou em uma Petrobras “mais verde e mais eficiente” para avançar também na geração de energia eólica, solar e hidrogênio.

Em sinalização às exigências do Ministério de Minas e Energia, ela foi específica com relação à intenção de reativar o parque de fertilizantes da empresa, o que começou com a decisão de reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, o que deve se repetir nas outras três unidades, em Mato Grosso do Sul, na Bahia e em Sergipe.

“Fertilizantes são boa oportunidade para ampliar o mercado de gás. Porque o gás é nosso produto. O gás natural é o produto com maior impacto no preço dos fertilizantes”, disse Magda, acrescentando a intenção de investir na produção de lubrificantes e no parque petroquímico, com maior valor agregado.

“Para financiar isso, é fundamental investir em exploração e produção. É o petróleo que vai pagar essa conta”, disse.

Ela prometeu a conclusão do Gaslub e da Rota 3, com suas unidades de processamento de gás, além da conclusão do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e antecipação de sistemas de produção. Segundo Magda, a conclusão dos projetos de refino vão reduzir “significativamente” a importação de diesel do Brasil.

“Vamos instalar 14 novas plataformas no quinquênio, sendo sete até 2026. Ainda este ano, vamos iniciar a operação da plataforma de Mero 3 e antecipar o início da produção da Plataforma do Mar do Espírito Santo. A Bacia de Campos, nossa pioneira de águas profundas, terá sua produção revitalizada. E o pré-sal continuará sendo o foco. Hoje ele representa a maior parte da produção (da Petrobras)”, disse.

Nova fronteira

Magda reforçou, ainda, o que disse em sua primeira entrevista, sobre a importância de a Petrobras repor reservas a partir da exploração de bacias ao norte do litoral (Margem Equatorial) e ao Sul (Bacia de Pelotas). “Reservas de petróleo e gás são finitas, temos que avançar nas fronteiras exploratórias”, concluiu.

Ela disse que a empresa segue aguardando a licença ambiental do Ibama para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

Magda disse que a empresa já enviou ao Ibama documentação mais ampla do que a lei exige, mas segue disponível para esclarecimentos. Ela fez os comentários na saída da sua cerimônia de posse, no Centro de Pesquisas da Petrobras, zona norte do Rio.

Em discurso, ela voltou a defender a ida da empresa para a região, considerada ambientalmente sensível por parte do governo, sobretudo do Ministério do Meio Ambiente. Questionado sobre a ausência da chefe dessa pasta, Marina Silva, em sua posse, Magda minimizou e disse que a ministra certamente teve um compromisso que a impediu de cumprir a agenda do governo essa tarde no Rio de Janeiro.

Política de dividendos

A presidente da Petrobras disse que a política de dividendos da Petrobras, de pagar 45% do fluxo de caixa livre, está mantida, conforme consta do estatuto da empresa.

A fala de Magda vem em linha com bastidores da empresa e do governo de que não se pretende modificar a fórmula de proventos inaugurada ainda na gestão passada, de Jean Paul Prates.

Apesar da resistência de parte do governo e de alas mais radicais do PT ao porcentual pago, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fiador da fórmula atual em função da parte do Tesouro nos pagamentos. Haddad, inclusive, foi direto hoje ao citar a importância dos dividendos para o governo.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 19, em cerimônia de posse na empresa, que sua gestão “está totalmente alinhada com a visão do presidente” Luiz Inácio Lula da Silva. Madga foi nomeada no lugar de Jean Paul Prates após reiteradas críticas de aliados de Lula, entre eles, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Vamos zelar pela governança e resultados empresariais robustos, com rentabilidade e eficiência operacional. É o que o mercado e o Brasil esperam de nós. Nossa visão está alinhada com a do presidente Lula e com a do governo federal, afinal são esses os nossos acionistas majoritários”, afirmou.

Segundo ela, Lula lhe deu a missão de movimentar a Petrobras, porque a empresa é capaz de impulsionar o PIB nacional. “Aproveito a oportunidade para contar a encomenda que me foi dada pelo presidente. A missão dada pelo presidente foi a de movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do País. Ele me pediu para gerir a Petrobras com respeito à sociedade brasileira”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez longo elogio à nova presidente da Petrobras, a quem definiu como “profissional excepcional”. “Hoje Magda é alçada à liderança da Petrobras como resultado de uma carreira competente, técnica e dedicada ao avanço do Brasil. Foi uma escolha tanto, presidente Lula. Ela é prata, ou melhor, ouro da casa”, disse, em referência ao passado da executiva na estatal.

Lula e Magda Chambriard durante cerimônia de posse da presidência da Petrobras, no Rio Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O ministro é apontado como uma dos artífices da queda do antecessor de Magda, Jean Paul Prates e, desde então, tem feito reiterados elogios públicos à executiva, como demonstração de boa vontade da sua pasta com relação ao nome escolhido pelo Planalto para tocar a maior empresa do País.

“Ao longo dessa carreira virtuosa, especialmente na Agência Nacional de Petróleo, durante o governo Dilma (Rousseff), Magda atuou em tudo o que é fundamental à exploração e produção de petróleo e combustíveis e no atendimento ao interesse da sociedade”, afirmou. O ministro lembrou que Magada atuou em todas as funções da agência, do administrativo à fiscalização. “É uma profissional excepcional. Deveríamos sempre nos inspirar em trajetórias como a dela”, continuou.

Celeridade no plano estratégico

Magda disse que vai tornar realidade o Plano Estratégico da Petrobras, mas com celeridade. “Nossos ativos de petróleo e gás e plantas de refino serão reforçados com investimentos consistentes, mas tempestivos. Temos ambição de chegar a net zero (neutralidade de emissões) em 2050. Cerca de 11% do nosso investimento será em baixo carbono”, disse.

Após reforçar a primazia do negócio de produção de petróleo, sobretudo no pré-sal, Magda falou em uma Petrobras “mais verde e mais eficiente” para avançar também na geração de energia eólica, solar e hidrogênio.

Em sinalização às exigências do Ministério de Minas e Energia, ela foi específica com relação à intenção de reativar o parque de fertilizantes da empresa, o que começou com a decisão de reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, o que deve se repetir nas outras três unidades, em Mato Grosso do Sul, na Bahia e em Sergipe.

“Fertilizantes são boa oportunidade para ampliar o mercado de gás. Porque o gás é nosso produto. O gás natural é o produto com maior impacto no preço dos fertilizantes”, disse Magda, acrescentando a intenção de investir na produção de lubrificantes e no parque petroquímico, com maior valor agregado.

“Para financiar isso, é fundamental investir em exploração e produção. É o petróleo que vai pagar essa conta”, disse.

Ela prometeu a conclusão do Gaslub e da Rota 3, com suas unidades de processamento de gás, além da conclusão do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e antecipação de sistemas de produção. Segundo Magda, a conclusão dos projetos de refino vão reduzir “significativamente” a importação de diesel do Brasil.

“Vamos instalar 14 novas plataformas no quinquênio, sendo sete até 2026. Ainda este ano, vamos iniciar a operação da plataforma de Mero 3 e antecipar o início da produção da Plataforma do Mar do Espírito Santo. A Bacia de Campos, nossa pioneira de águas profundas, terá sua produção revitalizada. E o pré-sal continuará sendo o foco. Hoje ele representa a maior parte da produção (da Petrobras)”, disse.

Nova fronteira

Magda reforçou, ainda, o que disse em sua primeira entrevista, sobre a importância de a Petrobras repor reservas a partir da exploração de bacias ao norte do litoral (Margem Equatorial) e ao Sul (Bacia de Pelotas). “Reservas de petróleo e gás são finitas, temos que avançar nas fronteiras exploratórias”, concluiu.

Ela disse que a empresa segue aguardando a licença ambiental do Ibama para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

Magda disse que a empresa já enviou ao Ibama documentação mais ampla do que a lei exige, mas segue disponível para esclarecimentos. Ela fez os comentários na saída da sua cerimônia de posse, no Centro de Pesquisas da Petrobras, zona norte do Rio.

Em discurso, ela voltou a defender a ida da empresa para a região, considerada ambientalmente sensível por parte do governo, sobretudo do Ministério do Meio Ambiente. Questionado sobre a ausência da chefe dessa pasta, Marina Silva, em sua posse, Magda minimizou e disse que a ministra certamente teve um compromisso que a impediu de cumprir a agenda do governo essa tarde no Rio de Janeiro.

Política de dividendos

A presidente da Petrobras disse que a política de dividendos da Petrobras, de pagar 45% do fluxo de caixa livre, está mantida, conforme consta do estatuto da empresa.

A fala de Magda vem em linha com bastidores da empresa e do governo de que não se pretende modificar a fórmula de proventos inaugurada ainda na gestão passada, de Jean Paul Prates.

Apesar da resistência de parte do governo e de alas mais radicais do PT ao porcentual pago, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fiador da fórmula atual em função da parte do Tesouro nos pagamentos. Haddad, inclusive, foi direto hoje ao citar a importância dos dividendos para o governo.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 19, em cerimônia de posse na empresa, que sua gestão “está totalmente alinhada com a visão do presidente” Luiz Inácio Lula da Silva. Madga foi nomeada no lugar de Jean Paul Prates após reiteradas críticas de aliados de Lula, entre eles, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

“Vamos zelar pela governança e resultados empresariais robustos, com rentabilidade e eficiência operacional. É o que o mercado e o Brasil esperam de nós. Nossa visão está alinhada com a do presidente Lula e com a do governo federal, afinal são esses os nossos acionistas majoritários”, afirmou.

Segundo ela, Lula lhe deu a missão de movimentar a Petrobras, porque a empresa é capaz de impulsionar o PIB nacional. “Aproveito a oportunidade para contar a encomenda que me foi dada pelo presidente. A missão dada pelo presidente foi a de movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do País. Ele me pediu para gerir a Petrobras com respeito à sociedade brasileira”, disse.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez longo elogio à nova presidente da Petrobras, a quem definiu como “profissional excepcional”. “Hoje Magda é alçada à liderança da Petrobras como resultado de uma carreira competente, técnica e dedicada ao avanço do Brasil. Foi uma escolha tanto, presidente Lula. Ela é prata, ou melhor, ouro da casa”, disse, em referência ao passado da executiva na estatal.

Lula e Magda Chambriard durante cerimônia de posse da presidência da Petrobras, no Rio Foto: Ricardo Moraes/Reuters

O ministro é apontado como uma dos artífices da queda do antecessor de Magda, Jean Paul Prates e, desde então, tem feito reiterados elogios públicos à executiva, como demonstração de boa vontade da sua pasta com relação ao nome escolhido pelo Planalto para tocar a maior empresa do País.

“Ao longo dessa carreira virtuosa, especialmente na Agência Nacional de Petróleo, durante o governo Dilma (Rousseff), Magda atuou em tudo o que é fundamental à exploração e produção de petróleo e combustíveis e no atendimento ao interesse da sociedade”, afirmou. O ministro lembrou que Magada atuou em todas as funções da agência, do administrativo à fiscalização. “É uma profissional excepcional. Deveríamos sempre nos inspirar em trajetórias como a dela”, continuou.

Celeridade no plano estratégico

Magda disse que vai tornar realidade o Plano Estratégico da Petrobras, mas com celeridade. “Nossos ativos de petróleo e gás e plantas de refino serão reforçados com investimentos consistentes, mas tempestivos. Temos ambição de chegar a net zero (neutralidade de emissões) em 2050. Cerca de 11% do nosso investimento será em baixo carbono”, disse.

Após reforçar a primazia do negócio de produção de petróleo, sobretudo no pré-sal, Magda falou em uma Petrobras “mais verde e mais eficiente” para avançar também na geração de energia eólica, solar e hidrogênio.

Em sinalização às exigências do Ministério de Minas e Energia, ela foi específica com relação à intenção de reativar o parque de fertilizantes da empresa, o que começou com a decisão de reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, o que deve se repetir nas outras três unidades, em Mato Grosso do Sul, na Bahia e em Sergipe.

“Fertilizantes são boa oportunidade para ampliar o mercado de gás. Porque o gás é nosso produto. O gás natural é o produto com maior impacto no preço dos fertilizantes”, disse Magda, acrescentando a intenção de investir na produção de lubrificantes e no parque petroquímico, com maior valor agregado.

“Para financiar isso, é fundamental investir em exploração e produção. É o petróleo que vai pagar essa conta”, disse.

Ela prometeu a conclusão do Gaslub e da Rota 3, com suas unidades de processamento de gás, além da conclusão do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e antecipação de sistemas de produção. Segundo Magda, a conclusão dos projetos de refino vão reduzir “significativamente” a importação de diesel do Brasil.

“Vamos instalar 14 novas plataformas no quinquênio, sendo sete até 2026. Ainda este ano, vamos iniciar a operação da plataforma de Mero 3 e antecipar o início da produção da Plataforma do Mar do Espírito Santo. A Bacia de Campos, nossa pioneira de águas profundas, terá sua produção revitalizada. E o pré-sal continuará sendo o foco. Hoje ele representa a maior parte da produção (da Petrobras)”, disse.

Nova fronteira

Magda reforçou, ainda, o que disse em sua primeira entrevista, sobre a importância de a Petrobras repor reservas a partir da exploração de bacias ao norte do litoral (Margem Equatorial) e ao Sul (Bacia de Pelotas). “Reservas de petróleo e gás são finitas, temos que avançar nas fronteiras exploratórias”, concluiu.

Ela disse que a empresa segue aguardando a licença ambiental do Ibama para perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.

Magda disse que a empresa já enviou ao Ibama documentação mais ampla do que a lei exige, mas segue disponível para esclarecimentos. Ela fez os comentários na saída da sua cerimônia de posse, no Centro de Pesquisas da Petrobras, zona norte do Rio.

Em discurso, ela voltou a defender a ida da empresa para a região, considerada ambientalmente sensível por parte do governo, sobretudo do Ministério do Meio Ambiente. Questionado sobre a ausência da chefe dessa pasta, Marina Silva, em sua posse, Magda minimizou e disse que a ministra certamente teve um compromisso que a impediu de cumprir a agenda do governo essa tarde no Rio de Janeiro.

Política de dividendos

A presidente da Petrobras disse que a política de dividendos da Petrobras, de pagar 45% do fluxo de caixa livre, está mantida, conforme consta do estatuto da empresa.

A fala de Magda vem em linha com bastidores da empresa e do governo de que não se pretende modificar a fórmula de proventos inaugurada ainda na gestão passada, de Jean Paul Prates.

Apesar da resistência de parte do governo e de alas mais radicais do PT ao porcentual pago, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é fiador da fórmula atual em função da parte do Tesouro nos pagamentos. Haddad, inclusive, foi direto hoje ao citar a importância dos dividendos para o governo.

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