Opinião|Bioeconomia pode ser um dos motores da neoindustrialização brasileira


Tema vem emergindo como resposta promissora, pois parte do princípio de que é possível combinar natureza e tecnologia em alternativas para gerar renda e combater a pobreza com os biomas preservados

Por Marina Grossi

Na busca por um novo modelo econômico pautado na cooperação com o meio ambiente e no respeito às formas de vida, a bioeconomia vem emergindo como uma resposta promissora, pois parte do princípio de que é possível combinar natureza e tecnologia em alternativas para gerar renda e combater a pobreza com os biomas preservados.

Considerado um dos países que mais tendem a se beneficiar com essa estratégia, o Brasil assumiu para si a tarefa de inserir essa pauta no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20.

continua após a publicidade

À frente da presidência do evento que reúne o grupo das 20 maiores economias do mundo no Rio de Janeiro, em novembro, o Brasil aprovou os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia, durante a 4ª reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB, na sigla em inglês), em 11 de setembro. O documento inédito traz dez princípios norteadores para balizar discussões diplomáticas e comerciais sobre o tema.

Foi a primeira vez que o tema se tornou objeto de um documento multilateral, o que foi visto pelo Itamaraty como uma conquista para o Brasil e para o G20. O fato é que somos um país rico em natureza e uma das 20 maiores economias do mundo, o que torna o Brasil um ator estratégico para pautar esse tema internacionalmente, e assim o fizemos.

Brasil assumiu tarefa de inserir pauta da bioeconomia no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20 Foto: Daniel Teixeira/Estadão
continua após a publicidade

A própria Iniciativa de Bioeconomia do G20, criada com a presidência do Brasil no grupo, dialoga com as três prioridades estabelecidas nesta gestão: o combate à fome, pobreza e desigualdade, o desenvolvimento sustentável e o redesenho da governança global. Assim, avançamos um passo para mostrar que é possível promover prosperidade e proteger nossos biomas, que têm sofrido com os impactos das mudanças climáticas, como a seca extrema na Amazônia e as queimadas que assolam todas as regiões do país.

Os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia contribuirão para dar tração a esse paradigma produtivo inovador, que traz ingredientes para combater as três graves crises que hoje nos cerceiam — a crise climática, a perda da biodiversidade e a desigualdade social. Os princípios associam a bioeconomia com o desenvolvimento sustentável e o combate à fome e à pobreza, com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, com a restauração de ecossistemas, com o uso responsável da “ciência, da tecnologia, da inovação e do conhecimento tradicional” e com a colaboração internacional entre os países.

continua após a publicidade

A bioeconomia está na ordem do dia. Além dos Princípios de Alto Nível, tivemos o lançamento do relatório “A Bioeconomia Global”, que traz um inventário sobre o tema no cenário global, elaborado como uma contribuição para a Iniciativa de Bioeconomia do G20. Na esfera governamental, houve o lançamento da Estratégia Nacional da Bioeconomia por parte do governo federal e, a nível estadual, as primeiras políticas públicas já estão acontecendo.

A bioeconomia também esteve presente no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia-Geral da ONU, em que ele destacou que não é mais admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir as comunidades tradicionais e indígenas que vivem nessas regiões. “Nossa visão de desenvolvimento sustentável está alicerçada no potencial da bioeconomia”, declarou.

O arcabouço institucional para avançarmos com o tema tem tomado forma. A bioeconomia já é grande e cresce rapidamente: estima-se que globalmente, já seja avaliada em US$ 4 trilhões a US$ 5 trilhões, com potencial de crescimento para US$ 30 trilhões até 2050, e mais e mais países formulando suas estratégias nacionais e regionais nesse campo — caso da China, Índia, Japão, União Europeia, EUA, México, Namíbia e África do Sul, entre outros.

continua após a publicidade

Uma das propostas do setor empresarial é que até 2030 ao menos dois itens na balança comercial brasileira sejam produtos oriundos da bioeconomia das cadeias da sociobiodiversidade, alcançando, por meio do fomento a essas atividades, incremento de ao menos 1% do PIB. Isso pode ser aplicado a todos os biomas, da Amazônia ao Pampa.

São muitos os setores que podem se beneficiar de uma estratégia moderna de bioeconomia: fármacos e cosméticos, agronegócio, atividade florestal, cadeias produtivas da sociobiodiversidade, energia, logística. A bioeconomia pode, inclusive, ser um dos motores da neoindustrialização brasileira, com sustentabilidade, alta na competitividade e justa repartição de benefícios.

Ainda será preciso trabalhar consensos em torno de temas como métricas, uso sustentável da biodiversidade e financiamento. Precisamos fazê-lo rapidamente, de modo a caminhar na direção dos Acordos de Paris, sobre clima, e de Kunming-Montreal, sobre biodiversidade, duas das principais agendas ambientais multilaterais da atualidade. Mas ao dar os primeiros passos para fomentar um modelo que permita mitigar nosso passivo social a partir da riqueza dos nossos biomas, já estamos nos posicionando rumo a uma economia que pode, de fato, mudar o mundo.

Na busca por um novo modelo econômico pautado na cooperação com o meio ambiente e no respeito às formas de vida, a bioeconomia vem emergindo como uma resposta promissora, pois parte do princípio de que é possível combinar natureza e tecnologia em alternativas para gerar renda e combater a pobreza com os biomas preservados.

Considerado um dos países que mais tendem a se beneficiar com essa estratégia, o Brasil assumiu para si a tarefa de inserir essa pauta no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20.

À frente da presidência do evento que reúne o grupo das 20 maiores economias do mundo no Rio de Janeiro, em novembro, o Brasil aprovou os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia, durante a 4ª reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB, na sigla em inglês), em 11 de setembro. O documento inédito traz dez princípios norteadores para balizar discussões diplomáticas e comerciais sobre o tema.

Foi a primeira vez que o tema se tornou objeto de um documento multilateral, o que foi visto pelo Itamaraty como uma conquista para o Brasil e para o G20. O fato é que somos um país rico em natureza e uma das 20 maiores economias do mundo, o que torna o Brasil um ator estratégico para pautar esse tema internacionalmente, e assim o fizemos.

Brasil assumiu tarefa de inserir pauta da bioeconomia no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A própria Iniciativa de Bioeconomia do G20, criada com a presidência do Brasil no grupo, dialoga com as três prioridades estabelecidas nesta gestão: o combate à fome, pobreza e desigualdade, o desenvolvimento sustentável e o redesenho da governança global. Assim, avançamos um passo para mostrar que é possível promover prosperidade e proteger nossos biomas, que têm sofrido com os impactos das mudanças climáticas, como a seca extrema na Amazônia e as queimadas que assolam todas as regiões do país.

Os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia contribuirão para dar tração a esse paradigma produtivo inovador, que traz ingredientes para combater as três graves crises que hoje nos cerceiam — a crise climática, a perda da biodiversidade e a desigualdade social. Os princípios associam a bioeconomia com o desenvolvimento sustentável e o combate à fome e à pobreza, com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, com a restauração de ecossistemas, com o uso responsável da “ciência, da tecnologia, da inovação e do conhecimento tradicional” e com a colaboração internacional entre os países.

A bioeconomia está na ordem do dia. Além dos Princípios de Alto Nível, tivemos o lançamento do relatório “A Bioeconomia Global”, que traz um inventário sobre o tema no cenário global, elaborado como uma contribuição para a Iniciativa de Bioeconomia do G20. Na esfera governamental, houve o lançamento da Estratégia Nacional da Bioeconomia por parte do governo federal e, a nível estadual, as primeiras políticas públicas já estão acontecendo.

A bioeconomia também esteve presente no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia-Geral da ONU, em que ele destacou que não é mais admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir as comunidades tradicionais e indígenas que vivem nessas regiões. “Nossa visão de desenvolvimento sustentável está alicerçada no potencial da bioeconomia”, declarou.

O arcabouço institucional para avançarmos com o tema tem tomado forma. A bioeconomia já é grande e cresce rapidamente: estima-se que globalmente, já seja avaliada em US$ 4 trilhões a US$ 5 trilhões, com potencial de crescimento para US$ 30 trilhões até 2050, e mais e mais países formulando suas estratégias nacionais e regionais nesse campo — caso da China, Índia, Japão, União Europeia, EUA, México, Namíbia e África do Sul, entre outros.

Uma das propostas do setor empresarial é que até 2030 ao menos dois itens na balança comercial brasileira sejam produtos oriundos da bioeconomia das cadeias da sociobiodiversidade, alcançando, por meio do fomento a essas atividades, incremento de ao menos 1% do PIB. Isso pode ser aplicado a todos os biomas, da Amazônia ao Pampa.

São muitos os setores que podem se beneficiar de uma estratégia moderna de bioeconomia: fármacos e cosméticos, agronegócio, atividade florestal, cadeias produtivas da sociobiodiversidade, energia, logística. A bioeconomia pode, inclusive, ser um dos motores da neoindustrialização brasileira, com sustentabilidade, alta na competitividade e justa repartição de benefícios.

Ainda será preciso trabalhar consensos em torno de temas como métricas, uso sustentável da biodiversidade e financiamento. Precisamos fazê-lo rapidamente, de modo a caminhar na direção dos Acordos de Paris, sobre clima, e de Kunming-Montreal, sobre biodiversidade, duas das principais agendas ambientais multilaterais da atualidade. Mas ao dar os primeiros passos para fomentar um modelo que permita mitigar nosso passivo social a partir da riqueza dos nossos biomas, já estamos nos posicionando rumo a uma economia que pode, de fato, mudar o mundo.

Na busca por um novo modelo econômico pautado na cooperação com o meio ambiente e no respeito às formas de vida, a bioeconomia vem emergindo como uma resposta promissora, pois parte do princípio de que é possível combinar natureza e tecnologia em alternativas para gerar renda e combater a pobreza com os biomas preservados.

Considerado um dos países que mais tendem a se beneficiar com essa estratégia, o Brasil assumiu para si a tarefa de inserir essa pauta no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20.

À frente da presidência do evento que reúne o grupo das 20 maiores economias do mundo no Rio de Janeiro, em novembro, o Brasil aprovou os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia, durante a 4ª reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB, na sigla em inglês), em 11 de setembro. O documento inédito traz dez princípios norteadores para balizar discussões diplomáticas e comerciais sobre o tema.

Foi a primeira vez que o tema se tornou objeto de um documento multilateral, o que foi visto pelo Itamaraty como uma conquista para o Brasil e para o G20. O fato é que somos um país rico em natureza e uma das 20 maiores economias do mundo, o que torna o Brasil um ator estratégico para pautar esse tema internacionalmente, e assim o fizemos.

Brasil assumiu tarefa de inserir pauta da bioeconomia no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A própria Iniciativa de Bioeconomia do G20, criada com a presidência do Brasil no grupo, dialoga com as três prioridades estabelecidas nesta gestão: o combate à fome, pobreza e desigualdade, o desenvolvimento sustentável e o redesenho da governança global. Assim, avançamos um passo para mostrar que é possível promover prosperidade e proteger nossos biomas, que têm sofrido com os impactos das mudanças climáticas, como a seca extrema na Amazônia e as queimadas que assolam todas as regiões do país.

Os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia contribuirão para dar tração a esse paradigma produtivo inovador, que traz ingredientes para combater as três graves crises que hoje nos cerceiam — a crise climática, a perda da biodiversidade e a desigualdade social. Os princípios associam a bioeconomia com o desenvolvimento sustentável e o combate à fome e à pobreza, com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, com a restauração de ecossistemas, com o uso responsável da “ciência, da tecnologia, da inovação e do conhecimento tradicional” e com a colaboração internacional entre os países.

A bioeconomia está na ordem do dia. Além dos Princípios de Alto Nível, tivemos o lançamento do relatório “A Bioeconomia Global”, que traz um inventário sobre o tema no cenário global, elaborado como uma contribuição para a Iniciativa de Bioeconomia do G20. Na esfera governamental, houve o lançamento da Estratégia Nacional da Bioeconomia por parte do governo federal e, a nível estadual, as primeiras políticas públicas já estão acontecendo.

A bioeconomia também esteve presente no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia-Geral da ONU, em que ele destacou que não é mais admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir as comunidades tradicionais e indígenas que vivem nessas regiões. “Nossa visão de desenvolvimento sustentável está alicerçada no potencial da bioeconomia”, declarou.

O arcabouço institucional para avançarmos com o tema tem tomado forma. A bioeconomia já é grande e cresce rapidamente: estima-se que globalmente, já seja avaliada em US$ 4 trilhões a US$ 5 trilhões, com potencial de crescimento para US$ 30 trilhões até 2050, e mais e mais países formulando suas estratégias nacionais e regionais nesse campo — caso da China, Índia, Japão, União Europeia, EUA, México, Namíbia e África do Sul, entre outros.

Uma das propostas do setor empresarial é que até 2030 ao menos dois itens na balança comercial brasileira sejam produtos oriundos da bioeconomia das cadeias da sociobiodiversidade, alcançando, por meio do fomento a essas atividades, incremento de ao menos 1% do PIB. Isso pode ser aplicado a todos os biomas, da Amazônia ao Pampa.

São muitos os setores que podem se beneficiar de uma estratégia moderna de bioeconomia: fármacos e cosméticos, agronegócio, atividade florestal, cadeias produtivas da sociobiodiversidade, energia, logística. A bioeconomia pode, inclusive, ser um dos motores da neoindustrialização brasileira, com sustentabilidade, alta na competitividade e justa repartição de benefícios.

Ainda será preciso trabalhar consensos em torno de temas como métricas, uso sustentável da biodiversidade e financiamento. Precisamos fazê-lo rapidamente, de modo a caminhar na direção dos Acordos de Paris, sobre clima, e de Kunming-Montreal, sobre biodiversidade, duas das principais agendas ambientais multilaterais da atualidade. Mas ao dar os primeiros passos para fomentar um modelo que permita mitigar nosso passivo social a partir da riqueza dos nossos biomas, já estamos nos posicionando rumo a uma economia que pode, de fato, mudar o mundo.

Na busca por um novo modelo econômico pautado na cooperação com o meio ambiente e no respeito às formas de vida, a bioeconomia vem emergindo como uma resposta promissora, pois parte do princípio de que é possível combinar natureza e tecnologia em alternativas para gerar renda e combater a pobreza com os biomas preservados.

Considerado um dos países que mais tendem a se beneficiar com essa estratégia, o Brasil assumiu para si a tarefa de inserir essa pauta no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20.

À frente da presidência do evento que reúne o grupo das 20 maiores economias do mundo no Rio de Janeiro, em novembro, o Brasil aprovou os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia, durante a 4ª reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB, na sigla em inglês), em 11 de setembro. O documento inédito traz dez princípios norteadores para balizar discussões diplomáticas e comerciais sobre o tema.

Foi a primeira vez que o tema se tornou objeto de um documento multilateral, o que foi visto pelo Itamaraty como uma conquista para o Brasil e para o G20. O fato é que somos um país rico em natureza e uma das 20 maiores economias do mundo, o que torna o Brasil um ator estratégico para pautar esse tema internacionalmente, e assim o fizemos.

Brasil assumiu tarefa de inserir pauta da bioeconomia no mapa econômico e financeiro internacional a partir do G20 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A própria Iniciativa de Bioeconomia do G20, criada com a presidência do Brasil no grupo, dialoga com as três prioridades estabelecidas nesta gestão: o combate à fome, pobreza e desigualdade, o desenvolvimento sustentável e o redesenho da governança global. Assim, avançamos um passo para mostrar que é possível promover prosperidade e proteger nossos biomas, que têm sofrido com os impactos das mudanças climáticas, como a seca extrema na Amazônia e as queimadas que assolam todas as regiões do país.

Os Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia contribuirão para dar tração a esse paradigma produtivo inovador, que traz ingredientes para combater as três graves crises que hoje nos cerceiam — a crise climática, a perda da biodiversidade e a desigualdade social. Os princípios associam a bioeconomia com o desenvolvimento sustentável e o combate à fome e à pobreza, com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, com a restauração de ecossistemas, com o uso responsável da “ciência, da tecnologia, da inovação e do conhecimento tradicional” e com a colaboração internacional entre os países.

A bioeconomia está na ordem do dia. Além dos Princípios de Alto Nível, tivemos o lançamento do relatório “A Bioeconomia Global”, que traz um inventário sobre o tema no cenário global, elaborado como uma contribuição para a Iniciativa de Bioeconomia do G20. Na esfera governamental, houve o lançamento da Estratégia Nacional da Bioeconomia por parte do governo federal e, a nível estadual, as primeiras políticas públicas já estão acontecendo.

A bioeconomia também esteve presente no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia-Geral da ONU, em que ele destacou que não é mais admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir as comunidades tradicionais e indígenas que vivem nessas regiões. “Nossa visão de desenvolvimento sustentável está alicerçada no potencial da bioeconomia”, declarou.

O arcabouço institucional para avançarmos com o tema tem tomado forma. A bioeconomia já é grande e cresce rapidamente: estima-se que globalmente, já seja avaliada em US$ 4 trilhões a US$ 5 trilhões, com potencial de crescimento para US$ 30 trilhões até 2050, e mais e mais países formulando suas estratégias nacionais e regionais nesse campo — caso da China, Índia, Japão, União Europeia, EUA, México, Namíbia e África do Sul, entre outros.

Uma das propostas do setor empresarial é que até 2030 ao menos dois itens na balança comercial brasileira sejam produtos oriundos da bioeconomia das cadeias da sociobiodiversidade, alcançando, por meio do fomento a essas atividades, incremento de ao menos 1% do PIB. Isso pode ser aplicado a todos os biomas, da Amazônia ao Pampa.

São muitos os setores que podem se beneficiar de uma estratégia moderna de bioeconomia: fármacos e cosméticos, agronegócio, atividade florestal, cadeias produtivas da sociobiodiversidade, energia, logística. A bioeconomia pode, inclusive, ser um dos motores da neoindustrialização brasileira, com sustentabilidade, alta na competitividade e justa repartição de benefícios.

Ainda será preciso trabalhar consensos em torno de temas como métricas, uso sustentável da biodiversidade e financiamento. Precisamos fazê-lo rapidamente, de modo a caminhar na direção dos Acordos de Paris, sobre clima, e de Kunming-Montreal, sobre biodiversidade, duas das principais agendas ambientais multilaterais da atualidade. Mas ao dar os primeiros passos para fomentar um modelo que permita mitigar nosso passivo social a partir da riqueza dos nossos biomas, já estamos nos posicionando rumo a uma economia que pode, de fato, mudar o mundo.

Opinião por Marina Grossi

Economista, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds)

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.