McDonald´s recebe nesta segunda propostas de fundos


Os fundos de investimento do UBS Pactual e GP Investimentos não devem fazer oferta de compra, mas de gestão da rede na América Latina

Por Agencia Estado

O JP Morgan, banco que representa o McDonald´s mundial, recebe nesta segunda-feira propostas dos fundos de investimento do Pactual UBS e da GP Investimentos. Ainda não são propostas firmes de compra da operação latino-americana, com cerca de 1.600 lojas, posta à venda neste ano sem alarde. São, na verdade, propostas de gestão operacional, já que o imbróglio dessa negociação passa exatamente pelo Master Franchising Agreement (MFA), que é o contrato que estabelece regras de franquia, fornecimento e gestão. Para os interessados, esse sistema engessa a operação e foi a causa do insucesso da rede na América Latina e no Brasil em particular. Basta ver que o lucro do último trimestre da rede no mundo foi sustentado basicamente pela operação européia. Na América Latina, o resultado tem deixado a desejar. Apesar de a região representar 7,1% das receitas mundiais do grupo, a contribuição para o lucro é de apenas 0,16%, Em 1999, a região chegou a representar 5% das receitas e 3,8% do lucro. A rede se fecha sobre o assunto. Nem mesmo com a vinda do presidente mundial do McDonald´s, Ralph Alvarez, ao Brasil no mês passado, houve vazamento de informações sobre o negócio. Fontes que acompanharam a visita do executivo comentaram que ele não estava convencido da necessidade da venda. No entanto, a decisão tomada pelos acionistas, em especial Bill Ackman, dono de mais de 4% das ações, tornou-se irrefutável. Ackman defende o uso na América Latina de um modelo adotado em "regiões de risco", conhecido como Developmental Licensees. Em vez de ser dono da operação, o McDonald´s passaria a cobrar de um investidor local royalties sobre o faturamento. No mercado, especula-se que a operação estaria avaliada em US$ 1 bilhão. A intenção original do McDonald´s era concluir a venda ainda neste ano, segundo uma fonte que acompanha de perto a negociação. Mas as discussões sobre o contrato de gestão adiaram as negociações financeiras para meados de janeiro. Segundo a fonte, o MFA não avança em nada nas regras de contratação de fornecedores e no relacionamento com franqueados, principais causas de problemas da rede no Brasil. É a matriz quem decide quem serão os principais fornecedores, deixando o gestor local sem liberdade para negociar preços mais atraentes. Não raro, esses fornecedores, que atendem à rede em diversas regiões do mundo, são também acionistas da empresa. Outro entrave na negociação - e que envolve o MFA - diz respeito à manutenção ou não dos contratos em vigor entre a rede e os franqueados no Brasil. Para resolver problemas de litígio com os franqueados, que reclamavam de cobranças indevidas de aluguéis, entre outras coisas, a rede passou os últimos anos recomprando a maior parte dos restaurantes. Nas negociações, os contratos com os franqueados remanescentes foram refeitos e hoje representam uma lucratividade muito baixa para a companhia. Práticas rígidas O MFA também obriga o novo controlador a adotar um modelo de gestão ditado pelos executivos no Estado americano de Illinois, sede da matriz. Isso envolve desde lançamento de produtos até a realização de convenções, de conteúdo distante da realidade nos outros países. Os fundos de investimentos, habituados a incentivar cortes de custos e promover crescimento de margens de lucro, ao se envolverem com uma rede varejista tão rígida em suas práticas diárias, se viram obrigados a se associar a parceiros que conhecem esse dia a dia. Especula-se no mercado que o argentino de origem inglesa Wood Staton, responsável pela operação na Argentina, tida como bem sucedida, estaria associado ao Pactual. O norte-americano Gregory Ryan, que presidiu a operação no Brasil, estaria com a GP Investimentos.

O JP Morgan, banco que representa o McDonald´s mundial, recebe nesta segunda-feira propostas dos fundos de investimento do Pactual UBS e da GP Investimentos. Ainda não são propostas firmes de compra da operação latino-americana, com cerca de 1.600 lojas, posta à venda neste ano sem alarde. São, na verdade, propostas de gestão operacional, já que o imbróglio dessa negociação passa exatamente pelo Master Franchising Agreement (MFA), que é o contrato que estabelece regras de franquia, fornecimento e gestão. Para os interessados, esse sistema engessa a operação e foi a causa do insucesso da rede na América Latina e no Brasil em particular. Basta ver que o lucro do último trimestre da rede no mundo foi sustentado basicamente pela operação européia. Na América Latina, o resultado tem deixado a desejar. Apesar de a região representar 7,1% das receitas mundiais do grupo, a contribuição para o lucro é de apenas 0,16%, Em 1999, a região chegou a representar 5% das receitas e 3,8% do lucro. A rede se fecha sobre o assunto. Nem mesmo com a vinda do presidente mundial do McDonald´s, Ralph Alvarez, ao Brasil no mês passado, houve vazamento de informações sobre o negócio. Fontes que acompanharam a visita do executivo comentaram que ele não estava convencido da necessidade da venda. No entanto, a decisão tomada pelos acionistas, em especial Bill Ackman, dono de mais de 4% das ações, tornou-se irrefutável. Ackman defende o uso na América Latina de um modelo adotado em "regiões de risco", conhecido como Developmental Licensees. Em vez de ser dono da operação, o McDonald´s passaria a cobrar de um investidor local royalties sobre o faturamento. No mercado, especula-se que a operação estaria avaliada em US$ 1 bilhão. A intenção original do McDonald´s era concluir a venda ainda neste ano, segundo uma fonte que acompanha de perto a negociação. Mas as discussões sobre o contrato de gestão adiaram as negociações financeiras para meados de janeiro. Segundo a fonte, o MFA não avança em nada nas regras de contratação de fornecedores e no relacionamento com franqueados, principais causas de problemas da rede no Brasil. É a matriz quem decide quem serão os principais fornecedores, deixando o gestor local sem liberdade para negociar preços mais atraentes. Não raro, esses fornecedores, que atendem à rede em diversas regiões do mundo, são também acionistas da empresa. Outro entrave na negociação - e que envolve o MFA - diz respeito à manutenção ou não dos contratos em vigor entre a rede e os franqueados no Brasil. Para resolver problemas de litígio com os franqueados, que reclamavam de cobranças indevidas de aluguéis, entre outras coisas, a rede passou os últimos anos recomprando a maior parte dos restaurantes. Nas negociações, os contratos com os franqueados remanescentes foram refeitos e hoje representam uma lucratividade muito baixa para a companhia. Práticas rígidas O MFA também obriga o novo controlador a adotar um modelo de gestão ditado pelos executivos no Estado americano de Illinois, sede da matriz. Isso envolve desde lançamento de produtos até a realização de convenções, de conteúdo distante da realidade nos outros países. Os fundos de investimentos, habituados a incentivar cortes de custos e promover crescimento de margens de lucro, ao se envolverem com uma rede varejista tão rígida em suas práticas diárias, se viram obrigados a se associar a parceiros que conhecem esse dia a dia. Especula-se no mercado que o argentino de origem inglesa Wood Staton, responsável pela operação na Argentina, tida como bem sucedida, estaria associado ao Pactual. O norte-americano Gregory Ryan, que presidiu a operação no Brasil, estaria com a GP Investimentos.

O JP Morgan, banco que representa o McDonald´s mundial, recebe nesta segunda-feira propostas dos fundos de investimento do Pactual UBS e da GP Investimentos. Ainda não são propostas firmes de compra da operação latino-americana, com cerca de 1.600 lojas, posta à venda neste ano sem alarde. São, na verdade, propostas de gestão operacional, já que o imbróglio dessa negociação passa exatamente pelo Master Franchising Agreement (MFA), que é o contrato que estabelece regras de franquia, fornecimento e gestão. Para os interessados, esse sistema engessa a operação e foi a causa do insucesso da rede na América Latina e no Brasil em particular. Basta ver que o lucro do último trimestre da rede no mundo foi sustentado basicamente pela operação européia. Na América Latina, o resultado tem deixado a desejar. Apesar de a região representar 7,1% das receitas mundiais do grupo, a contribuição para o lucro é de apenas 0,16%, Em 1999, a região chegou a representar 5% das receitas e 3,8% do lucro. A rede se fecha sobre o assunto. Nem mesmo com a vinda do presidente mundial do McDonald´s, Ralph Alvarez, ao Brasil no mês passado, houve vazamento de informações sobre o negócio. Fontes que acompanharam a visita do executivo comentaram que ele não estava convencido da necessidade da venda. No entanto, a decisão tomada pelos acionistas, em especial Bill Ackman, dono de mais de 4% das ações, tornou-se irrefutável. Ackman defende o uso na América Latina de um modelo adotado em "regiões de risco", conhecido como Developmental Licensees. Em vez de ser dono da operação, o McDonald´s passaria a cobrar de um investidor local royalties sobre o faturamento. No mercado, especula-se que a operação estaria avaliada em US$ 1 bilhão. A intenção original do McDonald´s era concluir a venda ainda neste ano, segundo uma fonte que acompanha de perto a negociação. Mas as discussões sobre o contrato de gestão adiaram as negociações financeiras para meados de janeiro. Segundo a fonte, o MFA não avança em nada nas regras de contratação de fornecedores e no relacionamento com franqueados, principais causas de problemas da rede no Brasil. É a matriz quem decide quem serão os principais fornecedores, deixando o gestor local sem liberdade para negociar preços mais atraentes. Não raro, esses fornecedores, que atendem à rede em diversas regiões do mundo, são também acionistas da empresa. Outro entrave na negociação - e que envolve o MFA - diz respeito à manutenção ou não dos contratos em vigor entre a rede e os franqueados no Brasil. Para resolver problemas de litígio com os franqueados, que reclamavam de cobranças indevidas de aluguéis, entre outras coisas, a rede passou os últimos anos recomprando a maior parte dos restaurantes. Nas negociações, os contratos com os franqueados remanescentes foram refeitos e hoje representam uma lucratividade muito baixa para a companhia. Práticas rígidas O MFA também obriga o novo controlador a adotar um modelo de gestão ditado pelos executivos no Estado americano de Illinois, sede da matriz. Isso envolve desde lançamento de produtos até a realização de convenções, de conteúdo distante da realidade nos outros países. Os fundos de investimentos, habituados a incentivar cortes de custos e promover crescimento de margens de lucro, ao se envolverem com uma rede varejista tão rígida em suas práticas diárias, se viram obrigados a se associar a parceiros que conhecem esse dia a dia. Especula-se no mercado que o argentino de origem inglesa Wood Staton, responsável pela operação na Argentina, tida como bem sucedida, estaria associado ao Pactual. O norte-americano Gregory Ryan, que presidiu a operação no Brasil, estaria com a GP Investimentos.

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