Mercadante apresenta a empresários novos diretores do BNDES ligados ao mercado


Futuro presidente do banco anunciou cinco novos nomes para sua equipe; diretores estiveram em almoço organizado pelo grupo Esfera nesta quarta-feira

Por Eduardo Laguna
Atualização:

Aloizio Mercadante, futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apresentou nesta quarta-feira, 21, durante almoço com empresários em São Paulo, cinco diretores que vão estar com ele no banco de fomento a partir de janeiro. As indicações combinam nomes de mercado com pessoas com experiência em administração pública.

Os escolhidos são Alexandre Abreu, ex-CEO do banco Original, que também presidiu o Banco do Brasil (BB) entre 2015 e 2016; o economista José Luis Gordon, atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Natalia Dias, que é CEO do Standard Bank Brasil; Luciana Costa, presidente no Brasil do banco francês de investimentos Natixis; e Luiz Navarro, que foi ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) entre março e maio de 2016.

Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES Foto: Adriano Machado/Reuters
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Conforme relatos do encontro obtidos pelo Estadão/Broadcast, os cinco futuros diretores do BNDES acompanharam Mercadante e deram declarações rápidas durante o almoço com empresários e banqueiros oferecido pelo presidente do grupo Esfera Brasil, João Camargo.

O evento aconteceu na casa de Camargo, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O petista chegou ao local junto com o empresário Rubens Ometto, do grupo Cosan. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e o presidente do Conselho de Administração da Localiza, Eugênio Mattar, estavam entre os convidados.

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Questionado sobre a resistência dos investidores à indicação de seu nome pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando do BNDES, Mercadante brincou que Brasília, centro político, e Faria Lima, centro financeiro do País, parecem falar idiomas diferentes.

Por isso, continuou, convidou três “tradutores” para facilitar o diálogo, numa referência a Alexandre Abreu, Luciana Costa e Natalia Dias, nomes que já foram ou são CEOs de bancos.

Mercadante também confirmou na quarta-feira os ex-ministros Nelson Barbosa e Tereza Campello entre os nomes que vão compor a direção do banco a partir de janeiro, como antecipou o Estadão.

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Segundo ele, Barbosa deve ser responsável pelo planejamento, enquanto Tereza Campello deve ficar com o desenvolvimento social, frentes nas quais os dois tiveram experiência como ministros.

Em relação aos demais diretores, Alexandre Abreu, que já presidiu o Banco do Brasil (BB), deve ir para as finanças. Luciana Costa vai deixar a presidência no Brasil do banco francês de investimentos Natixis para cuidar de economia verde no BNDES, ao passo que Natalia Dias, hoje CEO do Standard Bank Brasil, vai tocar a área de mercado de capitais.

Atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o economista José Luis Gordon ficará com inovações. Já quanto a Luiz Navarro, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) e quinto nome apresentado para a diretoria do BNDES no almoço com empresários, Mercadante não antecipou qual será a posição no banco.

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Transição de governo

Mercadante também classificou como “excelente” e “muito republicana” a interlocução, dentro do processo de transição, com a diretoria atual do banco público.

“Tivemos uma excelente reunião com a diretoria atual do BNDES, muito republicana. Estão passando todas as informações e vão continuar ajudando na transição”, afirmou.

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Segundo ele, a atuação do BNDES deverá ser complementar ao mercado de capitais. “Queremos gerar mais emprego, mais apoio a micro e pequenas empresas, dar maior ênfase à economia verde e sustentabilidade. Agora, isso tem de ser feito em complementariedade ao mercado de capitais, e não contra e gerando conflitos”, disse.

Financiamentos de longo prazo

O futuro presidente do BNDES afirmou que não está nos planos do novo governo resgatar a TJLP, sigla da taxa de juros que servia de base dos financiamentos de longo prazo do banco durante os governos petistas.

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“Não há espaço para a volta da TJLP, ninguém discute isso”, afirmou.

Ele defendeu a necessidade de reindustrializar o País, citando que a participação do setor na carteira no BNDES caiu de 16% para 43% nos últimos anos. Também prometeu um “olhar especial” para as micro e pequenas empresas, que, tendo como referência países como Alemanha e Itália, podem, conforme Mercadante, dobrar o peso relativo no PIB, hoje em 29%.

Apesar disso, Mercadante garantiu que a intenção do futuro governo não será trazer de volta o “BNDES do passado”. “Estamos construindo um BNDES para o futuro.” Ele repetiu que não haverá espaço fiscal no orçamento para financiar empréstimos subsidiados pelo banco de fomento.

O petista defendeu ainda a busca por novas fontes de financiamento e citou oportunidades de captação de recursos da Europa, num total de 55 bilhões de euros à disposição de países de fora do continente, além do montante de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia.

O caminho apontado por ele para derrubar os juros atuais elevados passa pela reversão de expectativas negativas no mercado. “Quem mais vai ganhar são os pequenos empresários”, pontuou.

Mercadante ponderou, porém, que a TLP, taxa que substituiu a TJLP, precisa de ajustes, defendendo que a inflação, considerada no cálculo da taxa, seja baseada numa média, e não na variação mensal. Isso, afirmou, levaria a uma estabilidade maior da taxa, contribuindo com o planejamento financeiro dos tomadores de empréstimos.

Ele adiantou que, mesmo sendo uma mudança simples, esse ajuste precisaria ser debatido no Congresso. “Não posso mudar nada sozinho.”

Aloizio Mercadante, futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apresentou nesta quarta-feira, 21, durante almoço com empresários em São Paulo, cinco diretores que vão estar com ele no banco de fomento a partir de janeiro. As indicações combinam nomes de mercado com pessoas com experiência em administração pública.

Os escolhidos são Alexandre Abreu, ex-CEO do banco Original, que também presidiu o Banco do Brasil (BB) entre 2015 e 2016; o economista José Luis Gordon, atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Natalia Dias, que é CEO do Standard Bank Brasil; Luciana Costa, presidente no Brasil do banco francês de investimentos Natixis; e Luiz Navarro, que foi ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) entre março e maio de 2016.

Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES Foto: Adriano Machado/Reuters

Conforme relatos do encontro obtidos pelo Estadão/Broadcast, os cinco futuros diretores do BNDES acompanharam Mercadante e deram declarações rápidas durante o almoço com empresários e banqueiros oferecido pelo presidente do grupo Esfera Brasil, João Camargo.

O evento aconteceu na casa de Camargo, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O petista chegou ao local junto com o empresário Rubens Ometto, do grupo Cosan. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e o presidente do Conselho de Administração da Localiza, Eugênio Mattar, estavam entre os convidados.

Questionado sobre a resistência dos investidores à indicação de seu nome pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando do BNDES, Mercadante brincou que Brasília, centro político, e Faria Lima, centro financeiro do País, parecem falar idiomas diferentes.

Por isso, continuou, convidou três “tradutores” para facilitar o diálogo, numa referência a Alexandre Abreu, Luciana Costa e Natalia Dias, nomes que já foram ou são CEOs de bancos.

Mercadante também confirmou na quarta-feira os ex-ministros Nelson Barbosa e Tereza Campello entre os nomes que vão compor a direção do banco a partir de janeiro, como antecipou o Estadão.

Segundo ele, Barbosa deve ser responsável pelo planejamento, enquanto Tereza Campello deve ficar com o desenvolvimento social, frentes nas quais os dois tiveram experiência como ministros.

Em relação aos demais diretores, Alexandre Abreu, que já presidiu o Banco do Brasil (BB), deve ir para as finanças. Luciana Costa vai deixar a presidência no Brasil do banco francês de investimentos Natixis para cuidar de economia verde no BNDES, ao passo que Natalia Dias, hoje CEO do Standard Bank Brasil, vai tocar a área de mercado de capitais.

Atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o economista José Luis Gordon ficará com inovações. Já quanto a Luiz Navarro, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) e quinto nome apresentado para a diretoria do BNDES no almoço com empresários, Mercadante não antecipou qual será a posição no banco.

Transição de governo

Mercadante também classificou como “excelente” e “muito republicana” a interlocução, dentro do processo de transição, com a diretoria atual do banco público.

“Tivemos uma excelente reunião com a diretoria atual do BNDES, muito republicana. Estão passando todas as informações e vão continuar ajudando na transição”, afirmou.

Segundo ele, a atuação do BNDES deverá ser complementar ao mercado de capitais. “Queremos gerar mais emprego, mais apoio a micro e pequenas empresas, dar maior ênfase à economia verde e sustentabilidade. Agora, isso tem de ser feito em complementariedade ao mercado de capitais, e não contra e gerando conflitos”, disse.

Financiamentos de longo prazo

O futuro presidente do BNDES afirmou que não está nos planos do novo governo resgatar a TJLP, sigla da taxa de juros que servia de base dos financiamentos de longo prazo do banco durante os governos petistas.

“Não há espaço para a volta da TJLP, ninguém discute isso”, afirmou.

Ele defendeu a necessidade de reindustrializar o País, citando que a participação do setor na carteira no BNDES caiu de 16% para 43% nos últimos anos. Também prometeu um “olhar especial” para as micro e pequenas empresas, que, tendo como referência países como Alemanha e Itália, podem, conforme Mercadante, dobrar o peso relativo no PIB, hoje em 29%.

Apesar disso, Mercadante garantiu que a intenção do futuro governo não será trazer de volta o “BNDES do passado”. “Estamos construindo um BNDES para o futuro.” Ele repetiu que não haverá espaço fiscal no orçamento para financiar empréstimos subsidiados pelo banco de fomento.

O petista defendeu ainda a busca por novas fontes de financiamento e citou oportunidades de captação de recursos da Europa, num total de 55 bilhões de euros à disposição de países de fora do continente, além do montante de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia.

O caminho apontado por ele para derrubar os juros atuais elevados passa pela reversão de expectativas negativas no mercado. “Quem mais vai ganhar são os pequenos empresários”, pontuou.

Mercadante ponderou, porém, que a TLP, taxa que substituiu a TJLP, precisa de ajustes, defendendo que a inflação, considerada no cálculo da taxa, seja baseada numa média, e não na variação mensal. Isso, afirmou, levaria a uma estabilidade maior da taxa, contribuindo com o planejamento financeiro dos tomadores de empréstimos.

Ele adiantou que, mesmo sendo uma mudança simples, esse ajuste precisaria ser debatido no Congresso. “Não posso mudar nada sozinho.”

Aloizio Mercadante, futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apresentou nesta quarta-feira, 21, durante almoço com empresários em São Paulo, cinco diretores que vão estar com ele no banco de fomento a partir de janeiro. As indicações combinam nomes de mercado com pessoas com experiência em administração pública.

Os escolhidos são Alexandre Abreu, ex-CEO do banco Original, que também presidiu o Banco do Brasil (BB) entre 2015 e 2016; o economista José Luis Gordon, atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Natalia Dias, que é CEO do Standard Bank Brasil; Luciana Costa, presidente no Brasil do banco francês de investimentos Natixis; e Luiz Navarro, que foi ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) entre março e maio de 2016.

Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES Foto: Adriano Machado/Reuters

Conforme relatos do encontro obtidos pelo Estadão/Broadcast, os cinco futuros diretores do BNDES acompanharam Mercadante e deram declarações rápidas durante o almoço com empresários e banqueiros oferecido pelo presidente do grupo Esfera Brasil, João Camargo.

O evento aconteceu na casa de Camargo, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O petista chegou ao local junto com o empresário Rubens Ometto, do grupo Cosan. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e o presidente do Conselho de Administração da Localiza, Eugênio Mattar, estavam entre os convidados.

Questionado sobre a resistência dos investidores à indicação de seu nome pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando do BNDES, Mercadante brincou que Brasília, centro político, e Faria Lima, centro financeiro do País, parecem falar idiomas diferentes.

Por isso, continuou, convidou três “tradutores” para facilitar o diálogo, numa referência a Alexandre Abreu, Luciana Costa e Natalia Dias, nomes que já foram ou são CEOs de bancos.

Mercadante também confirmou na quarta-feira os ex-ministros Nelson Barbosa e Tereza Campello entre os nomes que vão compor a direção do banco a partir de janeiro, como antecipou o Estadão.

Segundo ele, Barbosa deve ser responsável pelo planejamento, enquanto Tereza Campello deve ficar com o desenvolvimento social, frentes nas quais os dois tiveram experiência como ministros.

Em relação aos demais diretores, Alexandre Abreu, que já presidiu o Banco do Brasil (BB), deve ir para as finanças. Luciana Costa vai deixar a presidência no Brasil do banco francês de investimentos Natixis para cuidar de economia verde no BNDES, ao passo que Natalia Dias, hoje CEO do Standard Bank Brasil, vai tocar a área de mercado de capitais.

Atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o economista José Luis Gordon ficará com inovações. Já quanto a Luiz Navarro, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) e quinto nome apresentado para a diretoria do BNDES no almoço com empresários, Mercadante não antecipou qual será a posição no banco.

Transição de governo

Mercadante também classificou como “excelente” e “muito republicana” a interlocução, dentro do processo de transição, com a diretoria atual do banco público.

“Tivemos uma excelente reunião com a diretoria atual do BNDES, muito republicana. Estão passando todas as informações e vão continuar ajudando na transição”, afirmou.

Segundo ele, a atuação do BNDES deverá ser complementar ao mercado de capitais. “Queremos gerar mais emprego, mais apoio a micro e pequenas empresas, dar maior ênfase à economia verde e sustentabilidade. Agora, isso tem de ser feito em complementariedade ao mercado de capitais, e não contra e gerando conflitos”, disse.

Financiamentos de longo prazo

O futuro presidente do BNDES afirmou que não está nos planos do novo governo resgatar a TJLP, sigla da taxa de juros que servia de base dos financiamentos de longo prazo do banco durante os governos petistas.

“Não há espaço para a volta da TJLP, ninguém discute isso”, afirmou.

Ele defendeu a necessidade de reindustrializar o País, citando que a participação do setor na carteira no BNDES caiu de 16% para 43% nos últimos anos. Também prometeu um “olhar especial” para as micro e pequenas empresas, que, tendo como referência países como Alemanha e Itália, podem, conforme Mercadante, dobrar o peso relativo no PIB, hoje em 29%.

Apesar disso, Mercadante garantiu que a intenção do futuro governo não será trazer de volta o “BNDES do passado”. “Estamos construindo um BNDES para o futuro.” Ele repetiu que não haverá espaço fiscal no orçamento para financiar empréstimos subsidiados pelo banco de fomento.

O petista defendeu ainda a busca por novas fontes de financiamento e citou oportunidades de captação de recursos da Europa, num total de 55 bilhões de euros à disposição de países de fora do continente, além do montante de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia.

O caminho apontado por ele para derrubar os juros atuais elevados passa pela reversão de expectativas negativas no mercado. “Quem mais vai ganhar são os pequenos empresários”, pontuou.

Mercadante ponderou, porém, que a TLP, taxa que substituiu a TJLP, precisa de ajustes, defendendo que a inflação, considerada no cálculo da taxa, seja baseada numa média, e não na variação mensal. Isso, afirmou, levaria a uma estabilidade maior da taxa, contribuindo com o planejamento financeiro dos tomadores de empréstimos.

Ele adiantou que, mesmo sendo uma mudança simples, esse ajuste precisaria ser debatido no Congresso. “Não posso mudar nada sozinho.”

Aloizio Mercadante, futuro presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apresentou nesta quarta-feira, 21, durante almoço com empresários em São Paulo, cinco diretores que vão estar com ele no banco de fomento a partir de janeiro. As indicações combinam nomes de mercado com pessoas com experiência em administração pública.

Os escolhidos são Alexandre Abreu, ex-CEO do banco Original, que também presidiu o Banco do Brasil (BB) entre 2015 e 2016; o economista José Luis Gordon, atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Natalia Dias, que é CEO do Standard Bank Brasil; Luciana Costa, presidente no Brasil do banco francês de investimentos Natixis; e Luiz Navarro, que foi ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) entre março e maio de 2016.

Aloizio Mercadante, futuro presidente do BNDES Foto: Adriano Machado/Reuters

Conforme relatos do encontro obtidos pelo Estadão/Broadcast, os cinco futuros diretores do BNDES acompanharam Mercadante e deram declarações rápidas durante o almoço com empresários e banqueiros oferecido pelo presidente do grupo Esfera Brasil, João Camargo.

O evento aconteceu na casa de Camargo, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O petista chegou ao local junto com o empresário Rubens Ometto, do grupo Cosan. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e o presidente do Conselho de Administração da Localiza, Eugênio Mattar, estavam entre os convidados.

Questionado sobre a resistência dos investidores à indicação de seu nome pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando do BNDES, Mercadante brincou que Brasília, centro político, e Faria Lima, centro financeiro do País, parecem falar idiomas diferentes.

Por isso, continuou, convidou três “tradutores” para facilitar o diálogo, numa referência a Alexandre Abreu, Luciana Costa e Natalia Dias, nomes que já foram ou são CEOs de bancos.

Mercadante também confirmou na quarta-feira os ex-ministros Nelson Barbosa e Tereza Campello entre os nomes que vão compor a direção do banco a partir de janeiro, como antecipou o Estadão.

Segundo ele, Barbosa deve ser responsável pelo planejamento, enquanto Tereza Campello deve ficar com o desenvolvimento social, frentes nas quais os dois tiveram experiência como ministros.

Em relação aos demais diretores, Alexandre Abreu, que já presidiu o Banco do Brasil (BB), deve ir para as finanças. Luciana Costa vai deixar a presidência no Brasil do banco francês de investimentos Natixis para cuidar de economia verde no BNDES, ao passo que Natalia Dias, hoje CEO do Standard Bank Brasil, vai tocar a área de mercado de capitais.

Atual presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o economista José Luis Gordon ficará com inovações. Já quanto a Luiz Navarro, ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) e quinto nome apresentado para a diretoria do BNDES no almoço com empresários, Mercadante não antecipou qual será a posição no banco.

Transição de governo

Mercadante também classificou como “excelente” e “muito republicana” a interlocução, dentro do processo de transição, com a diretoria atual do banco público.

“Tivemos uma excelente reunião com a diretoria atual do BNDES, muito republicana. Estão passando todas as informações e vão continuar ajudando na transição”, afirmou.

Segundo ele, a atuação do BNDES deverá ser complementar ao mercado de capitais. “Queremos gerar mais emprego, mais apoio a micro e pequenas empresas, dar maior ênfase à economia verde e sustentabilidade. Agora, isso tem de ser feito em complementariedade ao mercado de capitais, e não contra e gerando conflitos”, disse.

Financiamentos de longo prazo

O futuro presidente do BNDES afirmou que não está nos planos do novo governo resgatar a TJLP, sigla da taxa de juros que servia de base dos financiamentos de longo prazo do banco durante os governos petistas.

“Não há espaço para a volta da TJLP, ninguém discute isso”, afirmou.

Ele defendeu a necessidade de reindustrializar o País, citando que a participação do setor na carteira no BNDES caiu de 16% para 43% nos últimos anos. Também prometeu um “olhar especial” para as micro e pequenas empresas, que, tendo como referência países como Alemanha e Itália, podem, conforme Mercadante, dobrar o peso relativo no PIB, hoje em 29%.

Apesar disso, Mercadante garantiu que a intenção do futuro governo não será trazer de volta o “BNDES do passado”. “Estamos construindo um BNDES para o futuro.” Ele repetiu que não haverá espaço fiscal no orçamento para financiar empréstimos subsidiados pelo banco de fomento.

O petista defendeu ainda a busca por novas fontes de financiamento e citou oportunidades de captação de recursos da Europa, num total de 55 bilhões de euros à disposição de países de fora do continente, além do montante de R$ 1 bilhão do Fundo Amazônia.

O caminho apontado por ele para derrubar os juros atuais elevados passa pela reversão de expectativas negativas no mercado. “Quem mais vai ganhar são os pequenos empresários”, pontuou.

Mercadante ponderou, porém, que a TLP, taxa que substituiu a TJLP, precisa de ajustes, defendendo que a inflação, considerada no cálculo da taxa, seja baseada numa média, e não na variação mensal. Isso, afirmou, levaria a uma estabilidade maior da taxa, contribuindo com o planejamento financeiro dos tomadores de empréstimos.

Ele adiantou que, mesmo sendo uma mudança simples, esse ajuste precisaria ser debatido no Congresso. “Não posso mudar nada sozinho.”

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