As projeções do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiram de 3,86% para 3,92%, revela a pesquisa semanal Focus, realizada pelo Banco Central (BC). Trata-se da terceira elevação consecutiva dessas previsões, que estavam em 3,75% há quatro semanas. O IPCA é usado pelo governo para balizar a meta de inflação. Entre as instituições Top 5, as estimativas de IPCA para 2007 ficaram estáveis em 3,87% no cenário de médio prazo. Nos dois casos, as projeções de IPCA para o ano continuam abaixo da meta central de inflação, de 4,50% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A pesquisa Focus ouve semanalmente as previsões de 100 instituições financeiras, sendo que as cinco que mais acertam suas apostas são classificadas no Top 5. Para agosto, as projeções de IPCA subiram de 0,34% para 0,38% - a segunda elevação seguida. Para setembro, as previsões de IPCA passaram de 0,25% para 0,27%, pela terceira vez consecutiva. Para 2008, continuaram inalteradas em 4%. Nas instituições Top 5, as previsões de IPCA também não mudaram e permaneceram em 3,93% pela segunda semana consecutiva no cenário de médio prazo. IGP-M e IGP-DI As projeções para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deste ano subiram de 3,82% para 4,30%. Trata-se da quinta elevação consecutiva destas estimativas, que estavam em 3,52% há quatro semanas. Para 2008, as apostas de alta do IGP-M seguiram estáveis em 4% pela vigésima primeira semana consecutiva. As estimativas de Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) para este ano aumentaram, ao mesmo tempo, de 3,97% para 4,18%. Para o ano que vem, as apostas de variação do índice ficaram estáveis em 4% já pela vigésima oitava semana seguida. IPC-Fipe As projeções para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2007 recuaram de 3,95% para 3,94%. Para 2008, as estimativas de alta do IPC da Fipe ficaram inalteradas em 4% pela terceira semana consecutiva. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 3,98%. Selic As apostas para a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) ficaram estáveis em 11,25%. O porcentual embute uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) cortará os juros em 0,25 ponto porcentual na reunião de amanhã e quarta-feira. Para o final do ano, as estimativas de juros subiram de 10,75% para 11%. A alta pôs fim a um período de 14 semanas consecutivas de estabilidade destas previsões. As apostas de taxa média de juros para 2007, por sua vez, passaram de 11,84% para 11,88% após ficaram estáveis por um período de 14 semanas seguidas. Para o fim de 2008, as estimativas de juros foram elevadas de 9,75% para 10%. O aumento pôs fim a um período de dez semanas seguidas de estabilidade destas projeções. As previsões de taxa média de juros para o próximo ano subiram, ao mesmo tempo, de 10,23% para 10,31%. Câmbio As projeções do mercado financeiro para a taxa de câmbio no final deste mês subiram de R$ 1,90 para R$ 1,93. Essa foi a terceira alta consecutiva destas estimativas, que estavam em R$ 1,85 há quatro semanas. Para o fim do ano, as previsões de câmbio seguiram estáveis em R$ 1,90 pela segunda semana seguida. As estimativas de taxa média de câmbio em 2007 também não mudaram e permaneceram em R$ 1,96. Segundo a Focus, para o fim de 2008, as apostas de mercado para o câmbio permaneceram inalteradas em R$ 1,95. As projeções de taxa média de câmbio para o próximo ano também não mudaram e prosseguiram estáveis em R$ 1,91 pela quinta semana consecutiva. Dívida/PIB O levantamento aponta que as projeções para a dívida líquida do setor público neste ano subiram de 43,50% para 43,64% do Produto Interno Bruto (PIB,). Para 2008, as estimativas de mercado para a dívida líquida seguiram estáveis em 42% do PIB pela quarta semana consecutiva. Crescimento As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano subiram de 4,64% para 4,70%. Esta foi a quinta elevação consecutiva destas estimativas, que estavam em 4,51% há quatro semanas. As apostas de expansão da produção industrial em 2007, por sua vez, avançaram de 4,89% para 4,96%. Para 2008, as previsões de crescimento do PIB ficaram estáveis em 4,40%. A estabilidade pôs fim a um período de duas semanas seguidas de elevações destas estimativas, que estavam em 4,30% há quatro semanas. As estimativas de avanço da produção industrial no próximo permaneceram em 4,50% pela nona semana seguida.