PIB: mercado eleva estimativa de crescimento para 3% em 2023 após dados do 2º trimestre


Instituições destacam como pontos positivos o desempenho da agropecuária e da indústria extrativa e o consumo das famílias mais forte que o esperado

Por Marianna Gualter e Daniel Tozzi Mendes

O mercado anunciou uma onda de revisões para cima das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 após o resultado além do esperado da atividade econômica no segundo trimestre. O PIB do período cresceu 0,9%, três vezes mais do que indicava a mediana de estimativas do Estadão/Broadcast. O resultado gerou um carrego estatístico de 3,1% para o PIB do ano.

Houve aumento das projeções em instituições como o Goldman Sachs (2,65% para 3,25%), Banco MUFG Brasil (2,2% para 3,2%), Barclays (2,1% para 3,0%), JPMorgan (2,4% para 3,0%), PicPay (1,9% para 3,0%), Terra Investimentos (2,6% para 3,0%), Banco Inter (2,2% para 2,7%), Ativa Investimentos (2,2% para 2,7%) e ASA Investments (1,7% para 2,5%).

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Outras, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, C6 Bank, XP Investimentos e Banco BV indicaram que devem ajustar suas estimativas nos próximos dias.

No Banco MUFG Brasil, além do resultado acima do esperado do PIB do segundo trimestre, a revisão menos intensa para baixo do PIB do primeiro trimestre também corroborou para o aumento da projeção para o ano. “Ocorreu uma revisão de só 0,1 ponto porcentual do crescimento do primeiro trimestre, esperávamos uma mudança maior”, afirma o economista sênior Maurício Nakahodo.

Indústria e serviços puxaram bom resultado no segundo trimestre Foto: Werther Santana / Estadão
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Sobre os dados do segundo trimestre, ele destaca o desempenho da agropecuária e da indústria extrativa, do lado da oferta. Na demanda, o consumo das famílias mais forte que o esperado impulsionou a surpresa positiva, diz.

O banco segue com projeção de desaceleração do ritmo de crescimento da atividade econômica à frente, com altas de 0,2% previstas no terceiro e quarto trimestres. O mercado de trabalho apertado, avalia Nakahodo, deve permitir um crescimento adicional do consumo das famílias. O avanço, porém, deve ser limitado pelo crédito restrito, reflexo do efeito defasado dos juros apertados e do alto grau de endividamento das famílias, acrescenta.

Devido ao carrego estatístico, o MUFG também elevou a projeção para o PIB de 2024, de 1,7% para 2,1%.

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No JPMorgan, o aumento da projeção para o PIB de 2023 considera que a atividade econômica brasileira segue impulsionada pelas exportações e por uma resiliência notável no consumo do governo das famílias. O banco também elevou a projeção para o PIB de 2024, de 1,0% para 1,2%, dado o maior carrego estatístico e a perspectiva de que o setor agropecuário deve permanecer sólido no ano que vem.

A economista-chefe do JPMorgan no Brasil, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira, em relatório, ponderam que a força recorrente observada na atividade econômica nos últimos anos levanta dúvidas se o PIB potencial pode estar mais forte do que o estimado. Eles afirmam, porém, que estão céticos sobre essa hipótese e ressaltam que, nos últimos dois anos, vários choques tenderam mais a ajudar o desempenho da economia brasileira do que prejudicá-lo.

No piso das estimativas para o PIB de 2023, a CM Capital atualizou a projeção de crescimento de 1,2% para 1,5% após a divulgação do dado do segundo trimestre. O economista da casa Matheus Pizzani ressalta, no entanto, que novas revisões para cima devem ser feitas nas próximas semanas, conforme mais dados da divulgação forem incorporados ao cenário.

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“Ainda não enxergo como plausível, porém, uma alta de 3,0% no ano”, frisa. “O crescimento deve ficar abaixo disso, porque temos um cenário externo adverso e uma taxa de juro que inibe o consumo, a despeito do início da queda da Selic.”

O mercado anunciou uma onda de revisões para cima das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 após o resultado além do esperado da atividade econômica no segundo trimestre. O PIB do período cresceu 0,9%, três vezes mais do que indicava a mediana de estimativas do Estadão/Broadcast. O resultado gerou um carrego estatístico de 3,1% para o PIB do ano.

Houve aumento das projeções em instituições como o Goldman Sachs (2,65% para 3,25%), Banco MUFG Brasil (2,2% para 3,2%), Barclays (2,1% para 3,0%), JPMorgan (2,4% para 3,0%), PicPay (1,9% para 3,0%), Terra Investimentos (2,6% para 3,0%), Banco Inter (2,2% para 2,7%), Ativa Investimentos (2,2% para 2,7%) e ASA Investments (1,7% para 2,5%).

Outras, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, C6 Bank, XP Investimentos e Banco BV indicaram que devem ajustar suas estimativas nos próximos dias.

No Banco MUFG Brasil, além do resultado acima do esperado do PIB do segundo trimestre, a revisão menos intensa para baixo do PIB do primeiro trimestre também corroborou para o aumento da projeção para o ano. “Ocorreu uma revisão de só 0,1 ponto porcentual do crescimento do primeiro trimestre, esperávamos uma mudança maior”, afirma o economista sênior Maurício Nakahodo.

Indústria e serviços puxaram bom resultado no segundo trimestre Foto: Werther Santana / Estadão

Sobre os dados do segundo trimestre, ele destaca o desempenho da agropecuária e da indústria extrativa, do lado da oferta. Na demanda, o consumo das famílias mais forte que o esperado impulsionou a surpresa positiva, diz.

O banco segue com projeção de desaceleração do ritmo de crescimento da atividade econômica à frente, com altas de 0,2% previstas no terceiro e quarto trimestres. O mercado de trabalho apertado, avalia Nakahodo, deve permitir um crescimento adicional do consumo das famílias. O avanço, porém, deve ser limitado pelo crédito restrito, reflexo do efeito defasado dos juros apertados e do alto grau de endividamento das famílias, acrescenta.

Devido ao carrego estatístico, o MUFG também elevou a projeção para o PIB de 2024, de 1,7% para 2,1%.

No JPMorgan, o aumento da projeção para o PIB de 2023 considera que a atividade econômica brasileira segue impulsionada pelas exportações e por uma resiliência notável no consumo do governo das famílias. O banco também elevou a projeção para o PIB de 2024, de 1,0% para 1,2%, dado o maior carrego estatístico e a perspectiva de que o setor agropecuário deve permanecer sólido no ano que vem.

A economista-chefe do JPMorgan no Brasil, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira, em relatório, ponderam que a força recorrente observada na atividade econômica nos últimos anos levanta dúvidas se o PIB potencial pode estar mais forte do que o estimado. Eles afirmam, porém, que estão céticos sobre essa hipótese e ressaltam que, nos últimos dois anos, vários choques tenderam mais a ajudar o desempenho da economia brasileira do que prejudicá-lo.

No piso das estimativas para o PIB de 2023, a CM Capital atualizou a projeção de crescimento de 1,2% para 1,5% após a divulgação do dado do segundo trimestre. O economista da casa Matheus Pizzani ressalta, no entanto, que novas revisões para cima devem ser feitas nas próximas semanas, conforme mais dados da divulgação forem incorporados ao cenário.

“Ainda não enxergo como plausível, porém, uma alta de 3,0% no ano”, frisa. “O crescimento deve ficar abaixo disso, porque temos um cenário externo adverso e uma taxa de juro que inibe o consumo, a despeito do início da queda da Selic.”

O mercado anunciou uma onda de revisões para cima das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 após o resultado além do esperado da atividade econômica no segundo trimestre. O PIB do período cresceu 0,9%, três vezes mais do que indicava a mediana de estimativas do Estadão/Broadcast. O resultado gerou um carrego estatístico de 3,1% para o PIB do ano.

Houve aumento das projeções em instituições como o Goldman Sachs (2,65% para 3,25%), Banco MUFG Brasil (2,2% para 3,2%), Barclays (2,1% para 3,0%), JPMorgan (2,4% para 3,0%), PicPay (1,9% para 3,0%), Terra Investimentos (2,6% para 3,0%), Banco Inter (2,2% para 2,7%), Ativa Investimentos (2,2% para 2,7%) e ASA Investments (1,7% para 2,5%).

Outras, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, C6 Bank, XP Investimentos e Banco BV indicaram que devem ajustar suas estimativas nos próximos dias.

No Banco MUFG Brasil, além do resultado acima do esperado do PIB do segundo trimestre, a revisão menos intensa para baixo do PIB do primeiro trimestre também corroborou para o aumento da projeção para o ano. “Ocorreu uma revisão de só 0,1 ponto porcentual do crescimento do primeiro trimestre, esperávamos uma mudança maior”, afirma o economista sênior Maurício Nakahodo.

Indústria e serviços puxaram bom resultado no segundo trimestre Foto: Werther Santana / Estadão

Sobre os dados do segundo trimestre, ele destaca o desempenho da agropecuária e da indústria extrativa, do lado da oferta. Na demanda, o consumo das famílias mais forte que o esperado impulsionou a surpresa positiva, diz.

O banco segue com projeção de desaceleração do ritmo de crescimento da atividade econômica à frente, com altas de 0,2% previstas no terceiro e quarto trimestres. O mercado de trabalho apertado, avalia Nakahodo, deve permitir um crescimento adicional do consumo das famílias. O avanço, porém, deve ser limitado pelo crédito restrito, reflexo do efeito defasado dos juros apertados e do alto grau de endividamento das famílias, acrescenta.

Devido ao carrego estatístico, o MUFG também elevou a projeção para o PIB de 2024, de 1,7% para 2,1%.

No JPMorgan, o aumento da projeção para o PIB de 2023 considera que a atividade econômica brasileira segue impulsionada pelas exportações e por uma resiliência notável no consumo do governo das famílias. O banco também elevou a projeção para o PIB de 2024, de 1,0% para 1,2%, dado o maior carrego estatístico e a perspectiva de que o setor agropecuário deve permanecer sólido no ano que vem.

A economista-chefe do JPMorgan no Brasil, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira, em relatório, ponderam que a força recorrente observada na atividade econômica nos últimos anos levanta dúvidas se o PIB potencial pode estar mais forte do que o estimado. Eles afirmam, porém, que estão céticos sobre essa hipótese e ressaltam que, nos últimos dois anos, vários choques tenderam mais a ajudar o desempenho da economia brasileira do que prejudicá-lo.

No piso das estimativas para o PIB de 2023, a CM Capital atualizou a projeção de crescimento de 1,2% para 1,5% após a divulgação do dado do segundo trimestre. O economista da casa Matheus Pizzani ressalta, no entanto, que novas revisões para cima devem ser feitas nas próximas semanas, conforme mais dados da divulgação forem incorporados ao cenário.

“Ainda não enxergo como plausível, porém, uma alta de 3,0% no ano”, frisa. “O crescimento deve ficar abaixo disso, porque temos um cenário externo adverso e uma taxa de juro que inibe o consumo, a despeito do início da queda da Selic.”

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