Mercado vê início do corte da Selic em agosto e taxa de 12,25% no fim do ano


Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne esta semana para definir os novos rumos da taxa básica de juros

Por Daniel Tozzi Mendes, Marianna Gualter e Italo Bertão Filho
Atualização:

A expectativa majoritária do mercado financeiro indica a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% na reunião do Copom que começa nesta terça-feira, 20, e termina na quarta-feira, 21. Mas economistas consultados pelo Estadão/Broadcast já esperam no comunicado do encontro sinalizações sobre o início do ciclo de queda dos juros.

“O modus operandi do Banco Central é fazer uma sinalização e, na reunião subsequente, levar a cabo, esperamos que ele aja de acordo com essa característica”, diz a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, para quem as reduções da taxa devem começar em agosto, com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual.

A posição de Argenta é a majoritária do mercado: de 46 instituições consultadas, 24 (52,2%) preveem para agosto o início do corte de juros. Outras 17 (37%) projetam cortes começando em setembro e 2 (4,3%) só em novembro. Apenas uma instituição vê uma redução do juro ainda na reunião desta semana, e outras duas preveem o início da queda da Selic só em 2024.

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Além disso, a mediana para o juro no fim de 2023 recuou de 12,5% para 12,25%. Já a estimativa intermediária para o fim de 2024 diminuiu de 10% para 9,75%, e a mediana para o fim de 2025 ficou estável em 9% - em comparação ao levantamento do dia 22 de maio.

Conjuntura macroeconômica

Na avaliação de Carla Argenta, no último encontro, em maio, o comitê já afastou a possibilidade de retomar um ciclo de altas. Junto a isso, a conjuntura macroeconômica atual favorece uma sinalização de afrouxamento. Ela enumera dados inflacionários mais benéficos, com destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, e avanço da tramitação do novo arcabouço fiscal, além de desaceleração de itens com tendência a gerar pressão inflacionária no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, como o consumo das famílias.

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As últimas leituras do IPCA também são citadas pelo economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, que prevê cortes a partir de setembro, mas não descarta antecipação para agosto justamente pelo cenário inflacionário mais benigno. “Os dados do IPCA estão vindo melhores na margem. Se confirmadas nossas estimativas para as próximas leituras, o caminho fica aberto para cortes antes de setembro”, avalia. A Kínitro projeta preliminarmente deflação de 0,12% para o IPCA de junho e alta de 0,31% para o índice em julho. Ambas as estimativas, porém, têm viés de baixa, segundo Barbosa.

O economista destaca que a materialização dos cortes em agosto dependeria, também, da manutenção da meta de inflação em 3% na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho. Caso ocorra uma mudança, porém, Barbosa salienta que os cortes a partir de setembro não ficariam comprometidos, dada a prevalência do processo de desinflação em curso.

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Comunicado

Na avaliação de Argenta, o tom do Copom no comunicado da reunião desta semana estará na mira do mercado. “Se o BC não fizer uma sinalização, o mercado deve reagir de forma bastante abrupta. Agora, se ele já trouxer uma magnitude estipulada, isso também traria uma surpresa para o mercado, porque embora a gente já tenha fatores que podem pavimentar o caminho para baixo no juro, é preciso uma sensibilidade grande na hora de conceber essa magnitude.”

Banco Central lida com a pressão do governo pelo corte da Selic.  Foto: Marcello Casal Jr-Agencia Brasil
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O que está no preço hoje, diz a economista, é um comunicado que sinalize o início dos cortes em agosto, mas sem estabelecer uma magnitude, e que pontue as melhoras recentes apuradas em termos inflacionários. “Se for isso, a tendência é termos uma situação mais tranquila em termos de precificação de ativos financeiros porque já vimos um movimento significativo logo após a divulgação do IPCA.”

Barbosa, da Kínitro, destaca que aguarda um tom mais moderado por parte da autarquia monetária no comunicado após a reunião de junho. “Aquela frase de que o BC não vai hesitar em retomar o ciclo de altas não deve ser repetida”, afirma Barbosa. Ele também espera que haja redução nas projeções de IPCA do BC para 2023, de 5,8% “para algo mais próximo de 5%”.

A expectativa majoritária do mercado financeiro indica a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% na reunião do Copom que começa nesta terça-feira, 20, e termina na quarta-feira, 21. Mas economistas consultados pelo Estadão/Broadcast já esperam no comunicado do encontro sinalizações sobre o início do ciclo de queda dos juros.

“O modus operandi do Banco Central é fazer uma sinalização e, na reunião subsequente, levar a cabo, esperamos que ele aja de acordo com essa característica”, diz a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, para quem as reduções da taxa devem começar em agosto, com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual.

A posição de Argenta é a majoritária do mercado: de 46 instituições consultadas, 24 (52,2%) preveem para agosto o início do corte de juros. Outras 17 (37%) projetam cortes começando em setembro e 2 (4,3%) só em novembro. Apenas uma instituição vê uma redução do juro ainda na reunião desta semana, e outras duas preveem o início da queda da Selic só em 2024.

Além disso, a mediana para o juro no fim de 2023 recuou de 12,5% para 12,25%. Já a estimativa intermediária para o fim de 2024 diminuiu de 10% para 9,75%, e a mediana para o fim de 2025 ficou estável em 9% - em comparação ao levantamento do dia 22 de maio.

Conjuntura macroeconômica

Na avaliação de Carla Argenta, no último encontro, em maio, o comitê já afastou a possibilidade de retomar um ciclo de altas. Junto a isso, a conjuntura macroeconômica atual favorece uma sinalização de afrouxamento. Ela enumera dados inflacionários mais benéficos, com destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, e avanço da tramitação do novo arcabouço fiscal, além de desaceleração de itens com tendência a gerar pressão inflacionária no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, como o consumo das famílias.

As últimas leituras do IPCA também são citadas pelo economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, que prevê cortes a partir de setembro, mas não descarta antecipação para agosto justamente pelo cenário inflacionário mais benigno. “Os dados do IPCA estão vindo melhores na margem. Se confirmadas nossas estimativas para as próximas leituras, o caminho fica aberto para cortes antes de setembro”, avalia. A Kínitro projeta preliminarmente deflação de 0,12% para o IPCA de junho e alta de 0,31% para o índice em julho. Ambas as estimativas, porém, têm viés de baixa, segundo Barbosa.

O economista destaca que a materialização dos cortes em agosto dependeria, também, da manutenção da meta de inflação em 3% na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho. Caso ocorra uma mudança, porém, Barbosa salienta que os cortes a partir de setembro não ficariam comprometidos, dada a prevalência do processo de desinflação em curso.

Comunicado

Na avaliação de Argenta, o tom do Copom no comunicado da reunião desta semana estará na mira do mercado. “Se o BC não fizer uma sinalização, o mercado deve reagir de forma bastante abrupta. Agora, se ele já trouxer uma magnitude estipulada, isso também traria uma surpresa para o mercado, porque embora a gente já tenha fatores que podem pavimentar o caminho para baixo no juro, é preciso uma sensibilidade grande na hora de conceber essa magnitude.”

Banco Central lida com a pressão do governo pelo corte da Selic.  Foto: Marcello Casal Jr-Agencia Brasil

O que está no preço hoje, diz a economista, é um comunicado que sinalize o início dos cortes em agosto, mas sem estabelecer uma magnitude, e que pontue as melhoras recentes apuradas em termos inflacionários. “Se for isso, a tendência é termos uma situação mais tranquila em termos de precificação de ativos financeiros porque já vimos um movimento significativo logo após a divulgação do IPCA.”

Barbosa, da Kínitro, destaca que aguarda um tom mais moderado por parte da autarquia monetária no comunicado após a reunião de junho. “Aquela frase de que o BC não vai hesitar em retomar o ciclo de altas não deve ser repetida”, afirma Barbosa. Ele também espera que haja redução nas projeções de IPCA do BC para 2023, de 5,8% “para algo mais próximo de 5%”.

A expectativa majoritária do mercado financeiro indica a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% na reunião do Copom que começa nesta terça-feira, 20, e termina na quarta-feira, 21. Mas economistas consultados pelo Estadão/Broadcast já esperam no comunicado do encontro sinalizações sobre o início do ciclo de queda dos juros.

“O modus operandi do Banco Central é fazer uma sinalização e, na reunião subsequente, levar a cabo, esperamos que ele aja de acordo com essa característica”, diz a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, para quem as reduções da taxa devem começar em agosto, com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual.

A posição de Argenta é a majoritária do mercado: de 46 instituições consultadas, 24 (52,2%) preveem para agosto o início do corte de juros. Outras 17 (37%) projetam cortes começando em setembro e 2 (4,3%) só em novembro. Apenas uma instituição vê uma redução do juro ainda na reunião desta semana, e outras duas preveem o início da queda da Selic só em 2024.

Além disso, a mediana para o juro no fim de 2023 recuou de 12,5% para 12,25%. Já a estimativa intermediária para o fim de 2024 diminuiu de 10% para 9,75%, e a mediana para o fim de 2025 ficou estável em 9% - em comparação ao levantamento do dia 22 de maio.

Conjuntura macroeconômica

Na avaliação de Carla Argenta, no último encontro, em maio, o comitê já afastou a possibilidade de retomar um ciclo de altas. Junto a isso, a conjuntura macroeconômica atual favorece uma sinalização de afrouxamento. Ela enumera dados inflacionários mais benéficos, com destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, e avanço da tramitação do novo arcabouço fiscal, além de desaceleração de itens com tendência a gerar pressão inflacionária no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, como o consumo das famílias.

As últimas leituras do IPCA também são citadas pelo economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, que prevê cortes a partir de setembro, mas não descarta antecipação para agosto justamente pelo cenário inflacionário mais benigno. “Os dados do IPCA estão vindo melhores na margem. Se confirmadas nossas estimativas para as próximas leituras, o caminho fica aberto para cortes antes de setembro”, avalia. A Kínitro projeta preliminarmente deflação de 0,12% para o IPCA de junho e alta de 0,31% para o índice em julho. Ambas as estimativas, porém, têm viés de baixa, segundo Barbosa.

O economista destaca que a materialização dos cortes em agosto dependeria, também, da manutenção da meta de inflação em 3% na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho. Caso ocorra uma mudança, porém, Barbosa salienta que os cortes a partir de setembro não ficariam comprometidos, dada a prevalência do processo de desinflação em curso.

Comunicado

Na avaliação de Argenta, o tom do Copom no comunicado da reunião desta semana estará na mira do mercado. “Se o BC não fizer uma sinalização, o mercado deve reagir de forma bastante abrupta. Agora, se ele já trouxer uma magnitude estipulada, isso também traria uma surpresa para o mercado, porque embora a gente já tenha fatores que podem pavimentar o caminho para baixo no juro, é preciso uma sensibilidade grande na hora de conceber essa magnitude.”

Banco Central lida com a pressão do governo pelo corte da Selic.  Foto: Marcello Casal Jr-Agencia Brasil

O que está no preço hoje, diz a economista, é um comunicado que sinalize o início dos cortes em agosto, mas sem estabelecer uma magnitude, e que pontue as melhoras recentes apuradas em termos inflacionários. “Se for isso, a tendência é termos uma situação mais tranquila em termos de precificação de ativos financeiros porque já vimos um movimento significativo logo após a divulgação do IPCA.”

Barbosa, da Kínitro, destaca que aguarda um tom mais moderado por parte da autarquia monetária no comunicado após a reunião de junho. “Aquela frase de que o BC não vai hesitar em retomar o ciclo de altas não deve ser repetida”, afirma Barbosa. Ele também espera que haja redução nas projeções de IPCA do BC para 2023, de 5,8% “para algo mais próximo de 5%”.

A expectativa majoritária do mercado financeiro indica a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% na reunião do Copom que começa nesta terça-feira, 20, e termina na quarta-feira, 21. Mas economistas consultados pelo Estadão/Broadcast já esperam no comunicado do encontro sinalizações sobre o início do ciclo de queda dos juros.

“O modus operandi do Banco Central é fazer uma sinalização e, na reunião subsequente, levar a cabo, esperamos que ele aja de acordo com essa característica”, diz a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, para quem as reduções da taxa devem começar em agosto, com um corte inicial de 0,25 ponto porcentual.

A posição de Argenta é a majoritária do mercado: de 46 instituições consultadas, 24 (52,2%) preveem para agosto o início do corte de juros. Outras 17 (37%) projetam cortes começando em setembro e 2 (4,3%) só em novembro. Apenas uma instituição vê uma redução do juro ainda na reunião desta semana, e outras duas preveem o início da queda da Selic só em 2024.

Além disso, a mediana para o juro no fim de 2023 recuou de 12,5% para 12,25%. Já a estimativa intermediária para o fim de 2024 diminuiu de 10% para 9,75%, e a mediana para o fim de 2025 ficou estável em 9% - em comparação ao levantamento do dia 22 de maio.

Conjuntura macroeconômica

Na avaliação de Carla Argenta, no último encontro, em maio, o comitê já afastou a possibilidade de retomar um ciclo de altas. Junto a isso, a conjuntura macroeconômica atual favorece uma sinalização de afrouxamento. Ela enumera dados inflacionários mais benéficos, com destaque para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, e avanço da tramitação do novo arcabouço fiscal, além de desaceleração de itens com tendência a gerar pressão inflacionária no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, como o consumo das famílias.

As últimas leituras do IPCA também são citadas pelo economista-chefe da Kínitro Capital, Sávio Barbosa, que prevê cortes a partir de setembro, mas não descarta antecipação para agosto justamente pelo cenário inflacionário mais benigno. “Os dados do IPCA estão vindo melhores na margem. Se confirmadas nossas estimativas para as próximas leituras, o caminho fica aberto para cortes antes de setembro”, avalia. A Kínitro projeta preliminarmente deflação de 0,12% para o IPCA de junho e alta de 0,31% para o índice em julho. Ambas as estimativas, porém, têm viés de baixa, segundo Barbosa.

O economista destaca que a materialização dos cortes em agosto dependeria, também, da manutenção da meta de inflação em 3% na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho. Caso ocorra uma mudança, porém, Barbosa salienta que os cortes a partir de setembro não ficariam comprometidos, dada a prevalência do processo de desinflação em curso.

Comunicado

Na avaliação de Argenta, o tom do Copom no comunicado da reunião desta semana estará na mira do mercado. “Se o BC não fizer uma sinalização, o mercado deve reagir de forma bastante abrupta. Agora, se ele já trouxer uma magnitude estipulada, isso também traria uma surpresa para o mercado, porque embora a gente já tenha fatores que podem pavimentar o caminho para baixo no juro, é preciso uma sensibilidade grande na hora de conceber essa magnitude.”

Banco Central lida com a pressão do governo pelo corte da Selic.  Foto: Marcello Casal Jr-Agencia Brasil

O que está no preço hoje, diz a economista, é um comunicado que sinalize o início dos cortes em agosto, mas sem estabelecer uma magnitude, e que pontue as melhoras recentes apuradas em termos inflacionários. “Se for isso, a tendência é termos uma situação mais tranquila em termos de precificação de ativos financeiros porque já vimos um movimento significativo logo após a divulgação do IPCA.”

Barbosa, da Kínitro, destaca que aguarda um tom mais moderado por parte da autarquia monetária no comunicado após a reunião de junho. “Aquela frase de que o BC não vai hesitar em retomar o ciclo de altas não deve ser repetida”, afirma Barbosa. Ele também espera que haja redução nas projeções de IPCA do BC para 2023, de 5,8% “para algo mais próximo de 5%”.

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