Impulsionada pela logística, Special Dog já fatura R$ 1,5 bilhão


Para agilizar entregas, empresa familiar do interior de São Paulo tem 250 caminhões próprios e planeja novo centro de distribuição em Minas Gerais

Por Talita Nascimento
Atualização:

Quem circula pelas rodovias paulistas já pode ter reparado nos caminhões alaranjados da Special Dog Company, uma empresa de rações para pets de capital familiar que fatura R$ 1,5 bilhão por ano e vem investindo fortemente em transporte para crescer. A companhia diz que entrega os produtos rapidamente – no ano passado, sua receita avançou 50% ante 2020 – justamente pela sua logística. Hoje, a empresa opera uma frota própria de 250 caminhões. Só em julho, o negócio investiu mais R$ 15 milhões em novos veículos.

Embora a Special Dog tenha surgido em 2001, a família Manfrim, dona do negócio, tem longa atuação no agronegócio, atuando na produção de café, arroz e cereais. Desde 1967, os Manfrim tinham um grupo que levava o nome da família. Depois de algumas frustrações com o negócio, a segunda geração à frente da companhia – representada por Eric e Mário Manfrim, filhos do fundador Natale – decidiram sair da produção agrícola para dar início à Special Dog.

Special Dog Company, fábrica de ração do interior de São Paulo, investe pesado em logística. Foto: Special Dog Company
continua após a publicidade

A companhia vem acelerando e tomando contas das estradas das regiões Sul e Sudeste à medida que cresce. De 2013 para cá, a frota de caminhões foi multiplicada por cinco. Para Everaldo Turcato, gerente de logística e expedição na Special Dog, o avanço da companhia está ligado à boa execução de entregas e atendimento aos donos de petshops e revendedores do produto.

Entregas rápidas

É por isso que a empresa prefere ter uma logística própria, sem frota de terceiros. “É diferente quando o meu entregador não só leva o produto, mas também arruma o estoque do cliente e faz uma pilha perfeita”, diz Turcato.

continua após a publicidade

Além disso, ele diz investir tempo com as equipes para buscar maior produtividade. Com isso, o desempenho dos motoristas melhorou: antes, a média de entregas era de 12 toneladas de produto por dia; agora, chegou a 24 toneladas.

A empresa surfa no avanço do setor. Além de ser o sexto maior do planeta em termos de faturamento, o mercado pet brasileiro registrou alta de 42,5% durante a pandemia, saltando de R$ 35,3 bilhões, em 2019, para R$ 51,7 bilhões, em 2021. Os números do Instituto Pet Brasil levam em conta os segmentos de indústria, serviços, varejo e venda direta de animais em todo o Brasil.

Em 2021, a Special Dog abriu um centro de distribuição em Curitiba. Essa foi a primeira base logística da empresa fora do interior paulista – a sede da companhia fica no município de Santa Cruz do Rio Pardo. Na capital paranaense, a premissa era entregar 500 toneladas semanais e, hoje, o centro de distribuição já está no patamar de 750 toneladas entregues por semana.

continua após a publicidade

Na operação total, a equipe está preparada para entregar 22 mil toneladas por mês e, com a ajuda de alguns caminhões de terceiros contratados para suprir a demanda, a empresa chegou aos 25,5 mil toneladas em agosto. Agora, com mais caminhões que estão chegando, a meta é substituir os terceiros pela frota própria.

A Special Dog tem buscado compensar as altas de custos com eficiência na operação. Mas o custo dos caminhões tem pesado. Turcato estima que o preço de cada veículo subiu de algo em torno de R$ 300 mil, há um ano, para R$ 530 mil na última compra da companhia.

Do novo centro de distribuição a ser criado em Minas Gerais, a companhia pretende expandir as entregas para o Estado do Espírito Santo, além de ampliar sua atuação em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mais adiante, o plano é abrir mais um CD para expandir as entregas para o Rio Grande do Sul. Segundo Turcato, a lógica de expansão sempre parte de quanto determinada região já demanda os produtos da fábrica, somado a quanto se pode vender a mais tendo uma base no local.

continua após a publicidade

Perspectiva

Chefe de operações da consultoria Gouvêa Ecossystem, Eduardo Yamashita, comenta que o mercado pet brasileiro, apesar de ser muito representativo, ainda tem muito para crescer – especialmente em comparação ao mercado norte-americano.

No entanto, Yamashita pontua que o abastecimento dos varejistas de produtos para animais de estimação no País ainda é muito dependente de distribuidores. “Esse movimento de investir na logística própria é um potencial importante e relevante desse player (Special Dog)”, afirma.

Quem circula pelas rodovias paulistas já pode ter reparado nos caminhões alaranjados da Special Dog Company, uma empresa de rações para pets de capital familiar que fatura R$ 1,5 bilhão por ano e vem investindo fortemente em transporte para crescer. A companhia diz que entrega os produtos rapidamente – no ano passado, sua receita avançou 50% ante 2020 – justamente pela sua logística. Hoje, a empresa opera uma frota própria de 250 caminhões. Só em julho, o negócio investiu mais R$ 15 milhões em novos veículos.

Embora a Special Dog tenha surgido em 2001, a família Manfrim, dona do negócio, tem longa atuação no agronegócio, atuando na produção de café, arroz e cereais. Desde 1967, os Manfrim tinham um grupo que levava o nome da família. Depois de algumas frustrações com o negócio, a segunda geração à frente da companhia – representada por Eric e Mário Manfrim, filhos do fundador Natale – decidiram sair da produção agrícola para dar início à Special Dog.

Special Dog Company, fábrica de ração do interior de São Paulo, investe pesado em logística. Foto: Special Dog Company

A companhia vem acelerando e tomando contas das estradas das regiões Sul e Sudeste à medida que cresce. De 2013 para cá, a frota de caminhões foi multiplicada por cinco. Para Everaldo Turcato, gerente de logística e expedição na Special Dog, o avanço da companhia está ligado à boa execução de entregas e atendimento aos donos de petshops e revendedores do produto.

Entregas rápidas

É por isso que a empresa prefere ter uma logística própria, sem frota de terceiros. “É diferente quando o meu entregador não só leva o produto, mas também arruma o estoque do cliente e faz uma pilha perfeita”, diz Turcato.

Além disso, ele diz investir tempo com as equipes para buscar maior produtividade. Com isso, o desempenho dos motoristas melhorou: antes, a média de entregas era de 12 toneladas de produto por dia; agora, chegou a 24 toneladas.

A empresa surfa no avanço do setor. Além de ser o sexto maior do planeta em termos de faturamento, o mercado pet brasileiro registrou alta de 42,5% durante a pandemia, saltando de R$ 35,3 bilhões, em 2019, para R$ 51,7 bilhões, em 2021. Os números do Instituto Pet Brasil levam em conta os segmentos de indústria, serviços, varejo e venda direta de animais em todo o Brasil.

Em 2021, a Special Dog abriu um centro de distribuição em Curitiba. Essa foi a primeira base logística da empresa fora do interior paulista – a sede da companhia fica no município de Santa Cruz do Rio Pardo. Na capital paranaense, a premissa era entregar 500 toneladas semanais e, hoje, o centro de distribuição já está no patamar de 750 toneladas entregues por semana.

Na operação total, a equipe está preparada para entregar 22 mil toneladas por mês e, com a ajuda de alguns caminhões de terceiros contratados para suprir a demanda, a empresa chegou aos 25,5 mil toneladas em agosto. Agora, com mais caminhões que estão chegando, a meta é substituir os terceiros pela frota própria.

A Special Dog tem buscado compensar as altas de custos com eficiência na operação. Mas o custo dos caminhões tem pesado. Turcato estima que o preço de cada veículo subiu de algo em torno de R$ 300 mil, há um ano, para R$ 530 mil na última compra da companhia.

Do novo centro de distribuição a ser criado em Minas Gerais, a companhia pretende expandir as entregas para o Estado do Espírito Santo, além de ampliar sua atuação em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mais adiante, o plano é abrir mais um CD para expandir as entregas para o Rio Grande do Sul. Segundo Turcato, a lógica de expansão sempre parte de quanto determinada região já demanda os produtos da fábrica, somado a quanto se pode vender a mais tendo uma base no local.

Perspectiva

Chefe de operações da consultoria Gouvêa Ecossystem, Eduardo Yamashita, comenta que o mercado pet brasileiro, apesar de ser muito representativo, ainda tem muito para crescer – especialmente em comparação ao mercado norte-americano.

No entanto, Yamashita pontua que o abastecimento dos varejistas de produtos para animais de estimação no País ainda é muito dependente de distribuidores. “Esse movimento de investir na logística própria é um potencial importante e relevante desse player (Special Dog)”, afirma.

Quem circula pelas rodovias paulistas já pode ter reparado nos caminhões alaranjados da Special Dog Company, uma empresa de rações para pets de capital familiar que fatura R$ 1,5 bilhão por ano e vem investindo fortemente em transporte para crescer. A companhia diz que entrega os produtos rapidamente – no ano passado, sua receita avançou 50% ante 2020 – justamente pela sua logística. Hoje, a empresa opera uma frota própria de 250 caminhões. Só em julho, o negócio investiu mais R$ 15 milhões em novos veículos.

Embora a Special Dog tenha surgido em 2001, a família Manfrim, dona do negócio, tem longa atuação no agronegócio, atuando na produção de café, arroz e cereais. Desde 1967, os Manfrim tinham um grupo que levava o nome da família. Depois de algumas frustrações com o negócio, a segunda geração à frente da companhia – representada por Eric e Mário Manfrim, filhos do fundador Natale – decidiram sair da produção agrícola para dar início à Special Dog.

Special Dog Company, fábrica de ração do interior de São Paulo, investe pesado em logística. Foto: Special Dog Company

A companhia vem acelerando e tomando contas das estradas das regiões Sul e Sudeste à medida que cresce. De 2013 para cá, a frota de caminhões foi multiplicada por cinco. Para Everaldo Turcato, gerente de logística e expedição na Special Dog, o avanço da companhia está ligado à boa execução de entregas e atendimento aos donos de petshops e revendedores do produto.

Entregas rápidas

É por isso que a empresa prefere ter uma logística própria, sem frota de terceiros. “É diferente quando o meu entregador não só leva o produto, mas também arruma o estoque do cliente e faz uma pilha perfeita”, diz Turcato.

Além disso, ele diz investir tempo com as equipes para buscar maior produtividade. Com isso, o desempenho dos motoristas melhorou: antes, a média de entregas era de 12 toneladas de produto por dia; agora, chegou a 24 toneladas.

A empresa surfa no avanço do setor. Além de ser o sexto maior do planeta em termos de faturamento, o mercado pet brasileiro registrou alta de 42,5% durante a pandemia, saltando de R$ 35,3 bilhões, em 2019, para R$ 51,7 bilhões, em 2021. Os números do Instituto Pet Brasil levam em conta os segmentos de indústria, serviços, varejo e venda direta de animais em todo o Brasil.

Em 2021, a Special Dog abriu um centro de distribuição em Curitiba. Essa foi a primeira base logística da empresa fora do interior paulista – a sede da companhia fica no município de Santa Cruz do Rio Pardo. Na capital paranaense, a premissa era entregar 500 toneladas semanais e, hoje, o centro de distribuição já está no patamar de 750 toneladas entregues por semana.

Na operação total, a equipe está preparada para entregar 22 mil toneladas por mês e, com a ajuda de alguns caminhões de terceiros contratados para suprir a demanda, a empresa chegou aos 25,5 mil toneladas em agosto. Agora, com mais caminhões que estão chegando, a meta é substituir os terceiros pela frota própria.

A Special Dog tem buscado compensar as altas de custos com eficiência na operação. Mas o custo dos caminhões tem pesado. Turcato estima que o preço de cada veículo subiu de algo em torno de R$ 300 mil, há um ano, para R$ 530 mil na última compra da companhia.

Do novo centro de distribuição a ser criado em Minas Gerais, a companhia pretende expandir as entregas para o Estado do Espírito Santo, além de ampliar sua atuação em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mais adiante, o plano é abrir mais um CD para expandir as entregas para o Rio Grande do Sul. Segundo Turcato, a lógica de expansão sempre parte de quanto determinada região já demanda os produtos da fábrica, somado a quanto se pode vender a mais tendo uma base no local.

Perspectiva

Chefe de operações da consultoria Gouvêa Ecossystem, Eduardo Yamashita, comenta que o mercado pet brasileiro, apesar de ser muito representativo, ainda tem muito para crescer – especialmente em comparação ao mercado norte-americano.

No entanto, Yamashita pontua que o abastecimento dos varejistas de produtos para animais de estimação no País ainda é muito dependente de distribuidores. “Esse movimento de investir na logística própria é um potencial importante e relevante desse player (Special Dog)”, afirma.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.