As Bolsas da Ásia fecharam em alta nesta sexta-feira, 19, com investidores monitorando a situação do comércio entre Estados Unidos e China. O bom humor também foi visto na Europa, que fechou com alta generalizada. Contudo, os desdobramentos de novos surtos de coronavírus derrubou as Bolsas de Nova York, que encerraram em queda.
Quando os negócios locais se aproximavam do fim, a Bloomberg noticiou que o governo chinês planeja acelerar compras de bens agrícolas americanos para cumprir o acordo comercial de fase 1 com os EUA, após conversas ocorridas entre autoridades dos dois países no Havaí esta semana.
Contudo, a tensão entre ambos os países está longe de acabar: no final da tarde, o secretário de segurança, Mike Pompeo, voltou a criticar a China e culpar o país pela pandemia, com a alegação de que o país escondeu a real situação do coronavírus.
Antes disso, o epidemiologista chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Wu Zunyou, disse na quinta-feira, 18, que o recente surto de covid-19 que surgiu em Pequim está "sob controle". Até quarta-feira, 17, a capital chinesa havia acumulado 158 novos casos da doença em sete dias.
Situação parecida também se dá com os americanos. Em meio ao processo de reabertura da economia, alguns Estados dos EUA tem presenciado um aumento de casos da covid-19. Esse é o caso da Flórida, Califórnia e Carolina do Norte, por exemplo.
Bolsas da Ásia
Apesar das preocupações com o coronavírus, as Bolsas da Ásia fecharam em alta. Os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto subiram 0,96% e 1,19%, respectivamente, enquanto o japonês Nikkei se valorizou 0,55%. Já o Hang Seng avançou 0,73% em Hong Kong, o sul-coreano Kospi subiu 0,37% e o Taiex teve ganho marginal de 0,01% em Taiwan. Na Oceania, a Bolsa australiana fechou com alta de 0,10%.
Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram o pregão desta sexta-feira em alta, após relatos de que a China planeja ampliar suas compras de bens agrícolas dos EUA para cumprir o acordo comercial de fase 1 com Washington e o desempenho bem melhor do que o esperado do setor varejista do Reino Unido.
O clima favorável e o apetite por riscos, ainda que controlado, também favoreceu as Bolsas da Europa, onde o Stoxx 600 fechou com ganho de 0,56%. Enquanto isso, a Bolsa de Londres teve ganho de 1,10%, a de Paris, 0,42% e a de Frankfurt, 0,40%. O clima também foi positivo em Milão, Madri e Lisboa, com altas de 0,68%, 1,67% e 0,75%, respectivamente.
Bolsas de Nova York
Por lá, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) sinalizar que novos pacotes de ajuda para conter os impactos do coronavírus, podem ser liberados, caso necessário. Porém, o receio frente ao coronavírus e novo ataque de Pompeo segurou os ganhos Bolsas de Nova York, com isso, o Dow Jones fechou em baixa de 0,80%, o Nasdaq cedeu 0,003% e o S&P 500 recuou 0,56%.
Petróleo
A informação de que a China vai manter o acordo agrícola com os Estados Unidos favoreceu a commodity, que se mantém otimista com a indicação de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai manter os cortes na produção de barris de petróleo.
Com isso, o WTI para julho, referência no mercado americano, fechou em alta de 2,00%, a US$ 39,83, com elevação de 9,94% na semana. Já o Brent para agosto, referência no mercado europeu, subiu 1,64%, a US$ 42,19 o barril, e apresentou alta de 8,93% na comparação semanal./COLABOROU MAIARA SANTIAGO