Hoje o mercado apresentou-se menos tenso que ontem, embora o clima fosse de cautela. As oscilações foram grandes, com pressão especulativa sobre a Bolsa, dólar e juros ao longo do dia. Mesmo assim, o saldo foi melhor que o de ontem, apesar das quedas nas bolsas norte-americanas. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sofreu uma queda clara, mas não impressionante. Os juros ficaram praticamente estáveis e o dólar chegou a registrar uma pequena queda no fechamento, recuperando-se da alta de ontem. Para analistas ouvidos pela Agência Estado, o momento é de realização de lucros. A Bolsa acumulou alta de 33% em dezembro e janeiro, e os investidores começaram a vender seus papéis para embolsar o ganho. O estopim das vendas foi a disputa no Congresso entre os partidos da base aliada, com ameaças de uma CPI para investigar as privatizações no setor elétrico. Mas os investidores não levam as afirmações dos governistas ao pé da letra e vêem na eleição para a Presidência da Câmara, dia 14, o fim das incertezas. Os sustos, porém, tiveram e podem continuar tendo um efeito pontual nas cotações. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,73%%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 15,700% ao ano, frente a 15,680% ao ano ontem. O dólar fechou em R$ 1,9880, com queda de 0,15%%. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 1,09%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - em queda de 4,18%.