O diretor presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, descartou hoje a possibilidade de solicitar ao governo mudanças no decreto e nas resoluções que tratam do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os investidores estrangeiros. No entendimento de analistas, a medida acabou restringindo a atuação de estrangeiros em todos os derivativos - e não apenas naqueles diretamente influenciados pela taxa de câmbio.Edemir reconheceu que, no caso da carta de fiança, a proibição para os investidores de fora do País vale para todos os contratos. Ele, no entanto, minimizou o fato lembrando que a participação de investidores não residentes que usam a carta de fiança como garantia nas operações na Bolsa é de apenas 1,7%. "A maior parte das garantias de estrangeiros está depositada na forma de títulos públicos, cujo estoque não sofre a incidência do IOF", afirmou.O executivo ressaltou que as medidas do governo são pontuais e têm o objetivo de conter a valorização do real. Edemir avaliou, no entanto, que o ideal seria que houvesse uma estabilidade nas regras. O presidente da BM&FBovespa participou esta manhã da solenidade na Bolsa que marcou o ingresso da América Latina Logística (ALL) no Novo Mercado, segmento que exige práticas mais elevadas de governança corporativa.