Com forte ajuda do capital estrangeiro, o Ibovespa bateu o oitavo recorde de pontuação do ano e pela primeira vez superou os 38 mil pontos (38.014), com giro financeiro de R$ 2,882 bilhões. Também ajudou o novo recorde de mínima do risco país, que recuou 2,22%, para 264 pontos. O dólar caiu 0,71%, para R$ 2,231, o paralelo subiu 0,24%, para R$ 2,473, os juros futuros projetaram ligeira queda e o A-Bond ganhou 0,32%, vendido com ágio de 10%. O depoimento do ministro Antonio Palocci à CPI dos Bingos, considerado tranqüilo, também colaborou para o ambiente positivo dos mercados, mas o dinheiro dos investidores externos foi importante para a Bovespa. "O dinheiro não pára de entrar. O gringo está despejando dinheiro na Bolsa", comentou um operador. Até o dia 20, a Bovespa acumulava saldo líquido de investimento estrangeiro de R$ 1,665 bilhão no mês. Para ajudar, a ata do Copom indicou que a inflação preocupa, mas que os cortes da Selic continuarão. Além disso, o cenário externo melhorou, apesar da alta do petróleo futuro. O fluxo cambial positivo e a manutenção da oferta de até US$ 200 milhões em swap reverso, pelo Banco Central, contribuíram para a queda do comercial. Até há poucos dias, o BC vinha ofertando US$ 400 milhões nos leilões. Os juros futuros caíram um pouco, reagindo à divulgação da ata do Copom.