Brasil tem maior delegação estrangeira no Web Summit Lisboa 2024


País bate recorde entre presenças internacionais; Pharrell Williams foi um dos convidados da noite de abertura

Por Igor Ribeiro
Atualização:

Segundo números divulgados pela organização do evento, o Web Summit tem um recorde de público em 2024, com mais de 71 mil participantes de 153 países. Destes, o Brasil liderou, pela primeira vez, o quadro de delegações estrangeiras, seguido por Alemanha, na segunda posição, e Estados Unidos.

O rapper e produtor Pharrell Williams conversa com Frank Cooper, CMO da Visa, em um dos paineis de abertura do Web Summit Lisboa 2024 Foto: David Fitzgerald

Quase 500 empresas brasileiras estão no evento: a maior parte no espaço da Apex e Sebrae e pouco mais de 80 convidadas pelas instituições. No total, 3050 empresas de 153 países estão no evento, e destes há 32 organizados em 62 delegações. Além das duas ilhas Brasil no pavilhão três, há stands dedicados a negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo.

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O evento também anunciou outro recorde, o de número de startups fundadas por mulheres. São 44,3% de todas as inscritas, quase o dobro da proporção de 2023, quando 29% tinham founders femininas.

Luís Montenegro e Pharrell Williams

Assim como em outros eventos recentes, inteligência artificial é o tema dominante nos palcos, apresentações, mentorias e conversas pelos corredores do Web Summit. Desde a noite de abertura, quando o Luís Montenegro, primeiro-ministro português, anunciou o lançamento do primeiro modelo de linguagem (LLM, da sigla em inglês Large Language Model) de Portugal no primeiro trimestre de 2025. Há outros LLM em língua portuguesa, inclusive no Brasil, mas dentro de um plano de governo e com a extensão que prevê as autoridades do país — aberto para ampla utilização por educadores, acadêmicos, startups e empresariados locais — é inédito.

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Na abertura, o auditório central da MEO Arena estava lotado, não só para ouvir Montenegro e Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, mas principalmente por causa de Pharrell Williams. Ele conversou com Frank Cooper, CMO global da Visa, sobre como cultura, propósito e criatividade digital estão remodelando o consumo e os negócios do futuro. “Desde que chegamos aos Estados Unidos, os afro-americanos entendem muito bem de comércio”, começou o premiado rapper e produtor, em uma de suas diversas falas contundentes da noite. “Pois todos sabemos por que Wall Street (rua do Muro, em livre tradução) se chama assim, certo? Porque a principal commodity comercializada no país, naquela época, tinha de ficar contra a parede. Sim, nossos ancestrais. E ainda hoje aquela rua é chamada assim.”

Diálogo e empoderamento

Na trilha de marketing, que estreou neste ano, a Chief creative officer global da R/GA, Tiffany Rolfe, levou a audiência por uma jornada de possibilidades de consumo digital orientada por experiências customizadas em IA. Desde o exemplo real da organização de uma festa de aniversário para a filha até o um experimento de solução para Nike envolvendo treino de tênis, a criativa destacou a evolução de conceitos básicos de mercado. Ela defendeu que, em vez de direct-to-consumer, ou D2C, as discussões deveriam migrar para “Dialogue with Consumer” (DWC); e em  vez de omnichannel, “modalchannel” é hoje mais apropriado para se referir à jornada de consumo que atravessa diversos canais de forma flexível e variável. A aplicação de IA generativa e preditiva nesses processos se dá não só intencionalmente, como parte de processos de tecnologia e design, mas também organicamente, dentro de uma construção integrada entre consumidores e marcas.

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Ainda na trilha de marketing, as brasileiras Ana Cortat, vice-presidente de marca e conexões da Soko, e Thais Hagge, VP global de marketing da Unilever, apresentaram o inspirador case de Seda com a personagem central de “A Princesa e o Sapo”, da Disney, em que convidaram Rachel Bibb, diretora da animação original, para desenhar uma cena em que Tiana, em vez de prender os cabelos, deixa seus cachos soltos, numa comunicação de empoderamento feminino, que gerou forte engajamento global (com mais de 998 milhões de views somente no TikTok). Segundo Hagge, a campanha teve um apelo tão forte porque ela concedeu voz às pessoas, “principalmente às meninas pretas, que sentiram representadas, orgulhosas e emocionadas”.

O Web Summit, que também organiza eventos menores no Brasil, Canadá, China e Qatar, segue por esta quarta-feira, 13, com seu principal evento em Lisboa, encerrando no fim da tarde de amanhã.

Segundo números divulgados pela organização do evento, o Web Summit tem um recorde de público em 2024, com mais de 71 mil participantes de 153 países. Destes, o Brasil liderou, pela primeira vez, o quadro de delegações estrangeiras, seguido por Alemanha, na segunda posição, e Estados Unidos.

O rapper e produtor Pharrell Williams conversa com Frank Cooper, CMO da Visa, em um dos paineis de abertura do Web Summit Lisboa 2024 Foto: David Fitzgerald

Quase 500 empresas brasileiras estão no evento: a maior parte no espaço da Apex e Sebrae e pouco mais de 80 convidadas pelas instituições. No total, 3050 empresas de 153 países estão no evento, e destes há 32 organizados em 62 delegações. Além das duas ilhas Brasil no pavilhão três, há stands dedicados a negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O evento também anunciou outro recorde, o de número de startups fundadas por mulheres. São 44,3% de todas as inscritas, quase o dobro da proporção de 2023, quando 29% tinham founders femininas.

Luís Montenegro e Pharrell Williams

Assim como em outros eventos recentes, inteligência artificial é o tema dominante nos palcos, apresentações, mentorias e conversas pelos corredores do Web Summit. Desde a noite de abertura, quando o Luís Montenegro, primeiro-ministro português, anunciou o lançamento do primeiro modelo de linguagem (LLM, da sigla em inglês Large Language Model) de Portugal no primeiro trimestre de 2025. Há outros LLM em língua portuguesa, inclusive no Brasil, mas dentro de um plano de governo e com a extensão que prevê as autoridades do país — aberto para ampla utilização por educadores, acadêmicos, startups e empresariados locais — é inédito.

Na abertura, o auditório central da MEO Arena estava lotado, não só para ouvir Montenegro e Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, mas principalmente por causa de Pharrell Williams. Ele conversou com Frank Cooper, CMO global da Visa, sobre como cultura, propósito e criatividade digital estão remodelando o consumo e os negócios do futuro. “Desde que chegamos aos Estados Unidos, os afro-americanos entendem muito bem de comércio”, começou o premiado rapper e produtor, em uma de suas diversas falas contundentes da noite. “Pois todos sabemos por que Wall Street (rua do Muro, em livre tradução) se chama assim, certo? Porque a principal commodity comercializada no país, naquela época, tinha de ficar contra a parede. Sim, nossos ancestrais. E ainda hoje aquela rua é chamada assim.”

Diálogo e empoderamento

Na trilha de marketing, que estreou neste ano, a Chief creative officer global da R/GA, Tiffany Rolfe, levou a audiência por uma jornada de possibilidades de consumo digital orientada por experiências customizadas em IA. Desde o exemplo real da organização de uma festa de aniversário para a filha até o um experimento de solução para Nike envolvendo treino de tênis, a criativa destacou a evolução de conceitos básicos de mercado. Ela defendeu que, em vez de direct-to-consumer, ou D2C, as discussões deveriam migrar para “Dialogue with Consumer” (DWC); e em  vez de omnichannel, “modalchannel” é hoje mais apropriado para se referir à jornada de consumo que atravessa diversos canais de forma flexível e variável. A aplicação de IA generativa e preditiva nesses processos se dá não só intencionalmente, como parte de processos de tecnologia e design, mas também organicamente, dentro de uma construção integrada entre consumidores e marcas.

Ainda na trilha de marketing, as brasileiras Ana Cortat, vice-presidente de marca e conexões da Soko, e Thais Hagge, VP global de marketing da Unilever, apresentaram o inspirador case de Seda com a personagem central de “A Princesa e o Sapo”, da Disney, em que convidaram Rachel Bibb, diretora da animação original, para desenhar uma cena em que Tiana, em vez de prender os cabelos, deixa seus cachos soltos, numa comunicação de empoderamento feminino, que gerou forte engajamento global (com mais de 998 milhões de views somente no TikTok). Segundo Hagge, a campanha teve um apelo tão forte porque ela concedeu voz às pessoas, “principalmente às meninas pretas, que sentiram representadas, orgulhosas e emocionadas”.

O Web Summit, que também organiza eventos menores no Brasil, Canadá, China e Qatar, segue por esta quarta-feira, 13, com seu principal evento em Lisboa, encerrando no fim da tarde de amanhã.

Segundo números divulgados pela organização do evento, o Web Summit tem um recorde de público em 2024, com mais de 71 mil participantes de 153 países. Destes, o Brasil liderou, pela primeira vez, o quadro de delegações estrangeiras, seguido por Alemanha, na segunda posição, e Estados Unidos.

O rapper e produtor Pharrell Williams conversa com Frank Cooper, CMO da Visa, em um dos paineis de abertura do Web Summit Lisboa 2024 Foto: David Fitzgerald

Quase 500 empresas brasileiras estão no evento: a maior parte no espaço da Apex e Sebrae e pouco mais de 80 convidadas pelas instituições. No total, 3050 empresas de 153 países estão no evento, e destes há 32 organizados em 62 delegações. Além das duas ilhas Brasil no pavilhão três, há stands dedicados a negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O evento também anunciou outro recorde, o de número de startups fundadas por mulheres. São 44,3% de todas as inscritas, quase o dobro da proporção de 2023, quando 29% tinham founders femininas.

Luís Montenegro e Pharrell Williams

Assim como em outros eventos recentes, inteligência artificial é o tema dominante nos palcos, apresentações, mentorias e conversas pelos corredores do Web Summit. Desde a noite de abertura, quando o Luís Montenegro, primeiro-ministro português, anunciou o lançamento do primeiro modelo de linguagem (LLM, da sigla em inglês Large Language Model) de Portugal no primeiro trimestre de 2025. Há outros LLM em língua portuguesa, inclusive no Brasil, mas dentro de um plano de governo e com a extensão que prevê as autoridades do país — aberto para ampla utilização por educadores, acadêmicos, startups e empresariados locais — é inédito.

Na abertura, o auditório central da MEO Arena estava lotado, não só para ouvir Montenegro e Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, mas principalmente por causa de Pharrell Williams. Ele conversou com Frank Cooper, CMO global da Visa, sobre como cultura, propósito e criatividade digital estão remodelando o consumo e os negócios do futuro. “Desde que chegamos aos Estados Unidos, os afro-americanos entendem muito bem de comércio”, começou o premiado rapper e produtor, em uma de suas diversas falas contundentes da noite. “Pois todos sabemos por que Wall Street (rua do Muro, em livre tradução) se chama assim, certo? Porque a principal commodity comercializada no país, naquela época, tinha de ficar contra a parede. Sim, nossos ancestrais. E ainda hoje aquela rua é chamada assim.”

Diálogo e empoderamento

Na trilha de marketing, que estreou neste ano, a Chief creative officer global da R/GA, Tiffany Rolfe, levou a audiência por uma jornada de possibilidades de consumo digital orientada por experiências customizadas em IA. Desde o exemplo real da organização de uma festa de aniversário para a filha até o um experimento de solução para Nike envolvendo treino de tênis, a criativa destacou a evolução de conceitos básicos de mercado. Ela defendeu que, em vez de direct-to-consumer, ou D2C, as discussões deveriam migrar para “Dialogue with Consumer” (DWC); e em  vez de omnichannel, “modalchannel” é hoje mais apropriado para se referir à jornada de consumo que atravessa diversos canais de forma flexível e variável. A aplicação de IA generativa e preditiva nesses processos se dá não só intencionalmente, como parte de processos de tecnologia e design, mas também organicamente, dentro de uma construção integrada entre consumidores e marcas.

Ainda na trilha de marketing, as brasileiras Ana Cortat, vice-presidente de marca e conexões da Soko, e Thais Hagge, VP global de marketing da Unilever, apresentaram o inspirador case de Seda com a personagem central de “A Princesa e o Sapo”, da Disney, em que convidaram Rachel Bibb, diretora da animação original, para desenhar uma cena em que Tiana, em vez de prender os cabelos, deixa seus cachos soltos, numa comunicação de empoderamento feminino, que gerou forte engajamento global (com mais de 998 milhões de views somente no TikTok). Segundo Hagge, a campanha teve um apelo tão forte porque ela concedeu voz às pessoas, “principalmente às meninas pretas, que sentiram representadas, orgulhosas e emocionadas”.

O Web Summit, que também organiza eventos menores no Brasil, Canadá, China e Qatar, segue por esta quarta-feira, 13, com seu principal evento em Lisboa, encerrando no fim da tarde de amanhã.

Segundo números divulgados pela organização do evento, o Web Summit tem um recorde de público em 2024, com mais de 71 mil participantes de 153 países. Destes, o Brasil liderou, pela primeira vez, o quadro de delegações estrangeiras, seguido por Alemanha, na segunda posição, e Estados Unidos.

O rapper e produtor Pharrell Williams conversa com Frank Cooper, CMO da Visa, em um dos paineis de abertura do Web Summit Lisboa 2024 Foto: David Fitzgerald

Quase 500 empresas brasileiras estão no evento: a maior parte no espaço da Apex e Sebrae e pouco mais de 80 convidadas pelas instituições. No total, 3050 empresas de 153 países estão no evento, e destes há 32 organizados em 62 delegações. Além das duas ilhas Brasil no pavilhão três, há stands dedicados a negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O evento também anunciou outro recorde, o de número de startups fundadas por mulheres. São 44,3% de todas as inscritas, quase o dobro da proporção de 2023, quando 29% tinham founders femininas.

Luís Montenegro e Pharrell Williams

Assim como em outros eventos recentes, inteligência artificial é o tema dominante nos palcos, apresentações, mentorias e conversas pelos corredores do Web Summit. Desde a noite de abertura, quando o Luís Montenegro, primeiro-ministro português, anunciou o lançamento do primeiro modelo de linguagem (LLM, da sigla em inglês Large Language Model) de Portugal no primeiro trimestre de 2025. Há outros LLM em língua portuguesa, inclusive no Brasil, mas dentro de um plano de governo e com a extensão que prevê as autoridades do país — aberto para ampla utilização por educadores, acadêmicos, startups e empresariados locais — é inédito.

Na abertura, o auditório central da MEO Arena estava lotado, não só para ouvir Montenegro e Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, mas principalmente por causa de Pharrell Williams. Ele conversou com Frank Cooper, CMO global da Visa, sobre como cultura, propósito e criatividade digital estão remodelando o consumo e os negócios do futuro. “Desde que chegamos aos Estados Unidos, os afro-americanos entendem muito bem de comércio”, começou o premiado rapper e produtor, em uma de suas diversas falas contundentes da noite. “Pois todos sabemos por que Wall Street (rua do Muro, em livre tradução) se chama assim, certo? Porque a principal commodity comercializada no país, naquela época, tinha de ficar contra a parede. Sim, nossos ancestrais. E ainda hoje aquela rua é chamada assim.”

Diálogo e empoderamento

Na trilha de marketing, que estreou neste ano, a Chief creative officer global da R/GA, Tiffany Rolfe, levou a audiência por uma jornada de possibilidades de consumo digital orientada por experiências customizadas em IA. Desde o exemplo real da organização de uma festa de aniversário para a filha até o um experimento de solução para Nike envolvendo treino de tênis, a criativa destacou a evolução de conceitos básicos de mercado. Ela defendeu que, em vez de direct-to-consumer, ou D2C, as discussões deveriam migrar para “Dialogue with Consumer” (DWC); e em  vez de omnichannel, “modalchannel” é hoje mais apropriado para se referir à jornada de consumo que atravessa diversos canais de forma flexível e variável. A aplicação de IA generativa e preditiva nesses processos se dá não só intencionalmente, como parte de processos de tecnologia e design, mas também organicamente, dentro de uma construção integrada entre consumidores e marcas.

Ainda na trilha de marketing, as brasileiras Ana Cortat, vice-presidente de marca e conexões da Soko, e Thais Hagge, VP global de marketing da Unilever, apresentaram o inspirador case de Seda com a personagem central de “A Princesa e o Sapo”, da Disney, em que convidaram Rachel Bibb, diretora da animação original, para desenhar uma cena em que Tiana, em vez de prender os cabelos, deixa seus cachos soltos, numa comunicação de empoderamento feminino, que gerou forte engajamento global (com mais de 998 milhões de views somente no TikTok). Segundo Hagge, a campanha teve um apelo tão forte porque ela concedeu voz às pessoas, “principalmente às meninas pretas, que sentiram representadas, orgulhosas e emocionadas”.

O Web Summit, que também organiza eventos menores no Brasil, Canadá, China e Qatar, segue por esta quarta-feira, 13, com seu principal evento em Lisboa, encerrando no fim da tarde de amanhã.

Segundo números divulgados pela organização do evento, o Web Summit tem um recorde de público em 2024, com mais de 71 mil participantes de 153 países. Destes, o Brasil liderou, pela primeira vez, o quadro de delegações estrangeiras, seguido por Alemanha, na segunda posição, e Estados Unidos.

O rapper e produtor Pharrell Williams conversa com Frank Cooper, CMO da Visa, em um dos paineis de abertura do Web Summit Lisboa 2024 Foto: David Fitzgerald

Quase 500 empresas brasileiras estão no evento: a maior parte no espaço da Apex e Sebrae e pouco mais de 80 convidadas pelas instituições. No total, 3050 empresas de 153 países estão no evento, e destes há 32 organizados em 62 delegações. Além das duas ilhas Brasil no pavilhão três, há stands dedicados a negócios no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O evento também anunciou outro recorde, o de número de startups fundadas por mulheres. São 44,3% de todas as inscritas, quase o dobro da proporção de 2023, quando 29% tinham founders femininas.

Luís Montenegro e Pharrell Williams

Assim como em outros eventos recentes, inteligência artificial é o tema dominante nos palcos, apresentações, mentorias e conversas pelos corredores do Web Summit. Desde a noite de abertura, quando o Luís Montenegro, primeiro-ministro português, anunciou o lançamento do primeiro modelo de linguagem (LLM, da sigla em inglês Large Language Model) de Portugal no primeiro trimestre de 2025. Há outros LLM em língua portuguesa, inclusive no Brasil, mas dentro de um plano de governo e com a extensão que prevê as autoridades do país — aberto para ampla utilização por educadores, acadêmicos, startups e empresariados locais — é inédito.

Na abertura, o auditório central da MEO Arena estava lotado, não só para ouvir Montenegro e Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, mas principalmente por causa de Pharrell Williams. Ele conversou com Frank Cooper, CMO global da Visa, sobre como cultura, propósito e criatividade digital estão remodelando o consumo e os negócios do futuro. “Desde que chegamos aos Estados Unidos, os afro-americanos entendem muito bem de comércio”, começou o premiado rapper e produtor, em uma de suas diversas falas contundentes da noite. “Pois todos sabemos por que Wall Street (rua do Muro, em livre tradução) se chama assim, certo? Porque a principal commodity comercializada no país, naquela época, tinha de ficar contra a parede. Sim, nossos ancestrais. E ainda hoje aquela rua é chamada assim.”

Diálogo e empoderamento

Na trilha de marketing, que estreou neste ano, a Chief creative officer global da R/GA, Tiffany Rolfe, levou a audiência por uma jornada de possibilidades de consumo digital orientada por experiências customizadas em IA. Desde o exemplo real da organização de uma festa de aniversário para a filha até o um experimento de solução para Nike envolvendo treino de tênis, a criativa destacou a evolução de conceitos básicos de mercado. Ela defendeu que, em vez de direct-to-consumer, ou D2C, as discussões deveriam migrar para “Dialogue with Consumer” (DWC); e em  vez de omnichannel, “modalchannel” é hoje mais apropriado para se referir à jornada de consumo que atravessa diversos canais de forma flexível e variável. A aplicação de IA generativa e preditiva nesses processos se dá não só intencionalmente, como parte de processos de tecnologia e design, mas também organicamente, dentro de uma construção integrada entre consumidores e marcas.

Ainda na trilha de marketing, as brasileiras Ana Cortat, vice-presidente de marca e conexões da Soko, e Thais Hagge, VP global de marketing da Unilever, apresentaram o inspirador case de Seda com a personagem central de “A Princesa e o Sapo”, da Disney, em que convidaram Rachel Bibb, diretora da animação original, para desenhar uma cena em que Tiana, em vez de prender os cabelos, deixa seus cachos soltos, numa comunicação de empoderamento feminino, que gerou forte engajamento global (com mais de 998 milhões de views somente no TikTok). Segundo Hagge, a campanha teve um apelo tão forte porque ela concedeu voz às pessoas, “principalmente às meninas pretas, que sentiram representadas, orgulhosas e emocionadas”.

O Web Summit, que também organiza eventos menores no Brasil, Canadá, China e Qatar, segue por esta quarta-feira, 13, com seu principal evento em Lisboa, encerrando no fim da tarde de amanhã.

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