Filmes independentes vivem dilema entre o streaming e a sala de cinema


Enquanto produções da Marvel e da DC continuam a atrair audiência, público mais velho ainda teme covid-19 e resiste a voltar a consumir conteúdo fora de casa

Por Fernando Scheller

Depois da pandemia de covid-19, a questão das janelas de exibição no cinema – jargão no mercado para o tempo de espera entre a tela grande e outras mídias, como o streaming – virou uma questão sem solução para os produtores de filmes. Se nos tempos das locadoras as produções só chegavam em vídeo três ou seis meses após o lançamento no cinema, hoje não há mais um padrão.

Esse foi um dos temas debatidos durante a semana passada no evento Ventana Sur, um dos mais importantes da indústria audiovisual latino-americana, em Buenos Aires, na Argentina. Quando o financiamento é dos serviços de streaming, o espaço de negociação é mínimo: varia de zero a poucas semanas a exibição em salas de cinema. Se a produção é independente – o que, na América Latina, geralmente inclui o uso de leis de incentivo do poder público –, o dilema que se estabelece é outro: bater o pé e exigir uma “janela” mais longa ou ceder para encontrar uma audiência maior nas plataformas?

Por trás dessas questões está o fato de que filmes de baixo ou médio orçamento, como as produções mais artísticas e voltadas ao público adulto, estão sofrendo para encontrar uma audiência nesses tempos pós-pandemia. O público mais velho, ainda temendo a covid-19, resiste a voltar para o ambiente fechado dos cinemas.

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Como resultado, blockbusters, como os filmes da Marvel ou da DC Comics, têm tido bons resultados nas bilheterias. Enquanto isso, filmes de prestígio, incluindo o mais recente de Steven SpielbergOs Fabelmans –, vêm encontrando dificuldade para achar seu público. Esse dilema sobre as janelas de exibição, que parece insolúvel, foi tema de um painel do Projeto Paradiso, entidade filantrópica brasileira voltada a fomentar o planejamento e a busca de público para o cinema nacional.

'Argentina, 1985' foi êxito em cadeias de cinema independentes Foto: Reprodução

Saída

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Durante o painel, no entanto, mostrou-se que, em meio a tanta incertezas, algumas possibilidades de convencer o público a sair de casa estão aparecendo. Foi o que conseguiu a produtora La Unión de Los Rios, que realizou para a Amazon o sucesso Argentina 1985, com Ricardo Darín.

Depois de negociar com a plataforma duas semanas nos cinemas, disse a produtora Agustina Campbell no painel, outro problema se apresentou: as grandes redes de cinema se recusaram a exibir a película, que estaria disponível no Prime Video. Resultado: a produtora fez um acordo com redes independentes, que, segundo ela, abraçaram o conteúdo. “Foi emocionante de ver. E o filme trouxe o público adulto de volta para essas salas, que sofreram muito durante a pandemia”, disse.

Depois da pandemia de covid-19, a questão das janelas de exibição no cinema – jargão no mercado para o tempo de espera entre a tela grande e outras mídias, como o streaming – virou uma questão sem solução para os produtores de filmes. Se nos tempos das locadoras as produções só chegavam em vídeo três ou seis meses após o lançamento no cinema, hoje não há mais um padrão.

Esse foi um dos temas debatidos durante a semana passada no evento Ventana Sur, um dos mais importantes da indústria audiovisual latino-americana, em Buenos Aires, na Argentina. Quando o financiamento é dos serviços de streaming, o espaço de negociação é mínimo: varia de zero a poucas semanas a exibição em salas de cinema. Se a produção é independente – o que, na América Latina, geralmente inclui o uso de leis de incentivo do poder público –, o dilema que se estabelece é outro: bater o pé e exigir uma “janela” mais longa ou ceder para encontrar uma audiência maior nas plataformas?

Por trás dessas questões está o fato de que filmes de baixo ou médio orçamento, como as produções mais artísticas e voltadas ao público adulto, estão sofrendo para encontrar uma audiência nesses tempos pós-pandemia. O público mais velho, ainda temendo a covid-19, resiste a voltar para o ambiente fechado dos cinemas.

Como resultado, blockbusters, como os filmes da Marvel ou da DC Comics, têm tido bons resultados nas bilheterias. Enquanto isso, filmes de prestígio, incluindo o mais recente de Steven SpielbergOs Fabelmans –, vêm encontrando dificuldade para achar seu público. Esse dilema sobre as janelas de exibição, que parece insolúvel, foi tema de um painel do Projeto Paradiso, entidade filantrópica brasileira voltada a fomentar o planejamento e a busca de público para o cinema nacional.

'Argentina, 1985' foi êxito em cadeias de cinema independentes Foto: Reprodução

Saída

Durante o painel, no entanto, mostrou-se que, em meio a tanta incertezas, algumas possibilidades de convencer o público a sair de casa estão aparecendo. Foi o que conseguiu a produtora La Unión de Los Rios, que realizou para a Amazon o sucesso Argentina 1985, com Ricardo Darín.

Depois de negociar com a plataforma duas semanas nos cinemas, disse a produtora Agustina Campbell no painel, outro problema se apresentou: as grandes redes de cinema se recusaram a exibir a película, que estaria disponível no Prime Video. Resultado: a produtora fez um acordo com redes independentes, que, segundo ela, abraçaram o conteúdo. “Foi emocionante de ver. E o filme trouxe o público adulto de volta para essas salas, que sofreram muito durante a pandemia”, disse.

Depois da pandemia de covid-19, a questão das janelas de exibição no cinema – jargão no mercado para o tempo de espera entre a tela grande e outras mídias, como o streaming – virou uma questão sem solução para os produtores de filmes. Se nos tempos das locadoras as produções só chegavam em vídeo três ou seis meses após o lançamento no cinema, hoje não há mais um padrão.

Esse foi um dos temas debatidos durante a semana passada no evento Ventana Sur, um dos mais importantes da indústria audiovisual latino-americana, em Buenos Aires, na Argentina. Quando o financiamento é dos serviços de streaming, o espaço de negociação é mínimo: varia de zero a poucas semanas a exibição em salas de cinema. Se a produção é independente – o que, na América Latina, geralmente inclui o uso de leis de incentivo do poder público –, o dilema que se estabelece é outro: bater o pé e exigir uma “janela” mais longa ou ceder para encontrar uma audiência maior nas plataformas?

Por trás dessas questões está o fato de que filmes de baixo ou médio orçamento, como as produções mais artísticas e voltadas ao público adulto, estão sofrendo para encontrar uma audiência nesses tempos pós-pandemia. O público mais velho, ainda temendo a covid-19, resiste a voltar para o ambiente fechado dos cinemas.

Como resultado, blockbusters, como os filmes da Marvel ou da DC Comics, têm tido bons resultados nas bilheterias. Enquanto isso, filmes de prestígio, incluindo o mais recente de Steven SpielbergOs Fabelmans –, vêm encontrando dificuldade para achar seu público. Esse dilema sobre as janelas de exibição, que parece insolúvel, foi tema de um painel do Projeto Paradiso, entidade filantrópica brasileira voltada a fomentar o planejamento e a busca de público para o cinema nacional.

'Argentina, 1985' foi êxito em cadeias de cinema independentes Foto: Reprodução

Saída

Durante o painel, no entanto, mostrou-se que, em meio a tanta incertezas, algumas possibilidades de convencer o público a sair de casa estão aparecendo. Foi o que conseguiu a produtora La Unión de Los Rios, que realizou para a Amazon o sucesso Argentina 1985, com Ricardo Darín.

Depois de negociar com a plataforma duas semanas nos cinemas, disse a produtora Agustina Campbell no painel, outro problema se apresentou: as grandes redes de cinema se recusaram a exibir a película, que estaria disponível no Prime Video. Resultado: a produtora fez um acordo com redes independentes, que, segundo ela, abraçaram o conteúdo. “Foi emocionante de ver. E o filme trouxe o público adulto de volta para essas salas, que sofreram muito durante a pandemia”, disse.

Depois da pandemia de covid-19, a questão das janelas de exibição no cinema – jargão no mercado para o tempo de espera entre a tela grande e outras mídias, como o streaming – virou uma questão sem solução para os produtores de filmes. Se nos tempos das locadoras as produções só chegavam em vídeo três ou seis meses após o lançamento no cinema, hoje não há mais um padrão.

Esse foi um dos temas debatidos durante a semana passada no evento Ventana Sur, um dos mais importantes da indústria audiovisual latino-americana, em Buenos Aires, na Argentina. Quando o financiamento é dos serviços de streaming, o espaço de negociação é mínimo: varia de zero a poucas semanas a exibição em salas de cinema. Se a produção é independente – o que, na América Latina, geralmente inclui o uso de leis de incentivo do poder público –, o dilema que se estabelece é outro: bater o pé e exigir uma “janela” mais longa ou ceder para encontrar uma audiência maior nas plataformas?

Por trás dessas questões está o fato de que filmes de baixo ou médio orçamento, como as produções mais artísticas e voltadas ao público adulto, estão sofrendo para encontrar uma audiência nesses tempos pós-pandemia. O público mais velho, ainda temendo a covid-19, resiste a voltar para o ambiente fechado dos cinemas.

Como resultado, blockbusters, como os filmes da Marvel ou da DC Comics, têm tido bons resultados nas bilheterias. Enquanto isso, filmes de prestígio, incluindo o mais recente de Steven SpielbergOs Fabelmans –, vêm encontrando dificuldade para achar seu público. Esse dilema sobre as janelas de exibição, que parece insolúvel, foi tema de um painel do Projeto Paradiso, entidade filantrópica brasileira voltada a fomentar o planejamento e a busca de público para o cinema nacional.

'Argentina, 1985' foi êxito em cadeias de cinema independentes Foto: Reprodução

Saída

Durante o painel, no entanto, mostrou-se que, em meio a tanta incertezas, algumas possibilidades de convencer o público a sair de casa estão aparecendo. Foi o que conseguiu a produtora La Unión de Los Rios, que realizou para a Amazon o sucesso Argentina 1985, com Ricardo Darín.

Depois de negociar com a plataforma duas semanas nos cinemas, disse a produtora Agustina Campbell no painel, outro problema se apresentou: as grandes redes de cinema se recusaram a exibir a película, que estaria disponível no Prime Video. Resultado: a produtora fez um acordo com redes independentes, que, segundo ela, abraçaram o conteúdo. “Foi emocionante de ver. E o filme trouxe o público adulto de volta para essas salas, que sofreram muito durante a pandemia”, disse.

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