THE NEW YORK TIMES - A The New York Times Co. adicionou 300 mil assinantes digitais pagos no quarto trimestre de 2023, informou a empresa nesta quarta-feira, 7, ajudando a elevar a receita anual de assinaturas digitais acima de US$ 1 bilhão pela primeira vez.
O Times registrou uma receita total de US$ 676,2 milhões nos últimos três meses do ano, basicamente estável em comparação com o ano anterior. O lucro operacional ajustado aumentou 8,5%, chegando a US$ 154 milhões.
Foi “um ano forte para o Times, que mostrou o poder de nossa estratégia de ser a assinatura essencial para toda pessoa curiosa que busca entender e se envolver com o mundo”, disse Meredith Kopit Levien, presidente e CEO da empresa, em um comunicado.
Nos últimos anos, a empresa tem se concentrado em oferecer um pacote de produtos aos assinantes: seu relatório principal de notícias, bem como jogos como Wordle e Spelling Bee; seu site de análise de produtos, Wirecutter; um aplicativo de receitas; e The Athletic, seu site de notícias esportivas.
O The Athletic, que o Times comprou há dois anos por US$ 550 milhões, continuou a perder dinheiro no quarto trimestre. Mas seu prejuízo operacional diminuiu para US$ 4,4 milhões, de US$ 9,6 milhões no ano anterior. A receita do The Athletic cresceu 31,3%, chegando a US$ 38,5 milhões.
No final do ano, o Times tinha 10,36 milhões de assinantes, dos quais 9,7 milhões eram apenas digitais. A empresa tem uma meta declarada de chegar a 15 milhões de assinantes até o final de 2027.
Publicidade em queda
A publicidade foi um ponto fraco para o Times no quarto trimestre. A receita total de publicidade diminuiu 8,4%, para US$ 164,1 milhões. A publicidade digital caiu 3,7% e a publicidade impressa, 16,2%.
O número de assinantes de jornais impressos continuou a diminuir. Havia 730 mil no final de 2022 e 660 mil no final de 2023.
A empresa disse que enfrenta o desafio crescente da inteligência artificial generativa. No final do ano passado, o Times processou a OpenAI e a Microsoft, alegando violação de direitos autorais, argumentando que os artigos publicados pelo Times foram usados para treinar chatbots automatizados que agora competem com a organização de notícias. A OpenAI argumentou que o processo não tem mérito, e o CEO da Microsoft questionou os méritos do caso.