Monitor da FGV indica recuo de 4% no PIB de 2020


Sob efeito da pandemia, indústria e serviços tiveram queda, enquanto as atividades da agropecuária crescera 2%; o consumo das famílias diminuiu 5,2%

Por Daniela Amorim

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 4,0% no ano de 2020, segundo o Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Indústria e serviços recuaram, enquanto a agropecuária cresceu 2,0% no ano passado, de acordo com o indicador. Sob a ótica da demanda, houve retração em todos os componentes, com destaque para a queda de 5,2% no consumo das famílias.

Segundo o Monitor do PIB, agropecuária cresceu 2,0% no ano passado; indústria e serviços recuaram. Foto: Dida Sampaio/Estadão
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"A expressiva queda de 4,0% da economia em 2020 consolida retrações disseminadas em diversas atividades econômicas, em decorrência da pandemia de covid-19", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial. "Os desafios para 2021 mostram-se grandes a partir deste cenário, tendo em vista que devido ao crescimento lento de 2017-2019 a economia não havia sido capaz de recuperar as perdas da recessão de 2014-2016. Com o choque adverso enfrentado em 2020, que ainda não foi totalmente eliminado, os resultados de 2014, pico da série histórica, parecem cada vez mais distantes de serem alcançados", completou.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais, que serão divulgadas em março.

O PIB teve crescimento de 3,4% no quarto trimestre de 2020 em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB teve retração de 0,8%.

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No mês de dezembro, o PIB cresceu 1,0% ante novembro e avançou 1,4% em relação ao mesmo mês de 2019, o primeiro resultado positivo após nove meses consecutivos de quedas.

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), recuaram 2,9% em 2020, puxados pelo componente de máquinas e equipamentos. As exportações caíram 1,9% e as importações apresentaram retração de 10,3%.

Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 7,434 trilhões de janeiro a dezembro, em valores correntes. "O resultado do PIB de 2020 interrompeu a trajetória de crescimento que se estendia por três anos e retornou ao patamar de 2016. A preços constantes de 2020, o PIB de 2020, embora seja um pouco maior que o de 2016, ainda é inferior aos do período 2017 a 2019", ressaltou a nota da FGV. A valores de 2020, o PIB per capita ficou em R$ 35.108 em 2020, menor valor desde 2008.

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 4,0% no ano de 2020, segundo o Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Indústria e serviços recuaram, enquanto a agropecuária cresceu 2,0% no ano passado, de acordo com o indicador. Sob a ótica da demanda, houve retração em todos os componentes, com destaque para a queda de 5,2% no consumo das famílias.

Segundo o Monitor do PIB, agropecuária cresceu 2,0% no ano passado; indústria e serviços recuaram. Foto: Dida Sampaio/Estadão

"A expressiva queda de 4,0% da economia em 2020 consolida retrações disseminadas em diversas atividades econômicas, em decorrência da pandemia de covid-19", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial. "Os desafios para 2021 mostram-se grandes a partir deste cenário, tendo em vista que devido ao crescimento lento de 2017-2019 a economia não havia sido capaz de recuperar as perdas da recessão de 2014-2016. Com o choque adverso enfrentado em 2020, que ainda não foi totalmente eliminado, os resultados de 2014, pico da série histórica, parecem cada vez mais distantes de serem alcançados", completou.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais, que serão divulgadas em março.

O PIB teve crescimento de 3,4% no quarto trimestre de 2020 em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB teve retração de 0,8%.

No mês de dezembro, o PIB cresceu 1,0% ante novembro e avançou 1,4% em relação ao mesmo mês de 2019, o primeiro resultado positivo após nove meses consecutivos de quedas.

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), recuaram 2,9% em 2020, puxados pelo componente de máquinas e equipamentos. As exportações caíram 1,9% e as importações apresentaram retração de 10,3%.

Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 7,434 trilhões de janeiro a dezembro, em valores correntes. "O resultado do PIB de 2020 interrompeu a trajetória de crescimento que se estendia por três anos e retornou ao patamar de 2016. A preços constantes de 2020, o PIB de 2020, embora seja um pouco maior que o de 2016, ainda é inferior aos do período 2017 a 2019", ressaltou a nota da FGV. A valores de 2020, o PIB per capita ficou em R$ 35.108 em 2020, menor valor desde 2008.

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 4,0% no ano de 2020, segundo o Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Indústria e serviços recuaram, enquanto a agropecuária cresceu 2,0% no ano passado, de acordo com o indicador. Sob a ótica da demanda, houve retração em todos os componentes, com destaque para a queda de 5,2% no consumo das famílias.

Segundo o Monitor do PIB, agropecuária cresceu 2,0% no ano passado; indústria e serviços recuaram. Foto: Dida Sampaio/Estadão

"A expressiva queda de 4,0% da economia em 2020 consolida retrações disseminadas em diversas atividades econômicas, em decorrência da pandemia de covid-19", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial. "Os desafios para 2021 mostram-se grandes a partir deste cenário, tendo em vista que devido ao crescimento lento de 2017-2019 a economia não havia sido capaz de recuperar as perdas da recessão de 2014-2016. Com o choque adverso enfrentado em 2020, que ainda não foi totalmente eliminado, os resultados de 2014, pico da série histórica, parecem cada vez mais distantes de serem alcançados", completou.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais, que serão divulgadas em março.

O PIB teve crescimento de 3,4% no quarto trimestre de 2020 em relação aos três meses anteriores. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB teve retração de 0,8%.

No mês de dezembro, o PIB cresceu 1,0% ante novembro e avançou 1,4% em relação ao mesmo mês de 2019, o primeiro resultado positivo após nove meses consecutivos de quedas.

Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), recuaram 2,9% em 2020, puxados pelo componente de máquinas e equipamentos. As exportações caíram 1,9% e as importações apresentaram retração de 10,3%.

Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 7,434 trilhões de janeiro a dezembro, em valores correntes. "O resultado do PIB de 2020 interrompeu a trajetória de crescimento que se estendia por três anos e retornou ao patamar de 2016. A preços constantes de 2020, o PIB de 2020, embora seja um pouco maior que o de 2016, ainda é inferior aos do período 2017 a 2019", ressaltou a nota da FGV. A valores de 2020, o PIB per capita ficou em R$ 35.108 em 2020, menor valor desde 2008.

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