Monitor do PIB aponta queda de 0,4% em setembro ante agosto


Resultado reflete desempenho positivo na agropecuária, na indústria e em serviços

Por Daniela Amorim
Atualização:

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma retração de 0,4% em setembro ante agosto, segundo o Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com setembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,3% em setembro de 2022.

No terceiro trimestre, o Monitor do PIB aponta crescimento de 0,4% na atividade econômica em relação ao segundo trimestre deste ano. O desempenho do mês de julho foi o que salvou o trimestre do vermelho, com alta de 1,0% em relação a junho. Em agosto, a atividade econômica já tinha encolhido 1,2%. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve uma expansão de 3,2%. Segundo Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do Ibre/FGV, a tendência é que encerre o ano com expansão perto de 2%.

Resultado do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços.  Foto: Wesley Santos/Estadão
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Em nota oficial, a coordenadora do Monitor do PIB, Juliana Trece, afirmou que o “crescimento de 0,4% do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) e de todos os componentes da demanda”.

“Apesar desse desempenho positivo, o resultado do terceiro trimestre mostra perda de força da economia, por apresentar taxa de crescimento menor do que as observadas no primeiro e no segundo trimestre do ano. Observa-se que o recuo registrado em setembro é o segundo consecutivo da atividade econômica e sinaliza dificuldade de a economia manter o ritmo de crescimento registrado no início do ano. Não é surpresa que os juros em patamares elevados tenham se refletido em dificuldade para a economia no segundo semestre. Graças aos estímulos fiscais que ocorreram na economia ao longo do ano, o início do enfraquecimento econômico de certa forma demorou a chegar”, diz trecho da nota.

Segundo Claudio Considera, a economia está “perdendo fôlego, a despeito das medidas eleitoreiras adotadas pelo atual governo, que provocou um aumento de volume de recursos nas mãos das pessoas e levou a algum consumo”. “A taxa acumulada em 12 meses é que vai ser o resultado do ano, e ela está evidentemente declinando para (uma alta de) 2% em 2022. Isso me faz estranhar previsões existentes de crescimento de 3%”, afirma.

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O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central com as projeções de analistas do mercado financeiro, mostrou uma revisão para cima no crescimento previsto para o PIB em 2022: em uma semana, a mediana subiu de 2,77% para 2,80%. A estimativa de expansão para a economia em 2023 permaneceu em 0,70%.

Para Considera, a inflação elevada, o endividamento expressivo das famílias, a inadimplência em patamares recordes e os juros altos atrapalham o desempenho do PIB. “Não vai conseguir crescer muito mais do que a taxa em 12 meses está apontando”, disse Claudio Considera.

A taxa de crescimento do PIB em 12 meses mostra desaceleração desde março deste ano. Em fevereiro de 2022, a expansão nesse tipo de comparação era de 4,9%. Em setembro, estava em 2,5%. No terceiro trimestre, o Monitor do PIB apontou um crescimento de 0,4% na atividade econômica em relação ao segundo trimestre deste ano.

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O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Os números do PIB

Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano, o PIB da agropecuária cresceu 1,7%, o da indústria avançou 0,2%, e o de serviços subiu 1,1%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,4%, e o do governo, 2,2%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) aumentou 3,1%. As exportações tiveram uma elevação de 2,6%, e as importações, 3,4%.

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Na comparação com o mês de setembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,3% em setembro de 2022. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve uma expansão de 3,2% no terceiro trimestre deste ano.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 5,6% no terceiro trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2021. Segundo a FGV, o avanço se mantém impulsionado pelo consumo de serviços, com ajuda também, desde o segundo trimestre, de uma maior aquisição de produtos não duráveis. Por outro lado, o destaque negativo é a queda continuada do consumo de bens duráveis, desde o terceiro trimestre de 2021.

A FBCF teve uma elevação de 5,6% no terceiro trimestre deste ano ante o terceiro trimestre do ano passado, puxada pelo desempenho das máquinas e equipamentos importados.

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A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 6,3% no terceiro trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2021, enquanto a importação aumentou 7,4%.

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 7,236 trilhões de janeiro a setembro de 2022, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 19,6% no terceiro trimestre de 2022.

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma retração de 0,4% em setembro ante agosto, segundo o Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com setembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,3% em setembro de 2022.

No terceiro trimestre, o Monitor do PIB aponta crescimento de 0,4% na atividade econômica em relação ao segundo trimestre deste ano. O desempenho do mês de julho foi o que salvou o trimestre do vermelho, com alta de 1,0% em relação a junho. Em agosto, a atividade econômica já tinha encolhido 1,2%. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve uma expansão de 3,2%. Segundo Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do Ibre/FGV, a tendência é que encerre o ano com expansão perto de 2%.

Resultado do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços.  Foto: Wesley Santos/Estadão

Em nota oficial, a coordenadora do Monitor do PIB, Juliana Trece, afirmou que o “crescimento de 0,4% do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) e de todos os componentes da demanda”.

“Apesar desse desempenho positivo, o resultado do terceiro trimestre mostra perda de força da economia, por apresentar taxa de crescimento menor do que as observadas no primeiro e no segundo trimestre do ano. Observa-se que o recuo registrado em setembro é o segundo consecutivo da atividade econômica e sinaliza dificuldade de a economia manter o ritmo de crescimento registrado no início do ano. Não é surpresa que os juros em patamares elevados tenham se refletido em dificuldade para a economia no segundo semestre. Graças aos estímulos fiscais que ocorreram na economia ao longo do ano, o início do enfraquecimento econômico de certa forma demorou a chegar”, diz trecho da nota.

Segundo Claudio Considera, a economia está “perdendo fôlego, a despeito das medidas eleitoreiras adotadas pelo atual governo, que provocou um aumento de volume de recursos nas mãos das pessoas e levou a algum consumo”. “A taxa acumulada em 12 meses é que vai ser o resultado do ano, e ela está evidentemente declinando para (uma alta de) 2% em 2022. Isso me faz estranhar previsões existentes de crescimento de 3%”, afirma.

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central com as projeções de analistas do mercado financeiro, mostrou uma revisão para cima no crescimento previsto para o PIB em 2022: em uma semana, a mediana subiu de 2,77% para 2,80%. A estimativa de expansão para a economia em 2023 permaneceu em 0,70%.

Para Considera, a inflação elevada, o endividamento expressivo das famílias, a inadimplência em patamares recordes e os juros altos atrapalham o desempenho do PIB. “Não vai conseguir crescer muito mais do que a taxa em 12 meses está apontando”, disse Claudio Considera.

A taxa de crescimento do PIB em 12 meses mostra desaceleração desde março deste ano. Em fevereiro de 2022, a expansão nesse tipo de comparação era de 4,9%. Em setembro, estava em 2,5%. No terceiro trimestre, o Monitor do PIB apontou um crescimento de 0,4% na atividade econômica em relação ao segundo trimestre deste ano.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Os números do PIB

Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano, o PIB da agropecuária cresceu 1,7%, o da indústria avançou 0,2%, e o de serviços subiu 1,1%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,4%, e o do governo, 2,2%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) aumentou 3,1%. As exportações tiveram uma elevação de 2,6%, e as importações, 3,4%.

Na comparação com o mês de setembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,3% em setembro de 2022. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve uma expansão de 3,2% no terceiro trimestre deste ano.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 5,6% no terceiro trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2021. Segundo a FGV, o avanço se mantém impulsionado pelo consumo de serviços, com ajuda também, desde o segundo trimestre, de uma maior aquisição de produtos não duráveis. Por outro lado, o destaque negativo é a queda continuada do consumo de bens duráveis, desde o terceiro trimestre de 2021.

A FBCF teve uma elevação de 5,6% no terceiro trimestre deste ano ante o terceiro trimestre do ano passado, puxada pelo desempenho das máquinas e equipamentos importados.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 6,3% no terceiro trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2021, enquanto a importação aumentou 7,4%.

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 7,236 trilhões de janeiro a setembro de 2022, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 19,6% no terceiro trimestre de 2022.

RIO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma retração de 0,4% em setembro ante agosto, segundo o Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com setembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,3% em setembro de 2022.

No terceiro trimestre, o Monitor do PIB aponta crescimento de 0,4% na atividade econômica em relação ao segundo trimestre deste ano. O desempenho do mês de julho foi o que salvou o trimestre do vermelho, com alta de 1,0% em relação a junho. Em agosto, a atividade econômica já tinha encolhido 1,2%. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve uma expansão de 3,2%. Segundo Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do Ibre/FGV, a tendência é que encerre o ano com expansão perto de 2%.

Resultado do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas: agropecuária, indústria e serviços.  Foto: Wesley Santos/Estadão

Em nota oficial, a coordenadora do Monitor do PIB, Juliana Trece, afirmou que o “crescimento de 0,4% do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) e de todos os componentes da demanda”.

“Apesar desse desempenho positivo, o resultado do terceiro trimestre mostra perda de força da economia, por apresentar taxa de crescimento menor do que as observadas no primeiro e no segundo trimestre do ano. Observa-se que o recuo registrado em setembro é o segundo consecutivo da atividade econômica e sinaliza dificuldade de a economia manter o ritmo de crescimento registrado no início do ano. Não é surpresa que os juros em patamares elevados tenham se refletido em dificuldade para a economia no segundo semestre. Graças aos estímulos fiscais que ocorreram na economia ao longo do ano, o início do enfraquecimento econômico de certa forma demorou a chegar”, diz trecho da nota.

Segundo Claudio Considera, a economia está “perdendo fôlego, a despeito das medidas eleitoreiras adotadas pelo atual governo, que provocou um aumento de volume de recursos nas mãos das pessoas e levou a algum consumo”. “A taxa acumulada em 12 meses é que vai ser o resultado do ano, e ela está evidentemente declinando para (uma alta de) 2% em 2022. Isso me faz estranhar previsões existentes de crescimento de 3%”, afirma.

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central com as projeções de analistas do mercado financeiro, mostrou uma revisão para cima no crescimento previsto para o PIB em 2022: em uma semana, a mediana subiu de 2,77% para 2,80%. A estimativa de expansão para a economia em 2023 permaneceu em 0,70%.

Para Considera, a inflação elevada, o endividamento expressivo das famílias, a inadimplência em patamares recordes e os juros altos atrapalham o desempenho do PIB. “Não vai conseguir crescer muito mais do que a taxa em 12 meses está apontando”, disse Claudio Considera.

A taxa de crescimento do PIB em 12 meses mostra desaceleração desde março deste ano. Em fevereiro de 2022, a expansão nesse tipo de comparação era de 4,9%. Em setembro, estava em 2,5%. No terceiro trimestre, o Monitor do PIB apontou um crescimento de 0,4% na atividade econômica em relação ao segundo trimestre deste ano.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Os números do PIB

Na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano, o PIB da agropecuária cresceu 1,7%, o da indústria avançou 0,2%, e o de serviços subiu 1,1%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,4%, e o do governo, 2,2%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) aumentou 3,1%. As exportações tiveram uma elevação de 2,6%, e as importações, 3,4%.

Na comparação com o mês de setembro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,3% em setembro de 2022. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve uma expansão de 3,2% no terceiro trimestre deste ano.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 5,6% no terceiro trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2021. Segundo a FGV, o avanço se mantém impulsionado pelo consumo de serviços, com ajuda também, desde o segundo trimestre, de uma maior aquisição de produtos não duráveis. Por outro lado, o destaque negativo é a queda continuada do consumo de bens duráveis, desde o terceiro trimestre de 2021.

A FBCF teve uma elevação de 5,6% no terceiro trimestre deste ano ante o terceiro trimestre do ano passado, puxada pelo desempenho das máquinas e equipamentos importados.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 6,3% no terceiro trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre de 2021, enquanto a importação aumentou 7,4%.

Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 7,236 trilhões de janeiro a setembro de 2022, em valores correntes. A taxa de investimento da economia foi de 19,6% no terceiro trimestre de 2022.

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