Brasil tem horizonte de 18 meses para fazer lição de casa para o grau de investimento, diz Moody’s


De acordo com executiva, agência de classificação de risco ainda vê riscos fiscais em relação à adoção do novo arcabouço, mas reconhece que os resultados estão evoluindo

Por Aline Bronzati

NOVA YORK - Se o Brasil quiser recuperar o selo de bom pagador da agência de classificação de risco Moody’s, tem um horizonte de 12 a 18 meses para fazer a lição de casa, o que inclui melhorias do lado fiscal, em especial a adoção de mais medidas que ajudem a conter o aumento das despesas obrigatórias, e a manutenção de um crescimento resiliente à frente. A afirmação é da vice-presidente da Moody’s para risco soberano, Samar Maziad, ao Estadão/Broadcast. “Não damos conselhos, mas o horizonte típico de perspectiva é de 12 a 18 meses. Então, é importante manter isso em mente”, diz.

A Moody’s anunciou nesta terça-feira, 1º, a melhora da nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1, e colocou o País a um passo de retomar o grau de investimento, perdido em 2015. O movimento ocorre cinco meses após a agencia ter alterado a perspectiva do rating do País, de estável para positiva - essa perspectiva foi mantida no anúncio de ontem.

Sede da agência Moody's, em Nova York Foto: Jeenah Moon/Bloomberg
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A decisão da Moody’s também vem após representantes da agência terem se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Nova York, nos Estados Unidos, na semana passada. O encontro foi pedido pelo próprio presidente, que estava na cidade por causa da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

De acordo com Maziad, nada mudou em relação ao Brasil desde a semana passada. O que pesou na decisão da Moody’s foram “melhorias materiais” no perfil de crédito do Brasil, em especial, um crescimento “muito mais forte” desde a pandemia. “Quando tínhamos a classificação Ba2, o cenário econômico e a perspectiva eram muito diferentes para o Brasil. Ao longo do tempo, vimos uma melhora na dinâmica de crescimento, que se sustentou por quatro anos”, diz.

Maziad afirma que a expectativa da Moody’s é de que o Brasil continue apresentando uma melhor dinâmica de crescimento. Com base nas suas projeções, o País deve crescer 2,5% neste ano, taxa que deve desacelerar no próximo. À frente, contudo, a expectativa é de que o Brasil siga crescendo em média 2,5% ao ano.

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Outro ponto que contou a favor do Brasil para um melhor rating foi “histórico de reformas importantes”, da Previdência à tributária, segundo Maziad. Isso, por sua vez, também contribui com um maior crescimento do País, diz. “Vimos um grau de previsibilidade política que apoia a atualização da classificação”, afirma.

No mercado, a decisão da Moody’s foi vista por alguns agentes como uma “leitura otimista” da Moody’s, já que a melhora do rating veio em um momento em que o Brasil iniciou um ciclo de alta de juros, diante de incertezas fiscais. “Nós temos um cenário base. Esperamos que o governo cumpra as metas fiscais”, rebate Maziad.

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Segundo ela, a Moody’s ainda vê riscos fiscais em relação à adoção do novo arcabouço, como destacou em sua decisão, mas reconhece que os resultados estão evoluindo. A classificadora espera que a dívida pública brasileira como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) aumente, mas se estabilize em torno de 82% no médio prazo.

Ela diz que a agência monitora medidas de gasto do governo, mas que, em geral, os riscos estão “sob controle” e que a Moody’s não olha somente para um elemento, neste caso o fiscal, mas de forma holística para a nota de crédito do País. Além disso, quando comparado o Brasil com outros pares, é possível notar uma evolução, conforme Maziad.

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“É importante colocar os riscos fiscais do Brasil no contexto dos elementos gerais que fazem parte do seu perfil de crédito. É importante colocar os desafios e os pontos fortes juntos”, afirma.

Apesar disso, ela reiterou a importância de o governo entregar as metas fiscais prometidas e adotar mais medidas definitivas que resolvam o aumento dos gastos obrigatórios, para que não precise ficar fazendo ajustes a cada ano. “É isso que é realmente necessário para garantir que as metas fiscais sejam cumpridas de forma sustentável e garantir aos mercados que esse é o caminho para o fiscal, o futuro para a trajetória da dívida”, alerta.

Ela diz ainda que os juros maiores devem elevar o déficit geral do Brasil no próximo ano, e resulta do ambiente de incertezas fiscais no País. Mais credibilidade no fiscal ajuda a reduzir o prêmio de risco e o custo da dívida do governo, lembra. “É uma combinação de fatores que vai melhorar a resiliência econômica, a credibilidade política. E esses são elementos-chave para mudar a taxa de investimento [no País]”, afirma a vice-presidente da Moody’s.

NOVA YORK - Se o Brasil quiser recuperar o selo de bom pagador da agência de classificação de risco Moody’s, tem um horizonte de 12 a 18 meses para fazer a lição de casa, o que inclui melhorias do lado fiscal, em especial a adoção de mais medidas que ajudem a conter o aumento das despesas obrigatórias, e a manutenção de um crescimento resiliente à frente. A afirmação é da vice-presidente da Moody’s para risco soberano, Samar Maziad, ao Estadão/Broadcast. “Não damos conselhos, mas o horizonte típico de perspectiva é de 12 a 18 meses. Então, é importante manter isso em mente”, diz.

A Moody’s anunciou nesta terça-feira, 1º, a melhora da nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1, e colocou o País a um passo de retomar o grau de investimento, perdido em 2015. O movimento ocorre cinco meses após a agencia ter alterado a perspectiva do rating do País, de estável para positiva - essa perspectiva foi mantida no anúncio de ontem.

Sede da agência Moody's, em Nova York Foto: Jeenah Moon/Bloomberg

A decisão da Moody’s também vem após representantes da agência terem se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Nova York, nos Estados Unidos, na semana passada. O encontro foi pedido pelo próprio presidente, que estava na cidade por causa da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

De acordo com Maziad, nada mudou em relação ao Brasil desde a semana passada. O que pesou na decisão da Moody’s foram “melhorias materiais” no perfil de crédito do Brasil, em especial, um crescimento “muito mais forte” desde a pandemia. “Quando tínhamos a classificação Ba2, o cenário econômico e a perspectiva eram muito diferentes para o Brasil. Ao longo do tempo, vimos uma melhora na dinâmica de crescimento, que se sustentou por quatro anos”, diz.

Maziad afirma que a expectativa da Moody’s é de que o Brasil continue apresentando uma melhor dinâmica de crescimento. Com base nas suas projeções, o País deve crescer 2,5% neste ano, taxa que deve desacelerar no próximo. À frente, contudo, a expectativa é de que o Brasil siga crescendo em média 2,5% ao ano.

Outro ponto que contou a favor do Brasil para um melhor rating foi “histórico de reformas importantes”, da Previdência à tributária, segundo Maziad. Isso, por sua vez, também contribui com um maior crescimento do País, diz. “Vimos um grau de previsibilidade política que apoia a atualização da classificação”, afirma.

No mercado, a decisão da Moody’s foi vista por alguns agentes como uma “leitura otimista” da Moody’s, já que a melhora do rating veio em um momento em que o Brasil iniciou um ciclo de alta de juros, diante de incertezas fiscais. “Nós temos um cenário base. Esperamos que o governo cumpra as metas fiscais”, rebate Maziad.

Segundo ela, a Moody’s ainda vê riscos fiscais em relação à adoção do novo arcabouço, como destacou em sua decisão, mas reconhece que os resultados estão evoluindo. A classificadora espera que a dívida pública brasileira como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) aumente, mas se estabilize em torno de 82% no médio prazo.

Ela diz que a agência monitora medidas de gasto do governo, mas que, em geral, os riscos estão “sob controle” e que a Moody’s não olha somente para um elemento, neste caso o fiscal, mas de forma holística para a nota de crédito do País. Além disso, quando comparado o Brasil com outros pares, é possível notar uma evolução, conforme Maziad.

“É importante colocar os riscos fiscais do Brasil no contexto dos elementos gerais que fazem parte do seu perfil de crédito. É importante colocar os desafios e os pontos fortes juntos”, afirma.

Apesar disso, ela reiterou a importância de o governo entregar as metas fiscais prometidas e adotar mais medidas definitivas que resolvam o aumento dos gastos obrigatórios, para que não precise ficar fazendo ajustes a cada ano. “É isso que é realmente necessário para garantir que as metas fiscais sejam cumpridas de forma sustentável e garantir aos mercados que esse é o caminho para o fiscal, o futuro para a trajetória da dívida”, alerta.

Ela diz ainda que os juros maiores devem elevar o déficit geral do Brasil no próximo ano, e resulta do ambiente de incertezas fiscais no País. Mais credibilidade no fiscal ajuda a reduzir o prêmio de risco e o custo da dívida do governo, lembra. “É uma combinação de fatores que vai melhorar a resiliência econômica, a credibilidade política. E esses são elementos-chave para mudar a taxa de investimento [no País]”, afirma a vice-presidente da Moody’s.

NOVA YORK - Se o Brasil quiser recuperar o selo de bom pagador da agência de classificação de risco Moody’s, tem um horizonte de 12 a 18 meses para fazer a lição de casa, o que inclui melhorias do lado fiscal, em especial a adoção de mais medidas que ajudem a conter o aumento das despesas obrigatórias, e a manutenção de um crescimento resiliente à frente. A afirmação é da vice-presidente da Moody’s para risco soberano, Samar Maziad, ao Estadão/Broadcast. “Não damos conselhos, mas o horizonte típico de perspectiva é de 12 a 18 meses. Então, é importante manter isso em mente”, diz.

A Moody’s anunciou nesta terça-feira, 1º, a melhora da nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1, e colocou o País a um passo de retomar o grau de investimento, perdido em 2015. O movimento ocorre cinco meses após a agencia ter alterado a perspectiva do rating do País, de estável para positiva - essa perspectiva foi mantida no anúncio de ontem.

Sede da agência Moody's, em Nova York Foto: Jeenah Moon/Bloomberg

A decisão da Moody’s também vem após representantes da agência terem se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Nova York, nos Estados Unidos, na semana passada. O encontro foi pedido pelo próprio presidente, que estava na cidade por causa da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

De acordo com Maziad, nada mudou em relação ao Brasil desde a semana passada. O que pesou na decisão da Moody’s foram “melhorias materiais” no perfil de crédito do Brasil, em especial, um crescimento “muito mais forte” desde a pandemia. “Quando tínhamos a classificação Ba2, o cenário econômico e a perspectiva eram muito diferentes para o Brasil. Ao longo do tempo, vimos uma melhora na dinâmica de crescimento, que se sustentou por quatro anos”, diz.

Maziad afirma que a expectativa da Moody’s é de que o Brasil continue apresentando uma melhor dinâmica de crescimento. Com base nas suas projeções, o País deve crescer 2,5% neste ano, taxa que deve desacelerar no próximo. À frente, contudo, a expectativa é de que o Brasil siga crescendo em média 2,5% ao ano.

Outro ponto que contou a favor do Brasil para um melhor rating foi “histórico de reformas importantes”, da Previdência à tributária, segundo Maziad. Isso, por sua vez, também contribui com um maior crescimento do País, diz. “Vimos um grau de previsibilidade política que apoia a atualização da classificação”, afirma.

No mercado, a decisão da Moody’s foi vista por alguns agentes como uma “leitura otimista” da Moody’s, já que a melhora do rating veio em um momento em que o Brasil iniciou um ciclo de alta de juros, diante de incertezas fiscais. “Nós temos um cenário base. Esperamos que o governo cumpra as metas fiscais”, rebate Maziad.

Segundo ela, a Moody’s ainda vê riscos fiscais em relação à adoção do novo arcabouço, como destacou em sua decisão, mas reconhece que os resultados estão evoluindo. A classificadora espera que a dívida pública brasileira como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) aumente, mas se estabilize em torno de 82% no médio prazo.

Ela diz que a agência monitora medidas de gasto do governo, mas que, em geral, os riscos estão “sob controle” e que a Moody’s não olha somente para um elemento, neste caso o fiscal, mas de forma holística para a nota de crédito do País. Além disso, quando comparado o Brasil com outros pares, é possível notar uma evolução, conforme Maziad.

“É importante colocar os riscos fiscais do Brasil no contexto dos elementos gerais que fazem parte do seu perfil de crédito. É importante colocar os desafios e os pontos fortes juntos”, afirma.

Apesar disso, ela reiterou a importância de o governo entregar as metas fiscais prometidas e adotar mais medidas definitivas que resolvam o aumento dos gastos obrigatórios, para que não precise ficar fazendo ajustes a cada ano. “É isso que é realmente necessário para garantir que as metas fiscais sejam cumpridas de forma sustentável e garantir aos mercados que esse é o caminho para o fiscal, o futuro para a trajetória da dívida”, alerta.

Ela diz ainda que os juros maiores devem elevar o déficit geral do Brasil no próximo ano, e resulta do ambiente de incertezas fiscais no País. Mais credibilidade no fiscal ajuda a reduzir o prêmio de risco e o custo da dívida do governo, lembra. “É uma combinação de fatores que vai melhorar a resiliência econômica, a credibilidade política. E esses são elementos-chave para mudar a taxa de investimento [no País]”, afirma a vice-presidente da Moody’s.

NOVA YORK - Se o Brasil quiser recuperar o selo de bom pagador da agência de classificação de risco Moody’s, tem um horizonte de 12 a 18 meses para fazer a lição de casa, o que inclui melhorias do lado fiscal, em especial a adoção de mais medidas que ajudem a conter o aumento das despesas obrigatórias, e a manutenção de um crescimento resiliente à frente. A afirmação é da vice-presidente da Moody’s para risco soberano, Samar Maziad, ao Estadão/Broadcast. “Não damos conselhos, mas o horizonte típico de perspectiva é de 12 a 18 meses. Então, é importante manter isso em mente”, diz.

A Moody’s anunciou nesta terça-feira, 1º, a melhora da nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1, e colocou o País a um passo de retomar o grau de investimento, perdido em 2015. O movimento ocorre cinco meses após a agencia ter alterado a perspectiva do rating do País, de estável para positiva - essa perspectiva foi mantida no anúncio de ontem.

Sede da agência Moody's, em Nova York Foto: Jeenah Moon/Bloomberg

A decisão da Moody’s também vem após representantes da agência terem se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Nova York, nos Estados Unidos, na semana passada. O encontro foi pedido pelo próprio presidente, que estava na cidade por causa da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).

De acordo com Maziad, nada mudou em relação ao Brasil desde a semana passada. O que pesou na decisão da Moody’s foram “melhorias materiais” no perfil de crédito do Brasil, em especial, um crescimento “muito mais forte” desde a pandemia. “Quando tínhamos a classificação Ba2, o cenário econômico e a perspectiva eram muito diferentes para o Brasil. Ao longo do tempo, vimos uma melhora na dinâmica de crescimento, que se sustentou por quatro anos”, diz.

Maziad afirma que a expectativa da Moody’s é de que o Brasil continue apresentando uma melhor dinâmica de crescimento. Com base nas suas projeções, o País deve crescer 2,5% neste ano, taxa que deve desacelerar no próximo. À frente, contudo, a expectativa é de que o Brasil siga crescendo em média 2,5% ao ano.

Outro ponto que contou a favor do Brasil para um melhor rating foi “histórico de reformas importantes”, da Previdência à tributária, segundo Maziad. Isso, por sua vez, também contribui com um maior crescimento do País, diz. “Vimos um grau de previsibilidade política que apoia a atualização da classificação”, afirma.

No mercado, a decisão da Moody’s foi vista por alguns agentes como uma “leitura otimista” da Moody’s, já que a melhora do rating veio em um momento em que o Brasil iniciou um ciclo de alta de juros, diante de incertezas fiscais. “Nós temos um cenário base. Esperamos que o governo cumpra as metas fiscais”, rebate Maziad.

Segundo ela, a Moody’s ainda vê riscos fiscais em relação à adoção do novo arcabouço, como destacou em sua decisão, mas reconhece que os resultados estão evoluindo. A classificadora espera que a dívida pública brasileira como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) aumente, mas se estabilize em torno de 82% no médio prazo.

Ela diz que a agência monitora medidas de gasto do governo, mas que, em geral, os riscos estão “sob controle” e que a Moody’s não olha somente para um elemento, neste caso o fiscal, mas de forma holística para a nota de crédito do País. Além disso, quando comparado o Brasil com outros pares, é possível notar uma evolução, conforme Maziad.

“É importante colocar os riscos fiscais do Brasil no contexto dos elementos gerais que fazem parte do seu perfil de crédito. É importante colocar os desafios e os pontos fortes juntos”, afirma.

Apesar disso, ela reiterou a importância de o governo entregar as metas fiscais prometidas e adotar mais medidas definitivas que resolvam o aumento dos gastos obrigatórios, para que não precise ficar fazendo ajustes a cada ano. “É isso que é realmente necessário para garantir que as metas fiscais sejam cumpridas de forma sustentável e garantir aos mercados que esse é o caminho para o fiscal, o futuro para a trajetória da dívida”, alerta.

Ela diz ainda que os juros maiores devem elevar o déficit geral do Brasil no próximo ano, e resulta do ambiente de incertezas fiscais no País. Mais credibilidade no fiscal ajuda a reduzir o prêmio de risco e o custo da dívida do governo, lembra. “É uma combinação de fatores que vai melhorar a resiliência econômica, a credibilidade política. E esses são elementos-chave para mudar a taxa de investimento [no País]”, afirma a vice-presidente da Moody’s.

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