Na crise, executivo precisa pensar como técnico de futebol


Dificuldades econômicas exigirão das empresas um time ágil e variado, com capacidade de reagir a cenários adversos

Por Fernando Scheller

A redução do crescimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto em nações em desenvolvimento, mudou o perfil de executivo que as empresas precisam. Segundo a empresa de recursos humanos americana Korn/Ferry, ao longo dos próximos 12 anos, um novo estilo de liderança será necessário para garantir a expansão das empresas. A agilidade e a capacidade de delegar funções às pessoas certas serão qualidades necessárias em um cenário menos favorável."Um líder ágil precisa saber escalar os jogadores certos nas posições certas. É preciso que seja como um técnico de futebol, sempre ciente das características de cada membro de seu time", explica Tierney Remick, diretora de mercado global da Korn/Ferry. Em multinacionais, diz ela, será preciso traçar estratégias pensando em todas as subsidiárias, e não apenas no talento concentrado na sede.É com base nesta lógica que a Procter & Gamble transferiu a sede de sua unidade de cosméticos de Cincinnati, nos EUA, para Cingapura. A decisão, anunciada em 2012, foi vista pelo mercado como uma forma de a companhia ficar mais próxima da maior fatia de consumidores desses produtos. "Uma multinacional tem de usar a presença global, encontrando oportunidades de inovação em todos os elos de seu sistema", diz a executiva da Korn/Ferry.Segundo ela, mesmo negócios aparentemente ameaçados de extinção podem encontrar nichos para sobreviver. É o que ocorreu com as livrarias independentes nos Estados Unidos. Enquanto grandes redes como Barnes & Noble se viram obrigadas a fechar dezenas de lojas ao redor do país, Tierney diz que as livrarias que oferecem uma experiência mais íntima ao consumidor estão sobrevivendo à ofensiva da Amazon no setor. "Nesse caso, vale novamente a lógica dos esportes. As empresas precisam saber atacar e defender. Por isso, os 'jogadores' da equipe precisam ter habilidades diferentes."A importância da capacidade de adaptação a tempos difíceis aumentará o cacife do profissional brasileiro. Por causa das crises que viveu desde os anos 80, o Brasil é um verdadeiro centro de treinamento para um executivo aprender a lidar com flutuações econômicas - precisamente o cenário que a Korn/Ferry projeta na próxima década. "O novo perfil de executivo exige habilidade de confiar nas experiências prévias para tentar (um novo caminho). Ele não precisa ser o intelectualmente mais brilhante, mas precisa saber agir quando as situações se apresentam."Carreiras 'múltiplas'. Para evitar a "sangria" de talentos, os líderes precisam ser treinados para cargos de chefia desde os primeiros estágios da carreira. "A empresa precisa identificar seus potenciais chefes bem antes de eles chegarem aos cargos de diretoria, como geralmente acontece", explica a diretora da Korn/Ferry. A executiva diz que os talentos devem ser catalogados com pelo menos sete anos de antecedência, para que a capacidade profissional seja testada em vários ambientes de "estresse".Para não perder o jovem talento que mostra potencial para ser um bom executivo, a melhor fórmula é a rotação de carreiras em áreas como marketing, finanças e inovação, além da passagem por um escritório internacional. Para as grandes corporações, diz Tierney, o desafio será desafiar as amarras da própria estrutura. "O mercado vai exigir soluções criativas. Por isso, a tendência é que as melhores soluções saiam das médias empresas, que são mais propícias a desafiar padrões estabelecidos."

A redução do crescimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto em nações em desenvolvimento, mudou o perfil de executivo que as empresas precisam. Segundo a empresa de recursos humanos americana Korn/Ferry, ao longo dos próximos 12 anos, um novo estilo de liderança será necessário para garantir a expansão das empresas. A agilidade e a capacidade de delegar funções às pessoas certas serão qualidades necessárias em um cenário menos favorável."Um líder ágil precisa saber escalar os jogadores certos nas posições certas. É preciso que seja como um técnico de futebol, sempre ciente das características de cada membro de seu time", explica Tierney Remick, diretora de mercado global da Korn/Ferry. Em multinacionais, diz ela, será preciso traçar estratégias pensando em todas as subsidiárias, e não apenas no talento concentrado na sede.É com base nesta lógica que a Procter & Gamble transferiu a sede de sua unidade de cosméticos de Cincinnati, nos EUA, para Cingapura. A decisão, anunciada em 2012, foi vista pelo mercado como uma forma de a companhia ficar mais próxima da maior fatia de consumidores desses produtos. "Uma multinacional tem de usar a presença global, encontrando oportunidades de inovação em todos os elos de seu sistema", diz a executiva da Korn/Ferry.Segundo ela, mesmo negócios aparentemente ameaçados de extinção podem encontrar nichos para sobreviver. É o que ocorreu com as livrarias independentes nos Estados Unidos. Enquanto grandes redes como Barnes & Noble se viram obrigadas a fechar dezenas de lojas ao redor do país, Tierney diz que as livrarias que oferecem uma experiência mais íntima ao consumidor estão sobrevivendo à ofensiva da Amazon no setor. "Nesse caso, vale novamente a lógica dos esportes. As empresas precisam saber atacar e defender. Por isso, os 'jogadores' da equipe precisam ter habilidades diferentes."A importância da capacidade de adaptação a tempos difíceis aumentará o cacife do profissional brasileiro. Por causa das crises que viveu desde os anos 80, o Brasil é um verdadeiro centro de treinamento para um executivo aprender a lidar com flutuações econômicas - precisamente o cenário que a Korn/Ferry projeta na próxima década. "O novo perfil de executivo exige habilidade de confiar nas experiências prévias para tentar (um novo caminho). Ele não precisa ser o intelectualmente mais brilhante, mas precisa saber agir quando as situações se apresentam."Carreiras 'múltiplas'. Para evitar a "sangria" de talentos, os líderes precisam ser treinados para cargos de chefia desde os primeiros estágios da carreira. "A empresa precisa identificar seus potenciais chefes bem antes de eles chegarem aos cargos de diretoria, como geralmente acontece", explica a diretora da Korn/Ferry. A executiva diz que os talentos devem ser catalogados com pelo menos sete anos de antecedência, para que a capacidade profissional seja testada em vários ambientes de "estresse".Para não perder o jovem talento que mostra potencial para ser um bom executivo, a melhor fórmula é a rotação de carreiras em áreas como marketing, finanças e inovação, além da passagem por um escritório internacional. Para as grandes corporações, diz Tierney, o desafio será desafiar as amarras da própria estrutura. "O mercado vai exigir soluções criativas. Por isso, a tendência é que as melhores soluções saiam das médias empresas, que são mais propícias a desafiar padrões estabelecidos."

A redução do crescimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto em nações em desenvolvimento, mudou o perfil de executivo que as empresas precisam. Segundo a empresa de recursos humanos americana Korn/Ferry, ao longo dos próximos 12 anos, um novo estilo de liderança será necessário para garantir a expansão das empresas. A agilidade e a capacidade de delegar funções às pessoas certas serão qualidades necessárias em um cenário menos favorável."Um líder ágil precisa saber escalar os jogadores certos nas posições certas. É preciso que seja como um técnico de futebol, sempre ciente das características de cada membro de seu time", explica Tierney Remick, diretora de mercado global da Korn/Ferry. Em multinacionais, diz ela, será preciso traçar estratégias pensando em todas as subsidiárias, e não apenas no talento concentrado na sede.É com base nesta lógica que a Procter & Gamble transferiu a sede de sua unidade de cosméticos de Cincinnati, nos EUA, para Cingapura. A decisão, anunciada em 2012, foi vista pelo mercado como uma forma de a companhia ficar mais próxima da maior fatia de consumidores desses produtos. "Uma multinacional tem de usar a presença global, encontrando oportunidades de inovação em todos os elos de seu sistema", diz a executiva da Korn/Ferry.Segundo ela, mesmo negócios aparentemente ameaçados de extinção podem encontrar nichos para sobreviver. É o que ocorreu com as livrarias independentes nos Estados Unidos. Enquanto grandes redes como Barnes & Noble se viram obrigadas a fechar dezenas de lojas ao redor do país, Tierney diz que as livrarias que oferecem uma experiência mais íntima ao consumidor estão sobrevivendo à ofensiva da Amazon no setor. "Nesse caso, vale novamente a lógica dos esportes. As empresas precisam saber atacar e defender. Por isso, os 'jogadores' da equipe precisam ter habilidades diferentes."A importância da capacidade de adaptação a tempos difíceis aumentará o cacife do profissional brasileiro. Por causa das crises que viveu desde os anos 80, o Brasil é um verdadeiro centro de treinamento para um executivo aprender a lidar com flutuações econômicas - precisamente o cenário que a Korn/Ferry projeta na próxima década. "O novo perfil de executivo exige habilidade de confiar nas experiências prévias para tentar (um novo caminho). Ele não precisa ser o intelectualmente mais brilhante, mas precisa saber agir quando as situações se apresentam."Carreiras 'múltiplas'. Para evitar a "sangria" de talentos, os líderes precisam ser treinados para cargos de chefia desde os primeiros estágios da carreira. "A empresa precisa identificar seus potenciais chefes bem antes de eles chegarem aos cargos de diretoria, como geralmente acontece", explica a diretora da Korn/Ferry. A executiva diz que os talentos devem ser catalogados com pelo menos sete anos de antecedência, para que a capacidade profissional seja testada em vários ambientes de "estresse".Para não perder o jovem talento que mostra potencial para ser um bom executivo, a melhor fórmula é a rotação de carreiras em áreas como marketing, finanças e inovação, além da passagem por um escritório internacional. Para as grandes corporações, diz Tierney, o desafio será desafiar as amarras da própria estrutura. "O mercado vai exigir soluções criativas. Por isso, a tendência é que as melhores soluções saiam das médias empresas, que são mais propícias a desafiar padrões estabelecidos."

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