Na ONU, Dilma critica políticas dos países ricos e 'todas as formas de manipulação do comércio'


Por Leonencio Nossa e NOVA YORK

A presidente Dilma Rousseff aproveitou a presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para rebater as acusações de que o Brasil estaria adotando medidas protecionistas. Ela classificou de "espúria e fraudulenta" a vantagem comercial obtida por meio dessa e de "todas as formas de manipulação do comércio". Pouco antes dessa afirmação, ela havia atacado a forma como os países ricos têm tentado enfrentar a crise, pelo fato de ela prejudicar as exportações de países como o Brasil pela fixação de uma taxa de câmbio artificial."Os bancos centrais dos países desenvolvidos persistem em uma política monetária expansionista, que desequilibra as taxas de câmbio", afirmou. "Com isso, os países emergentes perdem mercado, devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global." A fala de Dilma se segue a uma dura troca de cartas entre Brasil e Estados Unidos. Na semana passada, o representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk, escreveu criticando a decisão brasileira de elevar a tarifa de importação de 100 produtos, classificando a medida de "protecionista". Em resposta, o chanceler Antônio de Aguiar Patriota afirmou que a medida está de acordo com normas internacionais.Essa linha foi reiterada ontem por Dilma. "Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo", disse. "Devemos lembrar que a 'legítima defesa comercial' está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio." Depois do discurso, Dilma deixou a tribuna e foi para a parte de trás do plenário da ONU. Lá, encontrou Obama. O contato não passou de um cumprimento formal. Balanço. Na segunda visita às Nações Unidas, a presidente se queixou de que, ao retornar à tribuna um ano depois, as principais lideranças mundiais - uma referência ao governo dos Estados Unidos e à Comunidade Europeia - continuam apostando em medidas fiscais que não estimulam o crescimento. Para um plenário que aguardava com ansiedade o debate sobre a crise no Oriente Médio, Dilma Rousseff gastou boa parte dos 24 minutos de discurso para reafirmar a posição brasileira de defesa do multilateralismo e de maior coordenação dos fóruns mundiais para frear as "políticas ortodoxas" adotadas pelos países desenvolvidos, que, segundo ela, agravaram a crise econômica iniciada em 2008, com repercussão nos países emergentes.Ela fez um balanço dos esforços brasileiros para garantir o crescimento. "Fomos impactados pela crise. Mas, apesar da redução conjuntural do nosso crescimento, estamos mantendo o nível de emprego em patamares extremamente elevados."

A presidente Dilma Rousseff aproveitou a presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para rebater as acusações de que o Brasil estaria adotando medidas protecionistas. Ela classificou de "espúria e fraudulenta" a vantagem comercial obtida por meio dessa e de "todas as formas de manipulação do comércio". Pouco antes dessa afirmação, ela havia atacado a forma como os países ricos têm tentado enfrentar a crise, pelo fato de ela prejudicar as exportações de países como o Brasil pela fixação de uma taxa de câmbio artificial."Os bancos centrais dos países desenvolvidos persistem em uma política monetária expansionista, que desequilibra as taxas de câmbio", afirmou. "Com isso, os países emergentes perdem mercado, devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global." A fala de Dilma se segue a uma dura troca de cartas entre Brasil e Estados Unidos. Na semana passada, o representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk, escreveu criticando a decisão brasileira de elevar a tarifa de importação de 100 produtos, classificando a medida de "protecionista". Em resposta, o chanceler Antônio de Aguiar Patriota afirmou que a medida está de acordo com normas internacionais.Essa linha foi reiterada ontem por Dilma. "Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo", disse. "Devemos lembrar que a 'legítima defesa comercial' está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio." Depois do discurso, Dilma deixou a tribuna e foi para a parte de trás do plenário da ONU. Lá, encontrou Obama. O contato não passou de um cumprimento formal. Balanço. Na segunda visita às Nações Unidas, a presidente se queixou de que, ao retornar à tribuna um ano depois, as principais lideranças mundiais - uma referência ao governo dos Estados Unidos e à Comunidade Europeia - continuam apostando em medidas fiscais que não estimulam o crescimento. Para um plenário que aguardava com ansiedade o debate sobre a crise no Oriente Médio, Dilma Rousseff gastou boa parte dos 24 minutos de discurso para reafirmar a posição brasileira de defesa do multilateralismo e de maior coordenação dos fóruns mundiais para frear as "políticas ortodoxas" adotadas pelos países desenvolvidos, que, segundo ela, agravaram a crise econômica iniciada em 2008, com repercussão nos países emergentes.Ela fez um balanço dos esforços brasileiros para garantir o crescimento. "Fomos impactados pela crise. Mas, apesar da redução conjuntural do nosso crescimento, estamos mantendo o nível de emprego em patamares extremamente elevados."

A presidente Dilma Rousseff aproveitou a presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para rebater as acusações de que o Brasil estaria adotando medidas protecionistas. Ela classificou de "espúria e fraudulenta" a vantagem comercial obtida por meio dessa e de "todas as formas de manipulação do comércio". Pouco antes dessa afirmação, ela havia atacado a forma como os países ricos têm tentado enfrentar a crise, pelo fato de ela prejudicar as exportações de países como o Brasil pela fixação de uma taxa de câmbio artificial."Os bancos centrais dos países desenvolvidos persistem em uma política monetária expansionista, que desequilibra as taxas de câmbio", afirmou. "Com isso, os países emergentes perdem mercado, devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global." A fala de Dilma se segue a uma dura troca de cartas entre Brasil e Estados Unidos. Na semana passada, o representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk, escreveu criticando a decisão brasileira de elevar a tarifa de importação de 100 produtos, classificando a medida de "protecionista". Em resposta, o chanceler Antônio de Aguiar Patriota afirmou que a medida está de acordo com normas internacionais.Essa linha foi reiterada ontem por Dilma. "Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas como protecionismo", disse. "Devemos lembrar que a 'legítima defesa comercial' está amparada pelas normas da Organização Mundial do Comércio." Depois do discurso, Dilma deixou a tribuna e foi para a parte de trás do plenário da ONU. Lá, encontrou Obama. O contato não passou de um cumprimento formal. Balanço. Na segunda visita às Nações Unidas, a presidente se queixou de que, ao retornar à tribuna um ano depois, as principais lideranças mundiais - uma referência ao governo dos Estados Unidos e à Comunidade Europeia - continuam apostando em medidas fiscais que não estimulam o crescimento. Para um plenário que aguardava com ansiedade o debate sobre a crise no Oriente Médio, Dilma Rousseff gastou boa parte dos 24 minutos de discurso para reafirmar a posição brasileira de defesa do multilateralismo e de maior coordenação dos fóruns mundiais para frear as "políticas ortodoxas" adotadas pelos países desenvolvidos, que, segundo ela, agravaram a crise econômica iniciada em 2008, com repercussão nos países emergentes.Ela fez um balanço dos esforços brasileiros para garantir o crescimento. "Fomos impactados pela crise. Mas, apesar da redução conjuntural do nosso crescimento, estamos mantendo o nível de emprego em patamares extremamente elevados."

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