‘Não tem como desonerar folha agora e jogar custo para reforma tributária do consumo’, diz Appy


Secretário especial reforça posição da Fazenda de discutir o tema na próxima fase da reforma

Por Amanda Pupo
Atualização:

BRASÍLIA - Embora o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha indicado que poderá colocar em votação na próxima semana a desoneração da folha de pagamento para 17 setores, o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, reforçou hoje a posição do Ministério da Fazenda, que prefere discutir o tema junto da reforma do imposto de renda.

“É bem provável, não é certo, que a discussão de propostas no imposto de renda venha com proposta de mudança na tributação na folha de pagamento também”. Em live promovida pela revista Exame, Appy afirmou que a medida de desoneração exige uma compensação que, em sua avaliação, não pode ser financiada com aumento da tributação do consumo, ou com a criação de um imposto semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como alguns sugerem, disse.

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“Pessoas falam: por que não agora? Quem vai financiar? Não tem como desonerar folha agora e jogar custo para dentro do consumo. Já está se dizendo que a alíquota (do IVA) vai ser alta; vai ser mais alta ainda? Não dá. Não posso aumentar a tributação do consumo para desonerar a folha, e governo não quer uma CPMF. Tem gente que propõe criar CPMF para desonerar a folha. Governo não quer, não acha que seja bom tributo”, disse Appy.

Por isso, ele voltou a defender que o debate seja feito junto da discussão ampla da reforma sobre renda, que deve ser enviada ao Congresso após a promulgação da reforma sobre consumo, que está no Senado Federal. “O que sobra é fazer a discussão da renda em conjunto com a tributação da folha”, afirmou o secretário, já que, em sua avaliação, é possível “tornar o sistema mais justo” ao promover mudanças no imposto de renda, tendo como alvo um sistema mais progressivo.

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Bernard Appy, secretário especial da reforma tributária Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Appy reconheceu que, assim como o consumo, a folha de salários no Brasil é “excessivamente tributada”, o que sugere a necessidade de reduzir a tributação da folha. “O debate é, a tributação gera distorções? Por exemplo, de estimular informalidade, pejotização, como faz para fazer mudança de forma a desestimular efeitos negativos? Brasil tem duas bases excessivamente tributadas, consumo e folha de salários. E duas bases que poderiam ser melhor exploradas, que é renda e patrimônio”, pontuou, reforçando que reduzir a tributação da folha exige uma compensação.

“A reforma da tributação da folha muito provavelmente é feita de forma a reduzir a tributação, mas isso precisa ser compensado, porque estamos em situação fiscal que não permite ter renúncia tributária, pelo menos no curto prazo, e aí que vem ideia de discutir junto do imposto de renda”, afirmou.

BRASÍLIA - Embora o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha indicado que poderá colocar em votação na próxima semana a desoneração da folha de pagamento para 17 setores, o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, reforçou hoje a posição do Ministério da Fazenda, que prefere discutir o tema junto da reforma do imposto de renda.

“É bem provável, não é certo, que a discussão de propostas no imposto de renda venha com proposta de mudança na tributação na folha de pagamento também”. Em live promovida pela revista Exame, Appy afirmou que a medida de desoneração exige uma compensação que, em sua avaliação, não pode ser financiada com aumento da tributação do consumo, ou com a criação de um imposto semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como alguns sugerem, disse.

“Pessoas falam: por que não agora? Quem vai financiar? Não tem como desonerar folha agora e jogar custo para dentro do consumo. Já está se dizendo que a alíquota (do IVA) vai ser alta; vai ser mais alta ainda? Não dá. Não posso aumentar a tributação do consumo para desonerar a folha, e governo não quer uma CPMF. Tem gente que propõe criar CPMF para desonerar a folha. Governo não quer, não acha que seja bom tributo”, disse Appy.

Por isso, ele voltou a defender que o debate seja feito junto da discussão ampla da reforma sobre renda, que deve ser enviada ao Congresso após a promulgação da reforma sobre consumo, que está no Senado Federal. “O que sobra é fazer a discussão da renda em conjunto com a tributação da folha”, afirmou o secretário, já que, em sua avaliação, é possível “tornar o sistema mais justo” ao promover mudanças no imposto de renda, tendo como alvo um sistema mais progressivo.

Bernard Appy, secretário especial da reforma tributária Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Appy reconheceu que, assim como o consumo, a folha de salários no Brasil é “excessivamente tributada”, o que sugere a necessidade de reduzir a tributação da folha. “O debate é, a tributação gera distorções? Por exemplo, de estimular informalidade, pejotização, como faz para fazer mudança de forma a desestimular efeitos negativos? Brasil tem duas bases excessivamente tributadas, consumo e folha de salários. E duas bases que poderiam ser melhor exploradas, que é renda e patrimônio”, pontuou, reforçando que reduzir a tributação da folha exige uma compensação.

“A reforma da tributação da folha muito provavelmente é feita de forma a reduzir a tributação, mas isso precisa ser compensado, porque estamos em situação fiscal que não permite ter renúncia tributária, pelo menos no curto prazo, e aí que vem ideia de discutir junto do imposto de renda”, afirmou.

BRASÍLIA - Embora o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha indicado que poderá colocar em votação na próxima semana a desoneração da folha de pagamento para 17 setores, o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, reforçou hoje a posição do Ministério da Fazenda, que prefere discutir o tema junto da reforma do imposto de renda.

“É bem provável, não é certo, que a discussão de propostas no imposto de renda venha com proposta de mudança na tributação na folha de pagamento também”. Em live promovida pela revista Exame, Appy afirmou que a medida de desoneração exige uma compensação que, em sua avaliação, não pode ser financiada com aumento da tributação do consumo, ou com a criação de um imposto semelhante à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como alguns sugerem, disse.

“Pessoas falam: por que não agora? Quem vai financiar? Não tem como desonerar folha agora e jogar custo para dentro do consumo. Já está se dizendo que a alíquota (do IVA) vai ser alta; vai ser mais alta ainda? Não dá. Não posso aumentar a tributação do consumo para desonerar a folha, e governo não quer uma CPMF. Tem gente que propõe criar CPMF para desonerar a folha. Governo não quer, não acha que seja bom tributo”, disse Appy.

Por isso, ele voltou a defender que o debate seja feito junto da discussão ampla da reforma sobre renda, que deve ser enviada ao Congresso após a promulgação da reforma sobre consumo, que está no Senado Federal. “O que sobra é fazer a discussão da renda em conjunto com a tributação da folha”, afirmou o secretário, já que, em sua avaliação, é possível “tornar o sistema mais justo” ao promover mudanças no imposto de renda, tendo como alvo um sistema mais progressivo.

Bernard Appy, secretário especial da reforma tributária Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Appy reconheceu que, assim como o consumo, a folha de salários no Brasil é “excessivamente tributada”, o que sugere a necessidade de reduzir a tributação da folha. “O debate é, a tributação gera distorções? Por exemplo, de estimular informalidade, pejotização, como faz para fazer mudança de forma a desestimular efeitos negativos? Brasil tem duas bases excessivamente tributadas, consumo e folha de salários. E duas bases que poderiam ser melhor exploradas, que é renda e patrimônio”, pontuou, reforçando que reduzir a tributação da folha exige uma compensação.

“A reforma da tributação da folha muito provavelmente é feita de forma a reduzir a tributação, mas isso precisa ser compensado, porque estamos em situação fiscal que não permite ter renúncia tributária, pelo menos no curto prazo, e aí que vem ideia de discutir junto do imposto de renda”, afirmou.

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