Canadá: Cineastas descobrem navio que pode ter desaparecido há um século


Equipe de filmagem esperava ‘encontrar um monte de pedras’ no lago Huron, mas pode ter descoberto o paradeiro da embarcação Africa

Por Redação

Os cineastas documentaristas Yvonne Drebert e Zach Melnick descobriram um navio intacto na costa oeste da Península de Saugeen-Bruce, no lago Huron, em Ontário, Canadá, na primeira semana de outubro.

Acredita-se que seja o Africa, um navio que não era visto desde 1895, quando desapareceu com toda a sua tripulação de 11 marinheiros. As informações foram divulgadas no site oficial da produtora do casal, Inspired Planet.

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A equipe utilizou um drone subaquático, também conhecido como ROV (veículos operados remotamente), para localizar e identificar o naufrágio que estava a centenas de pés abaixo da superfície. “Recebemos uma dica de que cientistas que estavam realizando um levantamento de peixes no mar notaram uma anomalia na leitura do sonar, basicamente um relevo incomum em um leito de lago aparentemente plano”, explica Melnick.

Melnick e Drebert, cineastas casados, são especializados em videografia subaquática usando ROVs. O ROV deles, um Boxfish Luna, possui um sistema de câmera de alta resolução para ultra baixa luminosidade. Segundo eles, o equipamento é um dos poucos do tipo no mundo.

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Drebert e Melnick após a descoberta do navio Foto: Esme Batten

Os dois têm trabalhado em um documentário de longa-metragem nos últimos dois anos, focado em contar a história da vida nos Grandes Lagos, a partir de uma perspectiva subaquática. Com as informações dos cientistas, o casal, alguns amigos e o cachorro foram ao que imaginavam ser um “passeio de barco divertido no sábado”. A expectativa era encontrar um monte de pedras, diz Drebert.

“Estávamos lá embaixo por apenas alguns minutos quando uma estrutura enorme emergiu das profundezas - era um navio. Não podíamos acreditar.”, diz Melnick, que pilotava o ROV.

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Identificar a embarcação não foi tão fácil, já que estava coberta de mexilhões-zebra. A equipe explica que os mexilhões-quagga, parentes do mexilhão-zebra, estão cobrindo o fundo dos Grandes Lagos e reconfigurando o ecossistema do local, tema que é tratado no documentário em produção “All Too Clear”.

Navio completamente coberto por mexilhões  Foto: Inspired Planet/Divulgação

Em texto publicado no site da produtora, Drebert afirma que os lagos estão até três vezes mais claros do que eram antes dos mexilhões, razão pela qual foi possível ver o navio em quase 300 pés de profundidade sem nenhuma luz adicional. Por outro lado, os mexilhões tornam a identificação mais difícil.

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O historiador marítimo local Patrick Folkes e a arqueóloga marinha Scarlett Janusas ajudaram na identificação do navio. Com uma licença arqueológica, os cineastas retornaram ao local para filmar e medir a embarcação, e encontrar pistas para ajudar a confirmar sua identidade. Na primeira descida do ROV, o Africa se destacou como uma forte possibilidade.

A segunda descida constatou que o navio naufragado correspondia ao comprimento, largura e altura do Africa, e ao redor da embarcação havia carvão, assim como o Africa estava transportando quando afundou. As imagens da descoberta serão apresentadas no documentário do casal.

“Antes de descobrirmos o Africa, nosso trabalho se concentrava nos impactos ecológicos dos mexilhões - que devastaram as pescarias ao redor dos lagos. Não tínhamos considerado o efeito que eles poderiam ter em nosso patrimônio cultural”, diz Melnick, “mas os mexilhões realmente mudaram tudo nas águas profundas dos Grandes Lagos”.

Os cineastas documentaristas Yvonne Drebert e Zach Melnick descobriram um navio intacto na costa oeste da Península de Saugeen-Bruce, no lago Huron, em Ontário, Canadá, na primeira semana de outubro.

Acredita-se que seja o Africa, um navio que não era visto desde 1895, quando desapareceu com toda a sua tripulação de 11 marinheiros. As informações foram divulgadas no site oficial da produtora do casal, Inspired Planet.

A equipe utilizou um drone subaquático, também conhecido como ROV (veículos operados remotamente), para localizar e identificar o naufrágio que estava a centenas de pés abaixo da superfície. “Recebemos uma dica de que cientistas que estavam realizando um levantamento de peixes no mar notaram uma anomalia na leitura do sonar, basicamente um relevo incomum em um leito de lago aparentemente plano”, explica Melnick.

Melnick e Drebert, cineastas casados, são especializados em videografia subaquática usando ROVs. O ROV deles, um Boxfish Luna, possui um sistema de câmera de alta resolução para ultra baixa luminosidade. Segundo eles, o equipamento é um dos poucos do tipo no mundo.

Drebert e Melnick após a descoberta do navio Foto: Esme Batten

Os dois têm trabalhado em um documentário de longa-metragem nos últimos dois anos, focado em contar a história da vida nos Grandes Lagos, a partir de uma perspectiva subaquática. Com as informações dos cientistas, o casal, alguns amigos e o cachorro foram ao que imaginavam ser um “passeio de barco divertido no sábado”. A expectativa era encontrar um monte de pedras, diz Drebert.

“Estávamos lá embaixo por apenas alguns minutos quando uma estrutura enorme emergiu das profundezas - era um navio. Não podíamos acreditar.”, diz Melnick, que pilotava o ROV.

Identificar a embarcação não foi tão fácil, já que estava coberta de mexilhões-zebra. A equipe explica que os mexilhões-quagga, parentes do mexilhão-zebra, estão cobrindo o fundo dos Grandes Lagos e reconfigurando o ecossistema do local, tema que é tratado no documentário em produção “All Too Clear”.

Navio completamente coberto por mexilhões  Foto: Inspired Planet/Divulgação

Em texto publicado no site da produtora, Drebert afirma que os lagos estão até três vezes mais claros do que eram antes dos mexilhões, razão pela qual foi possível ver o navio em quase 300 pés de profundidade sem nenhuma luz adicional. Por outro lado, os mexilhões tornam a identificação mais difícil.

O historiador marítimo local Patrick Folkes e a arqueóloga marinha Scarlett Janusas ajudaram na identificação do navio. Com uma licença arqueológica, os cineastas retornaram ao local para filmar e medir a embarcação, e encontrar pistas para ajudar a confirmar sua identidade. Na primeira descida do ROV, o Africa se destacou como uma forte possibilidade.

A segunda descida constatou que o navio naufragado correspondia ao comprimento, largura e altura do Africa, e ao redor da embarcação havia carvão, assim como o Africa estava transportando quando afundou. As imagens da descoberta serão apresentadas no documentário do casal.

“Antes de descobrirmos o Africa, nosso trabalho se concentrava nos impactos ecológicos dos mexilhões - que devastaram as pescarias ao redor dos lagos. Não tínhamos considerado o efeito que eles poderiam ter em nosso patrimônio cultural”, diz Melnick, “mas os mexilhões realmente mudaram tudo nas águas profundas dos Grandes Lagos”.

Os cineastas documentaristas Yvonne Drebert e Zach Melnick descobriram um navio intacto na costa oeste da Península de Saugeen-Bruce, no lago Huron, em Ontário, Canadá, na primeira semana de outubro.

Acredita-se que seja o Africa, um navio que não era visto desde 1895, quando desapareceu com toda a sua tripulação de 11 marinheiros. As informações foram divulgadas no site oficial da produtora do casal, Inspired Planet.

A equipe utilizou um drone subaquático, também conhecido como ROV (veículos operados remotamente), para localizar e identificar o naufrágio que estava a centenas de pés abaixo da superfície. “Recebemos uma dica de que cientistas que estavam realizando um levantamento de peixes no mar notaram uma anomalia na leitura do sonar, basicamente um relevo incomum em um leito de lago aparentemente plano”, explica Melnick.

Melnick e Drebert, cineastas casados, são especializados em videografia subaquática usando ROVs. O ROV deles, um Boxfish Luna, possui um sistema de câmera de alta resolução para ultra baixa luminosidade. Segundo eles, o equipamento é um dos poucos do tipo no mundo.

Drebert e Melnick após a descoberta do navio Foto: Esme Batten

Os dois têm trabalhado em um documentário de longa-metragem nos últimos dois anos, focado em contar a história da vida nos Grandes Lagos, a partir de uma perspectiva subaquática. Com as informações dos cientistas, o casal, alguns amigos e o cachorro foram ao que imaginavam ser um “passeio de barco divertido no sábado”. A expectativa era encontrar um monte de pedras, diz Drebert.

“Estávamos lá embaixo por apenas alguns minutos quando uma estrutura enorme emergiu das profundezas - era um navio. Não podíamos acreditar.”, diz Melnick, que pilotava o ROV.

Identificar a embarcação não foi tão fácil, já que estava coberta de mexilhões-zebra. A equipe explica que os mexilhões-quagga, parentes do mexilhão-zebra, estão cobrindo o fundo dos Grandes Lagos e reconfigurando o ecossistema do local, tema que é tratado no documentário em produção “All Too Clear”.

Navio completamente coberto por mexilhões  Foto: Inspired Planet/Divulgação

Em texto publicado no site da produtora, Drebert afirma que os lagos estão até três vezes mais claros do que eram antes dos mexilhões, razão pela qual foi possível ver o navio em quase 300 pés de profundidade sem nenhuma luz adicional. Por outro lado, os mexilhões tornam a identificação mais difícil.

O historiador marítimo local Patrick Folkes e a arqueóloga marinha Scarlett Janusas ajudaram na identificação do navio. Com uma licença arqueológica, os cineastas retornaram ao local para filmar e medir a embarcação, e encontrar pistas para ajudar a confirmar sua identidade. Na primeira descida do ROV, o Africa se destacou como uma forte possibilidade.

A segunda descida constatou que o navio naufragado correspondia ao comprimento, largura e altura do Africa, e ao redor da embarcação havia carvão, assim como o Africa estava transportando quando afundou. As imagens da descoberta serão apresentadas no documentário do casal.

“Antes de descobrirmos o Africa, nosso trabalho se concentrava nos impactos ecológicos dos mexilhões - que devastaram as pescarias ao redor dos lagos. Não tínhamos considerado o efeito que eles poderiam ter em nosso patrimônio cultural”, diz Melnick, “mas os mexilhões realmente mudaram tudo nas águas profundas dos Grandes Lagos”.

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