À espera do Velho Chico


Nordestino sofre com atraso na transposição do São Francisco e uma seca que já entra no terceiro ano

Por Alexa Salomão

O Castanhão, o maior açude do Brasil, localizado no Ceará, é tão grande que pode ser visto do espaço. Armazena 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. É sete vezes maior do que o sistema da Cantareira, o reservatório da região metropolitana de São Paulo. Ao entrar em seu terceiro ano, a seca que castiga o Nordeste chega a esse oásis. Pela primeira vez desde a inauguração, em 2002, o Castanhão está com 38% da capacidade.

Para preservar sua água, duas grandes áreas agrícolas irrigadas por ele, Tabuleiro das Russas e Chapada do Apodi, não podem, a partir de 2014, expandir a área de plantio. Se a água baixar mais, os piscicultores terão de reduzir a produção. "Estamos tensos, porque um corte na criação de peixes significa corte de empregos", diz Cristiano de Almeida, que cria tilápias no leito do açude. A economia no entorno do Castanhão gera mais de 6 mil empregos diretos.

Tanta tensão não existiria tivesse a transposição do Rio São Francisco sido concluída em 2010, como previu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Castanhão é o maior açude de uma lista de 21 que pelo projeto serão perenizados pela transposição em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A reportagem do Estado percorreu 2,2 mil km de estradas para visitar seis deles: Além do Castanhão, Entremontes e Chapéu, em Pernambuco, São Gonçalo, Mãe D’Água e Coremas, na Paraíba (veja mapa). No caminho encontrou muita expectativa, frustação e prejuízos - traduzidos em animais mortos pela sede e culturas ceifadas por racionamentos de água - no que parece ser a espera sem fim pela águas do Velho Chico.

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Dilema da água. Neste começo de ano, instalou-se uma fornalha no Sudeste e no Sul do Brasil. Cidades como São Paulo, a terra da garoa, sofreram com temperaturas acima dos 30 graus. Os moradores da Capital ainda tomaram um susto ao saber que o Sistema da Cantareira, a principal fonte de água, estava com 20% da capacidade. O que tranquiliza é saber que os incômodos passam. Vai chover em algumas semanas. Fazer frio em poucos meses. O susto passa. Mas imagine se não passasse.

Pois no interior do Nordeste, na região conhecida como semiárido, é assim quase sempre. Nessa parte do Brasil onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas – praticamente uma região metropolitana de São Paulo –, o clima pode ficar assim por anos. E ninguém sabe quando começa ou termina uma seca.

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Neste momento, por exemplo, a estiagem entra no terceiro ano. Como nessas condições a água é um bem raro e precioso, há uma escala de importância para o seu uso. Primeiro, corta-se o suprimento da agricultura. Em seguida, o dos animais. A prioridade é manter até a última gota para o consumo humano. O perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Souza, na Paraíba, vive essa regra na prática.

O Castanhão, o maior açude do Brasil, localizado no Ceará, é tão grande que pode ser visto do espaço. Armazena 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. É sete vezes maior do que o sistema da Cantareira, o reservatório da região metropolitana de São Paulo. Ao entrar em seu terceiro ano, a seca que castiga o Nordeste chega a esse oásis. Pela primeira vez desde a inauguração, em 2002, o Castanhão está com 38% da capacidade.

Para preservar sua água, duas grandes áreas agrícolas irrigadas por ele, Tabuleiro das Russas e Chapada do Apodi, não podem, a partir de 2014, expandir a área de plantio. Se a água baixar mais, os piscicultores terão de reduzir a produção. "Estamos tensos, porque um corte na criação de peixes significa corte de empregos", diz Cristiano de Almeida, que cria tilápias no leito do açude. A economia no entorno do Castanhão gera mais de 6 mil empregos diretos.

Tanta tensão não existiria tivesse a transposição do Rio São Francisco sido concluída em 2010, como previu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Castanhão é o maior açude de uma lista de 21 que pelo projeto serão perenizados pela transposição em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A reportagem do Estado percorreu 2,2 mil km de estradas para visitar seis deles: Além do Castanhão, Entremontes e Chapéu, em Pernambuco, São Gonçalo, Mãe D’Água e Coremas, na Paraíba (veja mapa). No caminho encontrou muita expectativa, frustação e prejuízos - traduzidos em animais mortos pela sede e culturas ceifadas por racionamentos de água - no que parece ser a espera sem fim pela águas do Velho Chico.

Dilema da água. Neste começo de ano, instalou-se uma fornalha no Sudeste e no Sul do Brasil. Cidades como São Paulo, a terra da garoa, sofreram com temperaturas acima dos 30 graus. Os moradores da Capital ainda tomaram um susto ao saber que o Sistema da Cantareira, a principal fonte de água, estava com 20% da capacidade. O que tranquiliza é saber que os incômodos passam. Vai chover em algumas semanas. Fazer frio em poucos meses. O susto passa. Mas imagine se não passasse.

Pois no interior do Nordeste, na região conhecida como semiárido, é assim quase sempre. Nessa parte do Brasil onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas – praticamente uma região metropolitana de São Paulo –, o clima pode ficar assim por anos. E ninguém sabe quando começa ou termina uma seca.

Neste momento, por exemplo, a estiagem entra no terceiro ano. Como nessas condições a água é um bem raro e precioso, há uma escala de importância para o seu uso. Primeiro, corta-se o suprimento da agricultura. Em seguida, o dos animais. A prioridade é manter até a última gota para o consumo humano. O perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Souza, na Paraíba, vive essa regra na prática.

O Castanhão, o maior açude do Brasil, localizado no Ceará, é tão grande que pode ser visto do espaço. Armazena 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. É sete vezes maior do que o sistema da Cantareira, o reservatório da região metropolitana de São Paulo. Ao entrar em seu terceiro ano, a seca que castiga o Nordeste chega a esse oásis. Pela primeira vez desde a inauguração, em 2002, o Castanhão está com 38% da capacidade.

Para preservar sua água, duas grandes áreas agrícolas irrigadas por ele, Tabuleiro das Russas e Chapada do Apodi, não podem, a partir de 2014, expandir a área de plantio. Se a água baixar mais, os piscicultores terão de reduzir a produção. "Estamos tensos, porque um corte na criação de peixes significa corte de empregos", diz Cristiano de Almeida, que cria tilápias no leito do açude. A economia no entorno do Castanhão gera mais de 6 mil empregos diretos.

Tanta tensão não existiria tivesse a transposição do Rio São Francisco sido concluída em 2010, como previu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Castanhão é o maior açude de uma lista de 21 que pelo projeto serão perenizados pela transposição em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A reportagem do Estado percorreu 2,2 mil km de estradas para visitar seis deles: Além do Castanhão, Entremontes e Chapéu, em Pernambuco, São Gonçalo, Mãe D’Água e Coremas, na Paraíba (veja mapa). No caminho encontrou muita expectativa, frustação e prejuízos - traduzidos em animais mortos pela sede e culturas ceifadas por racionamentos de água - no que parece ser a espera sem fim pela águas do Velho Chico.

Dilema da água. Neste começo de ano, instalou-se uma fornalha no Sudeste e no Sul do Brasil. Cidades como São Paulo, a terra da garoa, sofreram com temperaturas acima dos 30 graus. Os moradores da Capital ainda tomaram um susto ao saber que o Sistema da Cantareira, a principal fonte de água, estava com 20% da capacidade. O que tranquiliza é saber que os incômodos passam. Vai chover em algumas semanas. Fazer frio em poucos meses. O susto passa. Mas imagine se não passasse.

Pois no interior do Nordeste, na região conhecida como semiárido, é assim quase sempre. Nessa parte do Brasil onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas – praticamente uma região metropolitana de São Paulo –, o clima pode ficar assim por anos. E ninguém sabe quando começa ou termina uma seca.

Neste momento, por exemplo, a estiagem entra no terceiro ano. Como nessas condições a água é um bem raro e precioso, há uma escala de importância para o seu uso. Primeiro, corta-se o suprimento da agricultura. Em seguida, o dos animais. A prioridade é manter até a última gota para o consumo humano. O perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Souza, na Paraíba, vive essa regra na prática.

O Castanhão, o maior açude do Brasil, localizado no Ceará, é tão grande que pode ser visto do espaço. Armazena 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. É sete vezes maior do que o sistema da Cantareira, o reservatório da região metropolitana de São Paulo. Ao entrar em seu terceiro ano, a seca que castiga o Nordeste chega a esse oásis. Pela primeira vez desde a inauguração, em 2002, o Castanhão está com 38% da capacidade.

Para preservar sua água, duas grandes áreas agrícolas irrigadas por ele, Tabuleiro das Russas e Chapada do Apodi, não podem, a partir de 2014, expandir a área de plantio. Se a água baixar mais, os piscicultores terão de reduzir a produção. "Estamos tensos, porque um corte na criação de peixes significa corte de empregos", diz Cristiano de Almeida, que cria tilápias no leito do açude. A economia no entorno do Castanhão gera mais de 6 mil empregos diretos.

Tanta tensão não existiria tivesse a transposição do Rio São Francisco sido concluída em 2010, como previu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Castanhão é o maior açude de uma lista de 21 que pelo projeto serão perenizados pela transposição em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A reportagem do Estado percorreu 2,2 mil km de estradas para visitar seis deles: Além do Castanhão, Entremontes e Chapéu, em Pernambuco, São Gonçalo, Mãe D’Água e Coremas, na Paraíba (veja mapa). No caminho encontrou muita expectativa, frustação e prejuízos - traduzidos em animais mortos pela sede e culturas ceifadas por racionamentos de água - no que parece ser a espera sem fim pela águas do Velho Chico.

Dilema da água. Neste começo de ano, instalou-se uma fornalha no Sudeste e no Sul do Brasil. Cidades como São Paulo, a terra da garoa, sofreram com temperaturas acima dos 30 graus. Os moradores da Capital ainda tomaram um susto ao saber que o Sistema da Cantareira, a principal fonte de água, estava com 20% da capacidade. O que tranquiliza é saber que os incômodos passam. Vai chover em algumas semanas. Fazer frio em poucos meses. O susto passa. Mas imagine se não passasse.

Pois no interior do Nordeste, na região conhecida como semiárido, é assim quase sempre. Nessa parte do Brasil onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas – praticamente uma região metropolitana de São Paulo –, o clima pode ficar assim por anos. E ninguém sabe quando começa ou termina uma seca.

Neste momento, por exemplo, a estiagem entra no terceiro ano. Como nessas condições a água é um bem raro e precioso, há uma escala de importância para o seu uso. Primeiro, corta-se o suprimento da agricultura. Em seguida, o dos animais. A prioridade é manter até a última gota para o consumo humano. O perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Souza, na Paraíba, vive essa regra na prática.

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