Com vitória de Milei e promessa de privatização, ações da estatal YPF disparam 39% na bolsa de NY


Mercado argentino está fechado nesta segunda por conta do feriado do ‘Dia da Soberania Nacional’; para analistas, desempenho positivo dos papeis nos EUA é visto como ‘termômetro’ à eleição do candidato libertário

Por Wesley Gonsalves
Atualização:

Após a Argentina eleger Javier Milei como seu presidente pelos próximos quatro anos, o mercado financeiro reagiu bem à escolha do candidato de perfil mais liberal. As ações de algumas empresas argentinas listadas na Bolsa de Valores de Nova York acumulavam alta no “pré-market”, que antecede a abertura do pregão, e continuaram a se valorizar após o início oficial das negociações.

Às 14h do horário de Brasília, os papéis da estatal petroleira YPF eram negociadas a US$ 14,89, um aumento de 39% no seu valor de mercado desde o início das transações. Além das ações, os títulos da dívida argentina também tiveram alta de 6% diante em Wall Street da vitória de Milei.

Para analistas de mercado ouvidos pelo Estadão, o desempenho positivo na bolsa americana está atrelado às promessas do futuro chefe do executivo argentino sobre redução do tamanho do Estado e programas de privatização das companhias estatais.

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“Promessa de privatização sempre impacta para cima o preço das ações, porque o investidor e o mercado gostam muito do tema”, avalia o operador de renda variável da Manchester investimentos, Gabriel Mota.

Nas negociações que antecederam a abertura da Bolsa de Nova York, a NYSE, ações de empresas argentinas viveram momento de euforia e valorização após vitória de Milei à presidência Foto: Spencer Platt/ Getty Images/ AFP

Nesta segunda-feira, 20, um dia após a eleição presidencial, a Argentina vive o feriado em comemoração ao “Dia da Soberania Nacional”, e por isso não terá operações do mercado financeiro e de câmbio. Assim, a reação do mercado americano à eleição de Milei na Bolsa Nova York é vista como uma resposta à escolha do candidato libertário, uma espécie de termômetro.

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Para o analista de mercados internacionais da Empiricus, Enzo Pacheco, o desempenho positivo das ações de companhias argentinas está ligado à expectativa de que Milei coloque em prática as suas promessas de campanha, que atingem diretamente a economia local. “Para as empresas, são medidas positivas, como a redução dos gastos públicos, maior participação do capital nos negócios e dolarização da economia”, diz.

Segundo a avaliação de Pacheco, apesar da alta registrada no pré-mercado, ainda não é possível ter certeza de que o desempenho positivo das companhias argentinas será sustentado no longo prazo, dada a dificuldade de garantir a implementação das medidas propostas pelo presidente eleito.

Ele acredita que, no momento, a alta dos papéis é apenas “especulação” no mercado de capitais. “A respeito de dolarizar a economia, por exemplo, algumas estimativas apontam que ele deveria ter cerca de US$ 40 bilhões no Banco Central Argentino para conseguir colocar esse plano em prática, mas hoje a entidade monetária argentina está quase zerada de reservas de moeda americana”, afirma.

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Otimismo no mercado

Com a eleição de Milei, as ações de empresas ligadas ao setor energético viveram um momento de euforia nas negociações que antecedem o pregão, com a estatal YFP disparando 17,71%, enquanto a Pampa Energía teve alta de 12,41% e a Central Puerto acumulou aumento de 12,33% hoje.

Com a abertura oficial das operações de compra e venda em Nova York, às 11h30 do horário local, o otimismo no mercado financeiro se manteve, e além da YFP, as companhias Pampa Energía Central Puerto acumulava alta, respectivamente, de 18,46% e 18,51% na bolsa americana.

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No início das negociações hoje, os papéis atrelados aos bancos também surfavam a onda de otimismo pela escolha de Milei ao executivo argentino. O Banco Macro foi a companhia que mostrou o maior resultado diante da notícia da eleição, com as ações subindo, no pré-mercado, 13,74% nesta segunda-feira, seguido pelo Grupo Financiero Galicia (11,01%), BBVA Argentina (12,02%) e Grupo Supervielle (11,71%).

Às 14h, já após o início do pregão, as quatro instituições financeiras continuavam a se valorizar, com as ações acumulando alta de 27,22% no Banco Marcro, 21,12% no Grupo Financiero Galicia, 19,95% no BBVA Argentina 22,68% no Grupo Supervielle.

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Em comparação ao segmento energético, as ações da petroleira argentina Vista começaram o dia de negociações com uma resposta mais tímida nesta segunda-feira. Antes da abertura oficial do mercado, os papéis da companhia eram negociados com alta de 3,42%, agora, acumulam 15,74% de valorização.

Na avaliação do economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, apesar do impacto das eleições no desempenho das empresas argentinas listadas na Bolsa de Nova York, o resultado positivo também está atrelado aos incentivos do governo chinês à construção civil, que deve puxar a valorizar de ações de companhias de commodities em países emergentes. “De forma geral, no curto prazo, a eleição não deve ter tanto impacto”, diz o economista.

Após a Argentina eleger Javier Milei como seu presidente pelos próximos quatro anos, o mercado financeiro reagiu bem à escolha do candidato de perfil mais liberal. As ações de algumas empresas argentinas listadas na Bolsa de Valores de Nova York acumulavam alta no “pré-market”, que antecede a abertura do pregão, e continuaram a se valorizar após o início oficial das negociações.

Às 14h do horário de Brasília, os papéis da estatal petroleira YPF eram negociadas a US$ 14,89, um aumento de 39% no seu valor de mercado desde o início das transações. Além das ações, os títulos da dívida argentina também tiveram alta de 6% diante em Wall Street da vitória de Milei.

Para analistas de mercado ouvidos pelo Estadão, o desempenho positivo na bolsa americana está atrelado às promessas do futuro chefe do executivo argentino sobre redução do tamanho do Estado e programas de privatização das companhias estatais.

“Promessa de privatização sempre impacta para cima o preço das ações, porque o investidor e o mercado gostam muito do tema”, avalia o operador de renda variável da Manchester investimentos, Gabriel Mota.

Nas negociações que antecederam a abertura da Bolsa de Nova York, a NYSE, ações de empresas argentinas viveram momento de euforia e valorização após vitória de Milei à presidência Foto: Spencer Platt/ Getty Images/ AFP

Nesta segunda-feira, 20, um dia após a eleição presidencial, a Argentina vive o feriado em comemoração ao “Dia da Soberania Nacional”, e por isso não terá operações do mercado financeiro e de câmbio. Assim, a reação do mercado americano à eleição de Milei na Bolsa Nova York é vista como uma resposta à escolha do candidato libertário, uma espécie de termômetro.

Para o analista de mercados internacionais da Empiricus, Enzo Pacheco, o desempenho positivo das ações de companhias argentinas está ligado à expectativa de que Milei coloque em prática as suas promessas de campanha, que atingem diretamente a economia local. “Para as empresas, são medidas positivas, como a redução dos gastos públicos, maior participação do capital nos negócios e dolarização da economia”, diz.

Segundo a avaliação de Pacheco, apesar da alta registrada no pré-mercado, ainda não é possível ter certeza de que o desempenho positivo das companhias argentinas será sustentado no longo prazo, dada a dificuldade de garantir a implementação das medidas propostas pelo presidente eleito.

Ele acredita que, no momento, a alta dos papéis é apenas “especulação” no mercado de capitais. “A respeito de dolarizar a economia, por exemplo, algumas estimativas apontam que ele deveria ter cerca de US$ 40 bilhões no Banco Central Argentino para conseguir colocar esse plano em prática, mas hoje a entidade monetária argentina está quase zerada de reservas de moeda americana”, afirma.

Otimismo no mercado

Com a eleição de Milei, as ações de empresas ligadas ao setor energético viveram um momento de euforia nas negociações que antecedem o pregão, com a estatal YFP disparando 17,71%, enquanto a Pampa Energía teve alta de 12,41% e a Central Puerto acumulou aumento de 12,33% hoje.

Com a abertura oficial das operações de compra e venda em Nova York, às 11h30 do horário local, o otimismo no mercado financeiro se manteve, e além da YFP, as companhias Pampa Energía Central Puerto acumulava alta, respectivamente, de 18,46% e 18,51% na bolsa americana.

No início das negociações hoje, os papéis atrelados aos bancos também surfavam a onda de otimismo pela escolha de Milei ao executivo argentino. O Banco Macro foi a companhia que mostrou o maior resultado diante da notícia da eleição, com as ações subindo, no pré-mercado, 13,74% nesta segunda-feira, seguido pelo Grupo Financiero Galicia (11,01%), BBVA Argentina (12,02%) e Grupo Supervielle (11,71%).

Às 14h, já após o início do pregão, as quatro instituições financeiras continuavam a se valorizar, com as ações acumulando alta de 27,22% no Banco Marcro, 21,12% no Grupo Financiero Galicia, 19,95% no BBVA Argentina 22,68% no Grupo Supervielle.

Em comparação ao segmento energético, as ações da petroleira argentina Vista começaram o dia de negociações com uma resposta mais tímida nesta segunda-feira. Antes da abertura oficial do mercado, os papéis da companhia eram negociados com alta de 3,42%, agora, acumulam 15,74% de valorização.

Na avaliação do economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, apesar do impacto das eleições no desempenho das empresas argentinas listadas na Bolsa de Nova York, o resultado positivo também está atrelado aos incentivos do governo chinês à construção civil, que deve puxar a valorizar de ações de companhias de commodities em países emergentes. “De forma geral, no curto prazo, a eleição não deve ter tanto impacto”, diz o economista.

Após a Argentina eleger Javier Milei como seu presidente pelos próximos quatro anos, o mercado financeiro reagiu bem à escolha do candidato de perfil mais liberal. As ações de algumas empresas argentinas listadas na Bolsa de Valores de Nova York acumulavam alta no “pré-market”, que antecede a abertura do pregão, e continuaram a se valorizar após o início oficial das negociações.

Às 14h do horário de Brasília, os papéis da estatal petroleira YPF eram negociadas a US$ 14,89, um aumento de 39% no seu valor de mercado desde o início das transações. Além das ações, os títulos da dívida argentina também tiveram alta de 6% diante em Wall Street da vitória de Milei.

Para analistas de mercado ouvidos pelo Estadão, o desempenho positivo na bolsa americana está atrelado às promessas do futuro chefe do executivo argentino sobre redução do tamanho do Estado e programas de privatização das companhias estatais.

“Promessa de privatização sempre impacta para cima o preço das ações, porque o investidor e o mercado gostam muito do tema”, avalia o operador de renda variável da Manchester investimentos, Gabriel Mota.

Nas negociações que antecederam a abertura da Bolsa de Nova York, a NYSE, ações de empresas argentinas viveram momento de euforia e valorização após vitória de Milei à presidência Foto: Spencer Platt/ Getty Images/ AFP

Nesta segunda-feira, 20, um dia após a eleição presidencial, a Argentina vive o feriado em comemoração ao “Dia da Soberania Nacional”, e por isso não terá operações do mercado financeiro e de câmbio. Assim, a reação do mercado americano à eleição de Milei na Bolsa Nova York é vista como uma resposta à escolha do candidato libertário, uma espécie de termômetro.

Para o analista de mercados internacionais da Empiricus, Enzo Pacheco, o desempenho positivo das ações de companhias argentinas está ligado à expectativa de que Milei coloque em prática as suas promessas de campanha, que atingem diretamente a economia local. “Para as empresas, são medidas positivas, como a redução dos gastos públicos, maior participação do capital nos negócios e dolarização da economia”, diz.

Segundo a avaliação de Pacheco, apesar da alta registrada no pré-mercado, ainda não é possível ter certeza de que o desempenho positivo das companhias argentinas será sustentado no longo prazo, dada a dificuldade de garantir a implementação das medidas propostas pelo presidente eleito.

Ele acredita que, no momento, a alta dos papéis é apenas “especulação” no mercado de capitais. “A respeito de dolarizar a economia, por exemplo, algumas estimativas apontam que ele deveria ter cerca de US$ 40 bilhões no Banco Central Argentino para conseguir colocar esse plano em prática, mas hoje a entidade monetária argentina está quase zerada de reservas de moeda americana”, afirma.

Otimismo no mercado

Com a eleição de Milei, as ações de empresas ligadas ao setor energético viveram um momento de euforia nas negociações que antecedem o pregão, com a estatal YFP disparando 17,71%, enquanto a Pampa Energía teve alta de 12,41% e a Central Puerto acumulou aumento de 12,33% hoje.

Com a abertura oficial das operações de compra e venda em Nova York, às 11h30 do horário local, o otimismo no mercado financeiro se manteve, e além da YFP, as companhias Pampa Energía Central Puerto acumulava alta, respectivamente, de 18,46% e 18,51% na bolsa americana.

No início das negociações hoje, os papéis atrelados aos bancos também surfavam a onda de otimismo pela escolha de Milei ao executivo argentino. O Banco Macro foi a companhia que mostrou o maior resultado diante da notícia da eleição, com as ações subindo, no pré-mercado, 13,74% nesta segunda-feira, seguido pelo Grupo Financiero Galicia (11,01%), BBVA Argentina (12,02%) e Grupo Supervielle (11,71%).

Às 14h, já após o início do pregão, as quatro instituições financeiras continuavam a se valorizar, com as ações acumulando alta de 27,22% no Banco Marcro, 21,12% no Grupo Financiero Galicia, 19,95% no BBVA Argentina 22,68% no Grupo Supervielle.

Em comparação ao segmento energético, as ações da petroleira argentina Vista começaram o dia de negociações com uma resposta mais tímida nesta segunda-feira. Antes da abertura oficial do mercado, os papéis da companhia eram negociados com alta de 3,42%, agora, acumulam 15,74% de valorização.

Na avaliação do economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, apesar do impacto das eleições no desempenho das empresas argentinas listadas na Bolsa de Nova York, o resultado positivo também está atrelado aos incentivos do governo chinês à construção civil, que deve puxar a valorizar de ações de companhias de commodities em países emergentes. “De forma geral, no curto prazo, a eleição não deve ter tanto impacto”, diz o economista.

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