Suzano nega proposta de compra da International Paper, após ações despencarem


Segundo a agência Reuters, brasileira líder mundial em celulose propôs pagar US$ 15 bilhões pelo controle da companhia americana

Por Amélia Alves e Ivo Ribeiro
Atualização:

A companhia de papel e celulose Suzano afirmou nesta terça-feira, 7, que “inexiste” qualquer documento formal ou celebração de qualquer acordo, vinculante ou não, em relação a uma potencial operação para aquisição da americana International Paper. Tampouco existe qualquer decisão ou deliberação de seus órgãos de administração em relação ao tema, segundo a companhia.

A Suzano diz ter realizado apurações internas pertinentes e inquirido seus administradores sobre a notícia de oferta de compra antes de prestar o presente esclarecimento. A empresa ressaltou, porém, que está “permanentemente” analisando oportunidades de mercado e investimentos alinhados com a sua estratégia de negócios.

O posicionamento da Suzano se dá em resposta aos questionamentos da B3 sobre notícia publicada pela agência Reuters de que a empresa estaria com proposta de US$ 15 bilhões para aquisição da IP, fato que levou a ação da ordinária da companhia ao topo das perdas nesta terça, movimentando R$ 2,7 bilhões em volume financeiro, em mais de 100 mil negócios. Procurada pelo Estadão, a assessoria da Suzano informou que a empresa não iria comentar a informação.

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As ações da fabricante brasileira de papel chegaram a registrar queda de 12,9% na tarde desta terça. A empresa amargou perda superior a R$ 8 bilhões em seu valor de mercado em Bolsa, cotada em R$ 67 bilhões.

Suzano é uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo Foto: Ricardo Teles / Suzano

Segundo a Reuters, que cita pessoas com conhecimento do assunto, a abordagem foi feita verbalmente ao conselho de administração da IP menos de um mês após a companhia dos EUA firmar acordo para comprar a produtora britânica de embalagens DS Smith, em uma transação de US$ 7,2 bilhões.

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Uma oferta oficial da Suzano seria formalizada em breve, dizem pessoas próximas, e a previsão é que o negócio seja concluído no último trimestre deste ano. Já nos primeiros negócios na B3 após a informação, os papéis da empresa reagiram mal, com queda de 7%.

Maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano, segundo as informações, estaria em negociações com bancos para montar uma linha de financiamento que dê suporte à oferta. Uma condição, porém, é que a IP abandone a compra da DS Smith.

A aquisição da IP teria como principal alvo as áreas de embalagem de papelão — apenas nos EUA a empresa detém mais de 30% desse mercado — e de celulose fluff, matéria-prima para fabricação de fraldas e outros itens de higiene.

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A operação, caso se confirmasse e fosse aprovada pelos acionistas da IP, marcaria um processo de internacionalização da companhia brasileira, que é controlada pela família Feffer. O negócio incluiria um conjunto de 28 fábricas de celulose, papel e embalagens e cerca de 200 unidades de conversão de caixas de papelão e 18 unidades de reciclagem em vários países no mundo.

A indústria mundial papeleira tem passado por uma onda de consolidação, com destaque para o segmento de embalagens.

No ano passado, a americana WestRock adquiriu a irlandesa Smurfit Kappa, duas gigantes de embalagens de papelão. O negócio, que cria a maior empresa listada dessa área no mundo, avaliada em cerca de US$ 20 bilhões, tem previsão de ser concluído neste semestre.

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Com receita líquida de R$ 39,7 bilhões no ano passado, a Suzano está no momento em fase final de conclusão de seu maior investimento no País, o projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo (MS). O empreendimento teve aportes de R$ 22,2 bilhões e nasce — em meados de junho — com capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

A Suzano ganhou maior robustez em 2018 ao adquirir a Fibria, empresa de celulose do grupo Votorantim, seu último grande negócio. Em 2023, a empresa gerou Ebitda ajustado (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 18,3 bilhões e lucro líquido de R$ 14,1 bilhões. A dívida líquida da companhia fechou o ano em R$ 55,5 bilhões — com alavancagem financeira de 3 vezes a relação dívida líquida/Ebitda.

Da receita líquida da Suzano, 75% têm origem em vendas de celulose de mercado, exportada para diversos países, principalmente para a China; 14% vêm de papel de imprimir; 4% de papel cartão e 8% de outros tipos de papéis.

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A IP, em 2021, separou as operações de papel de escrever e imprimir em uma nova empresa, independente, a Sylvamo, listada em Nova York e com sede em Memphis, no Tennessee. Com sete fábricas, sendo seis integradas, a empresa englobou ativos do Brasil e outros países em desenvolvimento, como Rússia.

A área de embalagens da IP no Brasil foi vendida anos atrás para a Klabin, líder desse negócio no mercado nacional.

No País, a Sylvamo tem três unidades industriais: duas no Estado de São Paulo (Mogi Guaçu e Luiz Antônio) e uma em Três Lagoas (MS), aptas a produzirem mais de 1 milhão de toneladas de papel não revestido por ano e conta com as marcas de papéis de imprimir Chamex, Chamequinho e Chambril.

A companhia de papel e celulose Suzano afirmou nesta terça-feira, 7, que “inexiste” qualquer documento formal ou celebração de qualquer acordo, vinculante ou não, em relação a uma potencial operação para aquisição da americana International Paper. Tampouco existe qualquer decisão ou deliberação de seus órgãos de administração em relação ao tema, segundo a companhia.

A Suzano diz ter realizado apurações internas pertinentes e inquirido seus administradores sobre a notícia de oferta de compra antes de prestar o presente esclarecimento. A empresa ressaltou, porém, que está “permanentemente” analisando oportunidades de mercado e investimentos alinhados com a sua estratégia de negócios.

O posicionamento da Suzano se dá em resposta aos questionamentos da B3 sobre notícia publicada pela agência Reuters de que a empresa estaria com proposta de US$ 15 bilhões para aquisição da IP, fato que levou a ação da ordinária da companhia ao topo das perdas nesta terça, movimentando R$ 2,7 bilhões em volume financeiro, em mais de 100 mil negócios. Procurada pelo Estadão, a assessoria da Suzano informou que a empresa não iria comentar a informação.

As ações da fabricante brasileira de papel chegaram a registrar queda de 12,9% na tarde desta terça. A empresa amargou perda superior a R$ 8 bilhões em seu valor de mercado em Bolsa, cotada em R$ 67 bilhões.

Suzano é uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo Foto: Ricardo Teles / Suzano

Segundo a Reuters, que cita pessoas com conhecimento do assunto, a abordagem foi feita verbalmente ao conselho de administração da IP menos de um mês após a companhia dos EUA firmar acordo para comprar a produtora britânica de embalagens DS Smith, em uma transação de US$ 7,2 bilhões.

Uma oferta oficial da Suzano seria formalizada em breve, dizem pessoas próximas, e a previsão é que o negócio seja concluído no último trimestre deste ano. Já nos primeiros negócios na B3 após a informação, os papéis da empresa reagiram mal, com queda de 7%.

Maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano, segundo as informações, estaria em negociações com bancos para montar uma linha de financiamento que dê suporte à oferta. Uma condição, porém, é que a IP abandone a compra da DS Smith.

A aquisição da IP teria como principal alvo as áreas de embalagem de papelão — apenas nos EUA a empresa detém mais de 30% desse mercado — e de celulose fluff, matéria-prima para fabricação de fraldas e outros itens de higiene.

A operação, caso se confirmasse e fosse aprovada pelos acionistas da IP, marcaria um processo de internacionalização da companhia brasileira, que é controlada pela família Feffer. O negócio incluiria um conjunto de 28 fábricas de celulose, papel e embalagens e cerca de 200 unidades de conversão de caixas de papelão e 18 unidades de reciclagem em vários países no mundo.

A indústria mundial papeleira tem passado por uma onda de consolidação, com destaque para o segmento de embalagens.

No ano passado, a americana WestRock adquiriu a irlandesa Smurfit Kappa, duas gigantes de embalagens de papelão. O negócio, que cria a maior empresa listada dessa área no mundo, avaliada em cerca de US$ 20 bilhões, tem previsão de ser concluído neste semestre.

Com receita líquida de R$ 39,7 bilhões no ano passado, a Suzano está no momento em fase final de conclusão de seu maior investimento no País, o projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo (MS). O empreendimento teve aportes de R$ 22,2 bilhões e nasce — em meados de junho — com capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

A Suzano ganhou maior robustez em 2018 ao adquirir a Fibria, empresa de celulose do grupo Votorantim, seu último grande negócio. Em 2023, a empresa gerou Ebitda ajustado (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 18,3 bilhões e lucro líquido de R$ 14,1 bilhões. A dívida líquida da companhia fechou o ano em R$ 55,5 bilhões — com alavancagem financeira de 3 vezes a relação dívida líquida/Ebitda.

Da receita líquida da Suzano, 75% têm origem em vendas de celulose de mercado, exportada para diversos países, principalmente para a China; 14% vêm de papel de imprimir; 4% de papel cartão e 8% de outros tipos de papéis.

A IP, em 2021, separou as operações de papel de escrever e imprimir em uma nova empresa, independente, a Sylvamo, listada em Nova York e com sede em Memphis, no Tennessee. Com sete fábricas, sendo seis integradas, a empresa englobou ativos do Brasil e outros países em desenvolvimento, como Rússia.

A área de embalagens da IP no Brasil foi vendida anos atrás para a Klabin, líder desse negócio no mercado nacional.

No País, a Sylvamo tem três unidades industriais: duas no Estado de São Paulo (Mogi Guaçu e Luiz Antônio) e uma em Três Lagoas (MS), aptas a produzirem mais de 1 milhão de toneladas de papel não revestido por ano e conta com as marcas de papéis de imprimir Chamex, Chamequinho e Chambril.

A companhia de papel e celulose Suzano afirmou nesta terça-feira, 7, que “inexiste” qualquer documento formal ou celebração de qualquer acordo, vinculante ou não, em relação a uma potencial operação para aquisição da americana International Paper. Tampouco existe qualquer decisão ou deliberação de seus órgãos de administração em relação ao tema, segundo a companhia.

A Suzano diz ter realizado apurações internas pertinentes e inquirido seus administradores sobre a notícia de oferta de compra antes de prestar o presente esclarecimento. A empresa ressaltou, porém, que está “permanentemente” analisando oportunidades de mercado e investimentos alinhados com a sua estratégia de negócios.

O posicionamento da Suzano se dá em resposta aos questionamentos da B3 sobre notícia publicada pela agência Reuters de que a empresa estaria com proposta de US$ 15 bilhões para aquisição da IP, fato que levou a ação da ordinária da companhia ao topo das perdas nesta terça, movimentando R$ 2,7 bilhões em volume financeiro, em mais de 100 mil negócios. Procurada pelo Estadão, a assessoria da Suzano informou que a empresa não iria comentar a informação.

As ações da fabricante brasileira de papel chegaram a registrar queda de 12,9% na tarde desta terça. A empresa amargou perda superior a R$ 8 bilhões em seu valor de mercado em Bolsa, cotada em R$ 67 bilhões.

Suzano é uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo Foto: Ricardo Teles / Suzano

Segundo a Reuters, que cita pessoas com conhecimento do assunto, a abordagem foi feita verbalmente ao conselho de administração da IP menos de um mês após a companhia dos EUA firmar acordo para comprar a produtora britânica de embalagens DS Smith, em uma transação de US$ 7,2 bilhões.

Uma oferta oficial da Suzano seria formalizada em breve, dizem pessoas próximas, e a previsão é que o negócio seja concluído no último trimestre deste ano. Já nos primeiros negócios na B3 após a informação, os papéis da empresa reagiram mal, com queda de 7%.

Maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano, segundo as informações, estaria em negociações com bancos para montar uma linha de financiamento que dê suporte à oferta. Uma condição, porém, é que a IP abandone a compra da DS Smith.

A aquisição da IP teria como principal alvo as áreas de embalagem de papelão — apenas nos EUA a empresa detém mais de 30% desse mercado — e de celulose fluff, matéria-prima para fabricação de fraldas e outros itens de higiene.

A operação, caso se confirmasse e fosse aprovada pelos acionistas da IP, marcaria um processo de internacionalização da companhia brasileira, que é controlada pela família Feffer. O negócio incluiria um conjunto de 28 fábricas de celulose, papel e embalagens e cerca de 200 unidades de conversão de caixas de papelão e 18 unidades de reciclagem em vários países no mundo.

A indústria mundial papeleira tem passado por uma onda de consolidação, com destaque para o segmento de embalagens.

No ano passado, a americana WestRock adquiriu a irlandesa Smurfit Kappa, duas gigantes de embalagens de papelão. O negócio, que cria a maior empresa listada dessa área no mundo, avaliada em cerca de US$ 20 bilhões, tem previsão de ser concluído neste semestre.

Com receita líquida de R$ 39,7 bilhões no ano passado, a Suzano está no momento em fase final de conclusão de seu maior investimento no País, o projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo (MS). O empreendimento teve aportes de R$ 22,2 bilhões e nasce — em meados de junho — com capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano.

A Suzano ganhou maior robustez em 2018 ao adquirir a Fibria, empresa de celulose do grupo Votorantim, seu último grande negócio. Em 2023, a empresa gerou Ebitda ajustado (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 18,3 bilhões e lucro líquido de R$ 14,1 bilhões. A dívida líquida da companhia fechou o ano em R$ 55,5 bilhões — com alavancagem financeira de 3 vezes a relação dívida líquida/Ebitda.

Da receita líquida da Suzano, 75% têm origem em vendas de celulose de mercado, exportada para diversos países, principalmente para a China; 14% vêm de papel de imprimir; 4% de papel cartão e 8% de outros tipos de papéis.

A IP, em 2021, separou as operações de papel de escrever e imprimir em uma nova empresa, independente, a Sylvamo, listada em Nova York e com sede em Memphis, no Tennessee. Com sete fábricas, sendo seis integradas, a empresa englobou ativos do Brasil e outros países em desenvolvimento, como Rússia.

A área de embalagens da IP no Brasil foi vendida anos atrás para a Klabin, líder desse negócio no mercado nacional.

No País, a Sylvamo tem três unidades industriais: duas no Estado de São Paulo (Mogi Guaçu e Luiz Antônio) e uma em Três Lagoas (MS), aptas a produzirem mais de 1 milhão de toneladas de papel não revestido por ano e conta com as marcas de papéis de imprimir Chamex, Chamequinho e Chambril.

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