Alibaba, dona da AliExpress, aposta no interior do Brasil para elevar vendas para a China


Plano é ampliar comércio de produtos brasileiros na China por meio de capacitação de agricultores e cooperativas; falta de estratégia faz País perder R$ 50 milhões por mês

Por Felipe Frazão

ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM - Jack Ma tem planos para o Brasil. Dono de uma fortuna estimada em US$ 33 bilhões, o fundador do Alibaba e mais famoso empresário chinês já atua no País por meio da varejista AliExpress e agora deseja ampliar sua presença. A ideia é virar uma opção de canal de vendas digital para pequenos e médios empreendedores nacionais, na via contrária da que usou para construir seu império digital e poder na China.

Com o AliExpress, o grupo Alibaba se consolidou como opção de loja online para brasileiros importarem da China produtos de alta tecnologia e industrializados em geral, com preços mais baixos do que os praticados no País e com entrega cada vez mais rápida. A importação pode ser feita por consumidores finais, pagando-se uma taxa de 60% à Receita Federal, quando aplicada. O processo ocorre por amostragem.

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Agora, Jack Ma quer se colocar como ponte para produtos brasileiros – valorizados no maior mercado asiático – chegarem às casas dos chineses. Alguns produtos já são encontrados em outras plataformas do Alibaba, voltadas para o mercado interno da China. São rochas ornamentais, mel, própolis, sobretudo orgânicos, oleaginosas, café e açaí, por exemplo. As imagens expõem a bandeira do Brasil, mas o comerciante quase nunca é brasileiro, e na maioria das vezes vende de fora do País. O maior vendedor de açaí no Alibaba é belga. Até um tipo de tartaruga é vendido como brasileiro.

No atacado global, a exportação de produtos brasileiros para o mercado chinês foi de US$ 253 milhões, em 2021, dentro de todas as plataformas de e-commerce do Alibaba. Já as empresas americanas atingiram o patamar de US$ 61 bilhões enviados para a China.

O Alibaba também diz que uma série de produtos é apresentada como brasileira, mas na verdade não sai do País. A empresa estima que o Brasil perca mensalmente cerca de R$ 50 milhões em vendas para o mercado chinês.

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Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, reportagem acompanha visita de comitiva brasileira no prédio da gigante

Parceria

Para mudar esse cenário, a empresa buscou uma parceria com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é replicar no País o modelo do Taobao Villages, levando tecnologia para pequenos agricultores e cooperativas oferecerem produtos no e-commerce chinês. Eles seriam capacitados para exportar, vender e se adaptar a peculiaridades do consumidor chinês.

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O projeto começou na China, onde chegou a 303 bilhões de produtos comercializados. A empresa quer oferecer nesse convênio a capacitação de agricultores, como técnicas de marketing digital e gravação de vídeos para exibir os produtos. O México já mandou empreendedores e autoridades locais para iniciar o processo. Cerca de 400 professores capacitam 8 mil alunos que vão aos vilarejos repassar conhecimento aos produtores locais.

”Há produtos que poderiam estar no mercado e o agricultor recebendo a renda direta. Nós acreditamos muito nesse projeto para o Brasil”, disse Felipe Daud, relações governamentais do Alibaba na América Latina. “É sempre um modelo que passa pela parceria com o governo. É uma forma de promover desenvolvimento sustentável, de promover acesso de pessoas que estavam excluídas ao mercado, aumentar a renda e combate à pobreza.”

Liderada pela Apex Brasil), comitiva brasileira visitou as instalações do grupo Alibaba em Pequim Foto: Felipe Frazão/Estadão
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Taxação

O movimento ocorre no momento em que o presidente discute taxas de importação de varejistas asiáticas, que dominam o mercado brasileiro, como AliExpress, Shopee e Shein. Há pressão para que o governo recrudesça a taxação.

Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, executivos da empresa e uma delegação empresarial brasileira conversaram em Pequim. Liderada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, a comitiva visitou as instalações do grupo na capital chinesa. O Estadão acompanhou a visita no prédio da companhia, em Haidan District.

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A plataforma AliExpress é fechada para o cidadão chinês. O principal e-commerce do grupo Alibaba voltado ao mercado interno é o T-Mall. Nele, empresas grandes e bem estabelecidas vendem produtos em geral. Uma marca de sandálias do Brasil internacionalmente reconhecida, as Havaianas, tem uma loja online na plataforma. Mas a experiência que o governo quer promover no País envolve outro modelo, o do e-commerce Taobao.

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Gigante chinesa quer ampliar lista de produtos brasileiros que ainda são poucos no país asiático

Essa segunda plataforma é voltada para comércio de pequenos produtores, e muito popular no interior da China. Enquanto a T-Mall opera de empresa para consumidor, o Taobao aceita o modelo consumidor-consumidor – qualquer pessoa que deseja empreender pode abrir uma loja virtual, sem muita experiência.

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”Queremos trabalhar o incentivo a pequenas cooperativas, ao produtor familiar. Às vezes é um produtor de artesanato, de orgânico. A Itália faz muito. Queremos ver se a gente promove um novo crescimento das exportações do Brasil com olhar para quem tem produto de qualidade e não consegue crescer no mercado. Uma plataforma como a da Alibaba pode ser um espaço”, diz o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana.

O diagnóstico do governo federal é que o País exporta poucos produtos das regiões Norte e Nordeste. Segundo Viana, dos U$ 334 bilhões exportados ao todo pelo País, US$ 27 bilhões saem da região Nordeste, e outros U$ 28 bilhões, da Norte. Mas há uma concentração. No Nordeste, a Bahia exporta US$ 12 bilhões do total. Se fossem descontados da conta o Estado do Pará e a Vale, a região Norte cairia U$ 21 bilhões, ficando com somente US$ 7 bilhões de participação.A Alibaba e a Apex Brasil já assinaram um acordo de cooperação no ano passado. Agora, trabalham para ampliar o escopo de atuação.

”Já tive reuniões com eles no Brasil e voltando a gente vai fazer um programa de trabalho, uma coisa mais avançada. A gente tem uma cooperação e quer ver se amplia essa parceria para quem tem determinado chocolate orgânico, por exemplo, possa, facilmente, depois de treinado pela Apex, colocar no e-commerce e no mercado internacional aproveitando uma das maiores plataformas do mundo. Uma parte da plataforma deles é voltada só para esse tipo de negócio. Tem um potencial enorme no Brasil”, afirma Viana.

ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM - Jack Ma tem planos para o Brasil. Dono de uma fortuna estimada em US$ 33 bilhões, o fundador do Alibaba e mais famoso empresário chinês já atua no País por meio da varejista AliExpress e agora deseja ampliar sua presença. A ideia é virar uma opção de canal de vendas digital para pequenos e médios empreendedores nacionais, na via contrária da que usou para construir seu império digital e poder na China.

Com o AliExpress, o grupo Alibaba se consolidou como opção de loja online para brasileiros importarem da China produtos de alta tecnologia e industrializados em geral, com preços mais baixos do que os praticados no País e com entrega cada vez mais rápida. A importação pode ser feita por consumidores finais, pagando-se uma taxa de 60% à Receita Federal, quando aplicada. O processo ocorre por amostragem.

Agora, Jack Ma quer se colocar como ponte para produtos brasileiros – valorizados no maior mercado asiático – chegarem às casas dos chineses. Alguns produtos já são encontrados em outras plataformas do Alibaba, voltadas para o mercado interno da China. São rochas ornamentais, mel, própolis, sobretudo orgânicos, oleaginosas, café e açaí, por exemplo. As imagens expõem a bandeira do Brasil, mas o comerciante quase nunca é brasileiro, e na maioria das vezes vende de fora do País. O maior vendedor de açaí no Alibaba é belga. Até um tipo de tartaruga é vendido como brasileiro.

No atacado global, a exportação de produtos brasileiros para o mercado chinês foi de US$ 253 milhões, em 2021, dentro de todas as plataformas de e-commerce do Alibaba. Já as empresas americanas atingiram o patamar de US$ 61 bilhões enviados para a China.

O Alibaba também diz que uma série de produtos é apresentada como brasileira, mas na verdade não sai do País. A empresa estima que o Brasil perca mensalmente cerca de R$ 50 milhões em vendas para o mercado chinês.

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Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, reportagem acompanha visita de comitiva brasileira no prédio da gigante

Parceria

Para mudar esse cenário, a empresa buscou uma parceria com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é replicar no País o modelo do Taobao Villages, levando tecnologia para pequenos agricultores e cooperativas oferecerem produtos no e-commerce chinês. Eles seriam capacitados para exportar, vender e se adaptar a peculiaridades do consumidor chinês.

O projeto começou na China, onde chegou a 303 bilhões de produtos comercializados. A empresa quer oferecer nesse convênio a capacitação de agricultores, como técnicas de marketing digital e gravação de vídeos para exibir os produtos. O México já mandou empreendedores e autoridades locais para iniciar o processo. Cerca de 400 professores capacitam 8 mil alunos que vão aos vilarejos repassar conhecimento aos produtores locais.

”Há produtos que poderiam estar no mercado e o agricultor recebendo a renda direta. Nós acreditamos muito nesse projeto para o Brasil”, disse Felipe Daud, relações governamentais do Alibaba na América Latina. “É sempre um modelo que passa pela parceria com o governo. É uma forma de promover desenvolvimento sustentável, de promover acesso de pessoas que estavam excluídas ao mercado, aumentar a renda e combate à pobreza.”

Liderada pela Apex Brasil), comitiva brasileira visitou as instalações do grupo Alibaba em Pequim Foto: Felipe Frazão/Estadão

Taxação

O movimento ocorre no momento em que o presidente discute taxas de importação de varejistas asiáticas, que dominam o mercado brasileiro, como AliExpress, Shopee e Shein. Há pressão para que o governo recrudesça a taxação.

Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, executivos da empresa e uma delegação empresarial brasileira conversaram em Pequim. Liderada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, a comitiva visitou as instalações do grupo na capital chinesa. O Estadão acompanhou a visita no prédio da companhia, em Haidan District.

A plataforma AliExpress é fechada para o cidadão chinês. O principal e-commerce do grupo Alibaba voltado ao mercado interno é o T-Mall. Nele, empresas grandes e bem estabelecidas vendem produtos em geral. Uma marca de sandálias do Brasil internacionalmente reconhecida, as Havaianas, tem uma loja online na plataforma. Mas a experiência que o governo quer promover no País envolve outro modelo, o do e-commerce Taobao.

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Gigante chinesa quer ampliar lista de produtos brasileiros que ainda são poucos no país asiático

Essa segunda plataforma é voltada para comércio de pequenos produtores, e muito popular no interior da China. Enquanto a T-Mall opera de empresa para consumidor, o Taobao aceita o modelo consumidor-consumidor – qualquer pessoa que deseja empreender pode abrir uma loja virtual, sem muita experiência.

”Queremos trabalhar o incentivo a pequenas cooperativas, ao produtor familiar. Às vezes é um produtor de artesanato, de orgânico. A Itália faz muito. Queremos ver se a gente promove um novo crescimento das exportações do Brasil com olhar para quem tem produto de qualidade e não consegue crescer no mercado. Uma plataforma como a da Alibaba pode ser um espaço”, diz o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana.

O diagnóstico do governo federal é que o País exporta poucos produtos das regiões Norte e Nordeste. Segundo Viana, dos U$ 334 bilhões exportados ao todo pelo País, US$ 27 bilhões saem da região Nordeste, e outros U$ 28 bilhões, da Norte. Mas há uma concentração. No Nordeste, a Bahia exporta US$ 12 bilhões do total. Se fossem descontados da conta o Estado do Pará e a Vale, a região Norte cairia U$ 21 bilhões, ficando com somente US$ 7 bilhões de participação.A Alibaba e a Apex Brasil já assinaram um acordo de cooperação no ano passado. Agora, trabalham para ampliar o escopo de atuação.

”Já tive reuniões com eles no Brasil e voltando a gente vai fazer um programa de trabalho, uma coisa mais avançada. A gente tem uma cooperação e quer ver se amplia essa parceria para quem tem determinado chocolate orgânico, por exemplo, possa, facilmente, depois de treinado pela Apex, colocar no e-commerce e no mercado internacional aproveitando uma das maiores plataformas do mundo. Uma parte da plataforma deles é voltada só para esse tipo de negócio. Tem um potencial enorme no Brasil”, afirma Viana.

ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM - Jack Ma tem planos para o Brasil. Dono de uma fortuna estimada em US$ 33 bilhões, o fundador do Alibaba e mais famoso empresário chinês já atua no País por meio da varejista AliExpress e agora deseja ampliar sua presença. A ideia é virar uma opção de canal de vendas digital para pequenos e médios empreendedores nacionais, na via contrária da que usou para construir seu império digital e poder na China.

Com o AliExpress, o grupo Alibaba se consolidou como opção de loja online para brasileiros importarem da China produtos de alta tecnologia e industrializados em geral, com preços mais baixos do que os praticados no País e com entrega cada vez mais rápida. A importação pode ser feita por consumidores finais, pagando-se uma taxa de 60% à Receita Federal, quando aplicada. O processo ocorre por amostragem.

Agora, Jack Ma quer se colocar como ponte para produtos brasileiros – valorizados no maior mercado asiático – chegarem às casas dos chineses. Alguns produtos já são encontrados em outras plataformas do Alibaba, voltadas para o mercado interno da China. São rochas ornamentais, mel, própolis, sobretudo orgânicos, oleaginosas, café e açaí, por exemplo. As imagens expõem a bandeira do Brasil, mas o comerciante quase nunca é brasileiro, e na maioria das vezes vende de fora do País. O maior vendedor de açaí no Alibaba é belga. Até um tipo de tartaruga é vendido como brasileiro.

No atacado global, a exportação de produtos brasileiros para o mercado chinês foi de US$ 253 milhões, em 2021, dentro de todas as plataformas de e-commerce do Alibaba. Já as empresas americanas atingiram o patamar de US$ 61 bilhões enviados para a China.

O Alibaba também diz que uma série de produtos é apresentada como brasileira, mas na verdade não sai do País. A empresa estima que o Brasil perca mensalmente cerca de R$ 50 milhões em vendas para o mercado chinês.

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Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, reportagem acompanha visita de comitiva brasileira no prédio da gigante

Parceria

Para mudar esse cenário, a empresa buscou uma parceria com o governo Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é replicar no País o modelo do Taobao Villages, levando tecnologia para pequenos agricultores e cooperativas oferecerem produtos no e-commerce chinês. Eles seriam capacitados para exportar, vender e se adaptar a peculiaridades do consumidor chinês.

O projeto começou na China, onde chegou a 303 bilhões de produtos comercializados. A empresa quer oferecer nesse convênio a capacitação de agricultores, como técnicas de marketing digital e gravação de vídeos para exibir os produtos. O México já mandou empreendedores e autoridades locais para iniciar o processo. Cerca de 400 professores capacitam 8 mil alunos que vão aos vilarejos repassar conhecimento aos produtores locais.

”Há produtos que poderiam estar no mercado e o agricultor recebendo a renda direta. Nós acreditamos muito nesse projeto para o Brasil”, disse Felipe Daud, relações governamentais do Alibaba na América Latina. “É sempre um modelo que passa pela parceria com o governo. É uma forma de promover desenvolvimento sustentável, de promover acesso de pessoas que estavam excluídas ao mercado, aumentar a renda e combate à pobreza.”

Liderada pela Apex Brasil), comitiva brasileira visitou as instalações do grupo Alibaba em Pequim Foto: Felipe Frazão/Estadão

Taxação

O movimento ocorre no momento em que o presidente discute taxas de importação de varejistas asiáticas, que dominam o mercado brasileiro, como AliExpress, Shopee e Shein. Há pressão para que o governo recrudesça a taxação.

Na semana em que o bilionário Jack Ma retornou à China, executivos da empresa e uma delegação empresarial brasileira conversaram em Pequim. Liderada pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, a comitiva visitou as instalações do grupo na capital chinesa. O Estadão acompanhou a visita no prédio da companhia, em Haidan District.

A plataforma AliExpress é fechada para o cidadão chinês. O principal e-commerce do grupo Alibaba voltado ao mercado interno é o T-Mall. Nele, empresas grandes e bem estabelecidas vendem produtos em geral. Uma marca de sandálias do Brasil internacionalmente reconhecida, as Havaianas, tem uma loja online na plataforma. Mas a experiência que o governo quer promover no País envolve outro modelo, o do e-commerce Taobao.

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Essa segunda plataforma é voltada para comércio de pequenos produtores, e muito popular no interior da China. Enquanto a T-Mall opera de empresa para consumidor, o Taobao aceita o modelo consumidor-consumidor – qualquer pessoa que deseja empreender pode abrir uma loja virtual, sem muita experiência.

”Queremos trabalhar o incentivo a pequenas cooperativas, ao produtor familiar. Às vezes é um produtor de artesanato, de orgânico. A Itália faz muito. Queremos ver se a gente promove um novo crescimento das exportações do Brasil com olhar para quem tem produto de qualidade e não consegue crescer no mercado. Uma plataforma como a da Alibaba pode ser um espaço”, diz o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana.

O diagnóstico do governo federal é que o País exporta poucos produtos das regiões Norte e Nordeste. Segundo Viana, dos U$ 334 bilhões exportados ao todo pelo País, US$ 27 bilhões saem da região Nordeste, e outros U$ 28 bilhões, da Norte. Mas há uma concentração. No Nordeste, a Bahia exporta US$ 12 bilhões do total. Se fossem descontados da conta o Estado do Pará e a Vale, a região Norte cairia U$ 21 bilhões, ficando com somente US$ 7 bilhões de participação.A Alibaba e a Apex Brasil já assinaram um acordo de cooperação no ano passado. Agora, trabalham para ampliar o escopo de atuação.

”Já tive reuniões com eles no Brasil e voltando a gente vai fazer um programa de trabalho, uma coisa mais avançada. A gente tem uma cooperação e quer ver se amplia essa parceria para quem tem determinado chocolate orgânico, por exemplo, possa, facilmente, depois de treinado pela Apex, colocar no e-commerce e no mercado internacional aproveitando uma das maiores plataformas do mundo. Uma parte da plataforma deles é voltada só para esse tipo de negócio. Tem um potencial enorme no Brasil”, afirma Viana.

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