Alta de juro em janeiro não mostra mudança de tendência do crédito, diz Maciel


Aumento da taxa em janeiro foi puxada pela mudança no perfil da tomada de crédito, que buscou empréstimos mais caros

Por Fernando Nakagawa e da Agência Estado

Os aumentos de juro em janeiro e no levantamento preliminar de fevereiro ainda não representam uma mudança de tendência no comportamento do crédito. A avaliação é do chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "Ainda não conseguimos identificar se essa alta é uma mudança de comportamento, de tendência, ou se é um ponto fora da curva, como aconteceu em outubro de 2009, quando as taxas também subiram", afirmou.

 

Para Maciel, o aumento das taxas - que aconteceu a despeito da redução da inadimplência média - é resultado de diversos fatores. O principal deles é a mudança no perfil da tomada de crédito no mês passado, com mais clientes em busca de empréstimos mais caros, o que acaba elevando a média do mercado.

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Sazonalidade

 

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Em janeiro, segundo ele, empresas buscaram mais operações como a conta garantia - uma espécie de cheque especial da pessoa jurídica. Entre as famílias, muitos passaram a procurar empréstimos caros como o cheque especial e cartão de crédito. Esse movimento aumentou o juro médio praticado nos empréstimos.

 

Segundo Tulio, há uma sazonalidade tradicional no início do ano que aumenta a demanda por essas operações. Uma das hipóteses é que empresas e pessoas físicas têm despesas de início de ano concentradas, como impostos, despesas escolares e gastos do fim do ano, o que aumenta a demanda por essas linhas de crédito que são mais fáceis de tomar e que, por isso, têm juros mais elevados.

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Ele não descarta a hipótese de que a taxa subiu porque o spread bancário - diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado nos empréstimos - pode ter aumentado porque algumas instituições estariam antecipando eventual aumento de custos que pode ser gerado pela esperada alta dos juros - prevista para abril - e pela expectativa de parte dos analistas de que os depósitos compulsórios podem ser alterados.

 

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Outra explicação é a alteração do perfil do tomador de crédito com a entrada de novas empresas de menor porte e pessoas físicas com histórico recente de relacionamento com o sistema financeiro. Nesses dois casos, os clientes têm, potencialmente, maior risco de inadimplência, o que pode aumentar o juro praticado nessas operações.

 

Maciel rejeitou a avaliação de que empresas e famílias optem pelas operações caras porque já estariam completamente endividados em linhas mais baratas. Mas ele admite que no caso do crédito consignado com desconto em folha é possível que a diminuição do ritmo de concessões pode estar relacionado com a diminuição do espaço para que os trabalhadores e aposentados tomem novos financiamentos. "Você tem um público determinado, limitado", explicou.

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Maciel também negou que o aumento da taxa de juro em janeiro e fevereiro seja resultado exclusivo do aumento da margem de lucro pelas instituições financeiras. "É prematuro dizer que houve aumento da margem dos bancos. As razões para o aumento do juro ainda são frágeis", afirmou.

Os aumentos de juro em janeiro e no levantamento preliminar de fevereiro ainda não representam uma mudança de tendência no comportamento do crédito. A avaliação é do chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "Ainda não conseguimos identificar se essa alta é uma mudança de comportamento, de tendência, ou se é um ponto fora da curva, como aconteceu em outubro de 2009, quando as taxas também subiram", afirmou.

 

Para Maciel, o aumento das taxas - que aconteceu a despeito da redução da inadimplência média - é resultado de diversos fatores. O principal deles é a mudança no perfil da tomada de crédito no mês passado, com mais clientes em busca de empréstimos mais caros, o que acaba elevando a média do mercado.

 

Sazonalidade

 

Em janeiro, segundo ele, empresas buscaram mais operações como a conta garantia - uma espécie de cheque especial da pessoa jurídica. Entre as famílias, muitos passaram a procurar empréstimos caros como o cheque especial e cartão de crédito. Esse movimento aumentou o juro médio praticado nos empréstimos.

 

Segundo Tulio, há uma sazonalidade tradicional no início do ano que aumenta a demanda por essas operações. Uma das hipóteses é que empresas e pessoas físicas têm despesas de início de ano concentradas, como impostos, despesas escolares e gastos do fim do ano, o que aumenta a demanda por essas linhas de crédito que são mais fáceis de tomar e que, por isso, têm juros mais elevados.

 

Ele não descarta a hipótese de que a taxa subiu porque o spread bancário - diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado nos empréstimos - pode ter aumentado porque algumas instituições estariam antecipando eventual aumento de custos que pode ser gerado pela esperada alta dos juros - prevista para abril - e pela expectativa de parte dos analistas de que os depósitos compulsórios podem ser alterados.

 

Outra explicação é a alteração do perfil do tomador de crédito com a entrada de novas empresas de menor porte e pessoas físicas com histórico recente de relacionamento com o sistema financeiro. Nesses dois casos, os clientes têm, potencialmente, maior risco de inadimplência, o que pode aumentar o juro praticado nessas operações.

 

Maciel rejeitou a avaliação de que empresas e famílias optem pelas operações caras porque já estariam completamente endividados em linhas mais baratas. Mas ele admite que no caso do crédito consignado com desconto em folha é possível que a diminuição do ritmo de concessões pode estar relacionado com a diminuição do espaço para que os trabalhadores e aposentados tomem novos financiamentos. "Você tem um público determinado, limitado", explicou.

 

Maciel também negou que o aumento da taxa de juro em janeiro e fevereiro seja resultado exclusivo do aumento da margem de lucro pelas instituições financeiras. "É prematuro dizer que houve aumento da margem dos bancos. As razões para o aumento do juro ainda são frágeis", afirmou.

Os aumentos de juro em janeiro e no levantamento preliminar de fevereiro ainda não representam uma mudança de tendência no comportamento do crédito. A avaliação é do chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "Ainda não conseguimos identificar se essa alta é uma mudança de comportamento, de tendência, ou se é um ponto fora da curva, como aconteceu em outubro de 2009, quando as taxas também subiram", afirmou.

 

Para Maciel, o aumento das taxas - que aconteceu a despeito da redução da inadimplência média - é resultado de diversos fatores. O principal deles é a mudança no perfil da tomada de crédito no mês passado, com mais clientes em busca de empréstimos mais caros, o que acaba elevando a média do mercado.

 

Sazonalidade

 

Em janeiro, segundo ele, empresas buscaram mais operações como a conta garantia - uma espécie de cheque especial da pessoa jurídica. Entre as famílias, muitos passaram a procurar empréstimos caros como o cheque especial e cartão de crédito. Esse movimento aumentou o juro médio praticado nos empréstimos.

 

Segundo Tulio, há uma sazonalidade tradicional no início do ano que aumenta a demanda por essas operações. Uma das hipóteses é que empresas e pessoas físicas têm despesas de início de ano concentradas, como impostos, despesas escolares e gastos do fim do ano, o que aumenta a demanda por essas linhas de crédito que são mais fáceis de tomar e que, por isso, têm juros mais elevados.

 

Ele não descarta a hipótese de que a taxa subiu porque o spread bancário - diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado nos empréstimos - pode ter aumentado porque algumas instituições estariam antecipando eventual aumento de custos que pode ser gerado pela esperada alta dos juros - prevista para abril - e pela expectativa de parte dos analistas de que os depósitos compulsórios podem ser alterados.

 

Outra explicação é a alteração do perfil do tomador de crédito com a entrada de novas empresas de menor porte e pessoas físicas com histórico recente de relacionamento com o sistema financeiro. Nesses dois casos, os clientes têm, potencialmente, maior risco de inadimplência, o que pode aumentar o juro praticado nessas operações.

 

Maciel rejeitou a avaliação de que empresas e famílias optem pelas operações caras porque já estariam completamente endividados em linhas mais baratas. Mas ele admite que no caso do crédito consignado com desconto em folha é possível que a diminuição do ritmo de concessões pode estar relacionado com a diminuição do espaço para que os trabalhadores e aposentados tomem novos financiamentos. "Você tem um público determinado, limitado", explicou.

 

Maciel também negou que o aumento da taxa de juro em janeiro e fevereiro seja resultado exclusivo do aumento da margem de lucro pelas instituições financeiras. "É prematuro dizer que houve aumento da margem dos bancos. As razões para o aumento do juro ainda são frágeis", afirmou.

Os aumentos de juro em janeiro e no levantamento preliminar de fevereiro ainda não representam uma mudança de tendência no comportamento do crédito. A avaliação é do chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "Ainda não conseguimos identificar se essa alta é uma mudança de comportamento, de tendência, ou se é um ponto fora da curva, como aconteceu em outubro de 2009, quando as taxas também subiram", afirmou.

 

Para Maciel, o aumento das taxas - que aconteceu a despeito da redução da inadimplência média - é resultado de diversos fatores. O principal deles é a mudança no perfil da tomada de crédito no mês passado, com mais clientes em busca de empréstimos mais caros, o que acaba elevando a média do mercado.

 

Sazonalidade

 

Em janeiro, segundo ele, empresas buscaram mais operações como a conta garantia - uma espécie de cheque especial da pessoa jurídica. Entre as famílias, muitos passaram a procurar empréstimos caros como o cheque especial e cartão de crédito. Esse movimento aumentou o juro médio praticado nos empréstimos.

 

Segundo Tulio, há uma sazonalidade tradicional no início do ano que aumenta a demanda por essas operações. Uma das hipóteses é que empresas e pessoas físicas têm despesas de início de ano concentradas, como impostos, despesas escolares e gastos do fim do ano, o que aumenta a demanda por essas linhas de crédito que são mais fáceis de tomar e que, por isso, têm juros mais elevados.

 

Ele não descarta a hipótese de que a taxa subiu porque o spread bancário - diferença entre a taxa de captação e o juro cobrado nos empréstimos - pode ter aumentado porque algumas instituições estariam antecipando eventual aumento de custos que pode ser gerado pela esperada alta dos juros - prevista para abril - e pela expectativa de parte dos analistas de que os depósitos compulsórios podem ser alterados.

 

Outra explicação é a alteração do perfil do tomador de crédito com a entrada de novas empresas de menor porte e pessoas físicas com histórico recente de relacionamento com o sistema financeiro. Nesses dois casos, os clientes têm, potencialmente, maior risco de inadimplência, o que pode aumentar o juro praticado nessas operações.

 

Maciel rejeitou a avaliação de que empresas e famílias optem pelas operações caras porque já estariam completamente endividados em linhas mais baratas. Mas ele admite que no caso do crédito consignado com desconto em folha é possível que a diminuição do ritmo de concessões pode estar relacionado com a diminuição do espaço para que os trabalhadores e aposentados tomem novos financiamentos. "Você tem um público determinado, limitado", explicou.

 

Maciel também negou que o aumento da taxa de juro em janeiro e fevereiro seja resultado exclusivo do aumento da margem de lucro pelas instituições financeiras. "É prematuro dizer que houve aumento da margem dos bancos. As razões para o aumento do juro ainda são frágeis", afirmou.

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