Americanas busca alternativa para conseguir crédito e pagar fornecedores e funcionários


Varejista foca em manter a operação da companhia no curto prazo

Por Talita Nascimento

Da última vez que a Americanas falou sobre o montante de dinheiro que tinha para tocar o negócio, a varejista alegou que os bancos a deixaram com cerca de R$ 250 milhões em caixa. A situação levou a companhia a entrar em recuperação judicial uma semana após o rombo contábil de R$ 20 bilhões vir à tona. Com o processo em curso, a situação de caixa da companhia ainda é periclitante e o foco é manter a operação da companhia no curto prazo. Com recursos limitados, o foco tem sido o pagamento de funcionários e as compras com fornecedores, que estão duros na negociação.

Com recursos limitados, o foco da Americanas tem sido o pagamento de funcionários e as compras com fornecedores Foto: Taba Benedicto/Estadão

Para obter mais recursos, a empresa tem diversas frentes de trabalho acontecendo simultaneamente às tentativas de negociação com os bancos. A busca de empréstimos que tenham como garantia unidades de negócios é um dos atalhos possíveis enquanto não há um plano de recuperação estruturado, de acordo com fontes. Como a empresa não pode esperar até que o plano esteja pronto para vender partes da companhia, há conversas para os chamados “empréstimos-ponte”, que tenham como fiança unidades da empresa.

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Outra frente ativa é a negociação para voltar a conseguir antecipar recebíveis de cartão. A empresa tem cerca de R$ 3 bilhões de seu caixa que ficaram inacessíveis conforme suas notas de crédito caíram e as operações de antecipação pararam de ser feitas. Além disso, a Americanas segue em batalha judicial para que os bancos que retiveram seus recursos devolvam os valores. Por enquanto, BTG Pactual e BV conseguiram autorização para continuar com os cerca de R$ 1,4 bilhão que conseguiram capturar antes da liminar que protegia a Americanas contra credores passar a valer.

“O caixa varia com essas decisões contra e a favor”, diz uma fonte que participa das negociações. “Temos de manter o paciente vivo e ele está na UTI”, afirma, comparando a situação a uma guerra, na qual o ferido é a Americanas. Ela avalia, que nessas negociações, a credibilidade é o mais importante e que, de agora em diante, os responsáveis pela sobrevivência da empresa vão buscar demonstrar transparência nas informações para tornar o diálogo mais fluido.

Sobrevivência

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A sobrevivência de uma empresa de varejo depende da venda. Para isso, é preciso que haja produto. Logo, juntamente com o pagamento de funcionários, as novas compras com fornecedores são a prioridade no momento. As negociações, porém, não têm sido fáceis. “A verdade é que, nessa situação, dificilmente os fornecedores nos dão crédito. As negociações têm de ser feitas mediante pagamento a vista ou via crédito de terceiros”, diz a mesma fonte.

Todas essas possibilidades, porém, não mudam a certeza de que o negócio da Americanas terá de ser reformulado para existir no futuro. Mudanças no modelo de negócios que podem passar por enxugar a operação de lojas físicas estão no radar para análises futuras.

Da última vez que a Americanas falou sobre o montante de dinheiro que tinha para tocar o negócio, a varejista alegou que os bancos a deixaram com cerca de R$ 250 milhões em caixa. A situação levou a companhia a entrar em recuperação judicial uma semana após o rombo contábil de R$ 20 bilhões vir à tona. Com o processo em curso, a situação de caixa da companhia ainda é periclitante e o foco é manter a operação da companhia no curto prazo. Com recursos limitados, o foco tem sido o pagamento de funcionários e as compras com fornecedores, que estão duros na negociação.

Com recursos limitados, o foco da Americanas tem sido o pagamento de funcionários e as compras com fornecedores Foto: Taba Benedicto/Estadão

Para obter mais recursos, a empresa tem diversas frentes de trabalho acontecendo simultaneamente às tentativas de negociação com os bancos. A busca de empréstimos que tenham como garantia unidades de negócios é um dos atalhos possíveis enquanto não há um plano de recuperação estruturado, de acordo com fontes. Como a empresa não pode esperar até que o plano esteja pronto para vender partes da companhia, há conversas para os chamados “empréstimos-ponte”, que tenham como fiança unidades da empresa.

Outra frente ativa é a negociação para voltar a conseguir antecipar recebíveis de cartão. A empresa tem cerca de R$ 3 bilhões de seu caixa que ficaram inacessíveis conforme suas notas de crédito caíram e as operações de antecipação pararam de ser feitas. Além disso, a Americanas segue em batalha judicial para que os bancos que retiveram seus recursos devolvam os valores. Por enquanto, BTG Pactual e BV conseguiram autorização para continuar com os cerca de R$ 1,4 bilhão que conseguiram capturar antes da liminar que protegia a Americanas contra credores passar a valer.

“O caixa varia com essas decisões contra e a favor”, diz uma fonte que participa das negociações. “Temos de manter o paciente vivo e ele está na UTI”, afirma, comparando a situação a uma guerra, na qual o ferido é a Americanas. Ela avalia, que nessas negociações, a credibilidade é o mais importante e que, de agora em diante, os responsáveis pela sobrevivência da empresa vão buscar demonstrar transparência nas informações para tornar o diálogo mais fluido.

Sobrevivência

A sobrevivência de uma empresa de varejo depende da venda. Para isso, é preciso que haja produto. Logo, juntamente com o pagamento de funcionários, as novas compras com fornecedores são a prioridade no momento. As negociações, porém, não têm sido fáceis. “A verdade é que, nessa situação, dificilmente os fornecedores nos dão crédito. As negociações têm de ser feitas mediante pagamento a vista ou via crédito de terceiros”, diz a mesma fonte.

Todas essas possibilidades, porém, não mudam a certeza de que o negócio da Americanas terá de ser reformulado para existir no futuro. Mudanças no modelo de negócios que podem passar por enxugar a operação de lojas físicas estão no radar para análises futuras.

Da última vez que a Americanas falou sobre o montante de dinheiro que tinha para tocar o negócio, a varejista alegou que os bancos a deixaram com cerca de R$ 250 milhões em caixa. A situação levou a companhia a entrar em recuperação judicial uma semana após o rombo contábil de R$ 20 bilhões vir à tona. Com o processo em curso, a situação de caixa da companhia ainda é periclitante e o foco é manter a operação da companhia no curto prazo. Com recursos limitados, o foco tem sido o pagamento de funcionários e as compras com fornecedores, que estão duros na negociação.

Com recursos limitados, o foco da Americanas tem sido o pagamento de funcionários e as compras com fornecedores Foto: Taba Benedicto/Estadão

Para obter mais recursos, a empresa tem diversas frentes de trabalho acontecendo simultaneamente às tentativas de negociação com os bancos. A busca de empréstimos que tenham como garantia unidades de negócios é um dos atalhos possíveis enquanto não há um plano de recuperação estruturado, de acordo com fontes. Como a empresa não pode esperar até que o plano esteja pronto para vender partes da companhia, há conversas para os chamados “empréstimos-ponte”, que tenham como fiança unidades da empresa.

Outra frente ativa é a negociação para voltar a conseguir antecipar recebíveis de cartão. A empresa tem cerca de R$ 3 bilhões de seu caixa que ficaram inacessíveis conforme suas notas de crédito caíram e as operações de antecipação pararam de ser feitas. Além disso, a Americanas segue em batalha judicial para que os bancos que retiveram seus recursos devolvam os valores. Por enquanto, BTG Pactual e BV conseguiram autorização para continuar com os cerca de R$ 1,4 bilhão que conseguiram capturar antes da liminar que protegia a Americanas contra credores passar a valer.

“O caixa varia com essas decisões contra e a favor”, diz uma fonte que participa das negociações. “Temos de manter o paciente vivo e ele está na UTI”, afirma, comparando a situação a uma guerra, na qual o ferido é a Americanas. Ela avalia, que nessas negociações, a credibilidade é o mais importante e que, de agora em diante, os responsáveis pela sobrevivência da empresa vão buscar demonstrar transparência nas informações para tornar o diálogo mais fluido.

Sobrevivência

A sobrevivência de uma empresa de varejo depende da venda. Para isso, é preciso que haja produto. Logo, juntamente com o pagamento de funcionários, as novas compras com fornecedores são a prioridade no momento. As negociações, porém, não têm sido fáceis. “A verdade é que, nessa situação, dificilmente os fornecedores nos dão crédito. As negociações têm de ser feitas mediante pagamento a vista ou via crédito de terceiros”, diz a mesma fonte.

Todas essas possibilidades, porém, não mudam a certeza de que o negócio da Americanas terá de ser reformulado para existir no futuro. Mudanças no modelo de negócios que podem passar por enxugar a operação de lojas físicas estão no radar para análises futuras.

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