Americanas devolve 20% dos galpões de armazenagem, base de operação do e-commerce


Companhia fechou centro de distribuição em Fortaleza (CE) e já vinha reduzindo áreas ao longo de 2022, antes do pedido de recuperação Judicial

Por Márcia De Chiara
Atualização:

A Americanas, uma das gigantes do comércio eletrônico, já vinha devolvendo espaços de armazenagem antes do pedido de recuperação judicial feito pela varejista no dia 19 de janeiro. E essa prática continuou no início deste ano.

A empresa fechou um centro de distribuição em Fortaleza (CE). Agora, a operação da varejista no Ceará terá como base o centro de distribuição em Recife (PE).

O enxugamento e a devolução de áreas de armazenagem preocupa as empresas gestoras de condomínios de galpões logísticos, especialmente os localizados em regiões nas quais a taxa de vacância já é alta ou onde a varejista tem grande participação na ocupação dos armazéns. Nestes casos, a devolução dos espaços pode ter impacto no valor dos aluguéis.

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Um levantamento nacional feito pela SDS Properties, imobiliária especializada em galpões em condomínios logísticos, mostra que no ano passado a companhia chegou a ocupar 830 mil metros quadrados (m²) em condomínios logísticos espalhados pelo País. Desse total, a Americanas devolveu quase 20%. Foram desocupados 159 mil m², espalhados entre Betim (MG), Resende (RJ), Cajamar (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Para este ano, serão devolvidos mais 69 mil m² distribuídos em condomínios logísticos localizados na Grande Curitiba (PR), Grande Porto Alegre (RS) e Hortolândia (SP).

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“As devoluções podem afetar pontualmente os preços em mercados onde a vacância é elevada”, afirma Simone Santos, CEO da imobiliária e responsável pelo levantamento. Das devoluções feitas até o momento, ela aponta esse risco para Porto Alegre (RS), onde a vacância chega a quase 17%. A localidade tem taxa de desocupação bem acima da média nacional, que é de 10,4%, segundo a especialista.

Já em outras regiões, como Grande Curitiba (PR), São Paulo e Grande Belo Horizonte (MG), o reflexo das devoluções deve ser menor, pois são localidades muito demandadas, observa.

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Em novembro do ano passado, a Americanas avisou que devolveria 26 mil m² de um galpão no condomínio logístico em Hortolândia (SP), da gestora RBR, por exemplo. Pelo contrato, a varejista tem de cumprir 12 meses de aviso prévio até entregar o imóvel. Ou seja, a desocupação está prevista para novembro deste ano.

“A desocupação desse imóvel em Hortolândia não nos causa muita preocupação”, afirma Gabriel Martins, sócio da gestora. Localizado a 90 quilômetros da capital paulista, o empreendimento fica num raio onde a demanda por galpões está aquecida.

Segundo Martins, o mercado hoje na região de Hortolândia está mais favorável aos locadores de galpões em relação a 2021, quando o imóvel foi alugado para Americanas. A vacância na região é baixa e ele acredita que poderá alugar por um preço maior do que locou para Americanas e, ainda, antes do vencimento do prazo de aviso prévio. “Temos interessados visitando o imóvel”, conta.

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Das áreas onde a Americanas tem galpões alugados, cujas devoluções poderiam ter impacto no mercado, caso ocorram, Simone aponta Recife (PE), onde a varejista ocupa 100 mil m² ou 10% do estoque local. Pará também integra essa lista de impacto, onde a varejista ocupa 60 mil m² ou 50% do estoque local. O Rio de Janeiro preocupa. A empresa ocupa, segundo Simone, cerca de 80 mil m² de galpões e a cidade tem uma das maiores taxas de vacância do Brasil, de 16%. O Rio teve também o pior desempenho em volume de locações no ano passado.

O movimento feito pela Americanas de devolução de áreas de armazenagem, desde o do ano passado, é interpretado pelo mercado como um erro da companhia, que teria exagerado nas projeções de vendas do e-commerce. Com a pandemia e o boom do comércio eletrônico, a varejista expandiu rapidamente a malha logística. No entanto, acredita-se que o aumento do volume de vendas não foi no mesmo ritmo do avanço das expectativas.

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Procurada, a Americanas informou, por meio de nota, que o encerramento de parte da operação nos centros logísticos citados pela reportagem já fazia parte de uma estratégia de otimização dos espaços de armazenagem, em andamento desde 2022 e que é comum a todo o varejo.

De acordo com a empresa, a iniciativa não causou impactos de entrega aos clientes. Isso porque as mais de 1.800 lojas físicas da Americanas, localizadas em mais de 900 cidades do País, funcionam como mini hubs de distribuição para agilizar a operação logística nos respectivos municípios onde estão instaladas, diz a companhia. Para 2023, a Americanas informa que “o planejamento logístico está sendo revisto considerando a nova realidade financeira da companhia, mas que ainda não há definições”.

A Americanas, uma das gigantes do comércio eletrônico, já vinha devolvendo espaços de armazenagem antes do pedido de recuperação judicial feito pela varejista no dia 19 de janeiro. E essa prática continuou no início deste ano.

A empresa fechou um centro de distribuição em Fortaleza (CE). Agora, a operação da varejista no Ceará terá como base o centro de distribuição em Recife (PE).

O enxugamento e a devolução de áreas de armazenagem preocupa as empresas gestoras de condomínios de galpões logísticos, especialmente os localizados em regiões nas quais a taxa de vacância já é alta ou onde a varejista tem grande participação na ocupação dos armazéns. Nestes casos, a devolução dos espaços pode ter impacto no valor dos aluguéis.

Um levantamento nacional feito pela SDS Properties, imobiliária especializada em galpões em condomínios logísticos, mostra que no ano passado a companhia chegou a ocupar 830 mil metros quadrados (m²) em condomínios logísticos espalhados pelo País. Desse total, a Americanas devolveu quase 20%. Foram desocupados 159 mil m², espalhados entre Betim (MG), Resende (RJ), Cajamar (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Para este ano, serão devolvidos mais 69 mil m² distribuídos em condomínios logísticos localizados na Grande Curitiba (PR), Grande Porto Alegre (RS) e Hortolândia (SP).

“As devoluções podem afetar pontualmente os preços em mercados onde a vacância é elevada”, afirma Simone Santos, CEO da imobiliária e responsável pelo levantamento. Das devoluções feitas até o momento, ela aponta esse risco para Porto Alegre (RS), onde a vacância chega a quase 17%. A localidade tem taxa de desocupação bem acima da média nacional, que é de 10,4%, segundo a especialista.

Já em outras regiões, como Grande Curitiba (PR), São Paulo e Grande Belo Horizonte (MG), o reflexo das devoluções deve ser menor, pois são localidades muito demandadas, observa.

Em novembro do ano passado, a Americanas avisou que devolveria 26 mil m² de um galpão no condomínio logístico em Hortolândia (SP), da gestora RBR, por exemplo. Pelo contrato, a varejista tem de cumprir 12 meses de aviso prévio até entregar o imóvel. Ou seja, a desocupação está prevista para novembro deste ano.

“A desocupação desse imóvel em Hortolândia não nos causa muita preocupação”, afirma Gabriel Martins, sócio da gestora. Localizado a 90 quilômetros da capital paulista, o empreendimento fica num raio onde a demanda por galpões está aquecida.

Segundo Martins, o mercado hoje na região de Hortolândia está mais favorável aos locadores de galpões em relação a 2021, quando o imóvel foi alugado para Americanas. A vacância na região é baixa e ele acredita que poderá alugar por um preço maior do que locou para Americanas e, ainda, antes do vencimento do prazo de aviso prévio. “Temos interessados visitando o imóvel”, conta.

Das áreas onde a Americanas tem galpões alugados, cujas devoluções poderiam ter impacto no mercado, caso ocorram, Simone aponta Recife (PE), onde a varejista ocupa 100 mil m² ou 10% do estoque local. Pará também integra essa lista de impacto, onde a varejista ocupa 60 mil m² ou 50% do estoque local. O Rio de Janeiro preocupa. A empresa ocupa, segundo Simone, cerca de 80 mil m² de galpões e a cidade tem uma das maiores taxas de vacância do Brasil, de 16%. O Rio teve também o pior desempenho em volume de locações no ano passado.

O movimento feito pela Americanas de devolução de áreas de armazenagem, desde o do ano passado, é interpretado pelo mercado como um erro da companhia, que teria exagerado nas projeções de vendas do e-commerce. Com a pandemia e o boom do comércio eletrônico, a varejista expandiu rapidamente a malha logística. No entanto, acredita-se que o aumento do volume de vendas não foi no mesmo ritmo do avanço das expectativas.

Procurada, a Americanas informou, por meio de nota, que o encerramento de parte da operação nos centros logísticos citados pela reportagem já fazia parte de uma estratégia de otimização dos espaços de armazenagem, em andamento desde 2022 e que é comum a todo o varejo.

De acordo com a empresa, a iniciativa não causou impactos de entrega aos clientes. Isso porque as mais de 1.800 lojas físicas da Americanas, localizadas em mais de 900 cidades do País, funcionam como mini hubs de distribuição para agilizar a operação logística nos respectivos municípios onde estão instaladas, diz a companhia. Para 2023, a Americanas informa que “o planejamento logístico está sendo revisto considerando a nova realidade financeira da companhia, mas que ainda não há definições”.

A Americanas, uma das gigantes do comércio eletrônico, já vinha devolvendo espaços de armazenagem antes do pedido de recuperação judicial feito pela varejista no dia 19 de janeiro. E essa prática continuou no início deste ano.

A empresa fechou um centro de distribuição em Fortaleza (CE). Agora, a operação da varejista no Ceará terá como base o centro de distribuição em Recife (PE).

O enxugamento e a devolução de áreas de armazenagem preocupa as empresas gestoras de condomínios de galpões logísticos, especialmente os localizados em regiões nas quais a taxa de vacância já é alta ou onde a varejista tem grande participação na ocupação dos armazéns. Nestes casos, a devolução dos espaços pode ter impacto no valor dos aluguéis.

Um levantamento nacional feito pela SDS Properties, imobiliária especializada em galpões em condomínios logísticos, mostra que no ano passado a companhia chegou a ocupar 830 mil metros quadrados (m²) em condomínios logísticos espalhados pelo País. Desse total, a Americanas devolveu quase 20%. Foram desocupados 159 mil m², espalhados entre Betim (MG), Resende (RJ), Cajamar (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Para este ano, serão devolvidos mais 69 mil m² distribuídos em condomínios logísticos localizados na Grande Curitiba (PR), Grande Porto Alegre (RS) e Hortolândia (SP).

“As devoluções podem afetar pontualmente os preços em mercados onde a vacância é elevada”, afirma Simone Santos, CEO da imobiliária e responsável pelo levantamento. Das devoluções feitas até o momento, ela aponta esse risco para Porto Alegre (RS), onde a vacância chega a quase 17%. A localidade tem taxa de desocupação bem acima da média nacional, que é de 10,4%, segundo a especialista.

Já em outras regiões, como Grande Curitiba (PR), São Paulo e Grande Belo Horizonte (MG), o reflexo das devoluções deve ser menor, pois são localidades muito demandadas, observa.

Em novembro do ano passado, a Americanas avisou que devolveria 26 mil m² de um galpão no condomínio logístico em Hortolândia (SP), da gestora RBR, por exemplo. Pelo contrato, a varejista tem de cumprir 12 meses de aviso prévio até entregar o imóvel. Ou seja, a desocupação está prevista para novembro deste ano.

“A desocupação desse imóvel em Hortolândia não nos causa muita preocupação”, afirma Gabriel Martins, sócio da gestora. Localizado a 90 quilômetros da capital paulista, o empreendimento fica num raio onde a demanda por galpões está aquecida.

Segundo Martins, o mercado hoje na região de Hortolândia está mais favorável aos locadores de galpões em relação a 2021, quando o imóvel foi alugado para Americanas. A vacância na região é baixa e ele acredita que poderá alugar por um preço maior do que locou para Americanas e, ainda, antes do vencimento do prazo de aviso prévio. “Temos interessados visitando o imóvel”, conta.

Das áreas onde a Americanas tem galpões alugados, cujas devoluções poderiam ter impacto no mercado, caso ocorram, Simone aponta Recife (PE), onde a varejista ocupa 100 mil m² ou 10% do estoque local. Pará também integra essa lista de impacto, onde a varejista ocupa 60 mil m² ou 50% do estoque local. O Rio de Janeiro preocupa. A empresa ocupa, segundo Simone, cerca de 80 mil m² de galpões e a cidade tem uma das maiores taxas de vacância do Brasil, de 16%. O Rio teve também o pior desempenho em volume de locações no ano passado.

O movimento feito pela Americanas de devolução de áreas de armazenagem, desde o do ano passado, é interpretado pelo mercado como um erro da companhia, que teria exagerado nas projeções de vendas do e-commerce. Com a pandemia e o boom do comércio eletrônico, a varejista expandiu rapidamente a malha logística. No entanto, acredita-se que o aumento do volume de vendas não foi no mesmo ritmo do avanço das expectativas.

Procurada, a Americanas informou, por meio de nota, que o encerramento de parte da operação nos centros logísticos citados pela reportagem já fazia parte de uma estratégia de otimização dos espaços de armazenagem, em andamento desde 2022 e que é comum a todo o varejo.

De acordo com a empresa, a iniciativa não causou impactos de entrega aos clientes. Isso porque as mais de 1.800 lojas físicas da Americanas, localizadas em mais de 900 cidades do País, funcionam como mini hubs de distribuição para agilizar a operação logística nos respectivos municípios onde estão instaladas, diz a companhia. Para 2023, a Americanas informa que “o planejamento logístico está sendo revisto considerando a nova realidade financeira da companhia, mas que ainda não há definições”.

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