Bar secreto em SP cobra até R$ 30 mil dos sócios e busca ser local para executivos fecharem negócios


Apenas membros e seus convidados podem entrar no estabelecimento

Por Lucas Agrela e Luciana Dyniewicz
Atualização:

Um bar em São Paulo cujo endereço é secreto e que não tem fotos de seu espaço na internet tem buscado reunir empresários e executivos para fazerem relacionamento e fecharem negócios. Para entrar no estabelecimento, porém, é preciso ser membro do “clube” ou indicado por um dos membros.

“O objetivo é que o bar seja frequentado por pessoas incríveis, que gerem negócios aqui dentro. Queremos ser um palco de novas empresas, que os membros conheçam seus futuros sócios aqui”, diz David Politanski, criador do bar Sweet Secrets e diretor de vendas do Google.

Para isso, o Sweet Secrets aposta na exclusividade. O Estadão ouviu de membros que o preço para frequentar o local varia de “pouco menos de R$ 15 mil” até R$ 30 mil por ano, com parte do valor consumível no estabelecimento. Segundo Politanksi, o preço varia conforme a demanda.

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O bar foi inaugurado em novembro de 2021, após Politanski, seu sócio Felipe Lombardi e outros sete investidores colocarem R$ 9 milhões no projeto. À época, cem pessoas foram convidadas para serem membros. Hoje, são 215, e há uma fila de espera com cerca de 150 nomes, de acordo com Politanksi. São abertas 10 vagas por mês para novos membros. “Não temos um limite de membros. Vamos adicionando conforme sentimos a demanda de reservas dos membros atuais”, diz o empresário.

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Entrar nessa fila também não é simples. É preciso ser indicado por um atual membro. Depois da indicação, o LinkedIn do candidato também é analisado. Para fazer parte do “clube”, é preciso pagar uma assinatura anual.

Vice-presidente da Oracle, Leandro Vieira conta que pagou quase R$ 15 mil (consumíveis) para ser membro do Sweet Secrets. Antes, no entanto, ficou três meses na fila e preencheu uma ficha onde teve de explicar os motivos que o faziam querer frequentar o bar.

“As pessoas lá querem fazer negócio. Não é só diversão. Esse processo para fazer parte dá segurança para os membros, que veem que é algo sério”, diz Vieira. “Os fundadores precisam rentabilizar o negócio, mas não querem fazer isso a qualquer custo. Eles fazem uma curadoria muito legal das pessoas que estão lá dentro”, acrescenta.

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Felipe Lombardi e David Politanski, sócios do projeto em que foram investidos R$ 9 milhões Foto: TABA BENEDICTO

O executivo já levou ao Sweet Secrets funcionários de sua equipe de trabalho para comemorar resultados, além de padrinhos de casamento e clientes. “É uma mistura de vida pessoal e negócios.”

Vieira conta que o que mais lhe chama atenção no estabelecimento é a proibição para tirar fotos. “Isso faz com que você praticamente não use o celular. Achei uma baita sacada não só porque mantém o segredo e torna o ambiente mais sedutor, mas porque você deixa o celular de lado para realmente conversar com as pessoas.”

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O Sweet Secrets é um “speeakeasy”, ou seja, é inspirado nos estabelecimentos americanos dos anos de 1920, época em que era proibido beber e, por isso, os bares eram secretos. Ele fica escondido por uma fachada de uma loja de doces. A porta fica atrás de uma máquina de chocolates e balas e, para atravessar o corredor que conecta a loja ao bar, o cliente pode subir em um cavalo de carrossel.

Lá dentro, são servidos pratos criados pelo chef Luiz Filipe Souza, do premiado Evvai (uma estrela Michelin em 2020). Os drinks, que chegam a R$ 100, são do bartender peruano Aaron Diaz, e artistas se revezam cantando durante a noite.

Bar fica atrás de loja de doces Foto: TABA BENEDICTO
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Glauber Mota, presidente da fintech britânica Revolut no Brasil, está entre os executivos que frequentam o Sweet Secrets. “Por ser somente para membros e seus convidados, acaba sendo um local mais reservado e discreto para quem quer ter privacidade, seja para encontros pessoais ou de negócios, e ter um momento agradável fora dos holofotes. Acredito que seja por isso que encontrei por lá executivos, artistas, atletas e outras personalidades importantes, cada um com sua programação e grupo de amigos e convidados”, diz Mota.

Eduardo de Freitas, presidente da Darthy Gráfica, conta que fechou contratos “milionários” ao levar clientes em potencial para o Sweet Secrets, ao se conectar com pessoas e empresas que estavam fora da sua programação habitual. O empresário diz também que o ambiente deixa as pessoas mais propensas a discutir propostas de negócio.

“Há o caso famoso de um estudo feito com juízes nos EUA sobre as sentenças, que variavam conforme o momento do dia. No fim do dia, a decisão tende a ser menos elaborada do que pela manhã. Isso se aplica aos negócios também. As pessoas tendem a não te ouvir tanto quanto você gostaria. Mas o ambiente do bar muda isso, revigora o ânimo dos clientes e ajuda a fechar negócios”, diz.

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Edwin Junior, cofundador da Jones, agência nascida a partir da empresa de marketing digital Adventures, frequenta o bar para buscar negócios e já conseguiu clientes de grande porte por lá. “A assinatura vale muito a pena para nós. As contas que assinamos normalmente são de milhões de reais por ano. O Sweet Secrets recebe antecipadamente o valor (da assinatura) e nós colocamos essa despesa no nosso orçamento”, afirma.

Um bar em São Paulo cujo endereço é secreto e que não tem fotos de seu espaço na internet tem buscado reunir empresários e executivos para fazerem relacionamento e fecharem negócios. Para entrar no estabelecimento, porém, é preciso ser membro do “clube” ou indicado por um dos membros.

“O objetivo é que o bar seja frequentado por pessoas incríveis, que gerem negócios aqui dentro. Queremos ser um palco de novas empresas, que os membros conheçam seus futuros sócios aqui”, diz David Politanski, criador do bar Sweet Secrets e diretor de vendas do Google.

Para isso, o Sweet Secrets aposta na exclusividade. O Estadão ouviu de membros que o preço para frequentar o local varia de “pouco menos de R$ 15 mil” até R$ 30 mil por ano, com parte do valor consumível no estabelecimento. Segundo Politanksi, o preço varia conforme a demanda.

O bar foi inaugurado em novembro de 2021, após Politanski, seu sócio Felipe Lombardi e outros sete investidores colocarem R$ 9 milhões no projeto. À época, cem pessoas foram convidadas para serem membros. Hoje, são 215, e há uma fila de espera com cerca de 150 nomes, de acordo com Politanksi. São abertas 10 vagas por mês para novos membros. “Não temos um limite de membros. Vamos adicionando conforme sentimos a demanda de reservas dos membros atuais”, diz o empresário.

Entrar nessa fila também não é simples. É preciso ser indicado por um atual membro. Depois da indicação, o LinkedIn do candidato também é analisado. Para fazer parte do “clube”, é preciso pagar uma assinatura anual.

Vice-presidente da Oracle, Leandro Vieira conta que pagou quase R$ 15 mil (consumíveis) para ser membro do Sweet Secrets. Antes, no entanto, ficou três meses na fila e preencheu uma ficha onde teve de explicar os motivos que o faziam querer frequentar o bar.

“As pessoas lá querem fazer negócio. Não é só diversão. Esse processo para fazer parte dá segurança para os membros, que veem que é algo sério”, diz Vieira. “Os fundadores precisam rentabilizar o negócio, mas não querem fazer isso a qualquer custo. Eles fazem uma curadoria muito legal das pessoas que estão lá dentro”, acrescenta.

Felipe Lombardi e David Politanski, sócios do projeto em que foram investidos R$ 9 milhões Foto: TABA BENEDICTO

O executivo já levou ao Sweet Secrets funcionários de sua equipe de trabalho para comemorar resultados, além de padrinhos de casamento e clientes. “É uma mistura de vida pessoal e negócios.”

Vieira conta que o que mais lhe chama atenção no estabelecimento é a proibição para tirar fotos. “Isso faz com que você praticamente não use o celular. Achei uma baita sacada não só porque mantém o segredo e torna o ambiente mais sedutor, mas porque você deixa o celular de lado para realmente conversar com as pessoas.”

O Sweet Secrets é um “speeakeasy”, ou seja, é inspirado nos estabelecimentos americanos dos anos de 1920, época em que era proibido beber e, por isso, os bares eram secretos. Ele fica escondido por uma fachada de uma loja de doces. A porta fica atrás de uma máquina de chocolates e balas e, para atravessar o corredor que conecta a loja ao bar, o cliente pode subir em um cavalo de carrossel.

Lá dentro, são servidos pratos criados pelo chef Luiz Filipe Souza, do premiado Evvai (uma estrela Michelin em 2020). Os drinks, que chegam a R$ 100, são do bartender peruano Aaron Diaz, e artistas se revezam cantando durante a noite.

Bar fica atrás de loja de doces Foto: TABA BENEDICTO

Glauber Mota, presidente da fintech britânica Revolut no Brasil, está entre os executivos que frequentam o Sweet Secrets. “Por ser somente para membros e seus convidados, acaba sendo um local mais reservado e discreto para quem quer ter privacidade, seja para encontros pessoais ou de negócios, e ter um momento agradável fora dos holofotes. Acredito que seja por isso que encontrei por lá executivos, artistas, atletas e outras personalidades importantes, cada um com sua programação e grupo de amigos e convidados”, diz Mota.

Eduardo de Freitas, presidente da Darthy Gráfica, conta que fechou contratos “milionários” ao levar clientes em potencial para o Sweet Secrets, ao se conectar com pessoas e empresas que estavam fora da sua programação habitual. O empresário diz também que o ambiente deixa as pessoas mais propensas a discutir propostas de negócio.

“Há o caso famoso de um estudo feito com juízes nos EUA sobre as sentenças, que variavam conforme o momento do dia. No fim do dia, a decisão tende a ser menos elaborada do que pela manhã. Isso se aplica aos negócios também. As pessoas tendem a não te ouvir tanto quanto você gostaria. Mas o ambiente do bar muda isso, revigora o ânimo dos clientes e ajuda a fechar negócios”, diz.

Edwin Junior, cofundador da Jones, agência nascida a partir da empresa de marketing digital Adventures, frequenta o bar para buscar negócios e já conseguiu clientes de grande porte por lá. “A assinatura vale muito a pena para nós. As contas que assinamos normalmente são de milhões de reais por ano. O Sweet Secrets recebe antecipadamente o valor (da assinatura) e nós colocamos essa despesa no nosso orçamento”, afirma.

Um bar em São Paulo cujo endereço é secreto e que não tem fotos de seu espaço na internet tem buscado reunir empresários e executivos para fazerem relacionamento e fecharem negócios. Para entrar no estabelecimento, porém, é preciso ser membro do “clube” ou indicado por um dos membros.

“O objetivo é que o bar seja frequentado por pessoas incríveis, que gerem negócios aqui dentro. Queremos ser um palco de novas empresas, que os membros conheçam seus futuros sócios aqui”, diz David Politanski, criador do bar Sweet Secrets e diretor de vendas do Google.

Para isso, o Sweet Secrets aposta na exclusividade. O Estadão ouviu de membros que o preço para frequentar o local varia de “pouco menos de R$ 15 mil” até R$ 30 mil por ano, com parte do valor consumível no estabelecimento. Segundo Politanksi, o preço varia conforme a demanda.

O bar foi inaugurado em novembro de 2021, após Politanski, seu sócio Felipe Lombardi e outros sete investidores colocarem R$ 9 milhões no projeto. À época, cem pessoas foram convidadas para serem membros. Hoje, são 215, e há uma fila de espera com cerca de 150 nomes, de acordo com Politanksi. São abertas 10 vagas por mês para novos membros. “Não temos um limite de membros. Vamos adicionando conforme sentimos a demanda de reservas dos membros atuais”, diz o empresário.

Entrar nessa fila também não é simples. É preciso ser indicado por um atual membro. Depois da indicação, o LinkedIn do candidato também é analisado. Para fazer parte do “clube”, é preciso pagar uma assinatura anual.

Vice-presidente da Oracle, Leandro Vieira conta que pagou quase R$ 15 mil (consumíveis) para ser membro do Sweet Secrets. Antes, no entanto, ficou três meses na fila e preencheu uma ficha onde teve de explicar os motivos que o faziam querer frequentar o bar.

“As pessoas lá querem fazer negócio. Não é só diversão. Esse processo para fazer parte dá segurança para os membros, que veem que é algo sério”, diz Vieira. “Os fundadores precisam rentabilizar o negócio, mas não querem fazer isso a qualquer custo. Eles fazem uma curadoria muito legal das pessoas que estão lá dentro”, acrescenta.

Felipe Lombardi e David Politanski, sócios do projeto em que foram investidos R$ 9 milhões Foto: TABA BENEDICTO

O executivo já levou ao Sweet Secrets funcionários de sua equipe de trabalho para comemorar resultados, além de padrinhos de casamento e clientes. “É uma mistura de vida pessoal e negócios.”

Vieira conta que o que mais lhe chama atenção no estabelecimento é a proibição para tirar fotos. “Isso faz com que você praticamente não use o celular. Achei uma baita sacada não só porque mantém o segredo e torna o ambiente mais sedutor, mas porque você deixa o celular de lado para realmente conversar com as pessoas.”

O Sweet Secrets é um “speeakeasy”, ou seja, é inspirado nos estabelecimentos americanos dos anos de 1920, época em que era proibido beber e, por isso, os bares eram secretos. Ele fica escondido por uma fachada de uma loja de doces. A porta fica atrás de uma máquina de chocolates e balas e, para atravessar o corredor que conecta a loja ao bar, o cliente pode subir em um cavalo de carrossel.

Lá dentro, são servidos pratos criados pelo chef Luiz Filipe Souza, do premiado Evvai (uma estrela Michelin em 2020). Os drinks, que chegam a R$ 100, são do bartender peruano Aaron Diaz, e artistas se revezam cantando durante a noite.

Bar fica atrás de loja de doces Foto: TABA BENEDICTO

Glauber Mota, presidente da fintech britânica Revolut no Brasil, está entre os executivos que frequentam o Sweet Secrets. “Por ser somente para membros e seus convidados, acaba sendo um local mais reservado e discreto para quem quer ter privacidade, seja para encontros pessoais ou de negócios, e ter um momento agradável fora dos holofotes. Acredito que seja por isso que encontrei por lá executivos, artistas, atletas e outras personalidades importantes, cada um com sua programação e grupo de amigos e convidados”, diz Mota.

Eduardo de Freitas, presidente da Darthy Gráfica, conta que fechou contratos “milionários” ao levar clientes em potencial para o Sweet Secrets, ao se conectar com pessoas e empresas que estavam fora da sua programação habitual. O empresário diz também que o ambiente deixa as pessoas mais propensas a discutir propostas de negócio.

“Há o caso famoso de um estudo feito com juízes nos EUA sobre as sentenças, que variavam conforme o momento do dia. No fim do dia, a decisão tende a ser menos elaborada do que pela manhã. Isso se aplica aos negócios também. As pessoas tendem a não te ouvir tanto quanto você gostaria. Mas o ambiente do bar muda isso, revigora o ânimo dos clientes e ajuda a fechar negócios”, diz.

Edwin Junior, cofundador da Jones, agência nascida a partir da empresa de marketing digital Adventures, frequenta o bar para buscar negócios e já conseguiu clientes de grande porte por lá. “A assinatura vale muito a pena para nós. As contas que assinamos normalmente são de milhões de reais por ano. O Sweet Secrets recebe antecipadamente o valor (da assinatura) e nós colocamos essa despesa no nosso orçamento”, afirma.

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