Canadá quer atrair cem empresas e startups brasileiras para fazer IPO


Presidente da TSX , Loui Anastasopoulos esteve no Brasil na semana passada em reuniões com bancos de investimento; previsão é de que 4 a 5 empresas possam abrir capital no Canadá já em 2023,

Por Fernanda Guimarães
Atualização:

De olho em empresas do setor de mineração, de energias renováveis, infraestrutura e também as novatas no mercado de tecnologia, a Bolsa de Valores de Toronto quer provar que o Canadá também pode ser uma “casa” para as empresas brasileiras. Na última semana, o presidente da TSX Loui Anastasopoulos, em sua primeira visita ao Brasil, reuniu-se com empresários, executivos e bancos de investimento para falar sobre listagem das companhias brasileiras no mercado do país.

Presidente da Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), Loui Anastasopoulos: visita ao Brasil mostrou oportunidades para listagem no Canadá Foto: Divulgação

“O Brasil é um dos principais mercados em que pensamos para nossa expansão global”, afirmou o executivo, em entrevista ao Estadão. Ele disse que seu otimismo em relação ao País cresceu após sua visita e rodada de encontros ao longo da semana. Ele preside a Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), sendo a última para empresas de estagio inicial, como startups. Neste ano, a brasileira Bravo Mining conseguiu captar US$ 31,3 milhões com a oferta inicial de ações no mercado canadense.

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Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TMX

Segundo o executivo, diante das conversas recentes e da demonstração de interesse por parte das companhias, já é possível estimar que quatro ou cinco empresas brasileiras façam uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Canadá já em 2023. Um mapeamento já identificou cem empresas que podem abrir capital por lá, mas Anastasopoulos não estabelece um prazo para cumprir este objetivo. Destacou, no entanto, que o potencial é até maior do que esse.

“Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial”, comenta o executivo. Anastasopoulos afirma que um dos nichos que a empresa quer atuar é o financiamento a empresas menores, como startups. “Em vez de a empresa acessar o dinheiro de um fundo de venture capital (que investe em negócios em estágio inicial), elas podem acessar o que chamamos de capital de risco público”, explica.

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Não queremos para competir com o B3, estamos aqui para complementar e complementar o que ela já faz.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TSX

A intenção de avançar no Brasil não significa que o grupo canadense se veja com um competidor para a Bolsa brasileira, a B3, como deixa claro o executivo. “Não estamos aqui para competir com a B3, estamos aqui para complementar o que ela já faz. Eles são muito bons em atender aos mercados de média e grande capitalização. Mas achamos que podemos ajudar a apoiar empresas de pequeno a médio porte”, explica.

Isso não quer dizer, contudo, que o interesse não esteja também nas companhias maiores. No entanto, isso não significa que o objetivo é fazer com que as empresas já listadas no Brasil fechem o capital aqui, mas a proposta é oferecer a “dupla listagem”, ou seja, oferecer a oportunidade da empresa ter seus papéis nos dois mercados. Com isso, ganha acesso a um grupo muito maior de investidores.

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Executivo vê potencial para ao menos 100 empresas se listarem nas Bolsas de Toronto Foto: Chris Helgren / REUTERS

E a bolsa canadense carrega embaixo do braço um “case” para mostrar as oportunidades. Na Bolsa brasileira já há uma empresa que possui dupla listagem, a mineradora Aura Minerals, que abriu primeiramente seu capital no Canadá . Depois, em 2020 estreou na B3. No Canadá, o desempenho da Aura tem sido apontado como um caso de sucesso e chamado a atenção. Ao longo dos últimos dois anos a produtiva brasileira de ouro tem registrado um dos melhores desempenhos da Bolsa de Toronto, o que significa estar na frente de um grupo de cerca de 3,5 mil empresas listadas. E outras companhias podem seguir o mesmo caminho, avalia o executivo.

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A Bolsa do Canadá é reconhecida mundialmente pela atração de empresas mineradoras. E isso pode ser uma oportunidade para a América Latina, que tem na mineração uma atividade relevante para sua economia. “Há novas mineradoras entrando no mercado o tempo todo. Quando refletimos sobre empresas como a Aura, que é um estudo de caso fantástico para mostrar como uma empresa brasileira pode acessar os mercados canadenses, o capital canadense para expandir seus negócios”, comenta.

Para dar suporte às empresas, a TSX alocou um executivo no Brasil. “O Brasil é uma economia muito grande, muito vibrante, tem laços muito fortes com a economia canadense. Nossos mercados de capitais estão muito conectados. E é por isso que assumimos o compromisso de estar aqui por mais tempo. E continuaremos a aumentar nosso investimento aqui à medida que nossos negócios começarem a crescer.”.

De olho em empresas do setor de mineração, de energias renováveis, infraestrutura e também as novatas no mercado de tecnologia, a Bolsa de Valores de Toronto quer provar que o Canadá também pode ser uma “casa” para as empresas brasileiras. Na última semana, o presidente da TSX Loui Anastasopoulos, em sua primeira visita ao Brasil, reuniu-se com empresários, executivos e bancos de investimento para falar sobre listagem das companhias brasileiras no mercado do país.

Presidente da Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), Loui Anastasopoulos: visita ao Brasil mostrou oportunidades para listagem no Canadá Foto: Divulgação

“O Brasil é um dos principais mercados em que pensamos para nossa expansão global”, afirmou o executivo, em entrevista ao Estadão. Ele disse que seu otimismo em relação ao País cresceu após sua visita e rodada de encontros ao longo da semana. Ele preside a Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), sendo a última para empresas de estagio inicial, como startups. Neste ano, a brasileira Bravo Mining conseguiu captar US$ 31,3 milhões com a oferta inicial de ações no mercado canadense.

Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TMX

Segundo o executivo, diante das conversas recentes e da demonstração de interesse por parte das companhias, já é possível estimar que quatro ou cinco empresas brasileiras façam uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Canadá já em 2023. Um mapeamento já identificou cem empresas que podem abrir capital por lá, mas Anastasopoulos não estabelece um prazo para cumprir este objetivo. Destacou, no entanto, que o potencial é até maior do que esse.

“Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial”, comenta o executivo. Anastasopoulos afirma que um dos nichos que a empresa quer atuar é o financiamento a empresas menores, como startups. “Em vez de a empresa acessar o dinheiro de um fundo de venture capital (que investe em negócios em estágio inicial), elas podem acessar o que chamamos de capital de risco público”, explica.

Não queremos para competir com o B3, estamos aqui para complementar e complementar o que ela já faz.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TSX

A intenção de avançar no Brasil não significa que o grupo canadense se veja com um competidor para a Bolsa brasileira, a B3, como deixa claro o executivo. “Não estamos aqui para competir com a B3, estamos aqui para complementar o que ela já faz. Eles são muito bons em atender aos mercados de média e grande capitalização. Mas achamos que podemos ajudar a apoiar empresas de pequeno a médio porte”, explica.

Isso não quer dizer, contudo, que o interesse não esteja também nas companhias maiores. No entanto, isso não significa que o objetivo é fazer com que as empresas já listadas no Brasil fechem o capital aqui, mas a proposta é oferecer a “dupla listagem”, ou seja, oferecer a oportunidade da empresa ter seus papéis nos dois mercados. Com isso, ganha acesso a um grupo muito maior de investidores.

Executivo vê potencial para ao menos 100 empresas se listarem nas Bolsas de Toronto Foto: Chris Helgren / REUTERS

E a bolsa canadense carrega embaixo do braço um “case” para mostrar as oportunidades. Na Bolsa brasileira já há uma empresa que possui dupla listagem, a mineradora Aura Minerals, que abriu primeiramente seu capital no Canadá . Depois, em 2020 estreou na B3. No Canadá, o desempenho da Aura tem sido apontado como um caso de sucesso e chamado a atenção. Ao longo dos últimos dois anos a produtiva brasileira de ouro tem registrado um dos melhores desempenhos da Bolsa de Toronto, o que significa estar na frente de um grupo de cerca de 3,5 mil empresas listadas. E outras companhias podem seguir o mesmo caminho, avalia o executivo.

A Bolsa do Canadá é reconhecida mundialmente pela atração de empresas mineradoras. E isso pode ser uma oportunidade para a América Latina, que tem na mineração uma atividade relevante para sua economia. “Há novas mineradoras entrando no mercado o tempo todo. Quando refletimos sobre empresas como a Aura, que é um estudo de caso fantástico para mostrar como uma empresa brasileira pode acessar os mercados canadenses, o capital canadense para expandir seus negócios”, comenta.

Para dar suporte às empresas, a TSX alocou um executivo no Brasil. “O Brasil é uma economia muito grande, muito vibrante, tem laços muito fortes com a economia canadense. Nossos mercados de capitais estão muito conectados. E é por isso que assumimos o compromisso de estar aqui por mais tempo. E continuaremos a aumentar nosso investimento aqui à medida que nossos negócios começarem a crescer.”.

De olho em empresas do setor de mineração, de energias renováveis, infraestrutura e também as novatas no mercado de tecnologia, a Bolsa de Valores de Toronto quer provar que o Canadá também pode ser uma “casa” para as empresas brasileiras. Na última semana, o presidente da TSX Loui Anastasopoulos, em sua primeira visita ao Brasil, reuniu-se com empresários, executivos e bancos de investimento para falar sobre listagem das companhias brasileiras no mercado do país.

Presidente da Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), Loui Anastasopoulos: visita ao Brasil mostrou oportunidades para listagem no Canadá Foto: Divulgação

“O Brasil é um dos principais mercados em que pensamos para nossa expansão global”, afirmou o executivo, em entrevista ao Estadão. Ele disse que seu otimismo em relação ao País cresceu após sua visita e rodada de encontros ao longo da semana. Ele preside a Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), sendo a última para empresas de estagio inicial, como startups. Neste ano, a brasileira Bravo Mining conseguiu captar US$ 31,3 milhões com a oferta inicial de ações no mercado canadense.

Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TMX

Segundo o executivo, diante das conversas recentes e da demonstração de interesse por parte das companhias, já é possível estimar que quatro ou cinco empresas brasileiras façam uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Canadá já em 2023. Um mapeamento já identificou cem empresas que podem abrir capital por lá, mas Anastasopoulos não estabelece um prazo para cumprir este objetivo. Destacou, no entanto, que o potencial é até maior do que esse.

“Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial”, comenta o executivo. Anastasopoulos afirma que um dos nichos que a empresa quer atuar é o financiamento a empresas menores, como startups. “Em vez de a empresa acessar o dinheiro de um fundo de venture capital (que investe em negócios em estágio inicial), elas podem acessar o que chamamos de capital de risco público”, explica.

Não queremos para competir com o B3, estamos aqui para complementar e complementar o que ela já faz.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TSX

A intenção de avançar no Brasil não significa que o grupo canadense se veja com um competidor para a Bolsa brasileira, a B3, como deixa claro o executivo. “Não estamos aqui para competir com a B3, estamos aqui para complementar o que ela já faz. Eles são muito bons em atender aos mercados de média e grande capitalização. Mas achamos que podemos ajudar a apoiar empresas de pequeno a médio porte”, explica.

Isso não quer dizer, contudo, que o interesse não esteja também nas companhias maiores. No entanto, isso não significa que o objetivo é fazer com que as empresas já listadas no Brasil fechem o capital aqui, mas a proposta é oferecer a “dupla listagem”, ou seja, oferecer a oportunidade da empresa ter seus papéis nos dois mercados. Com isso, ganha acesso a um grupo muito maior de investidores.

Executivo vê potencial para ao menos 100 empresas se listarem nas Bolsas de Toronto Foto: Chris Helgren / REUTERS

E a bolsa canadense carrega embaixo do braço um “case” para mostrar as oportunidades. Na Bolsa brasileira já há uma empresa que possui dupla listagem, a mineradora Aura Minerals, que abriu primeiramente seu capital no Canadá . Depois, em 2020 estreou na B3. No Canadá, o desempenho da Aura tem sido apontado como um caso de sucesso e chamado a atenção. Ao longo dos últimos dois anos a produtiva brasileira de ouro tem registrado um dos melhores desempenhos da Bolsa de Toronto, o que significa estar na frente de um grupo de cerca de 3,5 mil empresas listadas. E outras companhias podem seguir o mesmo caminho, avalia o executivo.

A Bolsa do Canadá é reconhecida mundialmente pela atração de empresas mineradoras. E isso pode ser uma oportunidade para a América Latina, que tem na mineração uma atividade relevante para sua economia. “Há novas mineradoras entrando no mercado o tempo todo. Quando refletimos sobre empresas como a Aura, que é um estudo de caso fantástico para mostrar como uma empresa brasileira pode acessar os mercados canadenses, o capital canadense para expandir seus negócios”, comenta.

Para dar suporte às empresas, a TSX alocou um executivo no Brasil. “O Brasil é uma economia muito grande, muito vibrante, tem laços muito fortes com a economia canadense. Nossos mercados de capitais estão muito conectados. E é por isso que assumimos o compromisso de estar aqui por mais tempo. E continuaremos a aumentar nosso investimento aqui à medida que nossos negócios começarem a crescer.”.

De olho em empresas do setor de mineração, de energias renováveis, infraestrutura e também as novatas no mercado de tecnologia, a Bolsa de Valores de Toronto quer provar que o Canadá também pode ser uma “casa” para as empresas brasileiras. Na última semana, o presidente da TSX Loui Anastasopoulos, em sua primeira visita ao Brasil, reuniu-se com empresários, executivos e bancos de investimento para falar sobre listagem das companhias brasileiras no mercado do país.

Presidente da Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), Loui Anastasopoulos: visita ao Brasil mostrou oportunidades para listagem no Canadá Foto: Divulgação

“O Brasil é um dos principais mercados em que pensamos para nossa expansão global”, afirmou o executivo, em entrevista ao Estadão. Ele disse que seu otimismo em relação ao País cresceu após sua visita e rodada de encontros ao longo da semana. Ele preside a Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), sendo a última para empresas de estagio inicial, como startups. Neste ano, a brasileira Bravo Mining conseguiu captar US$ 31,3 milhões com a oferta inicial de ações no mercado canadense.

Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TMX

Segundo o executivo, diante das conversas recentes e da demonstração de interesse por parte das companhias, já é possível estimar que quatro ou cinco empresas brasileiras façam uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Canadá já em 2023. Um mapeamento já identificou cem empresas que podem abrir capital por lá, mas Anastasopoulos não estabelece um prazo para cumprir este objetivo. Destacou, no entanto, que o potencial é até maior do que esse.

“Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial”, comenta o executivo. Anastasopoulos afirma que um dos nichos que a empresa quer atuar é o financiamento a empresas menores, como startups. “Em vez de a empresa acessar o dinheiro de um fundo de venture capital (que investe em negócios em estágio inicial), elas podem acessar o que chamamos de capital de risco público”, explica.

Não queremos para competir com o B3, estamos aqui para complementar e complementar o que ela já faz.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TSX

A intenção de avançar no Brasil não significa que o grupo canadense se veja com um competidor para a Bolsa brasileira, a B3, como deixa claro o executivo. “Não estamos aqui para competir com a B3, estamos aqui para complementar o que ela já faz. Eles são muito bons em atender aos mercados de média e grande capitalização. Mas achamos que podemos ajudar a apoiar empresas de pequeno a médio porte”, explica.

Isso não quer dizer, contudo, que o interesse não esteja também nas companhias maiores. No entanto, isso não significa que o objetivo é fazer com que as empresas já listadas no Brasil fechem o capital aqui, mas a proposta é oferecer a “dupla listagem”, ou seja, oferecer a oportunidade da empresa ter seus papéis nos dois mercados. Com isso, ganha acesso a um grupo muito maior de investidores.

Executivo vê potencial para ao menos 100 empresas se listarem nas Bolsas de Toronto Foto: Chris Helgren / REUTERS

E a bolsa canadense carrega embaixo do braço um “case” para mostrar as oportunidades. Na Bolsa brasileira já há uma empresa que possui dupla listagem, a mineradora Aura Minerals, que abriu primeiramente seu capital no Canadá . Depois, em 2020 estreou na B3. No Canadá, o desempenho da Aura tem sido apontado como um caso de sucesso e chamado a atenção. Ao longo dos últimos dois anos a produtiva brasileira de ouro tem registrado um dos melhores desempenhos da Bolsa de Toronto, o que significa estar na frente de um grupo de cerca de 3,5 mil empresas listadas. E outras companhias podem seguir o mesmo caminho, avalia o executivo.

A Bolsa do Canadá é reconhecida mundialmente pela atração de empresas mineradoras. E isso pode ser uma oportunidade para a América Latina, que tem na mineração uma atividade relevante para sua economia. “Há novas mineradoras entrando no mercado o tempo todo. Quando refletimos sobre empresas como a Aura, que é um estudo de caso fantástico para mostrar como uma empresa brasileira pode acessar os mercados canadenses, o capital canadense para expandir seus negócios”, comenta.

Para dar suporte às empresas, a TSX alocou um executivo no Brasil. “O Brasil é uma economia muito grande, muito vibrante, tem laços muito fortes com a economia canadense. Nossos mercados de capitais estão muito conectados. E é por isso que assumimos o compromisso de estar aqui por mais tempo. E continuaremos a aumentar nosso investimento aqui à medida que nossos negócios começarem a crescer.”.

De olho em empresas do setor de mineração, de energias renováveis, infraestrutura e também as novatas no mercado de tecnologia, a Bolsa de Valores de Toronto quer provar que o Canadá também pode ser uma “casa” para as empresas brasileiras. Na última semana, o presidente da TSX Loui Anastasopoulos, em sua primeira visita ao Brasil, reuniu-se com empresários, executivos e bancos de investimento para falar sobre listagem das companhias brasileiras no mercado do país.

Presidente da Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), Loui Anastasopoulos: visita ao Brasil mostrou oportunidades para listagem no Canadá Foto: Divulgação

“O Brasil é um dos principais mercados em que pensamos para nossa expansão global”, afirmou o executivo, em entrevista ao Estadão. Ele disse que seu otimismo em relação ao País cresceu após sua visita e rodada de encontros ao longo da semana. Ele preside a Toronto Stock Exchange (TSX) e TSX Venture Exchange (TSXV), sendo a última para empresas de estagio inicial, como startups. Neste ano, a brasileira Bravo Mining conseguiu captar US$ 31,3 milhões com a oferta inicial de ações no mercado canadense.

Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TMX

Segundo o executivo, diante das conversas recentes e da demonstração de interesse por parte das companhias, já é possível estimar que quatro ou cinco empresas brasileiras façam uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no Canadá já em 2023. Um mapeamento já identificou cem empresas que podem abrir capital por lá, mas Anastasopoulos não estabelece um prazo para cumprir este objetivo. Destacou, no entanto, que o potencial é até maior do que esse.

“Nossos mercados são muito bons em apoiar empresas em estágio inicial”, comenta o executivo. Anastasopoulos afirma que um dos nichos que a empresa quer atuar é o financiamento a empresas menores, como startups. “Em vez de a empresa acessar o dinheiro de um fundo de venture capital (que investe em negócios em estágio inicial), elas podem acessar o que chamamos de capital de risco público”, explica.

Não queremos para competir com o B3, estamos aqui para complementar e complementar o que ela já faz.”

Loui Anastasopoulos, presidente da TSX

A intenção de avançar no Brasil não significa que o grupo canadense se veja com um competidor para a Bolsa brasileira, a B3, como deixa claro o executivo. “Não estamos aqui para competir com a B3, estamos aqui para complementar o que ela já faz. Eles são muito bons em atender aos mercados de média e grande capitalização. Mas achamos que podemos ajudar a apoiar empresas de pequeno a médio porte”, explica.

Isso não quer dizer, contudo, que o interesse não esteja também nas companhias maiores. No entanto, isso não significa que o objetivo é fazer com que as empresas já listadas no Brasil fechem o capital aqui, mas a proposta é oferecer a “dupla listagem”, ou seja, oferecer a oportunidade da empresa ter seus papéis nos dois mercados. Com isso, ganha acesso a um grupo muito maior de investidores.

Executivo vê potencial para ao menos 100 empresas se listarem nas Bolsas de Toronto Foto: Chris Helgren / REUTERS

E a bolsa canadense carrega embaixo do braço um “case” para mostrar as oportunidades. Na Bolsa brasileira já há uma empresa que possui dupla listagem, a mineradora Aura Minerals, que abriu primeiramente seu capital no Canadá . Depois, em 2020 estreou na B3. No Canadá, o desempenho da Aura tem sido apontado como um caso de sucesso e chamado a atenção. Ao longo dos últimos dois anos a produtiva brasileira de ouro tem registrado um dos melhores desempenhos da Bolsa de Toronto, o que significa estar na frente de um grupo de cerca de 3,5 mil empresas listadas. E outras companhias podem seguir o mesmo caminho, avalia o executivo.

A Bolsa do Canadá é reconhecida mundialmente pela atração de empresas mineradoras. E isso pode ser uma oportunidade para a América Latina, que tem na mineração uma atividade relevante para sua economia. “Há novas mineradoras entrando no mercado o tempo todo. Quando refletimos sobre empresas como a Aura, que é um estudo de caso fantástico para mostrar como uma empresa brasileira pode acessar os mercados canadenses, o capital canadense para expandir seus negócios”, comenta.

Para dar suporte às empresas, a TSX alocou um executivo no Brasil. “O Brasil é uma economia muito grande, muito vibrante, tem laços muito fortes com a economia canadense. Nossos mercados de capitais estão muito conectados. E é por isso que assumimos o compromisso de estar aqui por mais tempo. E continuaremos a aumentar nosso investimento aqui à medida que nossos negócios começarem a crescer.”.

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