Mudança no Bradesco foge do padrão do banco, mas agrada ao mercado; leia bastidor


Noronha era do segmento de atacado, mas assumiu o varejo no início do ano colocar a casa em ordem e reduzir o índice de inadimplência

Por Matheus Piovesana, Aline Bronzati e Altamiro Silva Junior

São Paulo e Nova York - A troca de comando do Bradesco, com a nomeação de Marcelo Noronha, foge ao padrão do banco, que não costuma fazer movimentos abruptos. Mas foi bem recebida pelo mercado: as ações do conglomerado sobem mais de 3% nesta quinta-feira, 23, e lideram os ganhos do Ibovespa, em pregão de menor volume por causa do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e que mantém os mercados fechados em Wall Street. Apenas durante a manhã, o segundo maior banco privado do Brasil ganhou R$ 5,5 bilhões em valor de mercado.

A mudança de comando no Bradesco vinha sendo comentada no mercado há algum tempo, e ganhou força após a crise que o banco enfrentou no segmento de varejo, com o aumento da inadimplência aumentar e pressão sobre os resultados, especialmente após o caso Americanas.

Noronha, até então responsável pela área de atacado, voltou ao varejo no “epicentro do problema”, no início deste ano, e arrumou a casa. Para analistas e executivos de mercado, a troca de liderança até demorou para ocorrer, dentro desse cenário, mas foi recebida como positiva. Noronha assume o comando do Bradesco imediatamente.

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Uma questão importante, ainda sem resposta, é quem vai assumir a vice-presidência de varejo do Bradesco. Como ficará a diretoria executiva do banco, se passará por um rearranjo, também é um tema que movimenta os bastidores. Nesta manhã, o Conselho de Administração do Bradesco está em reunião com a diretoria do banco, segundo três pessoas com conhecimento do assunto, que falaram na condição de anonimato.

Noronha é visto no mercado como um “banqueiro raiz”, um executivo que deve iniciar uma “nova era” no segundo maior banco privado do País, que começa a virar a página de um período de resultados pressionados pela inadimplência no segmento de pessoas físicas.

Marcelo Noronha está no Bradesco há 20 anos Foto: Rafael Arbex/Estadão
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No terceiro trimestre deste ano, o banco apresentou lucro líquido recorrente de R$ 4,621 bilhões, uma queda de 11,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A carteira de crédito encolheu e a inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, aumentou, ainda impactado pelo efeito ‘Americanas’.

A piora do desempenho de varejo do Bradesco nos últimos anos pesou nos resultados, sobretudo pela importância do segmento para o banco, mais focado na baixa renda. Como resultado, isso o distanciou de seu principal rival, o Itaú Unibanco, maior banco da América Latina.

Noronha sempre foi visto como forte candidato a comandar o banco - dentro e fora da organização. Na troca de liderança anterior, seu nome era o principal concorrente de Octavio de Lazari, que acabou sendo eleito e presidiu o Bradesco por cinco anos. Agora, Lazari deve passar a integrar o Conselho de Administração do banco.

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Aos 58 anos, Noronha está há 38 anos no setor bancário, sendo 20 deles no Bradesco. Antes do conglomerado, foi diretor do BBVA no Brasil (BBV), comprado pelo Bradesco nos anos 2000. “É o melhor nome. É um executivo que tem visão de mercado, trabalhou mais focado no mercado de cartões, que passou por uma disrupção muito grande nos últimos anos. Então, ele tem cancha para fazer a transformação que o Bradesco precisa nesse momento”, diz o diretor de Research da Eleven Financial, Carlos Daltozo, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

De acordo com um ex-executivo do Brasil, que falou na condição de anonimato, Noronha parece ser o nome correto para conseguir a “virada de página” que o banco não conseguiu nos últimos anos, enquanto o rival Itaú deu uma guinada para o digital. Para esse ex-executivo, um outro atributo de Noronha é saber se comunicar melhor com investidores.

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Até o ano passado, Noronha era o vice-presidente responsável pelo atacado do Bradesco. Em janeiro, passou a comandar o varejo, área que é o coração do banco, mas que no último ano virou detrator dos resultados diante do aumento da inadimplência. No terceiro trimestre, finalmente os números mostraram uma inflexão.

Apesar da troca, Noronha foi um dos responsáveis pelas primeiras negociações com a Americanas no começo da recuperação judicial da varejista, em janeiro, segundo pessoas próximas às negociações. O Bradesco é o maior credor da companhia, com cerca de R$ 5 bilhões a receber, totalmente provisionados no balanço de 2022. Ao longo dos últimos meses, ainda de acordo com essas pessoas, Noronha se afastou das negociações do caso, focando mais na reestruturação do varejo do Bradesco.

São Paulo e Nova York - A troca de comando do Bradesco, com a nomeação de Marcelo Noronha, foge ao padrão do banco, que não costuma fazer movimentos abruptos. Mas foi bem recebida pelo mercado: as ações do conglomerado sobem mais de 3% nesta quinta-feira, 23, e lideram os ganhos do Ibovespa, em pregão de menor volume por causa do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e que mantém os mercados fechados em Wall Street. Apenas durante a manhã, o segundo maior banco privado do Brasil ganhou R$ 5,5 bilhões em valor de mercado.

A mudança de comando no Bradesco vinha sendo comentada no mercado há algum tempo, e ganhou força após a crise que o banco enfrentou no segmento de varejo, com o aumento da inadimplência aumentar e pressão sobre os resultados, especialmente após o caso Americanas.

Noronha, até então responsável pela área de atacado, voltou ao varejo no “epicentro do problema”, no início deste ano, e arrumou a casa. Para analistas e executivos de mercado, a troca de liderança até demorou para ocorrer, dentro desse cenário, mas foi recebida como positiva. Noronha assume o comando do Bradesco imediatamente.

Uma questão importante, ainda sem resposta, é quem vai assumir a vice-presidência de varejo do Bradesco. Como ficará a diretoria executiva do banco, se passará por um rearranjo, também é um tema que movimenta os bastidores. Nesta manhã, o Conselho de Administração do Bradesco está em reunião com a diretoria do banco, segundo três pessoas com conhecimento do assunto, que falaram na condição de anonimato.

Noronha é visto no mercado como um “banqueiro raiz”, um executivo que deve iniciar uma “nova era” no segundo maior banco privado do País, que começa a virar a página de um período de resultados pressionados pela inadimplência no segmento de pessoas físicas.

Marcelo Noronha está no Bradesco há 20 anos Foto: Rafael Arbex/Estadão

No terceiro trimestre deste ano, o banco apresentou lucro líquido recorrente de R$ 4,621 bilhões, uma queda de 11,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A carteira de crédito encolheu e a inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, aumentou, ainda impactado pelo efeito ‘Americanas’.

A piora do desempenho de varejo do Bradesco nos últimos anos pesou nos resultados, sobretudo pela importância do segmento para o banco, mais focado na baixa renda. Como resultado, isso o distanciou de seu principal rival, o Itaú Unibanco, maior banco da América Latina.

Noronha sempre foi visto como forte candidato a comandar o banco - dentro e fora da organização. Na troca de liderança anterior, seu nome era o principal concorrente de Octavio de Lazari, que acabou sendo eleito e presidiu o Bradesco por cinco anos. Agora, Lazari deve passar a integrar o Conselho de Administração do banco.

Aos 58 anos, Noronha está há 38 anos no setor bancário, sendo 20 deles no Bradesco. Antes do conglomerado, foi diretor do BBVA no Brasil (BBV), comprado pelo Bradesco nos anos 2000. “É o melhor nome. É um executivo que tem visão de mercado, trabalhou mais focado no mercado de cartões, que passou por uma disrupção muito grande nos últimos anos. Então, ele tem cancha para fazer a transformação que o Bradesco precisa nesse momento”, diz o diretor de Research da Eleven Financial, Carlos Daltozo, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

De acordo com um ex-executivo do Brasil, que falou na condição de anonimato, Noronha parece ser o nome correto para conseguir a “virada de página” que o banco não conseguiu nos últimos anos, enquanto o rival Itaú deu uma guinada para o digital. Para esse ex-executivo, um outro atributo de Noronha é saber se comunicar melhor com investidores.

Até o ano passado, Noronha era o vice-presidente responsável pelo atacado do Bradesco. Em janeiro, passou a comandar o varejo, área que é o coração do banco, mas que no último ano virou detrator dos resultados diante do aumento da inadimplência. No terceiro trimestre, finalmente os números mostraram uma inflexão.

Apesar da troca, Noronha foi um dos responsáveis pelas primeiras negociações com a Americanas no começo da recuperação judicial da varejista, em janeiro, segundo pessoas próximas às negociações. O Bradesco é o maior credor da companhia, com cerca de R$ 5 bilhões a receber, totalmente provisionados no balanço de 2022. Ao longo dos últimos meses, ainda de acordo com essas pessoas, Noronha se afastou das negociações do caso, focando mais na reestruturação do varejo do Bradesco.

São Paulo e Nova York - A troca de comando do Bradesco, com a nomeação de Marcelo Noronha, foge ao padrão do banco, que não costuma fazer movimentos abruptos. Mas foi bem recebida pelo mercado: as ações do conglomerado sobem mais de 3% nesta quinta-feira, 23, e lideram os ganhos do Ibovespa, em pregão de menor volume por causa do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e que mantém os mercados fechados em Wall Street. Apenas durante a manhã, o segundo maior banco privado do Brasil ganhou R$ 5,5 bilhões em valor de mercado.

A mudança de comando no Bradesco vinha sendo comentada no mercado há algum tempo, e ganhou força após a crise que o banco enfrentou no segmento de varejo, com o aumento da inadimplência aumentar e pressão sobre os resultados, especialmente após o caso Americanas.

Noronha, até então responsável pela área de atacado, voltou ao varejo no “epicentro do problema”, no início deste ano, e arrumou a casa. Para analistas e executivos de mercado, a troca de liderança até demorou para ocorrer, dentro desse cenário, mas foi recebida como positiva. Noronha assume o comando do Bradesco imediatamente.

Uma questão importante, ainda sem resposta, é quem vai assumir a vice-presidência de varejo do Bradesco. Como ficará a diretoria executiva do banco, se passará por um rearranjo, também é um tema que movimenta os bastidores. Nesta manhã, o Conselho de Administração do Bradesco está em reunião com a diretoria do banco, segundo três pessoas com conhecimento do assunto, que falaram na condição de anonimato.

Noronha é visto no mercado como um “banqueiro raiz”, um executivo que deve iniciar uma “nova era” no segundo maior banco privado do País, que começa a virar a página de um período de resultados pressionados pela inadimplência no segmento de pessoas físicas.

Marcelo Noronha está no Bradesco há 20 anos Foto: Rafael Arbex/Estadão

No terceiro trimestre deste ano, o banco apresentou lucro líquido recorrente de R$ 4,621 bilhões, uma queda de 11,5% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A carteira de crédito encolheu e a inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, aumentou, ainda impactado pelo efeito ‘Americanas’.

A piora do desempenho de varejo do Bradesco nos últimos anos pesou nos resultados, sobretudo pela importância do segmento para o banco, mais focado na baixa renda. Como resultado, isso o distanciou de seu principal rival, o Itaú Unibanco, maior banco da América Latina.

Noronha sempre foi visto como forte candidato a comandar o banco - dentro e fora da organização. Na troca de liderança anterior, seu nome era o principal concorrente de Octavio de Lazari, que acabou sendo eleito e presidiu o Bradesco por cinco anos. Agora, Lazari deve passar a integrar o Conselho de Administração do banco.

Aos 58 anos, Noronha está há 38 anos no setor bancário, sendo 20 deles no Bradesco. Antes do conglomerado, foi diretor do BBVA no Brasil (BBV), comprado pelo Bradesco nos anos 2000. “É o melhor nome. É um executivo que tem visão de mercado, trabalhou mais focado no mercado de cartões, que passou por uma disrupção muito grande nos últimos anos. Então, ele tem cancha para fazer a transformação que o Bradesco precisa nesse momento”, diz o diretor de Research da Eleven Financial, Carlos Daltozo, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

De acordo com um ex-executivo do Brasil, que falou na condição de anonimato, Noronha parece ser o nome correto para conseguir a “virada de página” que o banco não conseguiu nos últimos anos, enquanto o rival Itaú deu uma guinada para o digital. Para esse ex-executivo, um outro atributo de Noronha é saber se comunicar melhor com investidores.

Até o ano passado, Noronha era o vice-presidente responsável pelo atacado do Bradesco. Em janeiro, passou a comandar o varejo, área que é o coração do banco, mas que no último ano virou detrator dos resultados diante do aumento da inadimplência. No terceiro trimestre, finalmente os números mostraram uma inflexão.

Apesar da troca, Noronha foi um dos responsáveis pelas primeiras negociações com a Americanas no começo da recuperação judicial da varejista, em janeiro, segundo pessoas próximas às negociações. O Bradesco é o maior credor da companhia, com cerca de R$ 5 bilhões a receber, totalmente provisionados no balanço de 2022. Ao longo dos últimos meses, ainda de acordo com essas pessoas, Noronha se afastou das negociações do caso, focando mais na reestruturação do varejo do Bradesco.

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