BTG e família Moll vendem fatia da Rede D'Or para fundo de Cingapura


Fundo soberano de Cingapura paga R$ 3,2 bilhões por 16% da Rede D’Or, que possui unidades no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Pernambuco

Por Aline Bronzati
Hospital da Rede D'Or no Rio de Janeiro Foto: Divulgação

Atualizado às 22h18

O BTG Pactual e a família Moll concluíram, nesta quarta-feira, a venda 16% da rede de hospitais D’Or para o fundo soberano de Cingapura, GIC, por R$ 3,2 bilhões, segundo fontes. Cada acionista se desfez de metade de sua participação, conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.  A transação ocorreu exatamente um mês após a venda de 8,3% da companhia de saúde para o fundo de private equity americano Carlyle, por R$ 1,75 bilhão – montante que foi para o caixa da empresa, por meio de um aumento de capital. Já os recursos do fundo de Cingapura serão destinados aos acionistas, por se tratar de uma operação secundária.  O GIC abriu um escritório em São Paulo em abril do ano passado, com planos de investir em setores como o imobiliário, de saúde, serviços corporativos e financeiros, além de recursos naturais e infraestrutura. O fundo é o oitavo maior do mundo, com US$ 285 bilhões em ativos. No Brasil, o GIC já é acionista de empresas como Kroton, Abril Educação e Aegea, de saneamento.  A entrada do Carlyle e do fundo de Cingapura na rede D’Or só foi possível por causa da aprovação da Lei 13.097 no início deste ano. A regra permitiu o capital estrangeiro em participações diretas em empresas de saúde. Antes da aprovação da norma, os fundos poderiam buscar apenas maneiras indiretas de estar no negócio.  Até a venda para o Carlyle, a família Moll, que fundou a rede em 1977, detinha 74,4% da companhia, que agora está sendo avaliada em R$ 19,6 bilhões. O banco de André Esteves se tornou sócio do negócio em 2010, ao desembolsar cerca de R$ 600 milhões por uma fatia minoritária, quando a empresa valia em torno de R$ 1,9 bilhão. Isso significa que, em cinco anos, o BTG Pactual conseguiu multiplicar por dez o valor do investimento.  Nesse período, com os recursos injetados pelo banco, a rede D’Or iniciou uma trajetória de expansão via aquisições. O passo mais ousado foi a compra da rede de hospitais São Luiz, em 2011, que marcou a entrada da companhia no mercado paulista. Além de 16 aquisições, a empresa também construiu e ampliou hospitais. Atuação. Hoje, a rede D’Or está presente no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em Pernambuco. A empresa tem 27 hospitais próprios e administra outros dois.  Apesar de ser a maior rede do segmento no País, a D’Or domina apenas 3% do mercado de hospitais. Hoje, o Brasil tem 7,9 mil unidades – 2 mil a mais do que nos Estados Unidos. O detalhe é que, por aqui, a média é de 64 leitos por hospital, enquanto o total nos EUA é de 161. Na D’Or, a média é de 177 leitos por empreendimento.  Segundo fontes, a empresa estaria pronta para o IPO (oferta pública inicial de ações) em um prazo relativamente curto, de cerca de dois anos. A abertura de capital funciona como porta de saída para fundos como o Carlyle e como o próprio GIC. Mais vendas. Nem a família Moll nem o BTG deram entrevista sobre o negócio anunciado nesta quarta-feira. No fim do dia, o banco confirmou a venda de uma fatia da empresa por R$ 1,6 bilhão, sem dar mais detalhes. Há um mês, com o negócio envolvendo o Carlyle, a participação do banco havia caído de 26,5% para 23,5%, enquanto a da família Moll, maior acionista, ficou em 68,5%.  Há um mês, fontes de mercado afirmavam que o fundo americano ainda poderia desembolsar mais R$ 2 bilhões para a compra de 10% adicionais da rede D’Or, também por meio de participação direta. Neste caso, o dinheiro iria para o bolso dos acionistas. 

Hospital da Rede D'Or no Rio de Janeiro Foto: Divulgação

Atualizado às 22h18

O BTG Pactual e a família Moll concluíram, nesta quarta-feira, a venda 16% da rede de hospitais D’Or para o fundo soberano de Cingapura, GIC, por R$ 3,2 bilhões, segundo fontes. Cada acionista se desfez de metade de sua participação, conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.  A transação ocorreu exatamente um mês após a venda de 8,3% da companhia de saúde para o fundo de private equity americano Carlyle, por R$ 1,75 bilhão – montante que foi para o caixa da empresa, por meio de um aumento de capital. Já os recursos do fundo de Cingapura serão destinados aos acionistas, por se tratar de uma operação secundária.  O GIC abriu um escritório em São Paulo em abril do ano passado, com planos de investir em setores como o imobiliário, de saúde, serviços corporativos e financeiros, além de recursos naturais e infraestrutura. O fundo é o oitavo maior do mundo, com US$ 285 bilhões em ativos. No Brasil, o GIC já é acionista de empresas como Kroton, Abril Educação e Aegea, de saneamento.  A entrada do Carlyle e do fundo de Cingapura na rede D’Or só foi possível por causa da aprovação da Lei 13.097 no início deste ano. A regra permitiu o capital estrangeiro em participações diretas em empresas de saúde. Antes da aprovação da norma, os fundos poderiam buscar apenas maneiras indiretas de estar no negócio.  Até a venda para o Carlyle, a família Moll, que fundou a rede em 1977, detinha 74,4% da companhia, que agora está sendo avaliada em R$ 19,6 bilhões. O banco de André Esteves se tornou sócio do negócio em 2010, ao desembolsar cerca de R$ 600 milhões por uma fatia minoritária, quando a empresa valia em torno de R$ 1,9 bilhão. Isso significa que, em cinco anos, o BTG Pactual conseguiu multiplicar por dez o valor do investimento.  Nesse período, com os recursos injetados pelo banco, a rede D’Or iniciou uma trajetória de expansão via aquisições. O passo mais ousado foi a compra da rede de hospitais São Luiz, em 2011, que marcou a entrada da companhia no mercado paulista. Além de 16 aquisições, a empresa também construiu e ampliou hospitais. Atuação. Hoje, a rede D’Or está presente no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em Pernambuco. A empresa tem 27 hospitais próprios e administra outros dois.  Apesar de ser a maior rede do segmento no País, a D’Or domina apenas 3% do mercado de hospitais. Hoje, o Brasil tem 7,9 mil unidades – 2 mil a mais do que nos Estados Unidos. O detalhe é que, por aqui, a média é de 64 leitos por hospital, enquanto o total nos EUA é de 161. Na D’Or, a média é de 177 leitos por empreendimento.  Segundo fontes, a empresa estaria pronta para o IPO (oferta pública inicial de ações) em um prazo relativamente curto, de cerca de dois anos. A abertura de capital funciona como porta de saída para fundos como o Carlyle e como o próprio GIC. Mais vendas. Nem a família Moll nem o BTG deram entrevista sobre o negócio anunciado nesta quarta-feira. No fim do dia, o banco confirmou a venda de uma fatia da empresa por R$ 1,6 bilhão, sem dar mais detalhes. Há um mês, com o negócio envolvendo o Carlyle, a participação do banco havia caído de 26,5% para 23,5%, enquanto a da família Moll, maior acionista, ficou em 68,5%.  Há um mês, fontes de mercado afirmavam que o fundo americano ainda poderia desembolsar mais R$ 2 bilhões para a compra de 10% adicionais da rede D’Or, também por meio de participação direta. Neste caso, o dinheiro iria para o bolso dos acionistas. 

Hospital da Rede D'Or no Rio de Janeiro Foto: Divulgação

Atualizado às 22h18

O BTG Pactual e a família Moll concluíram, nesta quarta-feira, a venda 16% da rede de hospitais D’Or para o fundo soberano de Cingapura, GIC, por R$ 3,2 bilhões, segundo fontes. Cada acionista se desfez de metade de sua participação, conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.  A transação ocorreu exatamente um mês após a venda de 8,3% da companhia de saúde para o fundo de private equity americano Carlyle, por R$ 1,75 bilhão – montante que foi para o caixa da empresa, por meio de um aumento de capital. Já os recursos do fundo de Cingapura serão destinados aos acionistas, por se tratar de uma operação secundária.  O GIC abriu um escritório em São Paulo em abril do ano passado, com planos de investir em setores como o imobiliário, de saúde, serviços corporativos e financeiros, além de recursos naturais e infraestrutura. O fundo é o oitavo maior do mundo, com US$ 285 bilhões em ativos. No Brasil, o GIC já é acionista de empresas como Kroton, Abril Educação e Aegea, de saneamento.  A entrada do Carlyle e do fundo de Cingapura na rede D’Or só foi possível por causa da aprovação da Lei 13.097 no início deste ano. A regra permitiu o capital estrangeiro em participações diretas em empresas de saúde. Antes da aprovação da norma, os fundos poderiam buscar apenas maneiras indiretas de estar no negócio.  Até a venda para o Carlyle, a família Moll, que fundou a rede em 1977, detinha 74,4% da companhia, que agora está sendo avaliada em R$ 19,6 bilhões. O banco de André Esteves se tornou sócio do negócio em 2010, ao desembolsar cerca de R$ 600 milhões por uma fatia minoritária, quando a empresa valia em torno de R$ 1,9 bilhão. Isso significa que, em cinco anos, o BTG Pactual conseguiu multiplicar por dez o valor do investimento.  Nesse período, com os recursos injetados pelo banco, a rede D’Or iniciou uma trajetória de expansão via aquisições. O passo mais ousado foi a compra da rede de hospitais São Luiz, em 2011, que marcou a entrada da companhia no mercado paulista. Além de 16 aquisições, a empresa também construiu e ampliou hospitais. Atuação. Hoje, a rede D’Or está presente no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em Pernambuco. A empresa tem 27 hospitais próprios e administra outros dois.  Apesar de ser a maior rede do segmento no País, a D’Or domina apenas 3% do mercado de hospitais. Hoje, o Brasil tem 7,9 mil unidades – 2 mil a mais do que nos Estados Unidos. O detalhe é que, por aqui, a média é de 64 leitos por hospital, enquanto o total nos EUA é de 161. Na D’Or, a média é de 177 leitos por empreendimento.  Segundo fontes, a empresa estaria pronta para o IPO (oferta pública inicial de ações) em um prazo relativamente curto, de cerca de dois anos. A abertura de capital funciona como porta de saída para fundos como o Carlyle e como o próprio GIC. Mais vendas. Nem a família Moll nem o BTG deram entrevista sobre o negócio anunciado nesta quarta-feira. No fim do dia, o banco confirmou a venda de uma fatia da empresa por R$ 1,6 bilhão, sem dar mais detalhes. Há um mês, com o negócio envolvendo o Carlyle, a participação do banco havia caído de 26,5% para 23,5%, enquanto a da família Moll, maior acionista, ficou em 68,5%.  Há um mês, fontes de mercado afirmavam que o fundo americano ainda poderia desembolsar mais R$ 2 bilhões para a compra de 10% adicionais da rede D’Or, também por meio de participação direta. Neste caso, o dinheiro iria para o bolso dos acionistas. 

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