A Caixa Econômica Federal teve no terceiro trimestre lucro líquido recorrente de R$ 3,263 bilhões — alta de 0,7% na comparação com o mesmo período de 2023 —, segundo balanço divulgado pela instituição nesta terça-feira, 12.
A carteira de crédito da Caixa teve alta de 10,8% em um ano, para R$ 1,209 trilhão. A carteira de crédito imobiliário, a mais representativa, cresceu 14,7% no período, para R$ 812,152 bilhões.
A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 14,497 bilhões, baixa de 0,2% em um ano. As receitas nas operações de crédito aumentaram 1,1%.
O banco teve retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente de 9,33%, 1,42 ponto porcentual maior do que o registrado no mesmo intervalo de 2023. O patrimônio líquido da Caixa era de R$ 138,619 bilhões no encerramento do trimestre, crescimento de 10,7% em 12 meses. Pelo critério contábil, a Caixa teve ROE de 9,85%, aumento de 1,84 ponto no mesmo intervalo comparativo. Os números demonstram a alta no lucro do banco público nestes 12 meses.
Os ativos da Caixa fecharam o terceiro trimestre em R$ 1,196 trilhão, alta de 13,9% no comparativo anual.
Além da carteira de crédito, o dado contabiliza a carteira de títulos e valores mobiliários e de derivativos, que chegou a R$ 289,687 bilhões, avanço de 15,7% em um ano.
Estes números não incluem fundos administrados pelo banco, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com estes, o total sobe a R$ 3,482 trilhões, alta de 11,3% em um ano.
Carteira de crédito
A carteira de crédito da Caixa Econômica Federal encerrou o terceiro trimestre deste ano com R$ 1,209 trilhão em operações. O volume é 10,8% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Na carteira de maior peso, a de habitação, o banco público cresceu 14,7% em 12 meses, chegando a um saldo de R$ 812,152 bilhões.
Leia Também:
Segundo a Caixa, somente em habitação, houve R$ 63,4 bilhões em contratações no terceiro trimestre deste ano, alta de 23,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Com recursos da poupança, foram R$ 25,8 bilhões, alta de 36,5%, enquanto o FGTS respondeu por R$ 37,6 bilhões, crescimento de 15,7% no mesmo período.
A carteira com o segundo maior crescimento foi a destinada ao agronegócio, que teve aumento de 13,8% em um ano, para R$ 59,574 bilhões.
No crédito comercial para pessoas físicas, porém, a carteira caiu 1,4% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 133,198 bilhões. O saldo das operações de crédito de pessoa jurídica avançou 4,8% ante o mesmo período de 2023 para R$ 99,978 bilhões.
O crédito para infraestrutura, por sua vez, alcançou R$ 104,521 bilhões, alta de 3,9% no comparativo anual.
Inadimplência
A inadimplência da carteira de crédito da Caixa atingiu 2,27% no terceiro trimestre, considerando o critério de atrasos acima de 90 dias. Essa taxa é 0,4 ponto porcentual menor do que no mesmo período de 2023. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, representa alta de 0,07 ponto.
O maior volume de atrasos estava na carteira de crédito livre para pessoa jurídica, onde a inadimplência atingiu 7,77% no terceiro trimestre — alta de 1 ponto em um ano. Frente ao segundo trimestre, o aumento foi de 0,76 ponto.
Segundo o banco, a inadimplência em crédito imobiliário, que é o de maior participação na carteira, era de 1,42%, baixa de 0,6 ponto em um ano, e de 0,13 ponto em um trimestre.
Na carteira livre para pessoas físicas, os atrasos eram de 4,45%, avanço de 0,38 ponto em um ano, e retração de 0,05 ponto em um trimestre.
Já na carteira de agronegócio, a inadimplência da Caixa estava em 3,35% no fim do terceiro trimestre. O índice era 2,61 pontos porcentuais maior que o do mesmo intervalo de 2023, e 1,24 ponto maior que o do trimestre anterior.