Híbrido, elétrico e célula de combustível - veja como são as novas tecnologias para automóveis


Eletrificação é a principal alternativa avaliada por vários países para a descarbonização da mobilidade, mas há outras alternativas durante o processo de transição

Por Cleide Silva
Atualização:

O Brasil, assim como o mundo todo, caminha para um futuro em que os veículos não emitam poluição, especialmente o CO2, produzido por combustíveis fósseis, como a gasolina. Em grande quantidade, essas emissões geram o chamado ‘efeito estufa’ na atmosfera, que vai resultar no aquecimento global. Há várias tecnologias em estudo para reduzir e, futuramente, acabar com essas emissões. No caso dos automóveis, as opções são a hibridização (junção de motor a combustão com elétrico), carros 100% elétricos e a célula de combustível a hidrogênio. O mercado brasileiro, por ter etanol, que é renovável, tem opções extras, como os híbridos flex. Como todas as novas tecnologias têm custos maiores, especialmente no período de introdução, os preços dos modelos também aumentam dependendo de sua categoria. Veja a seguir quais são e como funcionam as tecnologias em estudo no País.

Híbrido

É um carro alimentado por dois motores, um a combustão, que é a principal fonte para mover o veículo, e outro elétrico. A maioria dos modelos importados à venda no Brasil funciona com gasolina (fóssil), que no Brasil leva a mistura de 27% de etanol. O motor adicional armazena a energia por meio da frenagem regenerativa e também através do motor à combustão, que funciona como um gerador para carregar uma pequena bateria. Essa energia é usada para dar partida, frear, acelerar e auxiliar no funcionamento de alguns sistema, como o de ar-condicionado. Os dois motores funcionam de forma individual ou conjunta, gerenciados por um sistema inteligente, de acordo com a forma e velocidade que o condutor dirige. A vantagem é a autonomia de rodagem pela facilidade de abastecimento. Em relação à poluição, emite cerca de 20% menos que um automóvel só a combustão.

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Haval H6, utilitário-esportivo (SUV) da GMW: modelo híbrido é importado da China Foto: GWM/Divulgação

Híbrido flex

Exclusividade do mercado brasileiro, tem as mesmas características do híbrido, porém seu motor a combustão pode ser abastecido com gasolina ou etanol, o que significa ter três fontes de energia. Estudos indicam que o uso exclusivo de etanol reduz significativamente a emissão de poluentes, que pode chegar a ser inferior ao de modelos elétricos quando comparado com carros que rodam em países como Europa China, onde atualmente grande parte da energia vem de fontes fósseis, como carvão. Carros híbridos flex já são produzidos no País pela Toyota (Corolla e Corolla Cross). Outras fabricantes como Renault, Stellantis e Volkswagen anunciaram início de fabricação a partir de 2024.

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Toyota desenvolveu e produz no Brasil o sedã Corolla híbrido flex Foto: Daniel Teizeira/Estadão

Híbrido plug-in

O híbrido plug-in também tem motor a combustão, que hoje só pode ser abastecido com gasolina, e um elétrico. Também tem uma bateria um pouco maior que a dos híbridos comuns. A energia é obtida por recarga na tomada ou em carregadores, mas parte dela também é gerada nas frenagens. Esse modelo têm condições de percorrer distâncias mais longas no modo 100% elétrico do que aqueles que são auto-recarregados pela energia gerada internamente. Com isso, têm maior autonomia e são menos poluentes em relação aos híbridos comuns ou híbridos flex. Com o preço inferior da energia em relação ao dos combustíveis, também há ganhos financeiros no abastecimento. Algumas montadoras anunciaram projetos futuros para produção local de híbridos plug-in, como a Toyota e a Stellantis, além das chinesas BYD e GWM, recém-chegadas ao País, mas na versão flex, que pode também usar etanol.

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Jeep Compass híbrido plug-in pode ser carregado na tomada Foto: Jeep/Divulgação

Elétrico

Tem apenas um motor elétrico e bateria grande, ou várias baterias normalmente instaladas no assoalho do carro para não ocupar espaço do porta-malas, por exemplo. É totalmente carregado na tomada e, se for feito em casa, uma carga completa leva praticamente a noite toda. Em pontos de carga há carregadores rápidos (em média 2h a 4h) e ultrarrápidos (menos de 1h). Entre as desvantagens estão a menor autonomia em relação aos modelos abastecidos normalmente em postos de combustível e falta de infraestrutura de recarga, principalmente fora das grandes metrópoles. As vantagens são o custo menor de abastecimento e emissão zero pelo escapamento. No caso do Brasil, onde grande parte da energia vem de fontes renováveis (hidrelétrica, eólica e solar), a vantagem ambiental é superior a de outros países onde a eletricidade vem de fonte fóssil. Além disso, tem menos peças que um carro a combustão e, por isso, a manutenção é mais barata. Ainda não há data para produção local de elétricos, apenas intenção de alguns grupos.

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BYD Dolphin, importado da China, é um dos carros elétricos mais vendidos no País Foto: Wagner Aquino/Estadão

Célula de combustível

A célula a combustível é um sistema de conversão que transforma a energia química do hidrogênio em eletricidade. Seu tamanho é quase o mesmo de um motor usado hoje nos automóveis. O hidrogênio verde, ou renovável, pode ser obtido a partir da eletrólise da água ou do etanol, que passa por um reformador e, por reações eletroquímicas, produz energia elétrica. O hidrogênio é armazenado em um cilindro que, na prática, substitui o tanque de combustível. A energia gerada vai para uma bateria pequena e depois para o motor. A emissão desses veículos também é zero. A vantagem em relação ao 100% elétrico é que não serão necessárias baterias de grande porte e nem recargas de energia na tomada. Projeto brasileiro liderado por empresas como Shell e Raízen, em parceria com a USP prevê que o hidrogênio será estocado em tanques de aço nos postos de combustível, passará pelo reformador e irá para a bomba que abastecerá o carro.

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Toyota Mirai é um dos poucos carros a célula de combustível já à venda no Japão Foto: Toyota/Estadão

O Brasil, assim como o mundo todo, caminha para um futuro em que os veículos não emitam poluição, especialmente o CO2, produzido por combustíveis fósseis, como a gasolina. Em grande quantidade, essas emissões geram o chamado ‘efeito estufa’ na atmosfera, que vai resultar no aquecimento global. Há várias tecnologias em estudo para reduzir e, futuramente, acabar com essas emissões. No caso dos automóveis, as opções são a hibridização (junção de motor a combustão com elétrico), carros 100% elétricos e a célula de combustível a hidrogênio. O mercado brasileiro, por ter etanol, que é renovável, tem opções extras, como os híbridos flex. Como todas as novas tecnologias têm custos maiores, especialmente no período de introdução, os preços dos modelos também aumentam dependendo de sua categoria. Veja a seguir quais são e como funcionam as tecnologias em estudo no País.

Híbrido

É um carro alimentado por dois motores, um a combustão, que é a principal fonte para mover o veículo, e outro elétrico. A maioria dos modelos importados à venda no Brasil funciona com gasolina (fóssil), que no Brasil leva a mistura de 27% de etanol. O motor adicional armazena a energia por meio da frenagem regenerativa e também através do motor à combustão, que funciona como um gerador para carregar uma pequena bateria. Essa energia é usada para dar partida, frear, acelerar e auxiliar no funcionamento de alguns sistema, como o de ar-condicionado. Os dois motores funcionam de forma individual ou conjunta, gerenciados por um sistema inteligente, de acordo com a forma e velocidade que o condutor dirige. A vantagem é a autonomia de rodagem pela facilidade de abastecimento. Em relação à poluição, emite cerca de 20% menos que um automóvel só a combustão.

Haval H6, utilitário-esportivo (SUV) da GMW: modelo híbrido é importado da China Foto: GWM/Divulgação

Híbrido flex

Exclusividade do mercado brasileiro, tem as mesmas características do híbrido, porém seu motor a combustão pode ser abastecido com gasolina ou etanol, o que significa ter três fontes de energia. Estudos indicam que o uso exclusivo de etanol reduz significativamente a emissão de poluentes, que pode chegar a ser inferior ao de modelos elétricos quando comparado com carros que rodam em países como Europa China, onde atualmente grande parte da energia vem de fontes fósseis, como carvão. Carros híbridos flex já são produzidos no País pela Toyota (Corolla e Corolla Cross). Outras fabricantes como Renault, Stellantis e Volkswagen anunciaram início de fabricação a partir de 2024.

Toyota desenvolveu e produz no Brasil o sedã Corolla híbrido flex Foto: Daniel Teizeira/Estadão

Híbrido plug-in

O híbrido plug-in também tem motor a combustão, que hoje só pode ser abastecido com gasolina, e um elétrico. Também tem uma bateria um pouco maior que a dos híbridos comuns. A energia é obtida por recarga na tomada ou em carregadores, mas parte dela também é gerada nas frenagens. Esse modelo têm condições de percorrer distâncias mais longas no modo 100% elétrico do que aqueles que são auto-recarregados pela energia gerada internamente. Com isso, têm maior autonomia e são menos poluentes em relação aos híbridos comuns ou híbridos flex. Com o preço inferior da energia em relação ao dos combustíveis, também há ganhos financeiros no abastecimento. Algumas montadoras anunciaram projetos futuros para produção local de híbridos plug-in, como a Toyota e a Stellantis, além das chinesas BYD e GWM, recém-chegadas ao País, mas na versão flex, que pode também usar etanol.

Jeep Compass híbrido plug-in pode ser carregado na tomada Foto: Jeep/Divulgação

Elétrico

Tem apenas um motor elétrico e bateria grande, ou várias baterias normalmente instaladas no assoalho do carro para não ocupar espaço do porta-malas, por exemplo. É totalmente carregado na tomada e, se for feito em casa, uma carga completa leva praticamente a noite toda. Em pontos de carga há carregadores rápidos (em média 2h a 4h) e ultrarrápidos (menos de 1h). Entre as desvantagens estão a menor autonomia em relação aos modelos abastecidos normalmente em postos de combustível e falta de infraestrutura de recarga, principalmente fora das grandes metrópoles. As vantagens são o custo menor de abastecimento e emissão zero pelo escapamento. No caso do Brasil, onde grande parte da energia vem de fontes renováveis (hidrelétrica, eólica e solar), a vantagem ambiental é superior a de outros países onde a eletricidade vem de fonte fóssil. Além disso, tem menos peças que um carro a combustão e, por isso, a manutenção é mais barata. Ainda não há data para produção local de elétricos, apenas intenção de alguns grupos.

BYD Dolphin, importado da China, é um dos carros elétricos mais vendidos no País Foto: Wagner Aquino/Estadão

Célula de combustível

A célula a combustível é um sistema de conversão que transforma a energia química do hidrogênio em eletricidade. Seu tamanho é quase o mesmo de um motor usado hoje nos automóveis. O hidrogênio verde, ou renovável, pode ser obtido a partir da eletrólise da água ou do etanol, que passa por um reformador e, por reações eletroquímicas, produz energia elétrica. O hidrogênio é armazenado em um cilindro que, na prática, substitui o tanque de combustível. A energia gerada vai para uma bateria pequena e depois para o motor. A emissão desses veículos também é zero. A vantagem em relação ao 100% elétrico é que não serão necessárias baterias de grande porte e nem recargas de energia na tomada. Projeto brasileiro liderado por empresas como Shell e Raízen, em parceria com a USP prevê que o hidrogênio será estocado em tanques de aço nos postos de combustível, passará pelo reformador e irá para a bomba que abastecerá o carro.

Toyota Mirai é um dos poucos carros a célula de combustível já à venda no Japão Foto: Toyota/Estadão

O Brasil, assim como o mundo todo, caminha para um futuro em que os veículos não emitam poluição, especialmente o CO2, produzido por combustíveis fósseis, como a gasolina. Em grande quantidade, essas emissões geram o chamado ‘efeito estufa’ na atmosfera, que vai resultar no aquecimento global. Há várias tecnologias em estudo para reduzir e, futuramente, acabar com essas emissões. No caso dos automóveis, as opções são a hibridização (junção de motor a combustão com elétrico), carros 100% elétricos e a célula de combustível a hidrogênio. O mercado brasileiro, por ter etanol, que é renovável, tem opções extras, como os híbridos flex. Como todas as novas tecnologias têm custos maiores, especialmente no período de introdução, os preços dos modelos também aumentam dependendo de sua categoria. Veja a seguir quais são e como funcionam as tecnologias em estudo no País.

Híbrido

É um carro alimentado por dois motores, um a combustão, que é a principal fonte para mover o veículo, e outro elétrico. A maioria dos modelos importados à venda no Brasil funciona com gasolina (fóssil), que no Brasil leva a mistura de 27% de etanol. O motor adicional armazena a energia por meio da frenagem regenerativa e também através do motor à combustão, que funciona como um gerador para carregar uma pequena bateria. Essa energia é usada para dar partida, frear, acelerar e auxiliar no funcionamento de alguns sistema, como o de ar-condicionado. Os dois motores funcionam de forma individual ou conjunta, gerenciados por um sistema inteligente, de acordo com a forma e velocidade que o condutor dirige. A vantagem é a autonomia de rodagem pela facilidade de abastecimento. Em relação à poluição, emite cerca de 20% menos que um automóvel só a combustão.

Haval H6, utilitário-esportivo (SUV) da GMW: modelo híbrido é importado da China Foto: GWM/Divulgação

Híbrido flex

Exclusividade do mercado brasileiro, tem as mesmas características do híbrido, porém seu motor a combustão pode ser abastecido com gasolina ou etanol, o que significa ter três fontes de energia. Estudos indicam que o uso exclusivo de etanol reduz significativamente a emissão de poluentes, que pode chegar a ser inferior ao de modelos elétricos quando comparado com carros que rodam em países como Europa China, onde atualmente grande parte da energia vem de fontes fósseis, como carvão. Carros híbridos flex já são produzidos no País pela Toyota (Corolla e Corolla Cross). Outras fabricantes como Renault, Stellantis e Volkswagen anunciaram início de fabricação a partir de 2024.

Toyota desenvolveu e produz no Brasil o sedã Corolla híbrido flex Foto: Daniel Teizeira/Estadão

Híbrido plug-in

O híbrido plug-in também tem motor a combustão, que hoje só pode ser abastecido com gasolina, e um elétrico. Também tem uma bateria um pouco maior que a dos híbridos comuns. A energia é obtida por recarga na tomada ou em carregadores, mas parte dela também é gerada nas frenagens. Esse modelo têm condições de percorrer distâncias mais longas no modo 100% elétrico do que aqueles que são auto-recarregados pela energia gerada internamente. Com isso, têm maior autonomia e são menos poluentes em relação aos híbridos comuns ou híbridos flex. Com o preço inferior da energia em relação ao dos combustíveis, também há ganhos financeiros no abastecimento. Algumas montadoras anunciaram projetos futuros para produção local de híbridos plug-in, como a Toyota e a Stellantis, além das chinesas BYD e GWM, recém-chegadas ao País, mas na versão flex, que pode também usar etanol.

Jeep Compass híbrido plug-in pode ser carregado na tomada Foto: Jeep/Divulgação

Elétrico

Tem apenas um motor elétrico e bateria grande, ou várias baterias normalmente instaladas no assoalho do carro para não ocupar espaço do porta-malas, por exemplo. É totalmente carregado na tomada e, se for feito em casa, uma carga completa leva praticamente a noite toda. Em pontos de carga há carregadores rápidos (em média 2h a 4h) e ultrarrápidos (menos de 1h). Entre as desvantagens estão a menor autonomia em relação aos modelos abastecidos normalmente em postos de combustível e falta de infraestrutura de recarga, principalmente fora das grandes metrópoles. As vantagens são o custo menor de abastecimento e emissão zero pelo escapamento. No caso do Brasil, onde grande parte da energia vem de fontes renováveis (hidrelétrica, eólica e solar), a vantagem ambiental é superior a de outros países onde a eletricidade vem de fonte fóssil. Além disso, tem menos peças que um carro a combustão e, por isso, a manutenção é mais barata. Ainda não há data para produção local de elétricos, apenas intenção de alguns grupos.

BYD Dolphin, importado da China, é um dos carros elétricos mais vendidos no País Foto: Wagner Aquino/Estadão

Célula de combustível

A célula a combustível é um sistema de conversão que transforma a energia química do hidrogênio em eletricidade. Seu tamanho é quase o mesmo de um motor usado hoje nos automóveis. O hidrogênio verde, ou renovável, pode ser obtido a partir da eletrólise da água ou do etanol, que passa por um reformador e, por reações eletroquímicas, produz energia elétrica. O hidrogênio é armazenado em um cilindro que, na prática, substitui o tanque de combustível. A energia gerada vai para uma bateria pequena e depois para o motor. A emissão desses veículos também é zero. A vantagem em relação ao 100% elétrico é que não serão necessárias baterias de grande porte e nem recargas de energia na tomada. Projeto brasileiro liderado por empresas como Shell e Raízen, em parceria com a USP prevê que o hidrogênio será estocado em tanques de aço nos postos de combustível, passará pelo reformador e irá para a bomba que abastecerá o carro.

Toyota Mirai é um dos poucos carros a célula de combustível já à venda no Japão Foto: Toyota/Estadão

O Brasil, assim como o mundo todo, caminha para um futuro em que os veículos não emitam poluição, especialmente o CO2, produzido por combustíveis fósseis, como a gasolina. Em grande quantidade, essas emissões geram o chamado ‘efeito estufa’ na atmosfera, que vai resultar no aquecimento global. Há várias tecnologias em estudo para reduzir e, futuramente, acabar com essas emissões. No caso dos automóveis, as opções são a hibridização (junção de motor a combustão com elétrico), carros 100% elétricos e a célula de combustível a hidrogênio. O mercado brasileiro, por ter etanol, que é renovável, tem opções extras, como os híbridos flex. Como todas as novas tecnologias têm custos maiores, especialmente no período de introdução, os preços dos modelos também aumentam dependendo de sua categoria. Veja a seguir quais são e como funcionam as tecnologias em estudo no País.

Híbrido

É um carro alimentado por dois motores, um a combustão, que é a principal fonte para mover o veículo, e outro elétrico. A maioria dos modelos importados à venda no Brasil funciona com gasolina (fóssil), que no Brasil leva a mistura de 27% de etanol. O motor adicional armazena a energia por meio da frenagem regenerativa e também através do motor à combustão, que funciona como um gerador para carregar uma pequena bateria. Essa energia é usada para dar partida, frear, acelerar e auxiliar no funcionamento de alguns sistema, como o de ar-condicionado. Os dois motores funcionam de forma individual ou conjunta, gerenciados por um sistema inteligente, de acordo com a forma e velocidade que o condutor dirige. A vantagem é a autonomia de rodagem pela facilidade de abastecimento. Em relação à poluição, emite cerca de 20% menos que um automóvel só a combustão.

Haval H6, utilitário-esportivo (SUV) da GMW: modelo híbrido é importado da China Foto: GWM/Divulgação

Híbrido flex

Exclusividade do mercado brasileiro, tem as mesmas características do híbrido, porém seu motor a combustão pode ser abastecido com gasolina ou etanol, o que significa ter três fontes de energia. Estudos indicam que o uso exclusivo de etanol reduz significativamente a emissão de poluentes, que pode chegar a ser inferior ao de modelos elétricos quando comparado com carros que rodam em países como Europa China, onde atualmente grande parte da energia vem de fontes fósseis, como carvão. Carros híbridos flex já são produzidos no País pela Toyota (Corolla e Corolla Cross). Outras fabricantes como Renault, Stellantis e Volkswagen anunciaram início de fabricação a partir de 2024.

Toyota desenvolveu e produz no Brasil o sedã Corolla híbrido flex Foto: Daniel Teizeira/Estadão

Híbrido plug-in

O híbrido plug-in também tem motor a combustão, que hoje só pode ser abastecido com gasolina, e um elétrico. Também tem uma bateria um pouco maior que a dos híbridos comuns. A energia é obtida por recarga na tomada ou em carregadores, mas parte dela também é gerada nas frenagens. Esse modelo têm condições de percorrer distâncias mais longas no modo 100% elétrico do que aqueles que são auto-recarregados pela energia gerada internamente. Com isso, têm maior autonomia e são menos poluentes em relação aos híbridos comuns ou híbridos flex. Com o preço inferior da energia em relação ao dos combustíveis, também há ganhos financeiros no abastecimento. Algumas montadoras anunciaram projetos futuros para produção local de híbridos plug-in, como a Toyota e a Stellantis, além das chinesas BYD e GWM, recém-chegadas ao País, mas na versão flex, que pode também usar etanol.

Jeep Compass híbrido plug-in pode ser carregado na tomada Foto: Jeep/Divulgação

Elétrico

Tem apenas um motor elétrico e bateria grande, ou várias baterias normalmente instaladas no assoalho do carro para não ocupar espaço do porta-malas, por exemplo. É totalmente carregado na tomada e, se for feito em casa, uma carga completa leva praticamente a noite toda. Em pontos de carga há carregadores rápidos (em média 2h a 4h) e ultrarrápidos (menos de 1h). Entre as desvantagens estão a menor autonomia em relação aos modelos abastecidos normalmente em postos de combustível e falta de infraestrutura de recarga, principalmente fora das grandes metrópoles. As vantagens são o custo menor de abastecimento e emissão zero pelo escapamento. No caso do Brasil, onde grande parte da energia vem de fontes renováveis (hidrelétrica, eólica e solar), a vantagem ambiental é superior a de outros países onde a eletricidade vem de fonte fóssil. Além disso, tem menos peças que um carro a combustão e, por isso, a manutenção é mais barata. Ainda não há data para produção local de elétricos, apenas intenção de alguns grupos.

BYD Dolphin, importado da China, é um dos carros elétricos mais vendidos no País Foto: Wagner Aquino/Estadão

Célula de combustível

A célula a combustível é um sistema de conversão que transforma a energia química do hidrogênio em eletricidade. Seu tamanho é quase o mesmo de um motor usado hoje nos automóveis. O hidrogênio verde, ou renovável, pode ser obtido a partir da eletrólise da água ou do etanol, que passa por um reformador e, por reações eletroquímicas, produz energia elétrica. O hidrogênio é armazenado em um cilindro que, na prática, substitui o tanque de combustível. A energia gerada vai para uma bateria pequena e depois para o motor. A emissão desses veículos também é zero. A vantagem em relação ao 100% elétrico é que não serão necessárias baterias de grande porte e nem recargas de energia na tomada. Projeto brasileiro liderado por empresas como Shell e Raízen, em parceria com a USP prevê que o hidrogênio será estocado em tanques de aço nos postos de combustível, passará pelo reformador e irá para a bomba que abastecerá o carro.

Toyota Mirai é um dos poucos carros a célula de combustível já à venda no Japão Foto: Toyota/Estadão

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