Carro voador: Eve pode começar a faturar em 2025 com sistema de navegação


Enquanto a operação do eVTOL não começa, subsidiaria da Embraer fecha parceria com a Revo para automatizar navegação

Por Elisa Calmon
Atualização:

A Eve, subsidiária da Embraer, começou a preparar em outubro os céus dos grandes centros urbanos para a chegada do eVTOL (aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica), prevista para 2026. Em parceria com a empresa de táxi aéreo Revo, testou o sistema de gerenciamento de tráfego que vai automatizar a navegação para evitar “congestionamentos” e garantir a segurança da operação quando os “carros voadores” se tornarem realidade. O Vector, primeira fonte de receita da Eve, deve começar a ser comercializada em 2025.

Hoje em dia, a navegação de helicópteros, modelo que mais se aproxima dos eVTOLs, é feita manualmente. O modelo atende a demanda até o momento. No entanto, a expectativa é de que, no médio a longo prazo, a chegada dos “carros voadores” aumente a movimentação nos céus dos grandes centros urbanos de forma significativa, criando a necessidade de automatizar a navegação.

“O Vector vai ajudar a escalar a mobilidade aérea urbana, com ganhos de produtividade e conectividade”, segundo a vice-presidente de gerenciamento de programas e operação da Eve, Alice Altíssimo.

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Eve, da Embraer, exibe protótipo de "carro voador" com planos de lançamento para 2026 Foto: Divulgação/Eve

A solução é “agnóstica”, pois funciona em eVTOLs produzidos por outras fabricantes e também em helicópteros, criando uma oportunidade de negócio para a Eve. Além dos operadores dos “carros voadores”, a lista de potenciais compradores inclui, principalmente, provedores de serviços de mobilidade aérea urbana (UAM) e futuros aeroportos de eVTOLs, conhecidos como vertportos, segundo a executiva.

A comercialização do Vector, que pode também ser utilizado em helicópteros, será a primeira fonte de renda da Eve, que atualmente é uma empresa “pré-receita”. A previsão é que o software comece a ser vendido na segunda metade de 2025, inaugurando a operação comercial da subsidiária da Embraer.

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Teoria na prática

Para avaliar o desempenho do software, a Eve realizou testes entre 21 e 25 de outubro em parceria com a Revo. A companhia, que oferece viagens de helicóptero para driblar o trânsito de São Paulo, tem 50 encomendas de “carros voadores” da subsidiária da Embraer e vê espaço para o número aumentar.

Durante os testes, foram considerados diferentes cenários, como atrasos na partida e no destino, restrições de espaço aéreo e clima, além de desvios de rota para locais alternativos de pouso. O Vector permite uma melhor organização do tráfego aéreo ao mapear as melhores rotas e intervalos de pouso e decolagem, por exemplo. Na prática, isto ajuda a reduzir o tempo de viagem, o que se reflete em menores custos com combustível, e mais segurança nas operações quando comparado à operação manual utilizada atualmente.

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O CEO da Revo, João Welsh, avalia que o desenvolvimento do ecossistema é essencial para viabilizar o uso do eVTOLs em grande escala. “O controle do tráfego aéreo é uma parte muito importante disso”, afirma. “Já é complexo operar apenas com helicópteros, imagina em um mundo em que vão existir muito mais objetos voadores”, complementa.

Custos

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Para Welsh, como os dados ainda são preliminares, é cedo para quantificar esta economia, assim como para calcular o preço das viagens de eVTOL para os passageiros. No mercado especula-se algo em torno de US$ 100 (R$ 577) inicialmente, bem abaixo da média de US$ 450 (R$ 2.596) cobrada pela Revo atualmente. As rotas oferecidas atualmente incluem o Aeroporto Internacional de Guarulhos e Fazenda Boa Vista e a Fazenda Boa Vista, condomínio de luxo localizado na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo.

“Teríamos de reduzir em quatro vezes. Acho que é possível, mas não será no dia que os eVTOLs começarem a voar”, avalia o CEO da Revo, destacando que, como se trata de uma nova tecnologia, a operação demanda muitos investimentos iniciais. Contudo, Welsh pondera que com as economias oferecidas no médio e longo prazo, a expectativa é que o serviço se torne mais democrático gradualmente.

No ano passado, em entrevista ao Estadão/Broadcast, o vice-presidente de serviços e soluções de operação da Eve, Luiz Mauad, afirmou que a viabilidade financeira para o usuário final é uma prioridade. A empresa calcula que o preço inicial de uma passagem de eVTOL corresponda a cerca de duas vezes o que é pago em uma viagem de carro por aplicativo para fazer a mesma jornada, podendo variar de acordo com cada cidade.

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‘Carro voador’

O cronograma da Eve prevê o início dos testes de voo do “carro voador” em 2025 e a entrada em serviço em 2026. Em julho de 2024, a empresa apresentou seu primeiro protótipo em escala real durante o Farnborough Air Show, no Reino Unido. A carteira de pedidos da Eve soma US$ 14,5 bilhões, com encomendas de 2,9 mil eVTOLs feitas por 30 clientes distribuídos em 13 países.

Os fornecedores primários para a produção da aeronave já estão definidos. Além disso, no ano passado, bateu o martelo sobre a primeira fábrica. A cidade escolhida foi Taubaté, no interior de São Paulo. A proximidade com as instalações da Embraer, em São José dos Campos, foi uma das principais justificativas.

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Para desenvolver a fábrica, a Eve contratou um financiamento de R$ 500 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com uma produção total esperada para até 480 aeronaves por ano, a fabricante planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada.

A Eve projeta que, até 2035, 450 eVTOLs estejam sobrevoando a cidade de São Paulo, com conexões em mais de 30 pontos.

A Eve, subsidiária da Embraer, começou a preparar em outubro os céus dos grandes centros urbanos para a chegada do eVTOL (aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica), prevista para 2026. Em parceria com a empresa de táxi aéreo Revo, testou o sistema de gerenciamento de tráfego que vai automatizar a navegação para evitar “congestionamentos” e garantir a segurança da operação quando os “carros voadores” se tornarem realidade. O Vector, primeira fonte de receita da Eve, deve começar a ser comercializada em 2025.

Hoje em dia, a navegação de helicópteros, modelo que mais se aproxima dos eVTOLs, é feita manualmente. O modelo atende a demanda até o momento. No entanto, a expectativa é de que, no médio a longo prazo, a chegada dos “carros voadores” aumente a movimentação nos céus dos grandes centros urbanos de forma significativa, criando a necessidade de automatizar a navegação.

“O Vector vai ajudar a escalar a mobilidade aérea urbana, com ganhos de produtividade e conectividade”, segundo a vice-presidente de gerenciamento de programas e operação da Eve, Alice Altíssimo.

Eve, da Embraer, exibe protótipo de "carro voador" com planos de lançamento para 2026 Foto: Divulgação/Eve

A solução é “agnóstica”, pois funciona em eVTOLs produzidos por outras fabricantes e também em helicópteros, criando uma oportunidade de negócio para a Eve. Além dos operadores dos “carros voadores”, a lista de potenciais compradores inclui, principalmente, provedores de serviços de mobilidade aérea urbana (UAM) e futuros aeroportos de eVTOLs, conhecidos como vertportos, segundo a executiva.

A comercialização do Vector, que pode também ser utilizado em helicópteros, será a primeira fonte de renda da Eve, que atualmente é uma empresa “pré-receita”. A previsão é que o software comece a ser vendido na segunda metade de 2025, inaugurando a operação comercial da subsidiária da Embraer.

Teoria na prática

Para avaliar o desempenho do software, a Eve realizou testes entre 21 e 25 de outubro em parceria com a Revo. A companhia, que oferece viagens de helicóptero para driblar o trânsito de São Paulo, tem 50 encomendas de “carros voadores” da subsidiária da Embraer e vê espaço para o número aumentar.

Durante os testes, foram considerados diferentes cenários, como atrasos na partida e no destino, restrições de espaço aéreo e clima, além de desvios de rota para locais alternativos de pouso. O Vector permite uma melhor organização do tráfego aéreo ao mapear as melhores rotas e intervalos de pouso e decolagem, por exemplo. Na prática, isto ajuda a reduzir o tempo de viagem, o que se reflete em menores custos com combustível, e mais segurança nas operações quando comparado à operação manual utilizada atualmente.

O CEO da Revo, João Welsh, avalia que o desenvolvimento do ecossistema é essencial para viabilizar o uso do eVTOLs em grande escala. “O controle do tráfego aéreo é uma parte muito importante disso”, afirma. “Já é complexo operar apenas com helicópteros, imagina em um mundo em que vão existir muito mais objetos voadores”, complementa.

Custos

Para Welsh, como os dados ainda são preliminares, é cedo para quantificar esta economia, assim como para calcular o preço das viagens de eVTOL para os passageiros. No mercado especula-se algo em torno de US$ 100 (R$ 577) inicialmente, bem abaixo da média de US$ 450 (R$ 2.596) cobrada pela Revo atualmente. As rotas oferecidas atualmente incluem o Aeroporto Internacional de Guarulhos e Fazenda Boa Vista e a Fazenda Boa Vista, condomínio de luxo localizado na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo.

“Teríamos de reduzir em quatro vezes. Acho que é possível, mas não será no dia que os eVTOLs começarem a voar”, avalia o CEO da Revo, destacando que, como se trata de uma nova tecnologia, a operação demanda muitos investimentos iniciais. Contudo, Welsh pondera que com as economias oferecidas no médio e longo prazo, a expectativa é que o serviço se torne mais democrático gradualmente.

No ano passado, em entrevista ao Estadão/Broadcast, o vice-presidente de serviços e soluções de operação da Eve, Luiz Mauad, afirmou que a viabilidade financeira para o usuário final é uma prioridade. A empresa calcula que o preço inicial de uma passagem de eVTOL corresponda a cerca de duas vezes o que é pago em uma viagem de carro por aplicativo para fazer a mesma jornada, podendo variar de acordo com cada cidade.

‘Carro voador’

O cronograma da Eve prevê o início dos testes de voo do “carro voador” em 2025 e a entrada em serviço em 2026. Em julho de 2024, a empresa apresentou seu primeiro protótipo em escala real durante o Farnborough Air Show, no Reino Unido. A carteira de pedidos da Eve soma US$ 14,5 bilhões, com encomendas de 2,9 mil eVTOLs feitas por 30 clientes distribuídos em 13 países.

Os fornecedores primários para a produção da aeronave já estão definidos. Além disso, no ano passado, bateu o martelo sobre a primeira fábrica. A cidade escolhida foi Taubaté, no interior de São Paulo. A proximidade com as instalações da Embraer, em São José dos Campos, foi uma das principais justificativas.

Para desenvolver a fábrica, a Eve contratou um financiamento de R$ 500 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com uma produção total esperada para até 480 aeronaves por ano, a fabricante planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada.

A Eve projeta que, até 2035, 450 eVTOLs estejam sobrevoando a cidade de São Paulo, com conexões em mais de 30 pontos.

A Eve, subsidiária da Embraer, começou a preparar em outubro os céus dos grandes centros urbanos para a chegada do eVTOL (aeronave de decolagem e aterrissagem vertical elétrica), prevista para 2026. Em parceria com a empresa de táxi aéreo Revo, testou o sistema de gerenciamento de tráfego que vai automatizar a navegação para evitar “congestionamentos” e garantir a segurança da operação quando os “carros voadores” se tornarem realidade. O Vector, primeira fonte de receita da Eve, deve começar a ser comercializada em 2025.

Hoje em dia, a navegação de helicópteros, modelo que mais se aproxima dos eVTOLs, é feita manualmente. O modelo atende a demanda até o momento. No entanto, a expectativa é de que, no médio a longo prazo, a chegada dos “carros voadores” aumente a movimentação nos céus dos grandes centros urbanos de forma significativa, criando a necessidade de automatizar a navegação.

“O Vector vai ajudar a escalar a mobilidade aérea urbana, com ganhos de produtividade e conectividade”, segundo a vice-presidente de gerenciamento de programas e operação da Eve, Alice Altíssimo.

Eve, da Embraer, exibe protótipo de "carro voador" com planos de lançamento para 2026 Foto: Divulgação/Eve

A solução é “agnóstica”, pois funciona em eVTOLs produzidos por outras fabricantes e também em helicópteros, criando uma oportunidade de negócio para a Eve. Além dos operadores dos “carros voadores”, a lista de potenciais compradores inclui, principalmente, provedores de serviços de mobilidade aérea urbana (UAM) e futuros aeroportos de eVTOLs, conhecidos como vertportos, segundo a executiva.

A comercialização do Vector, que pode também ser utilizado em helicópteros, será a primeira fonte de renda da Eve, que atualmente é uma empresa “pré-receita”. A previsão é que o software comece a ser vendido na segunda metade de 2025, inaugurando a operação comercial da subsidiária da Embraer.

Teoria na prática

Para avaliar o desempenho do software, a Eve realizou testes entre 21 e 25 de outubro em parceria com a Revo. A companhia, que oferece viagens de helicóptero para driblar o trânsito de São Paulo, tem 50 encomendas de “carros voadores” da subsidiária da Embraer e vê espaço para o número aumentar.

Durante os testes, foram considerados diferentes cenários, como atrasos na partida e no destino, restrições de espaço aéreo e clima, além de desvios de rota para locais alternativos de pouso. O Vector permite uma melhor organização do tráfego aéreo ao mapear as melhores rotas e intervalos de pouso e decolagem, por exemplo. Na prática, isto ajuda a reduzir o tempo de viagem, o que se reflete em menores custos com combustível, e mais segurança nas operações quando comparado à operação manual utilizada atualmente.

O CEO da Revo, João Welsh, avalia que o desenvolvimento do ecossistema é essencial para viabilizar o uso do eVTOLs em grande escala. “O controle do tráfego aéreo é uma parte muito importante disso”, afirma. “Já é complexo operar apenas com helicópteros, imagina em um mundo em que vão existir muito mais objetos voadores”, complementa.

Custos

Para Welsh, como os dados ainda são preliminares, é cedo para quantificar esta economia, assim como para calcular o preço das viagens de eVTOL para os passageiros. No mercado especula-se algo em torno de US$ 100 (R$ 577) inicialmente, bem abaixo da média de US$ 450 (R$ 2.596) cobrada pela Revo atualmente. As rotas oferecidas atualmente incluem o Aeroporto Internacional de Guarulhos e Fazenda Boa Vista e a Fazenda Boa Vista, condomínio de luxo localizado na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo.

“Teríamos de reduzir em quatro vezes. Acho que é possível, mas não será no dia que os eVTOLs começarem a voar”, avalia o CEO da Revo, destacando que, como se trata de uma nova tecnologia, a operação demanda muitos investimentos iniciais. Contudo, Welsh pondera que com as economias oferecidas no médio e longo prazo, a expectativa é que o serviço se torne mais democrático gradualmente.

No ano passado, em entrevista ao Estadão/Broadcast, o vice-presidente de serviços e soluções de operação da Eve, Luiz Mauad, afirmou que a viabilidade financeira para o usuário final é uma prioridade. A empresa calcula que o preço inicial de uma passagem de eVTOL corresponda a cerca de duas vezes o que é pago em uma viagem de carro por aplicativo para fazer a mesma jornada, podendo variar de acordo com cada cidade.

‘Carro voador’

O cronograma da Eve prevê o início dos testes de voo do “carro voador” em 2025 e a entrada em serviço em 2026. Em julho de 2024, a empresa apresentou seu primeiro protótipo em escala real durante o Farnborough Air Show, no Reino Unido. A carteira de pedidos da Eve soma US$ 14,5 bilhões, com encomendas de 2,9 mil eVTOLs feitas por 30 clientes distribuídos em 13 países.

Os fornecedores primários para a produção da aeronave já estão definidos. Além disso, no ano passado, bateu o martelo sobre a primeira fábrica. A cidade escolhida foi Taubaté, no interior de São Paulo. A proximidade com as instalações da Embraer, em São José dos Campos, foi uma das principais justificativas.

Para desenvolver a fábrica, a Eve contratou um financiamento de R$ 500 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com uma produção total esperada para até 480 aeronaves por ano, a fabricante planeja expandir a capacidade de produção do local em uma base modular, em quatro fases de 120 aeronaves cada.

A Eve projeta que, até 2035, 450 eVTOLs estejam sobrevoando a cidade de São Paulo, com conexões em mais de 30 pontos.

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