CBMM avança no setor de baterias para veículos elétricos com nova fábrica de óxidos de nióbio


Unidade teve investimento de quase R$ 120 milhões e fica em Araxá (MG); em setembro, empresa, controlada pela família Moreira Salles, criou divisão de novos materiais e aplicações que prevê faturar R$ 2,3 bilhões neste ano

Por Ivo Ribeiro
Atualização:

O negócio de baterias para veículos elétricos e outras aplicações ganha, a cada ano e a cada novo projeto, mais tração dentro da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder global em produtos de nióbio. Tanto que a empresa criou há dois meses uma divisão dedicada a novos materiais e aplicações. Cerca de 70% da nova área de negócio, que conta com 150 profissionais, tem como foco o programa de produção de óxidos de nióbio para utilização em baterias. A projeção de faturamento para 2024 dessa divisão é de US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2,3 bilhões pelo câmbio atual).

As vendas nessa área, este ano, serão de 11 mil toneladas de ferro-nióbio equivalente, segundo Rodrigo Amado, diretor executivo da divisão de Novos Materiais e Aplicações da CBMM. A liga ferro-nióbio é o principal produto da companhia e dela são obtidos os óxidos. Para aplicações em baterias, o volume previsto é de 1 mil toneladas, com receita na casa de US$ 23 milhões. “Cinco anos atrás, era zero”, diz o executivo. Já 10 mil toneladas são de ligas especiais usadas na indústria óptica, aeroespacial e médica em diversas outras aplicações.

Fábrica de oxido de nióbio da CBMM, em Araxá (MG): produto é usado na fabricação de baterias de veículos elétricos pesados Foto: CBMM/Divulgação
continua após a publicidade

Fundada em meados da década de 1950, a CBMM é controlada pela família Moreira Salles, que detém 70% do capital. Há quase 20 anos tem como sócios dois consórcios asiáticos de siderúrgicas - um da China e outro do Japão e Coreia do Sul. A CBMM explora reservas de pirocloro, minério de onde é extraído o nióbio após processos de metalurgia, na região de Araxá, em Minas Gerais.

A companhia informa que, em seu plano estratégico de crescimento, o objetivo é alcançar capacidade de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030. A preços de hoje, essa área renderia receita de quase US$ 500 milhões (R$ 2,88 bilhões pelo atual câmbio). A direção da CBMM aposta em forte expansão do setor de baterias nos próximos anos. Para atender a esse mercado, até 2027 será construída uma unidade fabril de óxidos de 10 mil toneladas de capacidade, com duplicação posterior.

Nesta terça-feira, 12, a CBMM coloca em operação uma planta que vai fazer óxido para uma aplicação específica, na qual a aposta é grande. É um material de ânodo ativo, com nióbio, que terá a função de carregamento ultrarrápido de baterias de veículos pesados e de outras aplicações muito demandantes de energia. A tecnologia do ânodo, batizada de XNO, foi desenvolvida e patenteada pela Echion Technologies, da Inglaterra, na qual a companhia brasileira tem participação acionária.

continua após a publicidade

O mercado alvo desse produto é o da “e-mobilidade” industrial e comercial, como veículos ferroviários, marítimos, de mineração e outros veículos off-road, ônibus elétricos e equipamentos de movimentação de materiais. A aplicação é voltada também para data centers e robôs utilizados em depósitos de distribuição de mercadorias, diz Rogério Ribas, gerente executivo de produtos para baterias da CBMM.

Localizada em edifício próprio, numa área de 2 mil metros quadrados, a fábrica de óxidos tem capacidade de produzir 2 mil toneladas ao ano. É a maior unidade de produção de ânodo à base de nióbio do mundo, com equivalência de 1 GWh de células de íons de lítio, dizem os executivos da CBMM.

continua após a publicidade

Segundo Amado, apenas na fábrica, a CBMM investiu US$ 20 milhões (R$ 116 milhões) e terá como foco suprir clientes da Echion. Não inclui os aportes feitos na empresa inglesa, que não são revelados. Após desenvolver a tecnologia, a Echion fez acordo de transferência para a brasileira, inicialmente para uma produção em planta-piloto, em 2022. A produção em escala industrial estará completada dentro de um ano. “Nesse período, vamos obter todas as homologações e ainda em 2025 vamos começar as vendas”, informa Ribas.

Foco nas aplicações para baterias de veículos elétricos

O projeto de produção do óxido do ânodo com tecnologia da Echion é um dos 42 projetos que a empresa desenvolve com parceiros no mundo, informa Ribas. Para isso, a CBMM tem um orçamento anual de R$ 250 milhões em Pesquisa e Tecnologia, sendo R$ 80 milhões para a área de baterias.

continua após a publicidade

O mercado global, informam os executivos, em dez anos alcançará 5 terawatts, ante 600 gigawatts no ano passado (é dessa forma que é medido - pelo consumo de energia). Para o ânodo com a tecnologia XNO estima-se demanda endereçada de 2% dessa capacidade. “Nossa meta é capturar 10% dessa fatia endereçada. Para isso, a capacidade da planta terá de atingir 5 mil toneladas em 2028″, informa Amado.

Cada Kwh de potência da bateria requer 2 quilos de nióbio. “É um teor elevado do metal no polo negativo, o grande diferencial para carregamentos ultrarrápidos”, informa o gerente executivo. Segundo a empresa, o material de ânodo à base de óxido de nióbio permite que as baterias de íons de lítio sejam carregadas com rapidez e com segurança, mesmo em temperaturas extremas, e terem vida útil longa, de mais de 10 mil ciclos. Foi desenvolvido especificamente para veículos pesados industriais, comerciais e de transporte.

A CBMM, que no ano passado alcançou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, tem como meta atingir 30% da receita, até 2030, com produtos não siderúrgicos. No ano passado foram vendidas 92 mil toneladas de produtos de nióbio, incluindo ligas especiais metálicas. Mais de 90% do ferro-nióbio é exportado, e a China é seu principal cliente. As instalações de metalurgia ficam próximas das operações de extração do minério que contém nióbio, em Araxá.

O negócio de baterias para veículos elétricos e outras aplicações ganha, a cada ano e a cada novo projeto, mais tração dentro da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder global em produtos de nióbio. Tanto que a empresa criou há dois meses uma divisão dedicada a novos materiais e aplicações. Cerca de 70% da nova área de negócio, que conta com 150 profissionais, tem como foco o programa de produção de óxidos de nióbio para utilização em baterias. A projeção de faturamento para 2024 dessa divisão é de US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2,3 bilhões pelo câmbio atual).

As vendas nessa área, este ano, serão de 11 mil toneladas de ferro-nióbio equivalente, segundo Rodrigo Amado, diretor executivo da divisão de Novos Materiais e Aplicações da CBMM. A liga ferro-nióbio é o principal produto da companhia e dela são obtidos os óxidos. Para aplicações em baterias, o volume previsto é de 1 mil toneladas, com receita na casa de US$ 23 milhões. “Cinco anos atrás, era zero”, diz o executivo. Já 10 mil toneladas são de ligas especiais usadas na indústria óptica, aeroespacial e médica em diversas outras aplicações.

Fábrica de oxido de nióbio da CBMM, em Araxá (MG): produto é usado na fabricação de baterias de veículos elétricos pesados Foto: CBMM/Divulgação

Fundada em meados da década de 1950, a CBMM é controlada pela família Moreira Salles, que detém 70% do capital. Há quase 20 anos tem como sócios dois consórcios asiáticos de siderúrgicas - um da China e outro do Japão e Coreia do Sul. A CBMM explora reservas de pirocloro, minério de onde é extraído o nióbio após processos de metalurgia, na região de Araxá, em Minas Gerais.

A companhia informa que, em seu plano estratégico de crescimento, o objetivo é alcançar capacidade de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030. A preços de hoje, essa área renderia receita de quase US$ 500 milhões (R$ 2,88 bilhões pelo atual câmbio). A direção da CBMM aposta em forte expansão do setor de baterias nos próximos anos. Para atender a esse mercado, até 2027 será construída uma unidade fabril de óxidos de 10 mil toneladas de capacidade, com duplicação posterior.

Nesta terça-feira, 12, a CBMM coloca em operação uma planta que vai fazer óxido para uma aplicação específica, na qual a aposta é grande. É um material de ânodo ativo, com nióbio, que terá a função de carregamento ultrarrápido de baterias de veículos pesados e de outras aplicações muito demandantes de energia. A tecnologia do ânodo, batizada de XNO, foi desenvolvida e patenteada pela Echion Technologies, da Inglaterra, na qual a companhia brasileira tem participação acionária.

O mercado alvo desse produto é o da “e-mobilidade” industrial e comercial, como veículos ferroviários, marítimos, de mineração e outros veículos off-road, ônibus elétricos e equipamentos de movimentação de materiais. A aplicação é voltada também para data centers e robôs utilizados em depósitos de distribuição de mercadorias, diz Rogério Ribas, gerente executivo de produtos para baterias da CBMM.

Localizada em edifício próprio, numa área de 2 mil metros quadrados, a fábrica de óxidos tem capacidade de produzir 2 mil toneladas ao ano. É a maior unidade de produção de ânodo à base de nióbio do mundo, com equivalência de 1 GWh de células de íons de lítio, dizem os executivos da CBMM.

Segundo Amado, apenas na fábrica, a CBMM investiu US$ 20 milhões (R$ 116 milhões) e terá como foco suprir clientes da Echion. Não inclui os aportes feitos na empresa inglesa, que não são revelados. Após desenvolver a tecnologia, a Echion fez acordo de transferência para a brasileira, inicialmente para uma produção em planta-piloto, em 2022. A produção em escala industrial estará completada dentro de um ano. “Nesse período, vamos obter todas as homologações e ainda em 2025 vamos começar as vendas”, informa Ribas.

Foco nas aplicações para baterias de veículos elétricos

O projeto de produção do óxido do ânodo com tecnologia da Echion é um dos 42 projetos que a empresa desenvolve com parceiros no mundo, informa Ribas. Para isso, a CBMM tem um orçamento anual de R$ 250 milhões em Pesquisa e Tecnologia, sendo R$ 80 milhões para a área de baterias.

O mercado global, informam os executivos, em dez anos alcançará 5 terawatts, ante 600 gigawatts no ano passado (é dessa forma que é medido - pelo consumo de energia). Para o ânodo com a tecnologia XNO estima-se demanda endereçada de 2% dessa capacidade. “Nossa meta é capturar 10% dessa fatia endereçada. Para isso, a capacidade da planta terá de atingir 5 mil toneladas em 2028″, informa Amado.

Cada Kwh de potência da bateria requer 2 quilos de nióbio. “É um teor elevado do metal no polo negativo, o grande diferencial para carregamentos ultrarrápidos”, informa o gerente executivo. Segundo a empresa, o material de ânodo à base de óxido de nióbio permite que as baterias de íons de lítio sejam carregadas com rapidez e com segurança, mesmo em temperaturas extremas, e terem vida útil longa, de mais de 10 mil ciclos. Foi desenvolvido especificamente para veículos pesados industriais, comerciais e de transporte.

A CBMM, que no ano passado alcançou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, tem como meta atingir 30% da receita, até 2030, com produtos não siderúrgicos. No ano passado foram vendidas 92 mil toneladas de produtos de nióbio, incluindo ligas especiais metálicas. Mais de 90% do ferro-nióbio é exportado, e a China é seu principal cliente. As instalações de metalurgia ficam próximas das operações de extração do minério que contém nióbio, em Araxá.

O negócio de baterias para veículos elétricos e outras aplicações ganha, a cada ano e a cada novo projeto, mais tração dentro da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder global em produtos de nióbio. Tanto que a empresa criou há dois meses uma divisão dedicada a novos materiais e aplicações. Cerca de 70% da nova área de negócio, que conta com 150 profissionais, tem como foco o programa de produção de óxidos de nióbio para utilização em baterias. A projeção de faturamento para 2024 dessa divisão é de US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2,3 bilhões pelo câmbio atual).

As vendas nessa área, este ano, serão de 11 mil toneladas de ferro-nióbio equivalente, segundo Rodrigo Amado, diretor executivo da divisão de Novos Materiais e Aplicações da CBMM. A liga ferro-nióbio é o principal produto da companhia e dela são obtidos os óxidos. Para aplicações em baterias, o volume previsto é de 1 mil toneladas, com receita na casa de US$ 23 milhões. “Cinco anos atrás, era zero”, diz o executivo. Já 10 mil toneladas são de ligas especiais usadas na indústria óptica, aeroespacial e médica em diversas outras aplicações.

Fábrica de oxido de nióbio da CBMM, em Araxá (MG): produto é usado na fabricação de baterias de veículos elétricos pesados Foto: CBMM/Divulgação

Fundada em meados da década de 1950, a CBMM é controlada pela família Moreira Salles, que detém 70% do capital. Há quase 20 anos tem como sócios dois consórcios asiáticos de siderúrgicas - um da China e outro do Japão e Coreia do Sul. A CBMM explora reservas de pirocloro, minério de onde é extraído o nióbio após processos de metalurgia, na região de Araxá, em Minas Gerais.

A companhia informa que, em seu plano estratégico de crescimento, o objetivo é alcançar capacidade de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030. A preços de hoje, essa área renderia receita de quase US$ 500 milhões (R$ 2,88 bilhões pelo atual câmbio). A direção da CBMM aposta em forte expansão do setor de baterias nos próximos anos. Para atender a esse mercado, até 2027 será construída uma unidade fabril de óxidos de 10 mil toneladas de capacidade, com duplicação posterior.

Nesta terça-feira, 12, a CBMM coloca em operação uma planta que vai fazer óxido para uma aplicação específica, na qual a aposta é grande. É um material de ânodo ativo, com nióbio, que terá a função de carregamento ultrarrápido de baterias de veículos pesados e de outras aplicações muito demandantes de energia. A tecnologia do ânodo, batizada de XNO, foi desenvolvida e patenteada pela Echion Technologies, da Inglaterra, na qual a companhia brasileira tem participação acionária.

O mercado alvo desse produto é o da “e-mobilidade” industrial e comercial, como veículos ferroviários, marítimos, de mineração e outros veículos off-road, ônibus elétricos e equipamentos de movimentação de materiais. A aplicação é voltada também para data centers e robôs utilizados em depósitos de distribuição de mercadorias, diz Rogério Ribas, gerente executivo de produtos para baterias da CBMM.

Localizada em edifício próprio, numa área de 2 mil metros quadrados, a fábrica de óxidos tem capacidade de produzir 2 mil toneladas ao ano. É a maior unidade de produção de ânodo à base de nióbio do mundo, com equivalência de 1 GWh de células de íons de lítio, dizem os executivos da CBMM.

Segundo Amado, apenas na fábrica, a CBMM investiu US$ 20 milhões (R$ 116 milhões) e terá como foco suprir clientes da Echion. Não inclui os aportes feitos na empresa inglesa, que não são revelados. Após desenvolver a tecnologia, a Echion fez acordo de transferência para a brasileira, inicialmente para uma produção em planta-piloto, em 2022. A produção em escala industrial estará completada dentro de um ano. “Nesse período, vamos obter todas as homologações e ainda em 2025 vamos começar as vendas”, informa Ribas.

Foco nas aplicações para baterias de veículos elétricos

O projeto de produção do óxido do ânodo com tecnologia da Echion é um dos 42 projetos que a empresa desenvolve com parceiros no mundo, informa Ribas. Para isso, a CBMM tem um orçamento anual de R$ 250 milhões em Pesquisa e Tecnologia, sendo R$ 80 milhões para a área de baterias.

O mercado global, informam os executivos, em dez anos alcançará 5 terawatts, ante 600 gigawatts no ano passado (é dessa forma que é medido - pelo consumo de energia). Para o ânodo com a tecnologia XNO estima-se demanda endereçada de 2% dessa capacidade. “Nossa meta é capturar 10% dessa fatia endereçada. Para isso, a capacidade da planta terá de atingir 5 mil toneladas em 2028″, informa Amado.

Cada Kwh de potência da bateria requer 2 quilos de nióbio. “É um teor elevado do metal no polo negativo, o grande diferencial para carregamentos ultrarrápidos”, informa o gerente executivo. Segundo a empresa, o material de ânodo à base de óxido de nióbio permite que as baterias de íons de lítio sejam carregadas com rapidez e com segurança, mesmo em temperaturas extremas, e terem vida útil longa, de mais de 10 mil ciclos. Foi desenvolvido especificamente para veículos pesados industriais, comerciais e de transporte.

A CBMM, que no ano passado alcançou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, tem como meta atingir 30% da receita, até 2030, com produtos não siderúrgicos. No ano passado foram vendidas 92 mil toneladas de produtos de nióbio, incluindo ligas especiais metálicas. Mais de 90% do ferro-nióbio é exportado, e a China é seu principal cliente. As instalações de metalurgia ficam próximas das operações de extração do minério que contém nióbio, em Araxá.

O negócio de baterias para veículos elétricos e outras aplicações ganha, a cada ano e a cada novo projeto, mais tração dentro da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder global em produtos de nióbio. Tanto que a empresa criou há dois meses uma divisão dedicada a novos materiais e aplicações. Cerca de 70% da nova área de negócio, que conta com 150 profissionais, tem como foco o programa de produção de óxidos de nióbio para utilização em baterias. A projeção de faturamento para 2024 dessa divisão é de US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2,3 bilhões pelo câmbio atual).

As vendas nessa área, este ano, serão de 11 mil toneladas de ferro-nióbio equivalente, segundo Rodrigo Amado, diretor executivo da divisão de Novos Materiais e Aplicações da CBMM. A liga ferro-nióbio é o principal produto da companhia e dela são obtidos os óxidos. Para aplicações em baterias, o volume previsto é de 1 mil toneladas, com receita na casa de US$ 23 milhões. “Cinco anos atrás, era zero”, diz o executivo. Já 10 mil toneladas são de ligas especiais usadas na indústria óptica, aeroespacial e médica em diversas outras aplicações.

Fábrica de oxido de nióbio da CBMM, em Araxá (MG): produto é usado na fabricação de baterias de veículos elétricos pesados Foto: CBMM/Divulgação

Fundada em meados da década de 1950, a CBMM é controlada pela família Moreira Salles, que detém 70% do capital. Há quase 20 anos tem como sócios dois consórcios asiáticos de siderúrgicas - um da China e outro do Japão e Coreia do Sul. A CBMM explora reservas de pirocloro, minério de onde é extraído o nióbio após processos de metalurgia, na região de Araxá, em Minas Gerais.

A companhia informa que, em seu plano estratégico de crescimento, o objetivo é alcançar capacidade de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030. A preços de hoje, essa área renderia receita de quase US$ 500 milhões (R$ 2,88 bilhões pelo atual câmbio). A direção da CBMM aposta em forte expansão do setor de baterias nos próximos anos. Para atender a esse mercado, até 2027 será construída uma unidade fabril de óxidos de 10 mil toneladas de capacidade, com duplicação posterior.

Nesta terça-feira, 12, a CBMM coloca em operação uma planta que vai fazer óxido para uma aplicação específica, na qual a aposta é grande. É um material de ânodo ativo, com nióbio, que terá a função de carregamento ultrarrápido de baterias de veículos pesados e de outras aplicações muito demandantes de energia. A tecnologia do ânodo, batizada de XNO, foi desenvolvida e patenteada pela Echion Technologies, da Inglaterra, na qual a companhia brasileira tem participação acionária.

O mercado alvo desse produto é o da “e-mobilidade” industrial e comercial, como veículos ferroviários, marítimos, de mineração e outros veículos off-road, ônibus elétricos e equipamentos de movimentação de materiais. A aplicação é voltada também para data centers e robôs utilizados em depósitos de distribuição de mercadorias, diz Rogério Ribas, gerente executivo de produtos para baterias da CBMM.

Localizada em edifício próprio, numa área de 2 mil metros quadrados, a fábrica de óxidos tem capacidade de produzir 2 mil toneladas ao ano. É a maior unidade de produção de ânodo à base de nióbio do mundo, com equivalência de 1 GWh de células de íons de lítio, dizem os executivos da CBMM.

Segundo Amado, apenas na fábrica, a CBMM investiu US$ 20 milhões (R$ 116 milhões) e terá como foco suprir clientes da Echion. Não inclui os aportes feitos na empresa inglesa, que não são revelados. Após desenvolver a tecnologia, a Echion fez acordo de transferência para a brasileira, inicialmente para uma produção em planta-piloto, em 2022. A produção em escala industrial estará completada dentro de um ano. “Nesse período, vamos obter todas as homologações e ainda em 2025 vamos começar as vendas”, informa Ribas.

Foco nas aplicações para baterias de veículos elétricos

O projeto de produção do óxido do ânodo com tecnologia da Echion é um dos 42 projetos que a empresa desenvolve com parceiros no mundo, informa Ribas. Para isso, a CBMM tem um orçamento anual de R$ 250 milhões em Pesquisa e Tecnologia, sendo R$ 80 milhões para a área de baterias.

O mercado global, informam os executivos, em dez anos alcançará 5 terawatts, ante 600 gigawatts no ano passado (é dessa forma que é medido - pelo consumo de energia). Para o ânodo com a tecnologia XNO estima-se demanda endereçada de 2% dessa capacidade. “Nossa meta é capturar 10% dessa fatia endereçada. Para isso, a capacidade da planta terá de atingir 5 mil toneladas em 2028″, informa Amado.

Cada Kwh de potência da bateria requer 2 quilos de nióbio. “É um teor elevado do metal no polo negativo, o grande diferencial para carregamentos ultrarrápidos”, informa o gerente executivo. Segundo a empresa, o material de ânodo à base de óxido de nióbio permite que as baterias de íons de lítio sejam carregadas com rapidez e com segurança, mesmo em temperaturas extremas, e terem vida útil longa, de mais de 10 mil ciclos. Foi desenvolvido especificamente para veículos pesados industriais, comerciais e de transporte.

A CBMM, que no ano passado alcançou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, tem como meta atingir 30% da receita, até 2030, com produtos não siderúrgicos. No ano passado foram vendidas 92 mil toneladas de produtos de nióbio, incluindo ligas especiais metálicas. Mais de 90% do ferro-nióbio é exportado, e a China é seu principal cliente. As instalações de metalurgia ficam próximas das operações de extração do minério que contém nióbio, em Araxá.

O negócio de baterias para veículos elétricos e outras aplicações ganha, a cada ano e a cada novo projeto, mais tração dentro da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder global em produtos de nióbio. Tanto que a empresa criou há dois meses uma divisão dedicada a novos materiais e aplicações. Cerca de 70% da nova área de negócio, que conta com 150 profissionais, tem como foco o programa de produção de óxidos de nióbio para utilização em baterias. A projeção de faturamento para 2024 dessa divisão é de US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2,3 bilhões pelo câmbio atual).

As vendas nessa área, este ano, serão de 11 mil toneladas de ferro-nióbio equivalente, segundo Rodrigo Amado, diretor executivo da divisão de Novos Materiais e Aplicações da CBMM. A liga ferro-nióbio é o principal produto da companhia e dela são obtidos os óxidos. Para aplicações em baterias, o volume previsto é de 1 mil toneladas, com receita na casa de US$ 23 milhões. “Cinco anos atrás, era zero”, diz o executivo. Já 10 mil toneladas são de ligas especiais usadas na indústria óptica, aeroespacial e médica em diversas outras aplicações.

Fábrica de oxido de nióbio da CBMM, em Araxá (MG): produto é usado na fabricação de baterias de veículos elétricos pesados Foto: CBMM/Divulgação

Fundada em meados da década de 1950, a CBMM é controlada pela família Moreira Salles, que detém 70% do capital. Há quase 20 anos tem como sócios dois consórcios asiáticos de siderúrgicas - um da China e outro do Japão e Coreia do Sul. A CBMM explora reservas de pirocloro, minério de onde é extraído o nióbio após processos de metalurgia, na região de Araxá, em Minas Gerais.

A companhia informa que, em seu plano estratégico de crescimento, o objetivo é alcançar capacidade de 20 mil toneladas de óxido de nióbio para baterias até 2030. A preços de hoje, essa área renderia receita de quase US$ 500 milhões (R$ 2,88 bilhões pelo atual câmbio). A direção da CBMM aposta em forte expansão do setor de baterias nos próximos anos. Para atender a esse mercado, até 2027 será construída uma unidade fabril de óxidos de 10 mil toneladas de capacidade, com duplicação posterior.

Nesta terça-feira, 12, a CBMM coloca em operação uma planta que vai fazer óxido para uma aplicação específica, na qual a aposta é grande. É um material de ânodo ativo, com nióbio, que terá a função de carregamento ultrarrápido de baterias de veículos pesados e de outras aplicações muito demandantes de energia. A tecnologia do ânodo, batizada de XNO, foi desenvolvida e patenteada pela Echion Technologies, da Inglaterra, na qual a companhia brasileira tem participação acionária.

O mercado alvo desse produto é o da “e-mobilidade” industrial e comercial, como veículos ferroviários, marítimos, de mineração e outros veículos off-road, ônibus elétricos e equipamentos de movimentação de materiais. A aplicação é voltada também para data centers e robôs utilizados em depósitos de distribuição de mercadorias, diz Rogério Ribas, gerente executivo de produtos para baterias da CBMM.

Localizada em edifício próprio, numa área de 2 mil metros quadrados, a fábrica de óxidos tem capacidade de produzir 2 mil toneladas ao ano. É a maior unidade de produção de ânodo à base de nióbio do mundo, com equivalência de 1 GWh de células de íons de lítio, dizem os executivos da CBMM.

Segundo Amado, apenas na fábrica, a CBMM investiu US$ 20 milhões (R$ 116 milhões) e terá como foco suprir clientes da Echion. Não inclui os aportes feitos na empresa inglesa, que não são revelados. Após desenvolver a tecnologia, a Echion fez acordo de transferência para a brasileira, inicialmente para uma produção em planta-piloto, em 2022. A produção em escala industrial estará completada dentro de um ano. “Nesse período, vamos obter todas as homologações e ainda em 2025 vamos começar as vendas”, informa Ribas.

Foco nas aplicações para baterias de veículos elétricos

O projeto de produção do óxido do ânodo com tecnologia da Echion é um dos 42 projetos que a empresa desenvolve com parceiros no mundo, informa Ribas. Para isso, a CBMM tem um orçamento anual de R$ 250 milhões em Pesquisa e Tecnologia, sendo R$ 80 milhões para a área de baterias.

O mercado global, informam os executivos, em dez anos alcançará 5 terawatts, ante 600 gigawatts no ano passado (é dessa forma que é medido - pelo consumo de energia). Para o ânodo com a tecnologia XNO estima-se demanda endereçada de 2% dessa capacidade. “Nossa meta é capturar 10% dessa fatia endereçada. Para isso, a capacidade da planta terá de atingir 5 mil toneladas em 2028″, informa Amado.

Cada Kwh de potência da bateria requer 2 quilos de nióbio. “É um teor elevado do metal no polo negativo, o grande diferencial para carregamentos ultrarrápidos”, informa o gerente executivo. Segundo a empresa, o material de ânodo à base de óxido de nióbio permite que as baterias de íons de lítio sejam carregadas com rapidez e com segurança, mesmo em temperaturas extremas, e terem vida útil longa, de mais de 10 mil ciclos. Foi desenvolvido especificamente para veículos pesados industriais, comerciais e de transporte.

A CBMM, que no ano passado alcançou receita líquida de R$ 11,4 bilhões, tem como meta atingir 30% da receita, até 2030, com produtos não siderúrgicos. No ano passado foram vendidas 92 mil toneladas de produtos de nióbio, incluindo ligas especiais metálicas. Mais de 90% do ferro-nióbio é exportado, e a China é seu principal cliente. As instalações de metalurgia ficam próximas das operações de extração do minério que contém nióbio, em Araxá.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.