O novo presidente da Vale, que substituirá Eduardo Bartolomeo no início do próximo ano, poderá ser ligado a acionistas representativos da mineradora. A condição para que o nome do indicado não tivesse conexão com o governo nem com outros grandes investidores foi retirada no encontro do Conselho, realizado na sexta-feira, 8, quando se decidiu pela troca do comando da empresa. Essa determinação foi uma condição imposta por um acionista e criou um impasse em uma reunião anterior do colegiado. Procurada, a Vale não comentou.
Além disso na reunião de sexta passada ficou acertado que a contratação da empresa de headhunting de renome internacional acontecerá até 30 de junho. Esse trabalho de seleção da lista tríplice de nomes, para a escolha do conselho, será feita até 30 de setembro. A escolha do conselho tem data limite de 30 de outubro e a contratação deve ser feita até 30 de novembro. No primeiro bimestre de 2025, Bartolomeo e o escolhido trabalhariam juntos na passagem de bastão.
Porém, pelo menos uma pessoa ligada ao conselho espera que o Comitê de Pessoas e Remuneração faça até o fim do mês a seleção das consultorias internacionais de headhunting. Entre os nomes considerados, estão Egon Zehnder, Heidrick & Struggles, Korn Ferry, Russel Reynolds Associates, Spencer Stuart e Hays.
A princípio, seriam quatro empresas contatadas para o processo. Elas apresentariam um projeto de trabalho (com experiências na área, escopo de trabalho e outras especificações). Segundo a fonte, o trabalho de escolha dos candidatos a ser feito pela consultoria deverá estar encerrado até início de maio - um mês antes do prazo definido na reunião de conselho.
A entrega da lista tríplice de nomes se daria em até dois meses e meio após iniciado esse trabalho e a ideia é ter o nome do novo CEO definido até fim de julho (no máximo). Ele assumiria logo que anunciado - e não em janeiro.
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Outra pessoa ligada à empresa, porém, não acredita em antecipação de datas. Isso porque foi difícil chegar ao consenso de pautas, na reunião do conselho de sexta, e seria difícil reduzir prazos e antecipar decisões.